As aves sempre me causaram curiosidade. Seres tão simples, mas ao mesmo tempo tão extraordinários. Seu lugar não era conosco, seu reino era o céu, e elas estavam sempre lá nos olhando por cima, distantes dos problemas da terra. Ultimamente, minha curiosidade estava ainda maior que o normal pois um bando de aves vinha sobrevoando a vila diversas vezes no dia. Eu era uma pessoa que gostava bastante de olhar para o céu, e reconhecendo padrões, sabia que aquilo era algo fora do comum. Sendo assim, minha cabeça começou a se encher de dúvidas.

- O que é isso? Não pode ser normal... Eu nunca vi nada assim .. - Pensaria confuso, colocando a cabeça para fora da janela a fim de observar melhor.

Sempre que isso se repetia eu ficava muito curioso, mas não podia fazer nada sobre. Então, simplesmente assistia a multidão de pássaros se afastar, e quando já estavam longe, me ocupava mais uma vez com seja lá o que estivesse fazendo.

Isso se repetiu várias e várias vezes, e em todas essas vezes eu desejava ter a oportunidade de saber o que estava acontecendo, mas não tinha como saber.

Um dia, saí de casa para dar uma passeada sob a luz da lua e das estrelas, pensando sobre minha vida em geral. Em um de meus pensamentos mais aleatórios, me lembrei dessa questão dos pássaros, quando notei uma pena no chão. Não era algo interessante o suficiente para me fazer parar meu trajeto, normalmente eu deixaria isso para lá e continuaria minha rota. Contudo, ao lado dela havia outra pena semelhante, e do lado dessa outra, e assim seguia. A grande quantidade de penas em um único lugar já havia sido motivo o suficiente para me chamar atenção, o que me fez perceber que aquilo, na verdade, era um rastro. Algo assim já era anormal por si só, mas minha mente automaticamente relacionou isso com o estranho fenômeno que havia presenciado ultimamente, deixando tudo ainda mais esquisito.

- Onde será que isso vai dar? Acho bem improvável que essas penas tenham simplesmente caído de um pássaro. Não... Tem algo aí. - Pensei.

Havia saído de casa para uma caminhada inofensiva, mas sabia que se fizesse isso não conseguiria tirar essa dúvida da cabeça. Sendo assim, depois de pensar um pouco, decidi seguir o rastro para ver onde ele me levaria.

Prestaria bastante atenção no caminho que as penas faziam e seguiria até chegar ao destino ou até que algo me parasse.



Fala ; Pensamento

Seria mentira dizer que não estava animado com aquilo, o mistério era empolgante e a curiosidade estava à flor da pele.

- Como será que isso se relaciona com os pássaros que vi? Se se relacionar, claro. - 

Me perguntei conforme seguia a misteriosa trilha de penas. Contudo, conforme caminhava comecei a me perguntar se aquilo era realmente uma boa ideia. Eu estava do lado de fora da vila, me afastando cada vez mais, de noite, seguindo um rastro que muito provavelmente havia sido montado por algo ou alguém. Cada vez mais, percebia que aquela situação poderia ser no mínimo assustadora. Mesmo assim, ainda não era o suficiente para me fazer dar meia volta, pelo contrário, continuei seguindo o rastro, notando que cada vez mais o número de penas ia aumentando.


- Que coisa estranha.. -

Andaria mais um pouco, olhando para trás e para os lados à todo o momento para ver se algo ou alguém me seguia. Depois de um tempo, avistei algo um pouco mais na frente. Apertei o passo para chegar perto mais rápido, a ideia de que aquele pudesse ser o fim da linha me deixou bastante animado para ver o que havia encontrado. Contudo, quando cheguei perto e observei o que era aquilo, me decepcionei. Lá havia um aglomerado de penas com algumas pequenas aves mortas ao redor.

- Não... - Diria involuntariamente.

Em seguida, me agacharia perto dos animais e checaria um por um para ver se encontrava algum machucado ou coisa do tipo.

- Não posso descartar a ideia de que eles morreram por algum fenômeno ou causa natural, por mais bizarro que isso possa ser -

Procuraria por cortes ou machucados, se conseguisse achar algum, tentaria identificar se eram mordidas ou cortes. Independente de encontrar algo do tipo ou não, me levantaria e olharia para todos aqueles pequenos animais mortos.

- Descansem em paz... - E seguiria com minha jornada.

Não poderia simplesmente ignorar o fato de que aquela busca por respostas havia se tornado ainda mais sinistra, independente de ter achado ou não marcas que identificassem machucados nos animais, eles tinham que ter morrido de algum jeito. Sendo assim, empunharia uma kunai na mão direita e prosseguiria pelo caminho com extrema atenção, sempre observando todas as direções com frequência. Ao menor sinal de barulho ou cheiro incomum, me viraria em posição de guarda para sua origem.

- Quem está aí? Se apresente, agora! - Diria

Caso não fosse interrompido, simplesmente continuaria meu caminho até me encontrar com mais algo incomum.


Fala ; Pensamento

Continuei seguindo em frente, tomando cuidado para o caso de, seja lá o que tenha feito aquilo com os pássaros, pudesse estar a fim de fazer o mesmo comigo. Conforme andava, ficava mais e mais nervoso, incerto se aquilo era obra de uma pessoa ou se estava exagerando quanto àquilo tudo.

Observando a trilha para me guiar, percebi que os padrões das penas começavam a mudar. Antes elas eram de um tamanho que fazia sentido, e a dedução lógica é que teriam vindo dos pássaros que encontrei mais cedo, estava preparado para encontrar mais aves semelhantes àquelas mortas a qualquer momento. Mas aparentemente eu estava errado. As penas se tornavam maiores e maiores, até chegar um ponto em que tinham tomado proporções nunca antes vistas por mim.

Avancei mais e mais, até chegar um ponto em que as penas poderiam facilmente ser comparadas com o tamanho do meu braço. Não acreditei naquilo que estava vendo, se aquilo realmente vinha de um animal, tive medo de encontrá-lo com vida, algo que fosse tão grande assim não poderia ser nada menos que um monstro.

- Okay, isso não está mais fazendo sentido. Ou eu estou sonhando ou coloquei algum ingrediente muito estranho na minha janta. Nunca vi nada desse tipo antes, mas se isso realmente veio de uma criatura, preciso seguir em frente e descobrir o que está acontecendo aqui, uma criatura tão colossal não pode simplesmente ficar tão próxima da vila sem que tenhamos nenhum conhecimento sobre ela. Além do mais, se eu voltar, pode ser que o rastro tenha sido varrido quando retornar... -

Então, continuei seguindo em frente, cada vez mais assustado com a proporção que as penas em minha frente tomavam. Um pouco mais na frente deparei-me com algo, se não mais, tão estranho quanto: Um campo de abóboras. Eu sabia que esse tipo de coisa não deveria ser capaz de crescer nessa área, nosso clima não era propício. Involuntariamente, minha mente começava a trabalhar, tentando bolar alguma teria para o que poderia estar acontecendo lá.

- Será que foi alguém que plantou? Se esse é o caso, talvez as abóboras sirvam de alimento para o monstro... Poderia ser que tem alguém... Criando ele? Não... Improvável... - Pensaria.

E então, notaria que ao lado do campo havia mais um aglomerado de penas. Minha curiosidade repousou ainda mais sobre o aglomerado de penas. As abóboras eram muito curiosas por crescerem em um lugar tão improvável, mas eram só isso, abóboras. Baseado nos pássaros mortos que havia achado no último aglomerado de penas que encontrei, imaginei que pudesse achar mais uma pista importante se fosse checar.

Seguiria então até o amontoado de penas com cuidado, alerta para o caso de encontrar algo ou alguém hostil. Chegando lá, analisaria o amontoado e seus arredores, tentando achar algo que pudesse me ajudar a entender o que estava acontecendo. Em seguida, caso não encontrasse nada que me apontasse à alguma outra direção, seguiria até o campo de abóboras e continuaria minha busca por pistas.


Fala ; Pensamento

Chegando mais perto do estranho amontoado de penas, deparei-me mais uma vez com uma ave, mas agora era completamente diferente. Em nada essa se assemelhava às outras que eu havia encontrado anteriormente. Seu tamanho era gigantesco, facilmente superando o meu. Não acreditei quando vi. Então havia realmente um monstro-pássaro por lá?

Seu corpo estava cheio de feridas, e eu pessoalmente achei que a criatura estava morta. Só conseguia pensar no que teria feito isso com ela.

- Quem pode ter feito algo assim com um animal tão grande? Ou foi um ninja muito experiente, ou alguma outra besta ainda maior... Eu não duvidaria de mais nada. -


Contudo, nenhuma das surpresas anteriores se comparava ao que senti quando a criatura falou comigo. O animal não só estava vivo, como sabia falar. Mesmo que sua voz estivesse bastante fraca, consegui distinguir as palavras que diziam: "Co-corra..... R-rápido....".

Ouvindo o aviso repentino do pássaro gigante, viraria-me apenas a tempo de notar o vulto laranja aparecendo em minhas costas, pronto para atacar.

- Raigeki no Yoroi! - Exclamaria, criando uma armadura de eletricidade em volta de meu corpo e esperando que fosse o suficiente para parar o ataque do inimigo.

Tendo-o eletrocutado, aproveitaria do atordoamento para lhe desferir um chute em seu rosto de abóbora, tanto para fazê-lo retroceder, criando uma distância entre nós, quanto para roubar um pouco de seu chakra com meu Kyuinjutsu, tentando compensar pela quantidade de chakra que havia acabado de gastar conjurando a armadura elétrica.

Tendo conseguido realizar minhas ações com sucesso, realizaria alguns selos de mão e deixaria pronto meu Raiton: Hebi Mikazuchi, pronto para ser lançado no inimigo.

- Quem é você? Por que me atacou? Quem é esse pássaro gigante que fala? E por que está matando as aves? Se você se mexer ou fizer qualquer coisa que não seja responder minhas perguntas, vai ser eletrocutado e conduzido de volta para a vila da pedra. - Diria com uma agressividade serena na voz.

Caso a figura reagisse, dispararia meu jutsu e tentaria acerta-lo.

Analisando melhor, aquela figura era completamente diferente de qualquer coisa que eu já houvesse visto antes. Seus braços não eram braços e sim vinhas. Além disso, portava duas espadas, uma em cada "mão".

- Esse deve ser o dia mais estranho da minha vida. Mas não é hora de ficar curioso agora, não sei do que essa coisa é capaz. -

Torceria para que ele cooperasse. Apesar de, graças à Senhora gata falante, eu já ter encontrado com um animal falante antes,  estava completamente perdido naquela situação e ansioso para obter respostas. Aquela era minha primeira batalha real, e estava disposto a não falhar por nada.


Fala ; Pensamento

Ativar o Raigeki no yoroi foi meu primeiro instinto ao ver o vulto atrás de mim, mas talvez eu tenha me precipitado. Aquela figura não havia me atacado ainda. Tendo sido avisado para tomar cuidado, e também a julgar que sua aparência não podia significar coisa boa, disparei meu Raiton: Hebi Mikazuchi, somente para descobrir que meu ataque havia sido inútil.

- O que? Ele anulou meu ataque? Mas como... - E pensaria rapidamente sobre esse fato. - A espada no chão... Acho que entendi, ele deve estar utilizando isso pra criar uma espécie de para-raios e anular meus raios. Bastante inteligente. Se for tão forte quanto é esperto vai ser um problema lutar contra esse cara. -

No próximo momento, surpreenderia-me com sua investida para cima de mim.

- Ele quer vir para o corpo-a-corpo? Droga! isso não é uma boa, preciso para-lo. - Pensaria enquanto estendia rapidamente meu braço esquerdo na direção dá abóbora que vinha em minha direção.

Usaria então a habilidade de minha tatuagem para sugar a maior quantidade de Chakra que pudesse. Rapidamente, antes que a figura conseguisse me atacar com suas espadas, colocaria a mão esquerda no chão, criando um símbolo idêntico à minha marca da mão esquerda, porém no chão. A marca cresceria sob mim e o pássaro gigante, gerando uma barreira azul que nos separaria do inimigo e impediria seu ataque.

Em seguida, realizaria um único selo de mão e utilizaria o Kanashibari no jutsu, em uma tentativa de prender o oponente de vez.

- Gostaria de ter ficado com seu chakra pra mim ao invés de ter conjurado essa barreira... Mas infelizmente não haviam garantias de que o Kanashibari fosse suficiente para pender essa coisa. Se ela tivesse chegado até mim eu estaria em apuros, além disso... - meus olhos se virariam, observando a ave caída pela visão periférica. - Ainda tenho que cuidar dessa criatura. Se ela me alertou sobre essa coisa talvez não seja tão perigosa assim, mas também tenho que extrair informação dela. -

Caso conseguisse prender mesmo a criatura, finalizaria dissipando a barreira e declarando:

- Talvez agora você se comporte. Vamos começar de novo. Explique-se, se é que você sabe falar... -

Estaria alerto para seus próximos movimentos e curioso para ver o que descobriria em seguida. Agora que parava pra pensar, não sabia dizer se aquela coisa sabia falar, afinal de contas, era uma abóbora. Era uma abóbora assassina e que usava um manto negro, mas ainda assim uma abóbora.


Fala ; Pensamento

Vendo a abóbora caída no chão, permaneci mais alguns segundos dentro da proteção de meu jutsu antes de deixar que a barreira se desfizesse. Quando isso aconteceu, andei devagar até o que era meu inimigo a apenas alguns segundos atrás e o analisei mais de perto.

- O que... É isso? Pra mim parece só uma abóbora confeccionada para parecer assustadora. Mas claro que não é só isso, se fosse só isso ela não teria tentado me matar, e muito menos teria feito isso com o pássaro... o pássaro! - Me lembraria repentinamente.

Chutaria a abóbora de leve algumas vezes para ter certeza de que ela não reagiria, e após isso arremessaria-a o mais longe que conseguisse só pra garantir. Tendo feito isso, me viraria para trás e encararia mais uma vez a ave ferida. Me surpreendi mais uma vez com o tamanho da criatura, não era algo que se via todos os dias, só podia imaginar o motivo de aquele animal tão peculiar estar em um lugar como aquele, e em uma situação tão precária. Mesmo estando muito debilitado, não poderia deixar de admirar sua beleza, aves já eram naturalmente belas para mim, mas uma ave como aquela, tinha seu diferencial bem claro para mim.

 Ainda bastante curioso com toda aquela situação, tentaria me aproximar dela, dessa vez tentando conversar calmamente e ver o que poderia fazer para levar nós dois à segurança. O medo que eu tinha de encontrar com a besta responsável por soltar aquelas penas praticamente não existia mais, já estava bem claro que meus inimigo na verdade seriam outros.

- Senhor pássaro, eu vou te salvar. Mas primeiro preciso saber de uma coisa: Ainda estamos em perigo? Tem mais de onde veio essa abóbora? - Caso a resposta fosse afirmativa, voltaria a ficar alerta aos meus arredores, caso não fosse, ficaria relaxado e me concentraria somente em dialogar com a criatura. Eu já sabia que não seria muito difícil combater uma segunda abóbora, uma vez que meu Kyuketsuko parecia ser bastante efetivo contra elas. Contudo, meu medo real era ser pego desprevenido, sem ser dado tempo para uma reação.

- Eu entendo muito pouco sobre medicina, principalmente sobre aves. Tem algo que possa fazer pra te ajudar a recuperar suas forças? - Perguntaria com uma preocupação sincera na voz.

Escutaria atentamente tudo que o pássaro gigante quisesse e daí estaria determinado a fazer de tudo para salvá-lo. Afinal de contas, foi pra isso que me tornei um ninja. 

Fala ; Pensamento

O pássaro havia me dito que eu precisava achar um cura e que as lâminas estavam envenenadas. Ouvindo isso, não pude deixar de ficar grato por ter tomado medidas extras de segurança, afinal, estava sozinho e relativamente distante da vila, se tivesse sido envenenado aquele poderia facilmente ter sido meu fim.

- Okay! Eu vou atrás da cura, mas onde posso encontra... -

Me interromperia mais uma vez, notando o vulto de antes se reerguer, mas dessa vez com 4 abóboras flutuando em baixo dela. Felizmente elas não portavam nenhum tipo de arma, mas mesmo assim, se planejavam me atacar aquilo poderia ser um problema.

- Tem alguma coisa errada aqui... Quando eu usei meu Kyuketsuko ela parecia ter votado a ser uma abóbora normal... Mas agora ela não só voltou como mais 4 se ergueram também. Seria possível que isso é fruto de uma técnica? Faria mais sentido do que eu estar lutando com um monte de abóboras vivas. Gostaria de neutralizar a que usa as lâminas com o Kyuketsuko agora, mas não consigo utiliza-lo de novo ainda... Já sei o que vou fazer. -

Agarraria rapidamente uma kunai e a acomplaria em um papel bomba. 

- Não pode anular isso! - E então arremessaria a arma no vulto com as lâminas. A kunai, por sua vez, explodiria ao atingi-la ou ao chegar o mais perto possível.

Quanto às outras abóboras que vinham em minha direção, realizaria um único selo de mão e esperaria que se aproximassem para ativar mais uma vez minha armadura de raios. Como estariam vindo em minha direção, tentaria atingi-las com socos e chutes e aproveitaria para tentar roubar um pouco de chakra das abóboras quando entrassem em contato comigo. Caso não conseguisse bater em todas, simplesmente deixaria as restantes atingirem minha armadura de raios. Mesmo sendo fraco fisicamente, esperaria que o fato de estar com meu Raigeki no yoroi fosse o suficiente para destruir as abóboras que entrassem em contato comigo. Tendo todas as misteriosas abóboras derrotadas, desativaria a armadura e encararia a marca em minha mão.

- Droga... Tô precisando de um pouco de chakra... - Pensaria

Caso a luta se encerrasse aí, criaria um clone das sombras e o enviaria para investigar a plantação de abóboras.

- Se isso realmente for uma técnica, o usuário deve estar escondido em algum lugar. Se não encontrá-lo é capaz de ter que ficar lutando contra abóboras a noite inteira. -

O clone seguira para o campo e tentaria encontrar algo suspeito, o original permaneceria perto da ave e ficaria alerta para o caso de novos ataques.

- Me fale mais sobre esse antídoto. Onde posso encontrar? -

Fala ; Pensamento

Uma a uma, vi as abóboras se chocarem com minha armadura e se destruírem. Tendo destruído todas e analisando que só faltava a abóbora que segurava espadas, sabia que ela anularia minha armadura mais uma vez, o que seria o motivo para desativar a técnica. "O espantalho é uma pessoa! Ele controla as abóboras e tem o antídoto" ouviria o pássaro gigante declarar. Se aquilo era uma pessoa, era provável que ele fosse o responsável por tudo aquilo. Sabaria que se o derrotasse o problema provavelmente estaria acabado, afinal, se estava certo em assumir que as abóboras me atacavam através de um jutsu lançado por alguém, era quase certo que aquele seria o usuário.

- Isso tá se alongando mais do que eu gostaria, esse cara vai ter que parar agora. De um jeito ou de outro. - Pensaria. - Se isso continuar por muito mais tempo vou gastar mais chakra do que gostaria, posso me complicar. Além do mais, tô ficando cansado, tenho medo de não conseguir acompanhar esse cara. Já que sei que esse é o responsável por isso, vou apelar. -

Utilizaria o Kanashibari para tentar prender o inimigo antes que ele conseguisse chegar perto o suficiente para conseguir me atingir com suas lâminas. Observando que seu corpo estaria paralisado em minha frente, Agiria rapidamente afim de impedir que ele reagisse e refizesse seja lá o que havia feito antes para conseguir com que um monte de abóborars me atacassem.

- Foi bom, mas acho que já deu né? - Diria com a respiração levemente pesada. - Você com certeza é um problema, espero que não me leve a mal por isso, mas não posso arriscar nada com você. -

Em seguida, faria meu clone atingir o inimigo com um Raiton: Hebi Mikazuchi.

- Doeu né? Perdão, mas sério, não precisa acontecer de novo. - Diria, fazendo meu clone se aproximar do vulto e lhe retirar as duas espadas, entregando elas para mim. Em seguida, se aproximaria mais uma vez e revistaria-o, a fim de encontrar algo que pudesse ser o antídoto.

- É isso senhor pássaro? - Perguntaria caso achasse algo que parecesse ser a cura. Em seguida, o clone entregaria o conteúdo para minha versão original, se dissipando em seguida.

- Você está desarmado agora. Por favor, não faça nada idiota e vamos só conversar, pode ser? Eu não quero te matar, mesmo que essa tenha provavelmente sido sua intenção com essas lâminas envenenadas - Mostraria-le as espadas e em seguida liberaria-o do jutsu, extremamente atento para caso tentasse algo

- Espero que você seja minimamente inteligente... -


Fala ; Pensamento

Fiquei aliviado ao ver que o vulto agora caia no chão. Preferia que ele se rendesse, mas estar desacordado também era um bom jeito de acabar com aquilo, não sabia quanto tempo mais aguentaria lutar com ele desse jeito. Tendo pego o frasco com o antídoto, não demorei para andar apressadamente até o corpo debilitado do pássaro gigante e lhe injetar o líquido que havia conseguido.

- Eu acho que isso aqui vai te ajudar. - Disse tentando tranquiliza-lo.

Em seguida, assistiria o animal se reerguer, me impressionando ainda mais com seu tamanho tão incrível à medida em que se levantava.

- Uau... É a primeira vez que eu vejo algo como você. Quer dizer, você é um pássaro gigante, e fala. Confesso que eu ainda não entendi muito bem. -

Ouviria seu agradecimento e sua proposta de aparecer para me ajudar quando eu precisasse, me surpreendendo ao ver um pergaminho aparecer em sua frente.

- O que? Você vai aparecer pra me ajudar?... Não entendi muito bem, do que se trata isso? Quem é você? Como isso funciona? - Perguntaria.

Ouvindo as explicações da ave, daria uma risadinha convencida e concluiria.

- Bom, creio que não tenho motivos para duvidar de você. -

Em seguida, levaria meu polegar à boca e o morderia, fazendo sair uma gota de sangue. Pegaria então o pergaminho e escreveria meu nome em sangue, selando de uma vez o pacto de sangue com os falcões. Não havia dúvidas para mim que ter um animal como aquele em minha frente me ajudando seria de grande utilidade para minha vida como ninja.

- Somos oficialmente parceiros no crime, Senhor pássaro. Me chamo Yoroy, posso saber seu nome? - Concluiria.


Fala ; Pensamento

Quando o animal disse que tinha que ir, não pude deixar de me perguntar como ele faria isso estando tão machucado. Eu não duvidaria nada que estivesse incapacitado de voar. Contudo, quando pensei que ele abriria suas enormes asas e tentaria alçar vôo, foi quando uma nuvem de fumaça cobriu o local onde ele estava, me fazendo dar um pulo para trás.

- Arhg! - Gritaria com o susto - Senhor Pássaro! Tudo bem?! Ué... Senhor Pássaro? -

Constataria que ele não estava mais lá, e agora estava somente eu no meio daquele lugar.

- Essa com certeza foi uma das noites mais estranhas da minha vida. Pássaros gigantes, homens abóboras comandando abóboras assassinas... Por falar nisso, preciso voltar para a vila e reportar sobre esse acontecimento. - 

Olhei todas as partes de meu corpo, de algum modo eu havia sido capaz de sair daquela situação sem nenhum arranhão.

- Acho que fui bem pra uma primeira batalha, além do mais...- Olharia para o céu estrelado. - Se o que o pássaro me disse for verdade, tenho o poder das aves em minhas mãos agora... -

Em seguida, retornaria andando para a vila e procuraria algum superior para reportar sobre o ocorrido. Depois disso voltaria para casa, pronto para ter uma merecida noite de sono.

Fala ; Pensamento