[Fillers] Akira Haru

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[Fillers] Akira Haru
[Fillers] Akira Haru

Raves

Tokubetsu Jonin

Dom 10 maio - 13:18

Akira Haru ⚥Um Ninja Diferente
POV Akira Haru: On

"Viver é uma arte!"

Desde que meu avô me ensinou sobre o mundo das artes, ainda muito novo, essa frase passou a ser o meu lema pessoal. Acredito que toda arte deve ser preservada, então, sim, isso inclui vidas humanas. Talvez possa soar engraçado, mas... acho que sou um pacifista. "Um ninja que cria explosões, mas que não gosta de brigas... Que tipo de ninja você quer ser?! Já perdi a conta de quantas vezes eu ouvir essa pergunta. Primeiro, não, eu gosto de fazer explosões, porém, segundo, não é porque tenho esse dom que devo ser obrigatoriamente uma máquina de violência gratuita ou um terrorista! Beleza?! Enfim... Também não queria ser um ninja, meu avô me colocou na academia mais como um curso de defesa pessoal.

Então... Porque estou aqui? Agora, sou um Gennin formado treinando para ser um grande Shinobi para Iwagakure. Como cheguei nessa situação? Da mesma forma que deixei de ser um "molenga" para alguns. Sendo mais específico, durante o tempo em que conheci Noragami. Minha ex-colega de turma e atual parceira de treino...

Flashback

Embora existisse algumas controvérsias, no geral, meu nome era bastante popular na Academia Ninja. "Akira Haru, a garota que age como menino e vice-versa!" Meu jeito diferente de ser rapidamente chamou a atenção de todos, as reações variavam de pessoa para pessoa. Existia alguns garotos que me idolatravam dizendo que era um cara rebelde ou uma "princesa sem príncipe", enquanto que com as garotas ou elas diziam que era um charme de menino ou uma corajosa e poderosa menina. Todavia, "Garoto Afeminado" e "Garota Macho" também não eram difíceis de encontrar, sendo um dos lados ruim dessa história.

"Aberração" era o pior deles, mesmo fingindo nunca me importar com esses apelidos negativos, embora os primeiros realmente eu não ligasse muito, este último sempre me abatia e sempre existia alguém para me taxar com esse termo! Eu sabia que era eu MUITO diferente dos outros... Tanto geneticamente quanto socialmente... Mas sempre fiz dessa "condição" minha como algo natural e cômico, porém, nunca era o bastante para evitar alguns comentários indesejados... Somente por causa de meu avô e dos outros elogios que continuava seguindo firme e independente de como fosse.

Nas provas teóricas e aquelas que precisavam demonstrar dominar os jutsus básicos era bem fácil, mas os testes de combate... Nunca me saia bem, era tudo contra ao meu favor, o dom principal de minha família era algo muito perigoso que poderia até ser letal, sempre sentia que devia me segurar e por isso acabava perdendo todas, todas as lutas. Isso me incomodava um pouco, tanto que isso me custou uns 2 anos de repetência... Até que ela apareceu.

Hozuki Noragami, uma garota energética e muito atlética se comparada as demais, muito sociável e sempre disposta a competir com os outros para ser uma ninja melhor. Decide me aproximar dela e bem... Péssima ideia, no sentido bom, pois ela simplesmente ficou apegada comigo. Ela se tornou uma das minhas principais incentivadoras, sempre estando por perto nos trabalhos em grupo e auxiliando-me em alguns problemas pessoais. Não demorou muito para sermos melhores amigas, ~~só não passávamos disso porque ela não retrucava minhas investidas,~~ começamos a compartilhar nossas opiniões sobre alguns tópicos e a nos conhecer mais a medida que o tempo avançava. Lembro-me perfeitamente, o dia em que tivemos aquela conversa...

- Então você vai ser um artista? Incrível! Viajar pelo mundo realmente parece algo legal de se fazer. - Nós estávamos conversando sobre o futuro, em qual profissão nós iriamos seguir. Por mais que a resposta parece óbvia, eu realmente era uma exceção, tanto que Noragami ficava surpresa ao ouvir que eu não queria ser ninja.

- Mas porque você não quer ser um ninja? Nada lhe impede de explorar o mundo mostrando sua arte e ser uma shinobe forte. - Ela questionava com tranquilidade, apesar da minha hesitação inicial, decidia então responder a sua dúvida.

- Qual é a diferença... De um ninja para um assassino? - Percebia que Noragami paralisava ao ouvir aquela pergunta, encarando-me como se pedisse para que eu desse a resposta.

- Nenhuma! Ambos são sorrateiros e lutam entre si causando mortes e mais mortes por onde passam! Não importa quais são os motivos por trás, sempre levam a alguém cometer alguma crueldade contra o outro e isso não é justo! Não é como deve tratar a arte da vida! - Noragami escutava em silêncio minhas palavras, quando finalmente terminava ela começava a argumentar.

- É verdade que existe esse lado... Mas olha, acha mesmo que se fosse totalmente ruim... Eu estaria querendo ser? - Hesitava com a pergunta, mas acenava negativamente com a cabeça em resposta. - Nesses tempos de guerra, onde nos força a ceifar a vida de terceiros seguindo ordens, todos aqueles que se dedicam em combate para a preservação das vidas daqueles que ama são chamados de Shinobis. - Aquelas palavras me chamavam a atenção de alguma forma, deixando-me curioso para as seguintes falas que sairiam dali.

- Todos possuem o seu próprio caminho ninja, seguindo suas diferenças, mostrando seu valor e protegendo aquilo que eles acham precioso. - Ela se levanta do chão enquanto o olhava para o céu, parecia refletir comigo as próprias palavras que acabara de falar. - Eu quero... Me certificar de um futuro onde os ninjas não precisem lutar, onde as guerras sejam uma opção desnecessária, um paraíso onde todos possam viver em paz. - Aquilo era um sonho muito pouco realista, era um absurdo pensar que uma realidade como aquela poderia existir, porém... Viajar por um mundo de paz e sem ter preocupações de segurança... Era uma visão muito linda.

- Porém, existem aqueles são contra a paz, perdido em meio ao caos, precisaremos mais do que compaixão e palavras para conquistarmos nossa meta. - Ela voltava seu olhar para minha pessoa, encarando-me de cima com um pequeno sorriso. - Também precisamos de força, precisamos fazer que o esforço dos que vieram antes tenham valido a pena. - Desviava meu olhar para as minhas mãos, pensando sobre as palavras de Noragami.

- E minhas explosões... Elas podem salvar vidas? Podem parar uma guerra... Sem machucar? - Questionava com um olhar baixo, mas que era levantado por um par de mãos gentis e úmidas. - É impossível não machucar alguém, não tem como ser todo como queremos... A vida é uma hipocrisia pura! Entende? Não tem como explicar de maneira correta... Mas eu confio no seu senso de justiça e nas suas explosões, Akira, certamente elas podem trazer alguma paz da forma que deseja.

[...]

A conversa que tive com Noragami não respondeu e tampouco me convenceu de algumas coisas no primeiro momento, mas depois eu entendi que ela só estava me dando um caminho para seguir, compreendi que tudo dependia de como eu achasse melhor... Mas o que garantia de que meu senso também não estava errado? Realmente, a parte em que a vida é uma hipocrisia era um fato irrefutável. No final, devemos construir nossas vidas com as decisões que achamos melhor, sem nenhum arrependimento, sem que elas nos tragam mágoas para o coração, assim podemos trilhar nosso caminho livremente...

Finalmente chegava o período das provas práticas, havia mudado bastante depois daquele dia, o teste de combate seria o dia que definiria minha mudança. A luta era contra um garoto da turma, não tinha muito contato com o mesmo, apenas sabia que ele estava entre os encrenqueiros da sala... Mas tinha outro motivo para não ter muito contato.

- Prepare-se aberração! Você vai perder feio! - Ele não gostava nenhum pouco de mim.

- Tudo bem! Mostre-me como você é forte! - Mas depois de muita reflexão, eu estava tranquila quanto a isso.

A luta rapidamente começava, não existia muita estratégia, quem fosse mais forte e mais rápido naquele momento seria o vencedor. Eu já havia repetido esse exame 2 vezes antes... Então... A luta também terminou rápido, acertava-o primeiro com um ataque da Palma Explosiva, era o suficiente, de longe não era uma vitória emocionante... Mas tinha o seu valor pessoal.

- Você tem potencial, Akira, continue assim que você irá ser um grande ninja. - Dizia o professor que avaliava a situação, esboçava apenas um sorriso com suas palavras.

- Sim... Eu vou ser muito talentoso na minha arte ninja!- Respondia enquanto saia do campo, indo em direção ao garoto para ajuda-lo a levantar. - Também vou lutar pela minha arte, irei lutar para que ninguém mais precise lutar.

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Ter 12 maio - 17:54

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Raves

Tokubetsu Jonin

Dom 17 maio - 17:40

Akira Haru ⚥Um Artista do Passado - Parte 1
Os dias passavam um após o outro em Iwagakure no Sato, um clima ameno pairava junto a brisa agradável da manhã, era comum para Akira Haru praticar seu trabalho em artesanato enquanto não estivava ocupada com suas atividades ninjas. O livro que recebia de presente em uma de suas últimas missões a ajudará muito nas esculturas, indo muito mais além do barro e até mesmo da argila...

Akira caminhava tranquilamente com Hozuki Noragami, ambas andavam pelas ruas da vila procurando materiais para o avô de Akira, as lojas não estavam lotadas como de costume, mas também não demonstravam estarem vazias para se estranhar. Elas tinham de comprar madeira, marfim, cera, bronze e ouro, todos materiais clássicos de esculturas modernas e antigas, embora alguns desses fossem bastante caros de adquirir o velho havia dado uma quantia de dinheiro absurdamente alta para que as Kunoichi conseguissem trazer tais objetos.

Todavia, o maior dos problemas era encontrar os materiais, pois além de caros alguns deles também era bastante raros de se encontrar a venda livremente. - Akira, estamos andando já faz uma hora e só compramos metade das coisas! Meu Deus! - A morena esbravejava pela demorara que sua companheira seguia para encontrar os elementos desejados, para uma pessoa energética como Noragami, ter paciência era certamente uma Missão Rank-S para a Gennin. - Lamento, Nora. Devíamos ter perguntando onde que poderíamos comprar tudo isso, acabamos nos passando nesse quesito. - Akira continuava com sua expressão pacífica e alegre no semblante, apesar de compartilhar o mesmo sentimento da amiga o fato daquilo ser para um trabalho de artes fazia a Sem Gênero está contente e amenizava a angústia pela delonga.

[...]

Passava-se mais uma hora desde então, Akira e Noragami haviam pego quase todos os materiais pendentes, as minas da Vila Oculta da Pedra foram a verdeira salvação para o semissucesso da "missão" que lhe foram entregadas. Faltava apenas o marfim para assim finalizar aquela busca. As Kunoichi prosseguiam em sua busca eminente até que encontravam uma loja rudimentar, esta possuía uma fachada tão pouco decorada que mais parecia ser um pequeno casebre, mas o nome "Depósito de Materiais" denunciava os possíveis produtos de seu comércio.

Aproximando-se da recepção pouco convidativa, uma velha senhora disponibilizava seus serviços. - Finalmente! - Para alegria das ninjas de Iwa a senhora possuía a quantidade certa de marfim a venda, sendo comemorado com palavras em uníssono. Elas pagavam pela mercadoria e enfim saíam em direção a casa de Akira, todavia...

Um homem rapidamente pegava a sacola com os pertences, quando ambas percebiam o furto tal rapaz fazia um sinal de selos de mão e desaparecia na frente de seus olhos, era uma técnica ninja. - Merda! Para onde ele foi?! Precisamos recuperar os materiais antes do anoitecer ou se não estaremos encrencadas! - Akira parecia nervosa com a situação, ao contrario de Noragami que mantinha uma expressão séria em seu rosto. - Espera, deixa eu tentar uma coisa. - A Hozuki fazia um sinal de mãos estranhamente peculiar, a garota fechava os olhos para se concentrar e ficava parada durante alguns segundos. - Minhas preces foram ouvidas, aleluia, finalmente um pouco de ação! - A morena corria a direita da rua onde estavam, sendo perseguida por Akira que ficava confusa e sem opção de fazer outra coisa além de correr atrás.

Noragami saltava de prédio em prédio, parecia estar em uma perseguição contra o bandido, mesmo que não pudesse vê-lo, a morena pegava a katana da bainha de sua espada e preparava-se para executar alguma técnica a qualquer momento. Akira tentava acompanhar a velocidade da amiga, mas a Hozuki era mais desenvolvida nas aptidões físicas do que Haru, deixando Akira um pouco mais atrás em comparação a Noragami. A usuária de Kenjutsu finalmente parava de saltar e pulava dentro de um pequeno beco existente entre os prédios ali existentes.

- Você tem muito azar, hein? Decidiu roubar logo uma ninja tão poderosa quanto eu, Noragami Hozuki! - Dizia empunhando sua arma em direção ao fundo daquele corredor, onde surgia o mesmo homem com a sacola de compras. - Não sei como você conseguiu me encontrar, mas garanto que isso foi seu pior erro. - Na retaguarda do homem surgia mais dois rapazes encapuzados, cada um segurando uma espada longa, Noragami sorria com a situação e colocava-se em posição de combate. - Três contra um? Vejo que você não si importa em ser justo com os números, tampouco pelo fato de eu ser uma garota, ao menos você merece um pouco do meu respeito. - A morena estava prestes a avançar contra os ninjas a frente, entretanto, sentia uma rápida pressão de ar vindo em suas costas.

Com sua katana, Noragami virava-se e prontamente defendia um ataque de espadas que se originava de um terceiro encapuzado. A força exercida por ambos era equivalente, deixando os dois presos naquela posição onde suas lâminas se cruzavam. - Ok! Quatro contra um me parece demais! - A garota se esforçava para sair de onde estava, mas o encapuzado exercia mais força sobre sua katana e a pressionava contra o chão. - Nada mal. - O homem lançava um olhar malicioso para a garota que encontrava-se encurralada. - Rapazes, tentem não mata-la, assim poderemos nos "divertir" mais um pouco com ela. - O trio de encapuzados sorriam com aquelas palavras, Noragami grunhia de raiva ao sentir os olhares maliciosos direcionados para si, enxergava aquilo como um sinal de menosprezo.

Os outros dois encapuzados enfim avançam contra a Hozuki, esta que ainda estava sendo pressionada pelo terceiro membro, eles estavam prestes a ataca-lá se não fosse uma kunoichi de cabelos castanhos e olhos vermelhos que aparecia com os braços levantados para frente. - Kacchan! - Akira disparava duas explosões à queima-roupa nos dois encapuzados, estes que em seguida eram lançados para longe com o impacto e caíam nocauteados próximos ao homem. Em sequência, a ninja virava-se para trás com a palma da mão aberta e batia contra o rosto do terceiro, causando mais uma, e desta vez, pequena explosão no momento do contato e nocauteando o último do trio. - Cheguei!

Continua...

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Jōnin

Ter 19 maio - 1:28

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Tokubetsu Jonin

Ter 15 Set - 19:26

Palavras: 1244

Eu Sempre Fui um Herói!

Enfim chegava mais uma primavera, com sua temperatura moderada e clima seco, nos típicos padrões de Iwagakure no Sato. Akira e seu avô Kenichi praticavam seu hobby de artesanato manual, criando diversas figuras com os mais variados materiais - desde pequenos arranjos de papel até esculturas de barro em tamanho real. Poderia ser mais um dia passageiro na Vila Oculta da Pedra, e para a grande maioria dos iwanenses era de fato um dia qualquer, no entanto, para os artistas aquele era um dia de celebração, com Akira sendo o principal causador desse evento.

O jovem fazia seu primeiro ano de carreira profissional como um ninja da pedra, além de que seu aniversário de quinze anos também chegava nessa primavera, ou seja, seria uma comemoração dupla! Contudo, para a surpresa do mais velho, Akira não festejava aquele evento e dizia que somente passaria a tarde junto ao seu avô, atitude essa que preocupou Kenichi e lhe deixou curioso sobre qual seria o motivo por trás de tal decisão.

Próximo de onde avô e neto se encontravam, um rádio continuava a tocar uma doce melodia que preenchia o ambiente em volta deles. Do contrário ambos estariam envolvidos no próprio silêncio que haviam criado entre si. Deixando Kenichi ainda mais preocupado, ele conhecia seu neto mais do que ninguém, talvez até mais que o próprio Haru conhecesse, sabia que o silêncio e a quietude estavam longe de serem características atreladas ao jovem usuário do Bakuton.

- Então... como você está? Progrediu nesses últimos dias? - Depois de muito tempo o velho decidia romper o silêncio, embora a música continuasse a dançar em seus ouvidos, recebendo uma feição mais melancólica do jovem em contrapartida. - Sim, sim... aprendi bastante coisa desde que conheci Nue, entretanto, também faz um tempo que não vejo Noragami e treino com ela... pergunto-me como ela deve está atualmente. - Ele dirigia seu olhar para a janela de sua casa, observando a paisagem do lado de fora enquanto dizia aquelas palavras. - Ela deve estar bastante ocupada, com toda certeza, e evoluindo também, não lembro de nenhuma vez dela não repetir que iria se tornar uma heroína para Iwagakure. - Kenichi soltava uma pequena risada com o comentário, tentando diminuir o pesar que as palavras de Akira pareciam carregar, mas recebia novamente um olhar tristonho do yõkai.

- Vovô, o que é de fato um herói? - Questionava, deixando a massa de argila com qual trabalhava espalhada pelo chão, sem fitar o rosto do velho que ficava curioso com aquela pergunta. - Deixe-me pensar... - Colocando sua destra sobre o queixo, o velho refletia um pouco antes de começar a falar. - Um herói é aquele constituído pelo desejo de paz, demonstrando bondade e constantemente ajudando os outros. Ele sempre busca maneiras de se tornar mais forte para ajudar quem precisa e se importa muito mais com esses do que ele mesmo, sendo muito altruísta. Ele costuma evitar ao máximo a morte de outras pessoas, inclusive inimigos, pois acredita que o ódio não se combate com mais ódio e sofrimento.... ou pelo menos é assim que eu vejo um verdadeiro herói. - Recitava tranquilamente aquelas palavras, que estranhamente lhe surgiam a mente uma após a outro, como se ele estivesse descrevendo uma pessoa já conhecida com aqueles traços. Akira virava-se para encarar seu avô, com seu semblante ainda vazio para uma criança tão alegre como ele.

- Realmente, bem que Noragami pode virar uma heroína... diferente de mim... - O jovem abaixa sua cabeça enquanto pequenas lágrimas brotavam de seus olhos, Kenichi ficava pasmo inicialmente, mas logo compreendia o que estava se passando e deixava que um sorriso brotasse de seus lábios. - Akira... você de fato não pode se tornar um herói... - O genin arregalava os olhos ao ouvir tais palavras, não imaginava que o velho fosse concordar de maneira tão fácil... - Você não pode se tornar um herói... quando já se é um herói. - O homem enfim terminava sua frase, deixando que Akira processasse o que acabara de ouvir, sendo correspondido com uma risada destoante do mais novo.

- Vovô, eu cometi muitos erros... erros que custaram vidas inocentes... isso não me parece coisa de herói. - Recrutava ainda com seu tom melancólico, observando o velho que continuava estranhamente tranquilo com aquele assunto. - Qualquer um pode ser uma pessoa melhor se realmente tentar ser. Não é isso que você sempre fala? - Questionava, mas não esperava uma resposta de qualquer forma. - Até os heróis cometem erros, ninguém está a salvo, mas eles sempre estão dispostos a melhorar para supera-los. - "Aprenda com seus erros." Novamente o garoto ouvia aquela frase, incrédulo, levantava seu rosto para encarar o velho buscando por uma resposta melhor. - Mas pai olha para mim! - Gesticulava indicando para si mesmo. - Desde pequeno ninguém me via com bons olhos, e aqueles que deveriam ser minha família me rejeitaram pelo simples fato de nascer! Minha linhagem sanguínea também é vista como o maior simbolo de terrorismo! Acha mesmo que alguém como eu pode ser um herói?! - Akria gritava em meios as lágrimas que escorriam pelo rosto, não conseguia entender nem mesmo o fato de estar chorando, queria fingir que essa conversa não aconteceu e que estava tudo bem consigo, porém não iria conseguir, e era óbvio que não estava bem, até que de repente sentia um abraço lhe puxando para frente.

- Meu Haru... você busca fazer as pessoas felizes, mas esquece dos seus próprios sentimentos; deseja que as pessoas sejam melhores, mas se enxerga como a pior pessoa do mundo; você procura fazer os outros desabafem seus problemas, mas convive sufocado com os seus guardados para si... - Sentia seu corpo gelar com as palavras, as lágrimas continuavam incessantemente a desmoronar, ficava mal de estar daquela forma enfrente ao avô. - Valorize-se mais meu pequeno, mesmo que ainda não enxergue e continue a me preocupar, você é um grande herói, como uma fonte de luz que ilumina esse mundo tão escuro. E da mesma forma que deseja ajudar os outros, deixe-os ajuda-lo também. - Seu abraço apertava ainda mais, era possível escutar soluços vindos do mais novo. - Nunca desista dos seus sonhos, continue a lutar por eles, mostre para todos que o impossível é possível, mostre para o mundo... o herói que você já é para Iwagakure e para mim. - Kenichi deixava que suas lágrimas também escorresse de seus olhos, observando Akira dar um sorriso no fim.

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- E-Eu irei... aprender com os meus erros... e tentaria dar o meu melhor! - Dizia enxugando suas lágrimas dos olhos, até que percebia uma pequena caixa por detrás do senhor de idade. - O que é isso? - Indagava, fazendo Kenichi também olhar para caixa e pega-la com outro sorriso no rosto. - É o meu presente... Feliz aniversário, Akira Haruno. - Akira ficava surpreso ao ouvir o velho utilizar o seu nome de batismo, mas soltava uma risada pela situação inusitada.

Quando o velho abria a caixa, um pequeno gato preto saltava da mesma e caia próximo aonde Haru estava e logo dirigia seu olhar para o mesmo com uma expressão sorridente na face. - O nome dela é Yosafire, ela cuidará de você quando eu não estiver por perto, tenho certeza de que vocês serão bons amigos. - Falava recebendo outro abraço de Akira, deixando que o mesmo continuasse a desabafar depois daquela tarde tão longa...

HP: 1575/1575 │ [Fillers] Akira Haru XQKY0

CH: 1875/1875│ [Fillers] Akira Haru 6b80b9965b1ec4d47c31d7eccf8ce4b0---cone-amarelo-rel--mpago-by-vexels

ST: 00/07│ [Fillers] Akira Haru Org.easyrpg.player