[Capítulo] As lágrimas do bardo

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[Capítulo] As lágrimas do bardo
[Capítulo] As lágrimas do bardo

Nero.

Jōnin

Qua 13 maio 2020 - 17:45

I/X.

　　A noite cai sobre a Folha
　　Os céus tampam as estrelas
　　Uma ave e uma mensagem
　　Serão minhas preces ouvidas?

　　O cantor dedilhava sua arpa dando vida a um som pesaroso. Sentava-se ao canto do gabinete de missões do vilarejo sob suas vestes verde-musgo e sapatos cor de lama. Os cabelos ruivos tocavam seus ombros, lisos e sem nós e aguardava pacientemente por alguém. Levou seu pedido diretamente ao rapaz do gabinete de cabelo preto e óculos escuro, aquele que se chamava Aoba e este prontamente enviou um de seus corvos com o pedido da missão amarrado à pata direita.

　　O sangue que se derramou
　　A filha que não chora
　　Logo eu, quem a amou
　　Acusam de levar-lhe a vida embora

　　Ao pisar lá, deixou nas mãos do ninja uma carta que detalhava o pedido. Foi anexado à um pergaminho com a letra “C” e enviado junto ao pássaro negro como carvão. Na carta estava sua súplica prove minha inocência, dê-me o nome do culpado. Tinha dois dias para regressar ao vilarejo de onde viera, a ajuda dos ninjas era seu único direito – e sua única esperança. Servia como cantor pessoal de uma senhora de castelo, esposa de um homem que comandava uma aldeia de mercadores. A mulher dizia que a voz dele a acalmava, mas não era assim tão querido pelo homem da casa. Recentemente, a mulher fora encontrada ensanguentada e o cantor era o único presente na cena do crime, mas estava desacordado. Ainda assim, era o suspeito principal e o comandante da vila queria sua morte.

　　Um crime, não há dúvidas
　　A morte já lhe abraçou
　　Mas por que levar a mim?
　　Logo eu, quem a amou

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Allen

Genin

Qua 13 maio 2020 - 21:51

Invocações:

Doujutsu:

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Técnicas Utilizadas:

Adendos:

Era mais um dasqueles dias tranquilos na vila da folha. Sagoh estava em casa ajudando seu pai com os afazeres domésticos. Depois que sua mãe havia morrido ele tinha que ajudar o pai sempre que possível ja que a idade do mesmo avançava cada dia mais. As risadas e brincadeiras haviam deixado aquela casa à muito tempo e a unica diversão que o jovem Hyuga tinha era em ajudar o pai e sair para suas missões diárias. - Ao limpar a varanda da casa, Sagoh se deparou com uma ave cor de carvão que acabara de pousar na cerca de proteção da varando. Em sua pata havia um pergaminho anexado. De longe Sagoh enxergou a Letra "C" e viu percebeu que se tratava de uma missão. Ele se aproximou da ave que pela primeira vez o entregava algo, fez um carinho em sua cabeça com cautela e retirou o pergaminho de sua pata; ao fazê-lo, a ave alçou voo e retornou.

Sagoh subiu as escadas enquanto lia o pergaminho. Preparou rapidamente suas coisas, armas básicas e demais adereços e vestiu seu colete Chunin. Pegou seus pergaminhos e os colocou nos bolsos do colete e adiciounou um pergaminho extra em uma de suas hip-pouch; uma vez pronto Sagoh saiu de casa em direção ao quartel General de Konoha.
~ _ Ohayou Aoba-san, desculpe a demora... Estava ajudando o meu pai. Sabe como é! Afazeres domésticos são sempre puxados. - Disse Sagoh ao adentrar o quartel general. Aoba estava tratando de alguns assuntos desconhecidos ao jovem Hyuga, ja que estava com a atenção toda voltada para alguns papéis e pergaminhos. - Sagoh olhou em volta e antes que pudesse perguntar, Aoba em silencio lhe apontou o rapaz que ele teria que ajudar. - Sagoh se aproximou e com um sorriso cativante no rosto prosseguiu.
_ Olá senhor! Meu nome é Hyuga Sagoh e serei seu acompanhante hoje. Como se chama?! - Desculpa a pressa mas, Kusagakure não fica perto daqui e precisamos chegar lá oo quanto antes. Partiremos agora se não se importar. - Gostaria de tratar de alguns assuntos com o senhor, mas, devemos fazê-lo no decorrer de nossa caminhada. - Sagoh finalizou estendendo a mão para o homem à sua frente, como forma de ajudá-lo a se levantar... apesar das acusações Sagoh tinha em mente que todo mundo é inocente até que se prove o contrário. E ele o faria de uma forma ou de outra.

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[Capítulo] As lágrimas do bardo MysticEyes

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Nero.

Jōnin

Sáb 16 maio 2020 - 8:46

II/X.

Não se impressionou com a aparência do rapaz que havia chegado como seu salvador, mas sentiu-se aliviado por de fato ter ajuda. Hyuga? Interessante, pensou ao ouvir tudo o que o rapaz tinha a dizer. O analisava de cima a baixo e quase esqueceu-se de responder à pergunta mais direta que havia sido feita.
　　─ Me chamo Marilion, meu bom rapaz. ─ sua voz era doce como o mel.
　　Puseram-se em viagem sem delongas. Trouxera consigo apenas a arpa e algumas provisões para a viagem. Teriam dois dias inteiros para gastar no retorno até Kusagakure, a caminhada seria demasiada longa e o garoto fez bem em se apressar. Decerto me fará perguntas, imaginava enquanto sacava sua pequena arpa e punha-se a dedilhar suavemente. Ao menos, assim espero.

　　Em matas escuras
　　Vão os bravos guerreiros
　　Dois homens e uma arpa
　　Cavaleiro e escudeiro

　　O ocaso tomava os céus e os dois ainda estava estalando as sandálias contra a grama. Ainda teriam o abrigo das árvores para acampar se fosse necessário, mas a decisão estaria inteiramente nas mãos do rapaz e não caberia ao cantor fazer sugestões - de fato, também não era vontade dele sugerir nada. A inspiração para canções não vinha, sua cabeça estava completamente voltada para o menino Hyuga. Sua vida estava em suas mãos.

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Genin

Sáb 16 maio 2020 - 13:48

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A jornada começara para os dois. Hyuga e Bardo! - Era intrigante a forma como aquele homem distinto possuia uma fala mansa e singular para alguém que estava sendo acusado de assassinato. - Não cabia ou jovem Hyuga julgar tais fatos sem antes conhecê-lo melhor para dai então, ter uma maneira mais plausível de julgá-lo; mesmo que para sí mesmo e não para outros. - O homem que parecia não se impresionar com um recém formado Chunin ajudando-o e o escoltando de volta para seu vilarejo. - Ele se identificou como Marilion.
No meio de sua caminhada Marilion sacou seu instrumento e começou a tocar e logo alguns versos surgiram. Sagoh prestou bastante atenção no que dizia. Apesar de falar sobre eles e sua agora iniciada jornada, o jovem Hyuga não pode evitar ficar cativado pela bela e inusitada melodia.

_ Pois bem Marilion, me responda... Como você se meteu nessa enrrascada. Digo... - Sagoh fez uma pausa, procurando as palavras certas para usar. Continuou. - _ Você está sendo acusado de matar alguém. Você não me parece ser um ninja ou alguém que tenha conhecimento em como fazer tais coisas. Não me leve a mal quando digo essas coisas, mas, a primeira impressão que tive de você é que era nada mais que um campones sem talento algum. Dai te ouvi dedilhar esse instrumento... Por falar nisso, como se chama? - Sagoh o questionou enquanto adentravam ainda mais a floresta.
Algum tempo se passou até que o sol começara a se esconder no horizonte. O crepúsculo começara a tomar conta do cenário.
Sagoh olhou para Marilion que aparentava ainda ter forças e disse. _ Vamos caminhar um pouco mais e tentar encontrar um riacho e algumas pedras. Não será seguro acampar-mos aqui no meio da floresta fechada. De acordo? - Sagoh lhe dirigiu mais uma pergunta porém, era uma retórica. Ele ja havia tomado sua decisão.

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Nero.

Jōnin

Seg 18 maio 2020 - 20:32

III/X.

Marilion ouvia as perguntas que o menino de olhos brancos tinha para fazer. Achou graça da forma como tentava ser sutil apesar de mesmo assim não deixar de dizer o que pensava, e gostou disso no rapaz. A caminhada era longa, os passos eram lentos, mas o bardo estava bastante despreocupado ainda que em seu coração habitasse a incerteza de seu destino.
　　─ Eu cantava para minha senhora dormir e ela havia acabado de cair nos braços de Morfeu. Eu estava saindo do quarto quando ouvi o estranho ruído vindo dela. Quando olhei para trás, ela estava afogada no próprio sangue que jorrava da garganta. ─ ele fez uma breve pausa e suspirou pesadamente. ─ Meu senhor achava que tínhamos um caso e nunca foi meu maior fã. Eu era apaixonado por ela, é verdade, mas jamais a mataria, meu bom ninja.
　　Seus olhos encheram-se de lágrimas, mas não derramou nenhuma. Limpou com a manga antes que isto acontecesse.
　　─ De fato, eu jamais soube como pegar em armas, não conseguia nem arremessar pedras direito. Nunca me interessei. Sempre gostei de cantar e, ah, isto é uma arpa. Dizem que era o instrumento dos anjos e seu som realmente é muito belo.
　　Estava confortável na presença do garoto, podia confiar nele cegamente – afinal, sua vida estava nas mãos dele. Não discordava de ordem alguma. Acamparam à margem de um riacho ao cair da noite e dormiram tranquilamente. Mas na aurora do dia já deveriam estar na estrada novamente. Quanto antes chegassem, mais tempo o Hyuga teria para investigar. E o julgamento estava a apenas mais um raiar de sol de distância. Dali em diante, não poderiam parar.

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Genin

Seg 18 maio 2020 - 21:18

[Capítulo] As lágrimas do bardo Allen_16

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Sagoh prestou singela atenção às palavras pesadas que o bardo lhe conferia. Ela aparentava estar senod sincero no que dizia e o jovem Hyuga notou quando ele quase derramara uma lágrima mas fora ligeiro para enterrala nas mangas de sua blusa. - Eles conseguiram encontrar um riacho e um bom lugar para descansar, mas isso acabou lhes custando um pouco mais de tempo que o necessário e eles deveriam seguir viagem sem nenhum descanso. - Algo intrigava Sagoh, mas ele resolveu que questionaria seu companheiro de viagem durante o trajeto. - à certa altura do trajeto, Sagoh sem se virar para trás e olhar diretamente para o Bardo com sua Harpa na mão, começou a lhe questionar algumas coisas.

_ Marilion-san... algo que me disse ontem tem me intrigado bastante e quase me custou a noite... não deixei de pensar à respeito. - Sagoh suspirou fundo e continuou... _ Você me disse que o "Seu Senhor", achava que você tinha um caso com a vítima em questão! - O que ele era da mulher morta?! - Que tipo de relação você tinha com ele e com ela?! Seja o mais específico possível!
- Sagoh fez uma pausa, parando em seguida. Com a palma da mão levantada fez sinal para que Marilion parasse também. Deu uma boa olhada em volta e depois continuou seguindo.
_ Desculpe, acho que foi minha imaginação... mas, continuando. - Não pude deixar de perceber que você estava com ela no momento, ou pelo menos instantes antes de ela morrer... Há algo que você se lembre mais sobre aquela fatidica noite? - Alguém serviu algo para ela beber ou comer?! - Havia alguém com motivos torpes o suficiente para matá-la e jogar a culpa em você?! Um inimigo, talvez?! - Alguém que soubesse dos seus sentimentos por ela, além do "Seu Senhor"?!

~ Sagoh seguiu questionando Marilion, tentando montar um panorama do ocorrido em sua cabeça de maneira que pudesse se situar com clareza acertiva, dado o momento e a delicadeza da situação. - Não demorou muito para que chegassem à vila de Kusagakure. Sagoh conhecia bem aquelas estradas e ao atravessarem a ponte que ligava a cidade à fronteira com os arredores de Konoha, o jovem Hyuga pode respirar aliviado. Parte da missão estava completa. Agora viria a parte complicada. Ajudar aquele bardo, ou não! Era cedo para dizer com certeza o que aconteceria à seguir.
Eles adentraram a vila e Marilion guiou Sagoh para o local onde deveria conhecer o seu senhor que o estava acusando de assassinato. O local onde o Crime havia ocorrido - Sagoh estava ansioso para conhece-lo e ouvir um pouco sua versão dos fatos ocorridos.

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Nero.

Jōnin

Qua 20 maio 2020 - 0:12

IV/X.

─ Ora, meu bom ninja ─ Marilion de pronto respondeu ─, meu senhor é o marido da minha falecida senhora, a vítima deste brutal assassinato. Um corte na garganta enquanto dormia, alguém entrou sorrateiramente enquanto eu saia, minhas únicas companhias eram minha arpa e minha sombra à luz de vela.
　　Caminhavam vilarejo a dentro após partirem pouco antes da aurora. O céu ainda estava em tons alaranjados quando abandonaram as tendas à beira do rio e seguiram viagem. Sua musicalidade se esvaia quando pisava em Kusagakure, os versos não vinham e seu coração não sentia vontade de cantar. Um aperto o sufocava como se alguém pressionasse seu peito, sentia um nó na garganta que era como mãos fechadas para lhe tirar o ar. Me sinto odiado aqui, pensou o bardo, logo no lugar onde conheci o amor.
　　A cena do crime os aguardava – ou melhor, a morada. O cantor conduziu o menino dos olhos brancos até seu senhor em sua bela mansão manchada de sangue e injustiça. O homem era robusto, com uma hirsuta barba branca e uma barriga enorme que pressionava o kimono verde para frente. Seus longos cabelos já eram todos grisalhos, amarrados em rabo de cavalo.
　　─ Achei que iria se acovardar e nunca mais voltar. ─ a voz soava grave e feroz, como o rugir de um urso. ─ Então, achou um tolo que vai tentar provar sua inocência? Boa sorte rapaz, este aí será o seu primeiro fracasso. Os hospedarei esta noite. Terão até amanhã para coletar provas de sua inexistente inocência, ou mesmo poderá pedir um julgamento por combate. ─ os lábios do homem torceram-se no mais sombrio sorriso. ─ Mas pode ter certeza de que já é um homem morto, Marilion.
　　Respondeu à ameaça com seu silêncio. Seu coração ardia em fúria e desgosto e tinha no rapaz Hyuga todas as suas esperanças. E a sua vida.

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Allen

Genin

Qua 20 maio 2020 - 11:54

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As palavras tolo e fracasso feriram os ouvidos de Sagoh com tamanha intensidade que seu estômago se revirou de repulsa e uma pitada de raiva, mas ele manteve a compostura afinal de contas estava nas terras de outra pessoa cuja educação e bons modos pareciam terem sido jogados fora à muito tempo. - Sagoh observou atentamente aquela figura à sua frente, era um homem velho e gordo. Seus cabelos estavam grisalhos e ele não aparentava ser alguém com destreza suficiente para matar uma pessoa sem ser visto ou ouvido por alguém, ainda mais alguém que estava no quarto no momento do ocorrido.

_ Com sua permissão senhor, mas poderia me dizer onde estava no momento que sua esposa fora assassinada? Desculpa mas são ossos do ofício e tenho que tomar todos, inclusive o meu cliente aqui como suspeitos em potencial. - Sagoh se adiantou um pouco, olhando em volta, buscando gravar com precisão aquele lugar. Seu intuito naquele momento era deduzir uma possivel rota de fuga ou meio que alguém pudesse adentrar aquele local sem ser visto ou ouvido.
_ Sei que não estou aqui para acusar ninguém, mas não posso deixar que uma pessoa seja acusada injustamente! Isso indica que estou dizendo que meu cliente é inocente, mas lhe adianto que não. Quero apenas ver e entender essa situação toda de uma maneira estratégica e imparcial. - O senhor sofre ou sofreu ameaça de algum tipo semanas antes ou no dia em questão que sua mulher fora assassinada senhor? - Algum inimigo que gostaria que eu tomasse conhecimento? - Sagoh se calou em seguida. Sentia que havia passado dos limites interrogando o velho, mas resolveu se acalmar e se desculpou com um abaixar de cabeça. _ Espero que não se ofenda com meus questionário senhor. Com sua licensa, irei dar inicio às minhas investigações.

~ Sagoh sai dali acompanhado por Marilion e pede que seja levado ao quarto onde o crime ocorreu... Sagoh gostaria de analisar a cena do crime antes de descansar. Ele tinha algum tempo restando então acreditava que daria certo. - Chegando no local, Sagoh procuraria por vestígios de arrombamento, entrada forçada no quarto, tal como tentaria entender como alguém adentraria por alí sem ser visto ou ouvido. - Com seu byakugan ativo, o jovem hyuga procuraria por passagens secretas ou outros meios de se ocultar alí naquele quarto. - Saindo dali eles iriam para seu quarto descansar. Sagoh aguardaria até o cair da noite e quando todos estivessem dormindo, dariam inicio a sua real investigação. Afinal, seria um otimo treino para quando em fim se tornasse um ANBU de Konoha. Um de seus sonhos.

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Nero.

Jōnin

Qua 20 maio 2020 - 16:44

V/X.

O gordo senhor feudal deu uma fungadela depois da primeira pergunta do menino Hyuga. O questionário se seguiu, mas Marilion observou que nada estava a abalar o velho, nenhuma pergunta o incomodava. Ele está muito brando para quem está diante do suposto assassino e amante de sua esposa. Os olhos do cantor estavam semicerrados, o ódio de todo o vilarejo sequer o afligia naquele momento; estava tomado pelo desgosto e pelo cheiro podre que o lugar exalava – e não era o putrefato odor da morte.
　　─ Eu não tinha inimigos, rapaz. A única pessoa presente no quarto de minha mulher era o cantor. Ele tocava para ela até que adormecesse enquanto eu me ocupava com os assuntos do vilarejo. ─ a voz era como um trovão, mas não carregava fúria. ─ Foi assim também que ele e ela me traíram. ─ agora, a raiva transbordava pelo olhar.
　　O bardo e o ninja subiram lado a lado para o local onde o crime aconteceu. A cada passo, seu coração se apertava, doía. A lembrança daquela noite o assombrava. Virou-se e a última imagem que vira dela estava tão bela em um sono profundo. Mas depois de abrir a porta, era a morte quem a abraçava. Olhar para a grande mancha de sangue nos lençóis era um mergulho nas mais desgostosas lembranças que tinha em sua memória. Conteve as lágrimas enquanto Sagoh só olhava ao redor do quarto com aqueles curiosos olhos brancos com veias saltadas. Que os Deuses nos ajudem.
　　O ocaso chegou e os dois foram para os aposentos destinados à sua noite de sono. Mas o cantor não conseguia pregar os olhos. A luz da lua mergulhava através da janela e banhava o chunin e o próprio Marilion e uma sombra se projetava da luz de uma vela. Uma brisa fez a chama tremeluzir e a sombra dançou. Parece que ficou maior e das sombras ergueu-se um homem esguio, magro como um palito, com uma lâmina em sua mão direita. Dos pés à cabeça, todo vestido de negro, deixando só um olho amostra, um olho que tinha a cor do sangue, cujo olhar penetrava na alma. Não teve tempo de gritar, pois ao seu redor tudo se tornou preto, só fez apertar quem estava ao seu lado antes de sua força esvair. E foi embalado no sono.

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Genin

Qua 20 maio 2020 - 17:32

HP: 600/600 • CH: 675/700 • ST: 01/04
Vel: 14m/s

Tudo era muito estranho e particularmente aterrador. O homem vellho à sua frente não se abalara com os questionamentos e respondera Sagoh com uma frieza particular. Tal ato apenas levantou ainda mais suspeitas fazendo com que o jovem Hyuga criasse algumas teorias conspiratórias em sua mente. Nada relevante para aquele caso no momento. - Eles saíram da presença do velho e seguiram para o aposento onde o crime havia ocorrido. Ao adentrarem o local, Sagoh achou estranho o fato de não o haverem limpado ainda. A enorme mancha de sangue nos lençóis ainda parecia vívida e ezalava um odor pútrido caracteristico.
Sagoh estava com seu doujutsu ativo, olhando em volta. Ele buscava por algo fora do comum até que seus olhos pousaram na lareira. Havia uma estranha passagem posta bem alí. Estava atrás das toras de lenha, tampada com algumas pedras. O tunel parecia se estender por vários metros. Sagoh sacou um pergaminho e escreveu neles algumas informações que havia descoberto naquele dia e o colocou de volta dentro do bolso de seu colete. - Não havendo mais nada o que fazer alí, eles foram para o quarto designado para passarem à noite. - Uma vez no quarto eles se prepararam para dormir e depois de algum tempo foram deitar. A lua banhava o lugar com seus raios prateados enquanto a chama de uma vela trêmulava como uma bandeira, fazendo algumas imagens estranhas na parede. Dançando ao sabor da brisa que adentrava o quarto. - Sagoh estava ansioso para que Marilion caísse logo no sono para que ele partisse para investigar aquele tunel, mas não iria acontecer tão logo.

A certa altura da noite, Sagoh fora tomado por um sentimento estranho. Era como se uma presença distinta nunca sentida antes inundasse o quarto. Sua pulsação começara a ficar mais acelerada. Ele não sabia ao certo o que era. Marilion deitado à seu lado estava inquieto e ainda não havia dormido. Sagoh não o culpava já que o trauma fora grande e se fosse ele dificilmente se recuperaria também. Um aperto silencioso seguido de nenhuma força alertou Sagoh. - Marilion parara de se mover em segundos e a sensação de presença ficava cada vez pior. O jovem Hyuga logo se concentrou fazendo veias brotarem de suas têmporas novamente. Uma estranha visão o dominou. Ele conseguiu ver claramente, mesmo que de olhos fechados duas assinaturas diferentes de chakra no quarto. Uma era de marílion. Estava em total desordem. Sem vacilar, notando que o outro chakra se aproximava rapidamente deles, Sagoh saltou rapidamente da cama. Seus olhos abertos viram pela primeira vez aquele olho rubro com três tomoes distintas.
_ Quem é você?! - Perguntou Sagoh, sabendo que não obteria nenhuma resposta. _ Pouco importa agora... saberemos depois. Você está dentro do alcance das minhas Trigamas! Prepare yourself'

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Jōnin

Qui 21 maio 2020 - 11:05

VI/X.

Esgueirou-se pelas sombras como se ambos fosse um. O primeiro alvo cometeu o erro de buscar a luz nas trevas e encontrou o rubro sangue de seu único olho. A ilusão o colocou para dormir sem que este apresentasse qualquer reação, uma presa demasiada fácil. Mas ainda havia o outro e era ele quem realmente interessava. Dos dois, só um deles apresentava chakra fluindo intensamente em suas veias, alguém treinado, alguém capaz; um shinobi.
　　A lâmina refletia a luz prateada que iluminava mal o campo de batalha e uma ameaça vazia quase o fez querer sorrir. Semicerrou os olhos pois o ataque anunciado combinado com a energia fluindo próxima aos olhos da segunda presa eram o prelúdio de uma tarefa não tão simples. Byakugan. O assassino sabia que iria exigir um pagamento mais gordo por não ter sido mencionado um Hyuga como alvo.
　　Correntes invisíveis percorreram a distância entre os dois ninjas enquanto o menino falava, os sete metros entre os dois foram percorridos numa fração menor que meio segundo e dava-lhe a vantagem. Avançou com a arma em sua mão destra sedenta e em um segundo ela estaria a dar ao Hyuga o beijo da morte. Um corte abriria sua garganta de orelha a orelha, sem lhe permitir um último grito, sem lhe permitir as últimas palavras.

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Genin

Qui 21 maio 2020 - 17:33

HP: 600/600 • CH: 655/700 • ST: 02/04
Vel: 14m/s + "1"

Olhos estranhos e avermelhados. Nunca vistos antes e que exalavam uma presença marcante. Seria muita prepotência naquele momento deduzir que tudo estava ou iria ficar bem. Foi a primeira vez em muito tempo que o sangue daquele jovem Hyuga recém formado Chunin congelou. A incerteza de sua própria segurança e o fato de Marilion estar caído na cama desacordado, levantavam ainda mais suspeitas à respeito daquele estranho olhar; mas por quê apenas um olho?!
- Sagoh soube naquele momento que estava em grande perigo e de certa forma todo ferrado. - Enquanto falava, Sagoh notou que o chakra do mascarado rapidamente o envolveu. O jovem Hyuga percebeu que estava preso ao tentar se mover na direção do mesmo para realizar um ataque. Isso não impediu o mascarado de se impulsionar na direção de Sagoh com ferocidade ao que parecia. - Sagoh sem muito tempo para pensar acalmou a respiração e instintivamente liberou uma significativa quantidade de chakra em forma de rajada para fora de seu corpo por cada um de seus tenketsus e aguardou. Ele sabia que aqueles olhos de alguma forma dariam a vantagem para o mascarado, mas ele não se deixaria vencer tão facil daquela maneira.
O mascarado se aproximou o suficiente para ficar perigoso e enquanto realizava seu movimento, uma aura azulada e sibilante tomou conta do corpo de Sagoh em forma de armadura. - O Chunin visa se abaixar rapidamente tentando evitar a lâmina que vinha em sua direção. Talvez fosse algo arriscado, mas ele não tinha tempo para ficar pensado. O movimento era lateral e tinha como alvo sua garganta pelo que Sagoh percebera instantes atrás durante a movimentação do braço do mascarado. - Naquele instante, Sagoh tenta então acertar um golpe com a palma esquerda na altura do estômago do mascarado, visando um dos 10 tenketsus dispostos naquela região abdominal. Tão logo, se aproveitando do impulso do corpo do homem mascarado, ele tenta usar o peso de seu próprio corpo para arremessá-lo por cima de seu ombro girando-o de encontro ao chão em uma movimentação rápida e precisa.

Observações.:

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Jōnin

Sáb 23 maio 2020 - 10:47

VII/X.

A dança da morte é como uma dança comum, um conduz enquanto o outro é conduzido e dança conforme o ritmo ditado. O bom condutor se mantém munido de passos para evitar a queda e a vergonha, atentando a todas as possibilidades de fracasso – e mesmo assim, surpresas podem acontecer. A kunai do assassino estava prestes a lamber o pescoço do menino Hyuga, o beijo da morte seria o gran finale daquela curta valsa, quando o outro se libertou.
　　Seu único olho se arregalou quando o rubro lhe deu a prévia do que viria em seguida e deu por si tomado de pânico quando soube que não teria tempo para escapar. As correntes foram quebradas quando centímetros os separavam, como ele fez isso?, pensava, enquanto cada intervalo entre as batidas de seu coração diminuía e ele podia sentir isso até na garganta, como se fosse sair por entre os lábios.
　　Um ágil movimento e um único golpe fizeram-no se acalmar. O olho quase saltou para fora de seu rosto, mas permaneceu com seu rubro brilho de sangue. Seu corpo relaxou de uma forma que jamais acontecera, sua força lhe escapou como uma presa diante do caçador. Tudo já era escuridão, mas ele sentia-se cada vez mais fora de si, e já não saberia dizer o que era real e o que não era.

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Genin

Sáb 23 maio 2020 - 15:41

HP: 600/600 • CH: 637/700 • ST: 00/04
Vel: 14m/s

A movimentação de Sagoh fora impecável e não só lhe rendeu escapar daquele corte mortal, como imobilizar seu atacante. O fluxo de chakra do ninja se acalmou e Sagoh pode respirar aliviado. O mascarado ainda revelava seu olho rubro com aquelas estranhas tomoes. Sagoh não se lebrava de ja ter ouvido falar à respeito, mas tinha a sensação que aqueles olhos não eram estranhos. Tal como seu Byakugan ele poderia ser um dos trÊs grandes doujutsus do mundo ninja. Apesar de não aperfeiçoado, seu conhecimento basico sobre sua propria Kekkei Genkai lhe dava certa noção naquele momento do que se tratava.
_ Não é hora para Divagação Sagoh! Foco... - Sussurrou para sí mesmo, enquanto sacava de sua bag um fio de aço para conter o seu atacante. - Ao fazê-lo, Sagoh foi até Marilion que dormia tranquilamente; aparentemente não fazia ideia do que tinha acontecido. Após uma rapida olhada, Sagoh percebeu que o fluxo de chakra do bardo estava normal, logo estava livre do Genjutsu.

_ Vamos as considerações do fato... - Disse Sagoh para si mesmo mais uma vez. Andando de um lado para o outro do quarto. Observando cada ponto daquele lugar. - _ Ele deve ter entrado por alguma passagem secreta, talvez uma semelhante à do quarto da senhora assassinada. Eu deveria ter checado cada um dos pontos desse quarto. Meu vacilo poderia ter custado nossas vidas. Ainda bem que não peguei no sono... Sono?! Calma lá... - Sagoh parou abruptamente no meio do quarto. Cruzou os braços e então levou a mão esquerda ao queixo. Sua feição passou de preocupação para imersão total. - Naquele momento, Sagoh pode ouvir um Eureka abafado em sua mente.
_ Agora tudo faz sentido... - A passagem secreta no quarto da senhora assassinada... Um usuário de doujutsu?! Com capacidade de emergir suas vítimas em um sono profundo com genjutsu?!... A movimentação letal e certeira que presenciei cujo alvo era minha garganta. - Agora só preciso descobrir onde esse tunel me levaria. E qual a sua real extensão.
Sagoh se calou novamente, realizando um unico selo. Uma cópia perfeita de sí se materializou à seu lado. Havia uma grande quantidade de terreno a ser coberta e ele não o faria sozinho... agora tinha alguém para vigiar. - Sagoh se sentou na cama ao lado do corpo estirado no chão desacordado... Seu cclone, saiu do quarto e sorrateiramente vagou até o quarto da senhora onde uma passagem secreta posta atrás da lareira lhe aguardava para ser investigada.
Com um toque no local certo, uma porta secreta se abriu... A imensidão daqueles tuneis era desconhecida para o byakugan ativo na face do clone. Seu original permanecera no quarto vigiando o bardo e seu atacante enquanto as horas passavam. O clone adentrou a passagem secreta e começou a seguir o caminho, olhadno sempre em volta, buscando armadilhas ou algo parecido, tentando gravar cada centímetro do caminho que estava percorrendo. Sagoh saberia disso mais tarde, quando a técnica fosse desfeita.

A manhã chegou envolta em silêncio e pesar. Marilion levantara bem cedo e se assustara com aquela pessoa deitada no chão amarrada com fios de aço, enquato Sagoh lhe observava atentamente. - _ Bom dia Marilion... espero que tenha recuperado bem suas forças! Está preparado? - Sagoh deu um sorriso malicioso enquanto se levantava e esticava o corpo... _ Não precisa se preocupar comigo, estou bem. Usei um ou dois clones durante à noite para que pudesse descansar e vigiar esse indivíduo aqui.
Sagoh foi até o lavatório e jogou um pouco de água fria no rosto para despertar. - O julgamento aconteceria em poucas horas e eles deveriam seguir até a praça central da cidade para que alí Sagoh tentasse livrar Marilion da pena de morte ou seja la qual fosse à pena prevista para assassinato naquela cidade.
~ Levou pouco tempo até que ambos estivessem prontos para partir. Sagoh desfez seu kage Bunshin da noite anterior usando o mesmo selo que o invocara. Amarrou os braços de Marilion atrás de suas costas, de modo que pudesse guiá-lo até a praça sem muitos problemas.
_ Desculpe Marilion, mas , isso precisa ser feito para sua própria proteção. Não se preocupe. Esses olhos aqui não deixarão nada atentar contra sua vida. Não antes de termos um agradavel julgamento essa manhã.
Sagoh novamente deixou uma risadinha abafada sair de sua boca, o que iluminou ainda mais sua feição de satisfação. Eles saíram então para a praça. - Sagoh também estava levando o cara mascarado que agora consegia andar com alguma dificuldade, mas conseguia. Não antes de tapar seu olho avermelhado com um pedaço dos lençois que estava na cama. Sagoh não queria que ele soubesse para onde estavam indo, apesar de ter uma leve impressão que ele já o sabia.

A praça estava abarrotada de civís curiosos para o julgamento. Havia uma espécie de palanque no centro da praça. Algumas figuras distintas e desconhecidas, a não ser pelo senhor da casa e marido da assassinada que estava entre eles. Ambos exalavam imponência e majestade. Era uma presença forte e marcante. Sagoh deduziu que se tratavam dos nobres e membros de alto escalão da vila responsáveis por esse tipo de julgamentos. Havia um espaço ao centro, provavelmente indicado para o julgado ser exposto para todos. - Sagoh se aproximou com uma feição serena tanto quanto possível. Sua respiração estava tranquila apesar do nervosismo aparente. Ele caminhou por entre os civis com os dois homens à sua frente sendo guiados por ele. Sagoh os segurava pelas amarras das mãos nas costas. Se dirigiu até o centro do aglomerado onde Marilion e O mascarado foram postos. - Sagoh pediu que se sentassem no chão e aguardassem. Com toda a calma possível. Marilion atendeu ao pedido e se sentou. Sagoh disse algo ao ouvido do mascarado o que fez com que ele sentasse também, de má vontade mas o fez.
O jovem Hyuga olhou para as figuras imponente à cima deles no palanque e se apresentou. _ Senhores! Bom dia... Meu nome é Sagoh e serei o responsável pela defesa do acusado esta manhã... Se me permitem, gostaria de apresentar alguns fatos, digamos relevantes antes de darmos inicio ao Julgamento de Marilion o Bardo! - Sagoh se virou para o publico e deu uma boa olhada em todos eles como pode. Virou-se novamente para a comissão julgadora e iniciou.

_ Como é de connhecimento de muitos aqui... - Sagoh olhou diretamente para o Senhor Acusador de Marilion, e continuou... - Chegamos ontem à cidade, para esse julgamento que está agora ocorrendo! - Durante essas quase 24 horas que estamos aqui na cidade eu dediquei total esforço para descobrir a verdade por trás desse assassinato, digamos brutal e desnecessário. - Sagoh desviou o olhar para as pessoas que murmuravam entre sí.
_ Este cantor desafortunado, esta sendo culpado por tamanha infâmia, sendo responsabilizado por matar sua senhora, esposa desse homem que está diante de vocês. - Sagoh apontou para o senhor, sem olhar para ele. - _ Ao investigar um pouco mais à respeito desse ocorrido, descobri uma serie de incongruências nesse assassinato. A começar pelo fato de que, Marilion, apenas um bardo sem qualquer conhecimento sobre armas, ou maneiras de se matar alguém sem ser notado, o fez! - -Sagoh, respirou profundamente... Olhou para o alto por um breve instante e ao voltar seu olhar novamente para todos, ativou seu Byakugan, revelando seu nobre doujutsu. - Ele voltou seu olhar para o Juri e com a voz mais calma possivel continuou...
_ Foi descoberto um tunel no quarto da senhora assassinada, atrás da lareira onde o real assassino deve ter se escondido e esperado pelo momento adequado para matar sem ser notado e fugir usando esse mesmo tunel. - Me digam então, por que este homem, Marilion, matou sua amada Senhora e saiu pela porta da frente do quarto, e não fugiu por essa passagem?! - Digo-vos que se eu planejasse matar alguém, eu o faria sem deixar rastros e não de uma maneira que as primeiras desconfianças cairiam sobre mim. - Ao refletir bastante sobre tudo isso ontem, cheguei a uma conclusão... mas antes eu gostaria de ouvir de vocês o que acham que realmetne aconteceu?!

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Jōnin

Seg 25 maio 2020 - 16:04

VIII/X.

Cordas de cânhamo apertavam seus pulsos atrás de seu corpo. Estava de pé diante de um elevado palanque acompanhado de Sagoh e um estranho homem que o menino da Folha insistira em pedir para que aguardasse a revelação de sua identidade. Cedo ou tarde saberia, mas estranhava a presença dele ali, embora a confiança no olhar de seu salvador lhe desse um fio de esperança. Olhou de viés para o outro de cabeça coberta ainda enquanto caminhavam por entre a multidão. Ele tem alguma carta na manga.
　　Diante da corte que se mantinha toda sentada à uma mesa sobre o alto palanque erguido no centro do vilarejo, o rapaz dos olhos brancos transbordava serenidade em cada palavra. O discurso fora bem feito, sua postura tinha uma elegância como de quem nascera para aquele momento, ou estava bem municiado para falar daquela maneira. A cada verbo que lhe escapava os lábios, o grande viúvo franzia o cenho, trincava os dentes e cerrava os punhos com mais força. O descontrole era evidente e sentia que o senhor feudal pensava o mesmo que ele próprio. Ele teme o que Sagoh sabe.
　　A multidão passou a murmurar quando foram instigados pelo chunin a respeito da passagem oculta e esta fora a parte que mais incomodara o parrudo líder de Kusagakure. Levantou num rompante de descontrole e quase virou a mesa com a fúria que pareceu o envolver como uma cobra para estrangular sua presa.
　　─ Chega de rodeios! - sua voz trovejou e os murmúrios cessaram. - O que está sugerindo com isso, pirralho?!
　　Marilion conteve o sorriso diante da cena, o fio de esperança que estava prestes a se arrebentar tornou-se uma resistente corda. Uma sensação quente o consumiu de dentro para fora e seus olhos brilharam. Misturava-se a tristeza por finalmente saber quem tirou sua amada e a felicidade em ter sua inocência provada. Quem quer que o tenha feito, que pague com sua vida.

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Genin

Seg 25 maio 2020 - 21:23

HP: 600/600 • CH: 637/700 • ST: 00/04
Vel: 14m/s

Sagoh aguardava pacientemente o momento que revelaria seu trunfo... sua carta na manga. As peças começavam a se encaixar e ele mais uma vez não pode deixar de sorrir desfarçadamente quando o principal suspeito fez seu movimento. Sagoh se virou e encarou o Líder de Kusagakure. Seu desconforto com as coisas que o jovem Hyuga dizia, era visivel, quase que palpável. Os olhos albinos de Sagoh penetraram o âmago daquele homem como ele nunca fizera antes. Seu nervosismo aparente apenas piorava ainda mais sua situação diante do Chunin que começava a ligar os pontos.
_ Há algo lhe encomodando meu caro senhor?! Se tiver, por favor se pronuncie... ou melhor! Deixe que eu mesmo o faço! - Sem querer lhe faltar com respeito, mas, diga novamente onde estava no momento em que sua esposa fora brutalmente assassinada? Explique-me de novo. Não me recordo bem!

Sagoh fez uma pausa, sem desviar os olhos dos olhos daquele homem. - A imagem daquele lugar cheio de bebidas alcoolicas e homens bêbados lhe inundou a mente repentinamente. Sagoh sabia onde o túnel levava, mas não sabia que lugar era aquele. A julgar pela aparencia e os indivíduos que o frenquentavam, ele acreditava se tratar de uma taverna, ou bar fora do palácio. Um ótimo lugar para alguém entrar e sair sem ser notado.
Sagoh cruzou os braços e com um ar sereno e ainda com os olhos fitos no senhor acusador, iniciou novamente a falar.
_ Noite passada eu tive um vislumbre de como a senhora fora morta, sem gritar ou lutar por sua vida enquanto uma pobre e inocente vítima, servia de bode espiatorio para levar a culpa por tal infortúnio. - Digamos que ela fora impossibilitada de se mover, oo esboçar qualquer reação antes de ter sua garganta cortada de orelha à orelha... - Muitos devem estar se perguntando como eu sei disso?! - Muitos se perguntam se Marilion me confessou a forma que ele usara para matá-la,para mim?! - Eu lhes digo porém que não. - Noite passada enquanto eu me preparava para dormir, eu fui atacado. De maneira que se não fossem esses meus olhos abençoados, eu não estaria aqui, contando-lhe essas coisas.

Sagoh descruzou os braços e falou com mais rigor e severidade que antes... Sua feição agora exalava o desgosto por terem atentado contra sua vida noite passada. - Sua voz ficou um pouco mais pesada e ele continuou.
_ Marilion, foi pego por uma técnica ocular e posto para dormir profundamente. Não tenho conhecimentos à respeito de tal pratica, mas posso jurar que ele estava sob efeito de um genjutsu. - Não bastasse isso, a sombra que o fizera, partiu para cima de mim para também cortar minha garganta, da mesma maneira que fez com a senhora... antes, é claro tentou paralisar meu corpo usando seu próprio Chakra. - Ainda bem que fui muito bem treinado por meus superiores da folha, caso contrario estaria morto.
- Sagoh fez uma pequena pausa...
_ O que mais me intriga nesse fato é, eu ser atacado debaixo do teto desse homem... Cuja esposa fora assassinada da mesma forma que eu seria se não fosse hábil suficiente e um pouco impertinente para não dormir na hora certa... - Qual o motivo para não permitir que Marilion fosse julgado ou que tivesse uma defesa apresentada se ele era sem sombra de duvidas o assassino? - Talvez lhe jogar a culpa por mais um assassinato e concluir sem sombra de duvidas seu envolvimento nos dois crimes que seriam realizados da mesma maneira. - Eu digo-vos novamente que estão olhando pelo lado errado da história. - Há um tunel que liga aparentemente o quarto da senhora à algum lugar fora do castelo, uma espécie de taverna ou algo similar. Um ótimo lugar para se entrar e sair do castelo sem ser notado e fazer o que quiser, com quem quiser lá dentro... Mas, como alguém de fora, que não tem conhecimentos sobre o palacio, saberia que existe essa passagem secreta que liga esses dois lugares? Que pessoa saberia que ela levaria ao quarto da senhora, e que ela estaria sozinha? Peço-vos que pensem um pouco à respeito. Enquanto isso, contemplem a figura que tentara me amtar na noite anterior. Tirem suas proprias conclusoes, meus digníssimos e digníssimas.

Sagoh foi até o homem mascarado e lhe removeu a mascara. Revelando para todos alí seu verdadeiro rosto. E seu estranho olho escarlate, caso ainda estivesse alí... Mas sagoh sabia que ele não desapareceria do nada. Ou achava que sabia.

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Jōnin

Qua 27 maio 2020 - 16:29

IX/X.

As vozes do público se misturavam agitadas quando Sagoh revelou o rosto do homem amarrado ao seu lado. Se tudo o que dizia era verdade, estivera flertando com a morte sem sequer fazer ideia. Deu uma boa olhada para o homem: ele tinha um estranho olho vermelho e o outro era azul. Seu corpo era magro, o rosto era limpo de cicatrizes e de marcas do tempo, não deveria ter mais que vinte anos e ainda assim, um assassino.
　　Voltou sua atenção para o seu antigo senhor. O rosto dele estava transbordando de fúria e o silêncio dele era uma das mais belas canções que tivera o prazer de ouvir. Se estivesse desamarrado, Marilion com certeza aplaudiria. O rapaz da Folha fora magnífico, sua inocência estava cada vez mais próxima de ser provada, mas desejava mais. Quem ordenou a morte de minha amada?
　　O grande e gordo senhor feudal jogou a mesa da corte sobre Sagoh, Marilion e o assassino como se estivesse jogando um copo de água, tamanha era a sua força. Enquanto assistia a grande peça de madeira vir de encontro ao seu rosto, pode vislumbrá-lo correndo por entre os jurados ao seu lado. Estava ali a prova de sua inocência e a confirmação do verdadeiro culpado. O coração do cantor misturou alívio e desprezo, mas o medo o tomou. Amarrado, tão próximo, a grande mesa poderia machucá-lo seriamente se o atingisse. Novamente, sua vida dependia de um garoto.
　　─ Sagoh, faça alguma coisa! ─ não dissera se era com a mesa, ou com o assassino de sua amada. Ele só implorou ao nobre Hyuga. Um último apelo. Mate aquele desgraçado!, mas estas palavras não saíram.

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Genin

Qua 27 maio 2020 - 17:31

HP: 600/600 • CH: 612/700 • ST: 01/04
Vel: 14m/s

Tudo havia ocorrido como o planejado e Sagoh agora, mais que nunca, tinha certeza da culpa do homem velho e lider de Kusagakure e senhor do Bardo Marilion. Todos alí presentes viram com clareza as atitudes daquele homem para com a corte julgadora, sua arrogancia e tentativa clara de encobrir sua culpa mediante à todos. Antes que Sagoh pudesse apreciar aquele momento, o homem pegou a mesa em um movimento rápido e a atirou na direção dos três, Sagoh, Marilion e o recém desmascarado assassino. O doujutsu de Sagoh lhe dera certa vantagem em meio àquela confusão e antes de serem acertados pela mesa, Sagoh concentrou uma quantidade considerável de chakra em sua palma e a arremessou na direção da mesa, visando destruíla em pleno ar ou apenas desviar sua trajetória. - O homem lançara a mesa e começara a fugir, mas Sagoh conseguia acompanhá-lo com seu doujutsu e após tentar se livrar da mesa, mirou às costas do seu atacante enquanto o mesmo corria. _ Eu acho que não velho maldito... Você não vai escapar.. Não dessa vez.
Concentrou a mesma quantidade de chakra em sua mão e lançou uma rajada de vácuo compactado na direção daquele homem visando incapacitá-lo e assim fazendo com que não escapasse de ser julgado e acusado por seus crimes, sem antes ter a chance de explicar a motivação por tras de toda essa barbárie.

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Nero.

Jōnin

Qui 28 maio 2020 - 14:53

X/X.

O primeiro alívio de Marilion foi quando viu Sagoh golpear a grande mesa de carvalho que fora lançada contra ele, o ninja e o assassino. O rapaz precisou apenas de um movimento para partir o grande objeto em dois, e o fizera com a mesma facilidade com que cortaria um papel usando uma tesoura. Havia se encolhido da forma que podia, torcendo as mãos no cânhamo numa inútil tentativa de se libertar. A dor foi completamente ignorada tamanho era o êxtase de estar a salvo.
　　O segundo alívio veio quando o Hyuga perseguiu e derrubou o gordo senhor feudal fazendo-o rolar, e o deixando em posição desconfortável, estatelado no chão sem conseguir levantar, como uma tartaruga deitada sobre o casco. Mesmo que sendo apenas um vislumbre distante, estava satisfeito. Ele merecia a morte, mas não posso manchar as mãos de Sagoh de sangue., pensou, olhando de viés para o assassino de sua amada. Ele, por outro lado... chacoalhou a cabeça para espantar os pensamentos obscuros. Estava inocentado e o antigo senhor, preso; isto bastava, por enquanto.
　　Obrigado, rapaz.

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Genin

Qui 28 maio 2020 - 15:21

HP: 600/600 • CH: 612/700 • ST: 00/04
Vel: 14m/s

O Velho caiu sobre o peso de seu próprio corpo, no mesmo instante dois guardas saltaram sobre ele e o prenderam. Marilion respirou aliviado ao que Sagoh pode perceber. O alvoroço que se seguiu fora tamanho, até mais que a notícia do assassinato da esposa do velho. Todos murmurava, apontavam e até mesmo praguejavam o velho Senhor Feudal que ainda estava inconsciente pelo golpe bem localizado de Sagoh. - Ele se aproximou do bardo e do outro criminoso. Desamarrou Marilion que lhe deu um abraço com lágrimas nos olhos.
_ Obrigado, Sagoh. - Ele disse sem conseguir conter as lágrimas que agora eram em uma torrente. Sagoh sorriu para ele e lhe deu dois tapinhas nas costas. Foi até o assassino mascarado e o guiou até os oficiais que estavam com o Velho Senhor Feudal.
_ Com licensa senhores. Não se esqueçam desse aqui, por favor. - Ele deve ser acusado por tentativa de homicídio e homicídio em primeiro grau. Tal como o senhor feudal que fora o mandante de ambos os crimes. Cuidem disso. Tenho que retornar para minha vila para reportar o que houve aqui. Receio não poder ficar mais.

Sagoh retornou até Marilion que ainda chorava de alegria e lhe estendeu a mão, em gesto de solidariedade...
_ Desculpe por todo o incomodo e pela foram como essa historia terminou. Gostaria que fosse mais facil e simples te inocentar pelo crime que não cometera, mas não teve jeito... Obrigado por acreditar que eu conseguiria, sem isso talvez eu não tivesse a motivação necessaria para seguir a diante com esse caso. - Espero que fique bem de agora em diante. E não se esqueça de me fazer uma visita, caso passe pela vila da folha qualquer dia desses. - Tenho que retornar agora, mas nunca me esquecerei de você Bardo.
- Sagoh se despediu de Marilion e tomou o caminho de volta para a Aldeia da folha... Era necessário reportar o ocorrido para o alto escalão da folha, para que tomassem as medidas cabíveis para a eleição de um novo senhor Feudal. - O caminho era longo, mas Sagoh não se importava com a caminhada de volta. Ele agora respirava aliviado, com a sensação de dever cumprido que inundava seu ser.

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Jōnin

Qui 28 maio 2020 - 15:41

@Pra quest & técnicas do clã

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