Mesmo com o clima não tão agradável ao tato do jovem Senju Keiji, ele resolveu sair àquela manhã para dar uma volta pela vila. Não tinha objetivo algum, apenas queria caminhar. Caminhar era bom para colocar sua mente no lugar e adquirir fôlego para os próximos desafios que viriam nos próximos dias. Afinal, já era hora; a tempos não se aventurava pelos arredores do vilarejo ou caçava algum criminoso no centro dele.

Ao longe, pode perceber um grande aglomerado de pessoas, organizados de modo curioso. Entretanto, não demonstrou nenhum interesse naquilo, apenas continuou a sua caminhada sem rumo. Essa, seria interrompida apenas algum tempo depois, quando um homem de pele clara e cabelo lambido o abordou como se fossem velhos amigos. O intrigante, era que Keiji nunca tinha o visto na vida e se viu, não se lembrava. Enfim, não tardou a perceber que era um carteiro, pois o homem lhe entregou um pergaminho e falou sobre uma missão. A animação do Senju, porém, não estava ao mesmo pé. Ele apenas direcionou o seu olhar de paisagem ao carteiro e, após ouvir tudo o que ele tinha a dizer, agradeceu com um simples “obrigado”.

O Tenente, então, colocando-se de volta ao caminho de sua casa, abriu o pergaminho. Esse ditava sobre duas missões: investigar um local próximo declarado como Floresta Negra, e ir atrás de um tal de Nara Aya. Ainda, a carta deixou-lhe outras indicações referente à localização e o horário que deveria partir.

Já em sua residência, Keiji vestiu-se com suas características vestes negras; ajeitou a bolsa de armas no devido local; alimentou-se bem e esperou até o início da tarde. Então, sem perder muito tempo, mas, ainda sem pressa, direcionou-se ao portão oeste de Kumogakure a caminho de sua missão; com atenção e cautela.

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O Tenente caminhava tranquilamente pela montanha com o sol à sua cabeça. Encontrou com algumas pessoas que rumavam em direção ao vilarejo e uma outra que lhe chamou mais a atenção. Estranhamente, à beira do precipício, o figurante gritava algumas palavras desconexas e recebia respostas para essas, sabe-se lá de quem. O jovem observou a cena brevemente e, se não fosse impedido, apenas darias as costas e seguiria sua viagem.

Prosseguindo com a caminhada, Keiji percebeu que adentrava em uma região de vegetação baixa e árvores de troncos grossos e sem folhas. Por entre as árvores, uma trilha sugeria um caminho o qual possuía um ar místico. Instantes depois, deparou-se com um grito forte e distante, mais adentro da floresta. Não podia, porém, ignorar aquele sim. Via-se na necessidade de verificar e assim faria. Todavia, tomaria o máximo de cuidado possível, afim de tentar não se meter em situações de desvantagem.

Então, após fazer alguns breves selos de mão, fez surgir, a partir de seu corpo um clone de madeira. Assim, mandaria esse ir à sua frente em direção ao grito, enquanto ele o perseguia a uma distância de 50 metros. Uma vez que ambos estavam conectados - afinal, o clone foi feito a partir de suas células - conseguiam se comunicar perfeitamente à essa distância, então julgou-a como segura (poderia não ser como ele esperava, claro). Caso encontrassem algo, primeiramente, tentariam observar sem serem notados.

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O caminho do jovem Tenente parecia tranquilo, até deparar-se com algum chakra, possivelmente muito forte (afinal, ele conseguia sentí-lo), a uma certa distância de onde estava. À medida que ia se aproximando, as árvores começavam a ficar mais densas e, momentos depois, a dupla deparou-se com um campo aberto no qual algumas figuras estavam dispostas. Quatro delas, no entanto chamavam mais pela atenção do chunin.

A primeira, mais centralizada, era mais alta e com trajes negros. Os outros três, um pouco mais longe dessa, vestiam-se com trajes comuns e de tonalidades roxas. Suas bandanas estavam riscadas e um grande chapéu de palha cobria seus rostos. O que mais atraia os olhares de Keiji, porém, eram as fitas arroxeadas trançadas. “Essas fitas...”, pensava, esforçando-se para se lembrar de onde as conhecia.

Todavia, antes que pudesse se lembrar, começou a escutar uma voz feminina, que dizia algumas palavras em tom de ameaça à figura de capa a qual permanecia imóvel. Ela, então, enunciou o seu nome e imediatamente o Senju ligou os pontos. “Nara Aya... Foi mais rápido do que eu esperava, no entanto, qual deles é essa figura.”, mencionava, sem conseguir identifica-los àquela distância e devido aos trajes.

Enfim, parecia que o clima entre o quarteto estava instável e que uma batalha estava prestes a começar. O clone, relatou tudo o que viu e os detalhes da localização dos possíveis adversários ao original e então, partiu para os lados na tentativa de dar a volta ao redor da clareira aberta e se posicionar do outro lado (formando um ângulo de 180° com sua versão original). Tentaria, ao máximo, ocultar seus movimentos e chegar ao destino sem que os alvos percebessem.

Assim, The Real Keiji tomaria a posição inicial do clone (à 50 metros dos adversários), tentando não ser notado. Do mesmo modo que seu gêmeo ficaria a 50 metros deles, porém do outro lado da clareira. Caso tudo ocorresse como o planejado, manter-se-iam atentos para tentar não serem pegos desprevenidos e observariam o desenrolar daquela discussão, esperando o momento mais adequado para entrar em ação.

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A presença daqueles seres naquele local era digna de estranhamento. Entretanto, as descrições de suas missões e, após ouvir o nome de um deles, deixavam a situação mais compreensível. Mas, naquele momento, quem eram seus reais inimigos? Ao que tudo indicava, a mulher, que falava em tom de ameaças, deveria ser um deles. Porém, e a figura negra que não esboçava nenhuma reação para aquilo?

Sem muitas dificuldades, o clone conseguiu chegar ao lado oposto, onde teria uma visão privilegiada dos alvos no centro do campo aberto. Todavia, seu olhar direcionou-se para a figura negra, por essa chamar mais atenção que as demais. Ela (ou ele), tinha seu rosto coberto por uma máscara branca com detalhes arroxeados e seus olhos escarlates se destacavam. Ela permanecia parada e, aparentemente sem muito mais paciência, dois do trio avançaram em sua direção. Porém, o avanço foi contido por urros vindo de longe (para eles).

O clone não teve essa mesma sorte. A menos de vinte metros, duas figuras humanoides apareceram. Sem dúvidas, ao olhar do jovem, eram humanos, mas aparentavam não possuir mais nenhum resquício de vida ou humanidade dentro deles. Eram relativamente grandes, a julgar pelas suas aparências. “Problema!”, o clone exclamou, colocando a mão direita em sua orelha e transmitindo a mensagem ao corpo original. Então, rapidamente juntou as mãos fechando e entrelaçando os dedos, em um típico selo para usar sua Kekkei Genkai, e esperou por qualquer movimento daqueles seres. Caso as criaturas avançassem, imediatamente tentaria criar 10 estacas de madeira a partir das árvores ao seu redor de modo a tentar impedir que elas chegassem até ele e, talvez, as ferissem de alguma forma, considerando a velocidade que elas surgiriam.

Enquanto isso, o Tenente veria que o grupo que estava no centro da clareira se viraram na direção do clone, era uma oportunidade para agir. União as mãos da mesma forma que o clone, formando o selo Cobra e bradou e um tom quase de sussurro. – Mokuton: Kajukai Kōrin! – Fazendo, assim, com que uma floresta densa crescer em meio a área aonde o quarteto estava e a cerca de 10 metros por entre a vegetação que já existia. O foco, todavia, seria em fazer uma das raízes crescerem de forma a tentar restringir os movimentos do trio que ameaçava a figura de vestes negras.  Além disso, as flores dessas árvores liberariam um pólen que se fossem inalados deixariam os alvos inconscientes.

Essa era uma de suas técnicas mais poderosa, então, executou-a com total confiança. Caso tal investida fosse bem sucedida, aproximar-se-ia, cautelosa e atentamente, do centro do local. Mantendo uma distância de 8 metros da figura de vestes negras, se ela ainda estivesse ali e consciente. Além disso, informaria para que o clone se direcionasse ao local, de forma a deixa-lo mais seguro (se ali estivesse seguro, claro).

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Os monstros, grandes e lentos, avançaram contra o clone; todavia, foram surpreendidos pelas estacas de madeiras que perfuraram seus respectivos troncos. Eles grunhiam de dor e aquela versão de Keiji suspirou, aliviado.

Porém, nada mais ele pode fazer. Momentos depois, aquela figura negra apareceu no local portando uma estranha e chamativa katana. Ele era um inimigo? Não aparentava (pelo menos por hora). A figura utilizou de sua arma para decapitar as criaturas que agonizavam de dor. “Eles continuam vivos?”, questionou-se ao ver que ainda possuíam movimentos em seus corpos. O mascarado, insatisfeito (talvez?) executou mais alguns cortes retirando os membros e, à uma velocidade incrível, retirou-se do campo de visão do jovem.

Quem era ele? A dúvida, talvez iria permanecer por mais algum tempo, ou para sempre. O Clone preferiu não o seguir. Então, voltou sua atenção para os dois monstros os quais, mesmo naquela situação, permaneciam vivos. Formou o selo da cobra com as mãos e fez com que duas raízes grossas de madeira envolvessem os corpos das criaturas e os prendesse o mais firme possível. Esperava que isso fosse suficiente para pará-los, considerando seus estados. Deixá-los-ia ali, presos, enquanto voltava em direção ao Senju verdadeiro. Quando tudo estivesse finalizado, voltaria ao local para levar aqueles corpos a vila. Talvez, fossem dignos de serem estudados.


Os acontecimentos após sua poderosa técnica foram rápidos. A figura negra, aproveitando-se da situação, rapidamente desapareceu. Enquanto os outros dois inimigos avançaram em direção ao Tenente; contudo, antes que pudessem alcança-lo caíram no efeito dos pólens e ficaram inconscientes. Por sua vez, a mulher arremessou duas kunais em direção à Keiji, sentindo, logo na sequencia, os efeitos do jutsu anterior lançado pelo garoto.

O chunin agiu rápido, fazendo um breve selo de mão e criando duas grossas estacas de madeira que se cruzaram em “x” logo a sua frente. Pensava que isso seria o suficiente para que as kunais não o acertasse. Caso obtivesse sucesso em pará-las ou não recebesse danos mais severos, procuraria, primeiramente, finalizar sua missão. Então, faria o selo de mão anterior.

– Mokuton: Daisōju! – Aproveitaria as raízes já levantadas para movimentá-las de modo a tentar esmagar o trio, caso ainda estivessem sob os efeitos do pólen. Se tudo ocorresse conforme o planejado, esse jutsu seria a sentença de morte aos possíveis nukenins.

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A defesa do jovem Tenente foi falha. Aquelas simples estacas de madeira não seriam capazes de conter as kunais arremessadas em sua direção. Então, uma delas bateu em seu braço e, logo na sequência, ocorreu uma forte explosão, capaz de jogá-lo contra o chão. Keiji soltou um leve urro de dor, pelo impacto e, principalmente, pelo seu braço que recebeu alguns bons ferimentos devido a essa explosão. Por sorte, não teve nenhum osso quebrado ou outros ferimentos mais graves, podendo, assim, movimentá-lo ainda.

Diante do Senju, os três adversários encontravam-se desmaiados. Seu clone, retornou para si e a figura negra desapareceu. Quem ele era? O que fazia ali? Era um aliado ou outro inimigo? Provavelmente, eram respostas que tardariam a chegar, se é que chegariam. A única certa era de que, diante dos olhos do clone, ele pareceu forte. Keiji, então, colocou-se de frente para os corpos desacordados dos inimigos e fazendo o selo Cobra, tentaria decretar um fim as duas vidas.

— Desculpem-me, mas essa é a vida que escolhemos... – Mokuton: Daisōju! — Tiraria proveito das raízes já levantadas para movimentá-las de modo a tentar esmagar o trio. De fato, o jovem estava certo ao relatar tais palavras. Uma hora, quem poderá sair derrotado da batalha é ele.

Após ter a certeza que os adversários foram eliminados (se de fato eles tivessem mortos). O Tenente, sentar-se-ia, ali mesmo. Desfazendo, logo na sequência o clone. Precisava tomar um ar, afinal, já tinha usado muito chakra desde que iniciou a missão e estava ferido. Colocou seu braço sobre as coxas, já que estava sentado com as penas cruzadas, fechou os olhos por um momento e respirou fundo. Abriu-os novamente e passou a observar o cenário a sua volta. “Essa técnica é realmente surreal.”, pensou ainda surpreso com a força de suas técnicas. Aos poucos, voltou sua atenção ao seu braço e surpreendeu-se. O jovem tinha a sensação de que suas feridas estavam lentamente se curando e que a dor que o incomodava aos poucos ia sumindo. “Bobeira minha!”, desacreditou, por um momento.

Depois de alguns minutos de descanso e espera, ainda incrédulo pela sensação que sentiu anteriormente, levantou-se. Então, seguiu na direção na qual deixou os monstros presos. Arrumaria um jeito de carrega-los, em segurança, para a vila e entrega-los a algum responsável para que pudessem ser estudados. Visto que não pareciam seres normais. Caso tudo estivesse nos conformes, tentaria retornar à Kumogakure no Sato para reportar a conclusão da missão e relatar a presença da figura negra misteriosa.

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