MONOGATARI SHOUJO AYUMU☆MAGICA

Palavras: 373

Você é o herói?

Essa pergunta que reverberava pelas entranhas de sua pequenina mente, teria adentrado a tempos, e, dia após dia, se tornava mais frequente e penetrante na sua vida, e também na sua alma. A pequenina não tinha percebido, mas quanto mais buscava em vão, mais a sua busca ganhava um sentido, e a pergunta que mais fizera ao longo de sua breve vida, repetidas vezes não tinha a verdadeira resposta. Sua determinação era grande, suas lutas e sua cruz eram difíceis, extensas e pesadas demais. Seria fácil inventar alguma desculpa e desistir, realmente seria fácil.

Entretanto caro leitor, desistir não era a opção da garotinha, e mesmo se ela estivesse abalada e com sua determinação em frangalhos, ela iria continuar, por qual motivo? Talvez seja porque essa sua grande determinação não seja apenas sua, e porque ela sabe que um dia o grande herói irá aparecer. Essa saga não era o início da saga do herói, porque o herói não estava ali, e a saga já tinha iniciado, a bastante tempo, mas por hora se focava em um alto e fino grito.

— AI!

Ayumu estava ali no chão, se contorcendo de dor, com o seu joelho que doía bastante e suas mãos estavam ardendo. Ela estava com o pensamento tão vago enquanto olhava para o horizonte, que acabara nem percebendo uma pequena pedra no meio do seu caminho e “poof”, acabara tropeçando e caindo no chão.

— Ah que saco... — Ela reclamava, enquanto se levantava olhando tentando notar algum ferimento profundo, mas só fora um tropeço mesmo. — Tenho que prestar mais atenção...

Sim, tinha. Depois de tanto tempo fazendo algumas missões, a pequenina resolvera se fortalecer como ninja, mas não seria um treinamento físico em si, seria adquirir conhecimentos, e andar pelos arredores de Sunagakure no Sato poderia dar alguma luz no seu ponto de vista, ou mostrar algum detalhe importante sobre o herói que ela não tivera percebido.

Estava tudo relativamente bem, até que a pequenina escutou um barulho estranho nas suas costas e quando se virou ela viu uma pessoa que tentava se esconder em uma capa, mas no meio do nada claramente isso não daria certo.

— QUEM DIABOS É VOCÊ?! — ela gritava enquanto agarrava forte o seu martelo.

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Palavras: 231

Sem resposta, o silêncio era total. Passou alguns segundos com uma tensão no ar, até que de repente a tensão fora quebrada com um grito masculino:

— PASSA A GRANA! — A pessoa que se escondia, começou a correr em direção a Ayumu, e ainda tinha uma kunai na mão, aparentemente a criminalidade chegou até Sunagakure no Sato, pelo menos não era ainda dois homens em um cavalo.

Estava terrivelmente perigoso, a pessoa avançava rápido, e pequenina reagiu fazendo os selos de mãos na ordem do carneiro, macaco, cavalo e carneiro, e acabou dizendo.

— Do cuspe a pedra! Doton! Iwa Bushin no Jutsu! — E cuspia pedra que acabou formando um clone seu.

A pequena tentou utilizar de seu clone como proteção, fazendo o clone combater com aquela pessoa tão nefasta, mas seu inimigo parecia além de rápido, bastante esperto. Ele deixou o Bushin para trás na velocidade e foi de frente para Ayumu que desesperada, tentou se proteger com suas pequenas mãos, mas fora em vão. Aquela pessoa não utilizou de sua kunai, apenas pegou a bolsa de armas da menina e saiu correndo.

— QUEEEEE?

As duas Ayumus ficaram perplexas com o que tinha ocorrido, a pequenina começou a correr na mesma direção do ladrão até que uma voz miada rindo ao fundo fez a pequena parar.

— Que confusão tamanho família! Altas aventuras do barulho, nya!

Ayumu se virou, estranhamente era um gato.

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Palavras: 233

Ayumu olhava sem entender, era realmente um gato. Um gato, sim um gato marrom de cor clara, com manchas escuras em suas bochechas, e vestia um quimono vermelho. Ele estava simplesmente falando do nada, e rindo da situação. A ninja só poderia ter perdido o juízo, ou estar com alguma droga no corpo.

— Talvez tenham colocado alguma bebida no meu caldo hoje... Só pode... — Ayumu dizia olhando o gato fixamente. — Não tem como, é apenas um gato...

O gato olhava para ela fixamente, dessa vez um pouco mais sério, a pequena não entendia bulhufas. Ela balançou a cabeça e respirou fundo.

— Nya.

— Ufa, apenas um gato. Jurava que tinha imaginado coi.. — Ela nem terminava sua frase e o gato começava a rir novamente.

— Ouvinyado o que? Gato falante? Nya! — O gato voltou a falar, Ayumu arregalava os olhos, estava com terror estampado em sua face. — Nyunca ouviu falar de Nyan Nyeko?!

— Nyan Nyeko?! — A resposta mal conseguia sair pelas cordas vocais da pequenina, ela tremia de medo do que aquele ser aparentemente sobrenatural poderia ser.

Sua vontade era de correr, para bem longe, se desse ela correria até Konoha sem parar, estava nítido seu pânico ali, até o gato percebera.

— Você deveria pelo menyos relaxar... — o gato tentava acalmar Ayumu, e passos e mais passos eram ouvidos, mais confusão provavelmente. — Você que fez isso tudo Hiro, nyão deveria fazer algo a respeito?! Nya!

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Palavras: 239

Um homem aparecia, era alto, para Ayumu era alto. Loiro, de cabelos penteados para os lados cujos fios chegavam até as costas. A pequenina nunca tinha visto aquele homem, mas sabia pela bandana que ele era de Sunagakure no Sato.

— É o que diacho? Que que foi? — Ele quase gritava chegando, se aproximava de todos e olhava para o felino. — Encontrou?!

— Nyada, apenyas um anyão. — o gato respondia apontando para aquela ninja que tinha quase o tamanho de um banquinho.

Era fácil de entender a situação pelo menos por causa da expressão da genin, a pequenina estava mais perdida que cego em tiroteio. Coube ao ninja falar algo.

— O que Sunagakure no Sato está fazendo com seus ninjas hoje em dia é putaria. Nem ao menos ensinam sobre Kuchiyose no Jutsu... — Falava em tom de deboche. — Mas e aí, qual a boa? Vai ficar aí com tendo caganeira de medo por uma gata?! Se fica parada por causa disso, imagina se tivesse uma guerra... TENHA MODOS CARAI, TU É NINJA PORRA! É SÓ UM GATO NÃO É ASSOMBRAÇÃO NÃO!

Aquilo que deveria ser um deboche acabou sendo um esporro. Ayumu iria dizer obrigada, mas não conseguia ter modos para isso naquela situação.

— COMO QUE EU IA SABER?! — Ela indagava enquanto o animal olhava para a situação dando um riso amarelo. — E QUE DIABO É KUCHIYOSE NO JUTSU?

E nesse clima de amor e harmonia mútua, uma nova relação começou.

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Palavras: 236

Ayumu se sentia burra, mas talvez fosse o fato de o ninja ter debochado dela não saber o que era Kuchiyose no Jutsu. A pequenina ficava sem entender, então existiam animais que falavam e não era aberrações.

— MEU DEUS, QUE EU FIZ PARA MERECER ISSO. — O ninja cabeludo só faltava ajoelhar na sua prece. — Minina, isso é uma técnica básica, de invocação, sabe, tu puh, puff, pow... Entendeu?! — Ele dizia fazendo poses que pareciam poses de Jojo, mas Ayumu não entendia nadinha.

— Acho que entendi... — Dizia sem entender.

— AÍ SIM, NOVA POTÊNCIA DE SUNAGAKURE NO SATO! 200 DE QI! — Ele zombava. — Mas sério, qualquer ninja pode fazer um contrato único, só que tem que ser bem pensado, só pode fazer uma vez, e vira tipo uma assinatura sabe. MAS COMO TU TEM 200 DE QI JÁ SABE O QUE VAI INVOCAR NÉ?! QUE SERÁ...

— O HERÓI! — Ayumu gritava de felicidade, e tanto o ninja quanto a gata não entendiam a resposta.

— Me desculpe, mas SEU RACIOCÍNIO ESTÁ MUITO AVANÇADO PARA UM POBRE JOUNIN COMO EU. DEVO ABDICAR DO MEU TRABALHO E ESTUDAR ARDUAMENTE ATÉ ENTENDER O SEU SABER... — O homem zombava, ele era estranho, Ayumu não sabia se ele era sério, brincalhão, mas que ele era empolgado, ele era.

— Anyanmal... Tem que ser, nya... — A gata tentou dar uma luz.

— CAPTEI, CAPTEI VOSSA MENSAGEM. — Ayumu dizia olhando para os céus. — UM ELEFANTE, ALGO DIGNO DO HERÓI!

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Palavras: 341

— Que?

Bom pela reação facial do ninja cabeludo, talvez aquela resposta fora bastante estranha. O homem olhava quase chorando para a gata, até que desabafou.

— Eu não consigo entender esses jovens, no meu tempo o povo já era estranho, queria ir de sapo, lesma, mas hoje em dia querem elefantes? Você conhece alguém que invoca isso?

— Nyan... — o gato negava.

— Bom, rodapé... Infelizmente eu não posso te ajudar com essa. Você terá que ir atrás de alguém para fazer contrato com Elefantes... — Ele dizia se afastando. — Boa sorte na sua procura, e se lembre, isso é uma via de dois lados, ambos têm que aceitar... Vamos Hina, vamos continuar nossa busca.

O homem e a gata já estavam indo, até que Ayumu se tocou de suas coisas, se tivesse partido na hora, daria para recuperar, mas com o tempo passando, seria difícil, ela não conseguiria, mas talvez um ninja como ele, poderia ter algo a fazer.

— ESPERA! — A pequenina gritava enquanto corria até o homem e puxou a sua mão. — Não teria como me ajudar? Levaram minhas coisas, eu ia atrás, mas você apareceu...

— Nyão... — a gata não queria, ignorou completamente o pedido da pequenina. Afinal, para a gata pouco importava, mas isso não era o mesmo para o jounin. Hiro fazia uma pose heroica, quase falando “ayaya”.

— MAS É CLARO, O QUE TU NÃO PEDE MANDANDO QUE EU FAÇO SENDO MANDADO?! — Ele era estranho, muito estranho, mas parecia ser alguém bom. — NUNCA DEIXE DE AJUDAR ALGUEM EM APUROS, ISSO NEM É SER NINJA, MAS É SER GENTE! SIMBORA TAMPA DE BOTIJÃO DE GÁS!

E ele começou a correr para noroeste, Ayumu começava a seguir, mas Hina a gata colocava a pata sobre a testa com olhar de desaprovação. A gata até que era calma, mas ver dois ninjas buscando alguma coisa sem nem procurar por pistas antes era um erro básico.

— NYAN! Pro outro lado, nya! — Ela dizia apontando. — Nyão duvide de uma nyan nyeko!

— MAS É CLA-RO! — E ele foi, junto de Ayumu e com o Ninneko na cola.

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Palavras: 218

A ninneko era um pouco complicado de assimilar, não existiam motivos para isso, mas ela tinha apontado para a pequenina o local para irem. Ayumu seguia o jounin loiro, que mudou da super empolgação para super seriedade em um piscar de olhos, foi só ele começar a busca que seu semblante mudou completamente, como se fosse outra pessoa.

A perseguição fora até que rápida, demorou nem 10 minutos até que encontraram aquela pessoa encapuzada que tinha roubado a genin.

— É ELE! — Ayumu discretamente gritava de uma maneira que até gente de Iwakagure no Sato escutariam. — PARADO AÍ! — Ela gritava, e a pessoa corria para longe.

Escaparia? Provavelmente sim, ele era veloz, e teria o mesmo desfecho. Até que como se fosse mágica, o jounin fez alguns selos e disse:

— Venha, me ajude com seu poder... Kuchiyose no Jutsu!

E após uma fumaça, do nada aparecera um gato negro, de roupa branca, como se fosse carateca, mas era na verdade Kung-Fu. Ayumu agora olhava entendendo melhor da técnica que fora aplicada, seria importante mesmo ter aquilo no seu arsenal, principalmente para obtenção de algum suporte e até de alguma companhia.

— Nyan Nyeko Kung-Fu! Você alcanyança ele! Ele é veloz! — Hina dizia, mas o gato nem esperava.

Com uma velocidade que Ayumu não tinha, o gato avançou.

— NYA! — Ele miava.

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Palavras: 254

O gato era rápido e bastante habilidoso, em um piscar de olhos estava agarrando o ladrão, derrubando-o no chão.

— Melhor não fazer nenhum movimento brusco!

Ayumu só olhava o jounin comandando tudo aquilo, era estranho ele não começar a gritar, ou ser estranhamente empolgado do nada. A pequenina apenas via o cabeludo pegar de volta seus pertences, e levantava o ladrão.

— Sunagakure no Sato... — Hiro, o jounin dizia em voz alta. — Qual seria o bom caminho que roubar traria para você? Se acha que esse é o seu caminho como pessoa?!

Ayumu olhava mais de perto e o ladrão era uma criança, não tão nova, mas com idade de ser da academia ninja.

— A VIDA É COMPLICADA, MAS SÓ MUDA O SEU RUMO, COM BASE DE EDUCAÇÃO! É PRA CADEIA QUE TU QUER IR? SE FOR, BELEZA TE PONHO LÁ!

Ayumu quieta estava apenas vendo tudo aquilo, era realmente uma criança, nem todos tinham as mesmas oportunidades, mas todos podiam mudar. A pequenina apenas observava a criança pedir desculpas pessoalmente para o jounin e para ela. Era uma situação embaraçosa, aquela criança correndo mais que a própria Ayumu e que o jounin.

— Bom, Kung-Fu, valeu pela ajuda, agora pode voltar! — Ele dizia enquanto se virava para Ayumu. — E agora é hora de ir, foi um prazer!

Ele estava indo, quando a gata se aproximou de Ayumu e questionou:

— O que tanto busca para precisar de ajuda de invocação?! Nya! — Ela olhava para a pequenina.

Ayumu olhava friamente, e sabia o que aquilo a lembrava.

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Palavras: 802

Um dia o grande herói irá aparecer.

Os tempos passavam, mas as lembranças pareciam que nunca iram ficar no passado distante. Sunagakure no Sato, o tão grande e forte país do vento, dotado de grandes ninjas, de grandes técnicas, de grandes feitos. Porque aquele país estava ali, a mercê dos outros? Quantas e quantas crises iriam ocorrer, para um dia o país se estabilizar? Porque as pessoas ali não poderiam ter uma vida normal?

Todos ali eram nascidos da areia, criados pela areia. Aquele calor, junto de suor e lágrimas estavam sempre presentes não só em Sunagakure no Sato, mas em toda Kaze no Kuni.

“Umu, Umu...”. Aquela voz ecoava pela cabeça da pequenina, como se fosse uma canção, ela sabia bem de quem era a voz.

Um dia o grande herói irá aparecer, é sabido.

“Umu, Umu, Ayumu”. A voz terminava a sua canção. Eram apenas lembranças? Não, eram as lembranças, mas eram coisas que a pequenina não queria lembrar. Aquele corpo tão frágil, com olhar profundo e sorridente, que era tão vago e determinado.

“PORQUE NÃO VOLTAMOS? AINDA TEM TEMPO!”. A anã gritava. Seus gritos não eram ouvidos, mas porque Ayumu? O que seria mais importante que a vida de uma pessoa? Ayumu, você consegue responder?

Um dia o grande herói irá aparecer, é dito.

A pequenina não entendia, e talvez ninguém entendia de fato. A loira apenas corria para a entrada da caverna e gritava implorando por alguém, por alguma coisa. Ajuda. Nada, ninguém. Até parecia que Deus tinha perdido as esperanças.

“Umu, Umu, Ayumu-shoujo... Porque chora tanto?”

Estava tudo bem naquela situação? Como ela poderia não chorar? O que ele queria que ela dissesse? Ayumu pela primeira vez na vida sentiu que não tinha o que fazer, estava acabado. O dono da voz então pegava um simples e estranho artefato.

“Está tudo bem Ayumu-shoujo. Isso aqui, que sempre achou estranho, é algo valioso, ele é o símbolo do Herói...”

Um dia o grande herói irá aparecer, ele irá, ele irá.

A menina xingava, o que tinha de herói nisso? O que o HERÓI faria? RESOLVERIA COMO MÁGICA? Não, o herói assim como o País, assim como o Kazekage, assim como Deus, todos não estavam lá.

“Um dia o grande herói irá aparecer. Você verá Ayumu-shoujo. O grande herói de Kaze no Kuni, ele não trará a vitória certa, mas ele trará algo que é quase impossível de alguém dar...”

Esperança.

Apareça herói. Apareça.

Depois de tanto tempo, a pequenina apenas no fim entendia o porque o olhar tão vago e cheio de vida. Aquele tosco pirulito, possuía um imenso significado, era um símbolo. A pequena sentia aquilo como se fosse uma tocha, uma tocha de esperança, que tinha sido passada por tanto tempo, e agora a tocha passava das mãos de seu mentor para as dela. Ela sentia que a tocha de seu mentor estava se apagando e que algo deveria ser feito.

Um dia o grande herói irá aparecer, eu sei.

A menina dizia que iria encontrar, na tentativa de não fazer a tocha se apagar, mas já não tinha mais combustível para deixar aquela acessa. Ela estava se apagando, até ela via os olhos dele fixados no dela, e a boca começou a abrir.

“Ayumu-shoujo...”

“...”

“Você é o herói?”

Ela olhava e uma lágrima descia pelo seu rosto, de decepção, de tristeza, eram tantos sentimentos, que em um só não daria para explicar o que ela de fato sentia. Ela sentia apenas um abraço forte e ela se tocou aonde estava.

— ESTÁ TUDO BEM RODAPÉ! — O homem gritava tentando confortar a garota.

A gata, olhava aquilo sem entender o motivo, o porquê, será que era a busca? A criança enxugou as lágrimas e pedindo desculpas respondeu:

— Um dia, o grande Herói irá aparecer. — A gata olhava sem entender para a criança que dava a resposta. — O herói que mostrará o caminho, o herói que dará esperança para todos. — O jounin não riu, não zombou, apenas olhava. — EU PRECISO DE AJUDA PARA ENCONTRAR O HERÓI! APENAS ISSO!

Então o jounin se agachou olhando fixamente para Ayumu.

— As vezes, a gente precisa de ajuda, para carregar os pesos impostos nas nossas costas. Herói isso, herói aquilo... É uma baboseira imensa isso, não acha? — Ele apontava para a menina. — Entretanto, todo mundo precisa de um herói. — Fazia uma pose. — Se é ajuda, acho que gatos são os melhores ajudantes, mas eles não ligam para isso, é o que pensam. No fundo, ligam para quem se conectam, é sabido. E então Hina, rodapé-chan entra no aval disso?!

A gata concordava, dando o aval, então o jounin tirou um imenso pergaminho.

— ENTÃO RODAPÉ-CHAN?! VAMOS COMEÇAR ESSA BUSCA?! PRESTE BASTANTE ATENÇÃO, APENAS VOU ENSINAR UMA VEZ, SE NÃO ENTENDER ENCONTRE O HERÓI E MANDE ELE TE ENSINAR!

E assim ele gritava.

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Palavras: 257

Apenas uma vez, e assim fora feito. Hiro, o jounin, entregou o grande pergaminho e mandara a pequenina abrir, e assim fora feito. Ela abriu, e tinha muitos nomes.

— Assine seu nome e deixe sua digital. Depois ensino a técnica...

Ela pegou sua mão direita e assinou, e colocou os dedos, assim como os anteriores fizeram. Então o jounin mordeu o dedo e começou a fazer os selos de Javali, Cão, Pássaro, Macaco e Carneiro.

— KUCHINYANSE NYA JUTSU — e ele invocou.

Um gato apareceu, era grande, imenso. E sumiu depois que o jounin disse para ele ir embora. A menina perguntou se o nome que ele tinha dito estava correto, e ele disse que era melhor assim, já que era gatos.

A menina fez o mesmo, mordeu o dedo e repetindo os selos que ele fizera, ela tentou invocar.

— INVOCAÇÃO! KUCHINYANSE NYA JUTSU!

Sucesso, um gato pequeno aparecera, a pequena aprendera uma coisa especial. O jounin mostrou como que a pequenina faria para pedir para o gato ir embora, e o gato fora. Ayumu ficara feliz e tentara agradecer, mas o jounin era rápido demais.

— FALEI 200 QI VOCÊ! — Ele pulava de emoção — Bom, acho que é hora de voltar, vamos para Sunagakure no Sato, está tarde já...

E assim, Hina voltara para seu mundo, e jounin e genin voltaram para a vila.

— Perdi meu tempo ensinando esse toco, eu tava buscando algo. ME DEVE! — ele gritava.

E nessas aventuras de Oshiro Ayumu, até que sua vida solitária, parecia que não iria mais ser tão solitária assim.

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