Missão D:

Já estava acostumado a reclamar das missões com a Kazekage, mas dessa vez não foi ela que havia entregado a missão para ele recebida apenas por uma carta enviada para a sua casa. Estava pensando que já começaria a fazer missões mais agitadas mas se contentou em missões simples, mesmo que ainda soltasse umas reclamações baixas enquanto ia até a floricultura. Nunca havia reparado o lugar então demorou um pouco para encontrar o local recheado de flores e que estava até com bastantes pessoas prontas para fazer alguma compra. Pediu licença para todos e se encontrou com a ninja que estava ocupada demais para cuidar da loja. Ela explicou as coisas que tinha que fazer e avisou que ninguém pediria por algo muito complexo, só precisaria servir como caixa e Yota deu um sinal de positivo para ela.

Logo que a moça saiu, os clientes começaram a aparecer e aos poucos o menino foi se acostumando com o movimento. Muitas das suas funções envolviam apenas entregar os buques já montados e fazer a função de caixa. Nada muito complicado. Havia tido uma pequena dificuldade em ter que ficar parado esperando alguém aparecer para atender, mas a loja aos poucos começava a encher então não teve muito problema na questão de tédio, mas aos poucos sentiu que precisaria de uma mãozinha extra, então fez um clone de papel que o ajudasse a pegar o buque que as pessoas pediam e o entregar na caixa. Não confiava em seu clone com o dinheiro.

Tentava ao máximo se manter focado mesmo tendo que atender até mesmo mãe de amigos seus que o conhecia e começava a puxar assunto e tinha que explicar algumas vezes de que aquilo era uma missão. Porém em geral a tarde havia sido calma, então logo que a Jounin voltou e pediu desculpa pelo pedido às pressas, ele nem havia reparado o tempo que havia passado. Talvez trabalhar em loja seja mais suave que ele imaginava que seria, porém ficou quieto e não comentou sobre isso. Sabia que não poderia comparar a sua experiência de poucas horas com um trabalho mais completo. Foi às pressas para a Kazekage para ver se conseguia arranjar outra missão para o mesmo dia ainda. .

Missão D:

Pensava que terminaria ali o dia, mas Kazekage o informou que precisavam de ajuda para exemplos de Genins na academia e pensou que seria bom ele ir para lá ajudar as crianças. E Yota estava doido para mostrar suas novas habilidades então aceitou a missão de imediato. Nem tentava esconder a felicidade de seu rosto enquanto descia a torre e corria até a Academia. Foi avisado que a aula já havia começado e um dos formandos que havia prometido ir teve uma missão mais importante para ir, então Yota iria para preencher a lacuna que apareceu de imediato.  .

Sua experiência na academia havia sido boa, sempre foi inteligente e tinha facilidade para aprender coisas, então para ele era fácil impressionar os professores, mesmo que na maioria das vezes eles só pedissem para que ele ficasse um tempo quieto para eles poderem ensinar alguma coisa. Quando chegou a sala estava cheia de crianças e havia um ninja se apresentando fazendo técnicas de chama e deixando todos os alunos maravilhados com aquilo. Sabia obviamente o que fazer, então se aproximou de uma das mesas e pediu para o professor silenciosamente se podia pegar um bolo de papel que havia ali. O Chunnin achou estranho o pedido mas aceitou voltando à atenção ao ninja que finalizava a sua apresentação. Esperou para que fosse apresentado para ficar na frente da sala encarando a enorme quantidade de crianças. .

“Sou Yota!” Gritou com um sorriso no rosto, segurando a quantidade de papel enorme nas mãos. “Me desculpe pelo atraso, eu andava ocupado com alguns trabalhos...” Começou a falar usando a sua voz como distração para a concentração que estava fazendo passando parte do seu chakra para os papeis. “Mas acho que não preciso segurar mais isso.” Disse, soltando o papel, porém mantendo ele no mesmo lugar. As crianças abriram o olho com o que ele havia feito esperando que fosse apenas um truque.  .

Yota andou um pouco mais com o pacote de papel o seguindo. “Eu também era um aluno como vocês há um tempo e não sei se reparou.” Ele tampou uma parte do seu rosto como se tivesse falando um segredo mesmo que não diminuísse o volume de sua voz. “Eu sou muito bom.” Brincou fazendo duas folhas do monte do papel sair e formar mãos fazendo o sinal positivo confirmando o que ele havia falado. “Ta vendo? Tem que ouvir o que papel diz.” Falou novamente e as crianças riram entendendo que era ele que estava manipulando o objeto. .

“Você pode ta achando...” Começou a falar e mirou em um aluno aleatório como se ele tivesse falado alguma coisa. “Você mesmo!” Brincou e depois riu sendo acompanhado pelos mais novos. “Que não se da para fazer muitas coisas com as minhas habilidades, porém...”  Manipulou cada uma das folhas do papel para que circulasse ele lentamente como se estivesse no centro de um furacão. “A versatilidade da minha habilidade é bem grande...” Disse, mesmo que tudo que estivesse fazendo ali fosse coisas bem mais fúteis e que não serviriam de nada para uma batalha sabia que poderia impressionar os alunos. “Talvez você em algum momento perca uma de suas armas e tenha que criar uma...” Pegou uma das folhas e fez com que o pequeno tornado se desfizesse na pilha de papel flutuante ao seu lado novamente. Era uma forma bem mais fácil de controlar eles, pois não precisava de muito esforço para mantê-los parado no ar. .

Com o papel em mãos transformou ele em uma Kunai como havia feito em um de seus treinamentos. “Qual o nome disso mesmo?” .

“Kunai!” Gritou as crianças e ele sorriu de volta. .

“Isso mesmo... Mesmo que pareça um papel normal, ele ainda pode funcionar como arma.” Jogou a Kunai de Papel para a parede a prendendo a alguns metros de distancia. “Porém, a minha parte favorita disso é que...” Ele se aproximou da Kunai e sorriu enquanto pegava ela da parede. “Ainda posso usar ela para anotar alguma coisa.” Disse fingindo anotar alguma coisa fazendo as crianças rirem novamente. .

Terminou a sua apresentação e com um sorriso nos lábios se despediu das crianças e foi em direção à Kage informar sobre ela. Havia se divertido mais do que deveria ali, talvez devesse voltar algumas vezes para fazer as crianças rirem mais um pouco. Elas aumentavam bastante a sua auto-estima.