[Ranks D] Descontrole e exagero

Na noite anterior, Senko não conseguiu dormir direito. Seu primeiro dia na vila de folha tinha sido igual ao seu penúltimo dia em Sunagakure no Sato: ajudando os outros a se recuperarem dos estragos que as guerras causam. Essa semelhança entre as atividades só piorava os flashs do desastre na cabeça do garoto. O trauma ainda estava muito fresco e o pequeno genin da areia estava instável. Mesmo assim, não queria fugir daquilo que sempre foi.

O Matsuda encontrava-se sentado próximo ao pátio da academia ninja, observando as outras crianças que ainda não tinham se formado. Portando a sua nova bandana, sentia-se como um impostor exibindo o símbolo da folha numa aldeia em que era reconhecido como um ninja da areia. Olhando para baixo com tristeza, viu uma sombra se aproximando com velocidade.

— Ei, refugiado da Areia, pode me ajudar? — disse um ninja com vestes semelhantes ao que o guarda que o recebeu na manhã anterior. — Um aluno meu sumiu e não posso deixar os outros aqui sem supervisão, então queria saber se você consegue encontrá-lo e trazê-lo de volta pra cá.

Senko olhou para o ninja e consentiu sem dizer nenhuma palavra. Não estava gostando daquele apelido que tinham lhe dado, mas aparentemente as notícias da sua chegada correram rápido pela vila. Enfim… levantou-se e foi à procura do fujão.

Obviamente, por se tratar de uma criança da academia, deve ter fugido para se divertir em algum lugar com um apelo juvenil. O jovem Matsuda foi ao estabelecimento mais próximo e perguntou para os comerciantes se havia algum salão de jogos ali por perto e, para sua sorte, a sua pesquisa lhe levou para uma rua secundária com alguns becos ao redor. No fim da rua, um salão de “jogos e outras coisas”.

Entrou no salão e começou a procurar pelo garoto. Rodeado de adolescentes, adultos e garçonetes com roupas exageradamente sensuais, uma criança tão nova quanto Senko jogava cartas com um grupo de adultos. Senko foi até o garoto e o puxou pela gola da camisa, arrastando-o pelo salão sem se preocupar com mais ninguém. — EI! Me solta, me solta! Quem é você?! — esperneou o garoto.

— Seu sensei mandou eu te buscar… fugindo pra jogar cartas, hum?

O aluno fugitivo bufou, entendendo o motivo de Senko estar ali. Sendo assim, ele só aceitou seu destino e foi sendo empurrado por Senko.

Contudo, ao atravessar o beco para voltar para a academia, três homens ameaçavam uma senhora com um canivete…

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Senko'

Ter 13 Out 2020, 12:47

Procurando o fujão

HP: 1125 | 1125 • CH: 1825 | 1825 • ST: 0 | 5

Senko entendeu tudo, estava diante de uma covardia imensurável. Num momento de fragilidade da vila, aqueles homens se aproveitavam de uma frágil senhora que estava em posse do suado dinheiro que havia ganhado naqueles dias difíceis. Uns trabalham, outros se aproveitam, são parasitas.

Não ia deixar barato. — Ei. Soltem-na, por favor. — disse, num tom calmo, exibindo uma feição extremamente neutra.

— Crianças ao resgate! HHAHAHAHA! Vaza, moleque! — os ladrões gargalhavam, sem levar o garoto a sério.

— Ok.

O jovem genin extravasou naquele momento. Numa ágil e furiosa investida, jogou o ladrão que havia lhe respondido contra a parede com dois socos no abdômen. Sacou uma duas kunais com a mesma mão, e fincou-as nas mãos do gatuno com toda a sua força, prendendo-o na parede em formato de cruz.

Os outros não demoraram para reagir, vindo por trás e pelo lado. Ainda de costas, Senko elevou a perna o mais alto e mais rápido que pôde, acertando o peito do segundo indivíduo e o jogando longe. O terceiro, que vinha pela sua esquerda, tentou trazer o Matsuda para uma luta mano a mano. Teve a iniciativa e tentou desferir dois socos, mas foi bloqueado facilmente por Senko que devolveu os socos na face do homem, que caiu no chão.

Ele poderia parar por ali, mas não parou. Pulou em cima do homem e continuou a socar a sua cara. Um soco por Topazu, outro por Aelin, mais dois por Ayumu e Takeshi, outro por Shinka. Nariz quebrado, a mandíbula completamente deslocada, a face completamente inchada e o sangue espirrava. E não parou. Daria um soco por cada vida perdida em Suna, por cada injustiça não resolvida, enquanto seus olhos estavam marejados lembrando de toda a destruição. Mas uma mão no seu ombro o interrompeu. — Er.. calm.. — o aluno da academia ia dizendo.

— SAÍ, ELE MERECE! — olhou com toda a cólera do mundo para o garoto com seus olhos de tom carmesim. O menino caiu para trás tremendo de medo. Nesse momento, Senko olhou para as suas mãos, para o sangue que escorria e para o homem desfigurado. O outros dois ladrões estavam imóveis, igualmente assustados com o ódio do genin de suna.

Levantou-se, respirou fundo e desativou o Sharingan. Foi até o ladrão fincado na parede e retirou as kunais meladas de sangue, guardando-as mesmo assim. Ele caiu no chão sem dizer nada. Limpou-se com um pano velho que estava na rua e levou o garoto de volta para a academia. No caminho, não disseram nada, nem mesmo ao chegarem.

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Convidado

Ter 13 Out 2020, 13:05

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