Oh can’t you see me?

Yota depois da ida para a biblioteca percebeu uma estranha fome por conhecimento e Mayu só parecia a alimentar cada vez mais fazendo com que realmente fosse a busca dele. E quando descobria que podia ter o conhecimento que queria agora ele queria mais ainda. Tinha combinado com a garota que iria fazer uma missão junto a ela, já que os dois tinham um objetivo quase que em comum, não via nada de errado em ter parte da sua vida ninja compartilhada com ela. Mayu também era uma amiga muito boa para ele, então se fosse para ser alguém para fazer isso, ela era a pessoa certa.

O local estava vazio quando chegaram isso não era um sinal muito bom, pois era capaz de que nenhuma das missões estivessem disponíveis para eles. E assim aconteceu. Porém algo um pouco mais excêntrico aconteceu. Entrou de costas, encarando Mayu enquanto comentava sobre como tinha um jutsu novo que queria mostrar muito para ela, porém parou ao perceber a atenção dela virar para uma pessoa que parecia bastante exaltada dentro do salão.

Yota entendeu rapido a situação. Deveria ir pegar chá no país do arroz. Tinha ótima memória, então conseguia lembrar onde era o lugar no mapa, não imaginou que aquilo seria um problema. Mas a situação aconteceu tão de repente que Yota só aceitou a missão, pegando o pergaminho da mão da atendente.

Acompanhou a garota até onde ela estava o puxando. Já estava acostumado com aquele tipo de tratamento, sabia que se Mayu não tomasse atitude e o puxasse ou fizesse ele ficar quieto, ele continuaria falando ou indo para lugares o tempo todo. "A gente pegou uma missão, certo?" Falou, olhando para o lado positivo, levantando o pergaminho. Era isso que eles queriam de qualquer forma, podia ter sido de uma forma mais simples, mas já que havia acontecido não iria reclamar.

Abriu o mapa ao comando de Mayu e checou exatamente para onde tinha que ir. Sua memória sempre o ajudava nessas ocasiões e também seu estranho bom senso de direção.

"Então vamos?" Disse. Já tinha guardado as suas coisas, já planejando ir para a missão de imediato, e mesmo estando um pouco nervoso tinha certeza que iria dar tudo certo.

Considerações:

Oh can’t you see me?

Apresentou o mapa para os guardas já sabendo que ele os autorizaria a sair. Sua mãe era ninja e já havia ido se despedir dela na saída de seu vilarejo ou perto dali então ser ele a pessoa que saia naquele momento era muito importante para ele. Sentia que dava outro passo para os seus objetivos e isso deixava ele bastante feliz, e quando estava feliz gostava de falar e Mayu era a pessoa que sofria na mão do outro nesse quesito. Falava para ele sobre o quanto a mãe dele já havia saído em missão e que depois que leu o livro conseguia entender como os ninjas da vila conseguiam não se sentir tão desconfortava no meio do deserto, além de outras coisas bestas que ele usava para ligar uma história à outra. Imaginava que a outra já estaria até mesma acostumada com aquilo, então não se poupou de contar tudo em cada detalhe.

Aos poucos o terreno foi ficando mais duro e ele conseguia sentir as arvores aparecerem na distancia. Comentou alegremente diversas vezes para Mayu que já tinham visto sobre aquela mudança no mapa e como eles estavam no caminho certo. Conseguir ver um terreno totalmente diferente era uma experiência muito interessante para Yota. Não parava de olhar de um lado para o outro observando à sua volta. Seus olhos se mantinham onde ele acreditava ser o caminho certo, e Mayu ainda se continuava ao seu lado, então não se preocupou de perder ela por meio das arvores.

Quando chegaram a um rio, já estava anoitecendo então decidiram que ficariam por ali mesmo. Além de que ter perto um rio era melhor do que deitar em um lugar aleatório. Yota ficou responsável por achar algum lugar que não fossem ser pegos de surpresa caso alguém aparecesse, se afastando um pouco da rota principal que estavam, mas ainda mantendo ela em vista para que não se perdessem. Achou rápido um lugar onde as arvores impediam de um lado e o rio do outro.  O garoto também fez questão de colocar folhas por entre os lados para caso acontecesse algo pudessem escutar.

Não havia sido a melhor noite de sono, pois tinha que se manter atento para caso algo aparecesse, mas nada apareceu e puderam seguir a viagem de forma mais natural.

Passaram por diversos lugares e até mesmo Mayu estava falando bastante, comentando sobre as diferenças de culturas de lá com Suna e os dois ficaram bem triste sabendo que não poderiam ficar lá por muito tempo. Yota prometeu que se conseguisse arranjaria outras oportunidades para os dois juntos estudassem os outros lugares, porém isso seria outro dia, naquele momento tinham que se preocupar com o chá.

A razão do nome do país ficou claro quando se aproximaram. Podia ver muitas pessoas  custando da vegetação do lugar e de longe conseguia ver os prédios turísticos. Parecia tudo muito bonito e ele ficou a imaginar como deveria ser viver em um lugar como aquele. Gostava de Suna, mas talvez um país com temperaturas tão violentas nos dois picos não fosse realmente um lugar que humanos deveriam estar. Era feliz pela sua vila e pelo seu país, mas aquele questionamento passou rápido pela sua cabeça.

Escutou a pergunta da outra e andou mais para frente esperando que a mesma o seguisse. Era óbvio que em um lugar turístico como aquele deveria ter um grande amontoado de pessoas querendo vender coisa, principalmente aquele chá. Pessoas ricas amavam comprar e não gostavam de procurar. E ele estava certo. Conseguiu achar uma rua onde haviam bastante mercadores vendendo produtos diversos. Aproximou-se de Mayu pois não queria que a mesma se perdesse na multidão enquanto procurava pelo vendedor que entregaria a bebida.

Os dois não eram tão altos quanto os outros por ali, então algumas vezes pessoas passavam pela sua frente o impedindo de ver lojas que pudessem estar atrás dos vendedores, porém tiveram sorte de sentir o cheiro de chá.

Não tinha muito mistério no que tinha que fazer. Sabia que Mayu não gostava de falar tanto com outras pessoas, então se colocou na frente da missão simples e bem mundana de só comprar o chá na lojinha.

Considerações: