Filler
Partida
Folhas que o Redemoinho levou
Tinha os olhos mergulhados no vasto azul do céu sem estrelas que tomava a aldeia naquela manhã ensolarada. Lembrou-se de certo dia, durante uma refeição qualquer há três anos atrás, de uma conversa que seus pais haviam tido em que tentavam discutir silenciosamente o quão arriscado seria partirem os dois juntos em missão. Uma lembrança sombria, que o feria mais do que uma espada atravessando seu peito poderia ferir. Mantinha o semblante impenetrável, estava de decisão tomada e não voltaria atrás.
Caminhou a passos lentos escada abaixo enquanto vislumbrava o que restava da casa onde crescera, levando somente o que vestia pois tudo ali lembrava-lhe de Takumo e Misa. A casa, seu quarto, o quarto deles, os cheiros, a Folha. As mãos cobertas por luvas negras tocaram suavemente a porta dos aposentos onde costumavam dormir os pais. Empurrou com algum receio e apenas olhou o que lá estava, intocado já há alguns dias. Recolheu apenas os retratos que estavam espalhados pela casa e algumas roupas para sua irmã e um pouco de comida. Um dia antes havia doado tudo. Vestimentas, roupas de cama e de banho, os demais alimentos que não levaria consigo na viagem; estava pronto para partir sem olhar para trás.
Caminhou para o lado de fora e correu a porta para fechá-la pela última vez. Olhou para sua irmã, que partilhava da mesma dor que ele sentia, e para o grande lobo branco que o fitava com um olhar de vermelho vivo que parecia aquecer sua alma de uma certa maneira. Só me restam vocês dois. Ele sabia que o caminho que tomaria não teria volta, mas também sabia que estava certo de que era isso que seu coração desejava e necessitava.
Sua memória o trazia lembranças vivas do fatídico dia em que retornou da missão antes dos velhos Sarutobi, do dia em que a ave trouxera a notícia da morte de seus pais, mas de alguma forma tentava atenuar o ocorrido dizendo que “a missão foi cumprida”. Aquilo remeteu rapidamente às palavras de uma mulher que eliminara anos atrás sob o estandarte de Konoha. “Pelo que você luta?” ela o questionara; Para proteger o sistema lembrava-se da resposta e sentia nojo de si. Ergui minha espada para defender um sistema corrupto fechou ambas as mãos em um punho e lutava para conter sua raiva e não deixar que transbordasse pelos olhos. “Pare de ser usado” estas foram as últimas palavras da mulher e mal sabia que ela, que jamais o havia visto, sabia mais sobre ele do que ele próprio. Esse mundo precisa mesmo ser mudado.
Andou sem pressa vilarejo afora, enquanto o comércio ainda ameaçava despertar, mas numa preguiça matinal comum a todo e qualquer ser vivo. Amarrou um hitaiate na testa de Asami e a vestiu como uma shinobi pela primeira vez, mas nem sequer aquilo a empolgava, o luto tomava a pequena. Não queria incomodo, não queria perguntas, não queria conversas, ele só queria partir. A disfarçou para os ninjas que guardassem o portão pensassem que Asami partiria em missão sob tutela do irmão mais velho. Passou por baixo da muralha da Vila pela última vez e sentia um peso aliviando suas costas, descendo de seus ombros como uma verdadeira assombração. Jiro, a menina e o lobo gigante esgueiraram-se por entre as sombras das árvores e foram caminhando até que o mais velho parou e olhou para trás.
Eu lutei por um sistema que não me permitiu sequer enterrar meus pais, uma brisa veio lhe acariciar o rosto, mas desta vez era como o beijo gelado do gume de uma espada em sua garganta. Tirei tantas vidas por julgar que a minha vida se resumia a isso. Virou-se para a irmã e desamarrou a bandana de sua testa; largou-a sobre a grama, com a placa de ferro voltada para o alto. O disfarce não era mais necessário e tudo do que precisavam estava em suas mochilas. Isto é ser shinobi e sentiu vontade de escarrar quando lembrou-se do que costumava repetir a si mesmo como um mantra toda vez que tirava uma vida em nome da Aldeia.
Viajaram a pé por metade de um dia, para certificarem de que estariam longes o suficiente. Ele sabia exatamente para onde os estava levando. Conhecia todos os vilarejos e sabia para onde ficavam todos os países. O sistema shinobi é o mesmo em todos os lugares, mas eu preciso manter Asami em segurança. Olhava sua irmã e seu lobo juntos: o animal enrolava-a como um grande cobertor enquanto esta se encolhia, agarrada a seus pelos, iluminados ambos pela luz da fogueira que havia acendido com e improvisado com alguns pedaços de madeira que catou no caminho. Além de ninjas, preciso levá-la para um lugar que eu tenha certeza que nenhum inimigo invadirá com facilidade. Coisas estranhas rondam a Folha e mesmo assim, eu não consigo mais ficar lá sem me sentir traído. A imagem de Squall coberto de ferimentos lhe retornava à mente, não entendendo bem o que havia acontecido ao primo, mas ainda mais determinado em tirar sua irmã de lá. Pelo bem dela, e pelo próprio bem.
Descalçou a luva da mão esquerda e sacou uma kunai de sua bolsa. Cortou a ponta do polegar na lâmina, formando um filete de sangue que respingou na outra luva quando desenhou os selos entrelaçando os dedos. Kuchyiose no Jutsu. Um enorme dragão branco fez sua entrada triunfal de onde o sangue do Sarutobi e derramou logo após espalmar a mão ensanguentada no chão. A magnifica criatura com longa barba branca e cuja simples presença trazia paz tomou crianças e lobo nas mãos.
── Muito obrigado, Sēji. ── voltou seus olhos azuis que escondiam todo o misto de sentimentos naquele momento, externando nada mais que a serenidade.
── Para qual direção, rapaz?
── Para os redemoinhos.
E a grande criatura bateu suas asas noite adentro. Viajava pelos céus soberana como uma grande embarcação singra os mares em busca de terras novas. Não se arrependia de deixar a Folha, mas a mudança era drástica, apesar de tratar-se de uma aldeia que historicamente sempre fora leal à Konoha. Pouco me importam alianças, eu buscarei poder para proteger a Asami e algum dia encontrarei um jeito de mudar o mundo. Mas por hora, só preciso saber que minha irmã está bem., olhava para ela e para Shiroyuki deitados na outra mão do grande dragão. Eles são tudo o que eu tenho.
Se permitiu adormecer até que a luz da alvorada perturbou seus grandes olhos azuis. Dormiu uma noite sem sonhos, que passou tão rápida quanto um estalar de dedos. Sēji sobrevoava um vasto mar quando Jiro avistou terra.
── Aqui está bom, é mais seguro entrarmos no vilarejo a pé. ── dissera com uma voz preguiçosa, com um bocejo sucedendo suas palavras.
── Às suas ordens, jovem mestre.
O dragão aterrissou e surpreendeu-se pois nem assim sua irmã havia despertado. Notou o brilho dos olhos de Shiroyuki como notaria duas pedras de rubi brilhando na neve, mas Asami sequer havia ameaçado despertar. Fez uma respeitosa reverência ao dragão antes de despedirem-se e este sumir na mesma cortina de fumo em que havia surgido. Aguardava a pequena despertar de seu sono profundo e, enquanto isso, olhava a sua volta. Estava cercado por água de todos os lados, uma verdadeira fortaleza natural que dificultava toda e qualquer invasão. Eu mesmo devo ter sido avistado ao longe. Quando considerou partir de Konoha, quis levar a pequena para algum vilarejo pequeno mas ela jamais aprenderia a se defender e estaria ainda mais exposta.
O lobo gigante se levantou e Jiro a colocou em suas costas, e esta ali ficou, e puseram-se em marcha novamente. À medida que se aproximavam, ele foi notando todas as diferenças. O cheio do país e do vilarejo era outro, o ar lá era mais gelado e uma fina cerração abraçava os edifícios no centro do lugar. Em algum momento durante a caminhada, a caçula acordou, mas pareceu gostar de montar no lobo como se montaria num cavalo. E foram seguindo a passos cadenciados em direção à nova casa.
A menina olhava a sua volta expressando um misto de confusão e de curiosidade. Mantinha as mãos firmemente agarradas aos grossos pelos de Shiroyuki enquanto seu pescoço girava para lá e para cá, para a esquerda e para a direita, boquiaberta.
── Que lugar bonito, irmãozão! ── sua voz ainda era um pouco rouca de sono.
── Gostou? ── ele perguntou com um sorriso singelo tomando seus lábios.
── Aham! Mas como chegamos aqui? Dormimos numa floresta, eu sonhei que estava voando e agora estamos aqui. ── ela pôs a mão no focinho do lobo e apertou ── Isso é um sonho?
Shiroyuki rosnou. Asami recuou. Jiro gargalhou.
── Não, não está sonhando. Viemos mesmo voando, mas você dormiu tanto que nem percebeu.
O portão crescia diante dos olhos dos dois irmãos.
── E onde nós estamos?
── Em nossa nova casa ── ele fez uma pausa, olhando para o símbolo do vilarejo talhado na bandana de um dos homens no portão. ── Uzushiogakure no Sato.
É uma vila de ninjas que segue o mesmo sistema corrompido, mas Asami estará mais segura aqui e poderá desenvolver suas próprias habilidades., ele caminhava para se identificar para os vigias do turno. Deu-lhes o nome e sua patente e logo prestaram o devido cumprimento.
── O Mizukage ficará feliz em recebê-lo. ── disse um dos homens e eles entraram.
Agora aqui é nossa casa e aqui você ficará a salvo... mas ainda irei mudar o mundo shinobi.
HP: 4500/4500 // CH: 7925/8000 // CN: 000/400 // ST: 00/09
- Bolsa de Equipamentos Personalizada:
- Kunai (15)
- Shuriken (15)
- Kemudirama (5)
- Hikaridama (5)
- Kibaku Fuuda (9)
- 955ml de tinta
- Makimono P (1)
- Makimono M (1)
- Armas:
Chi no Ha (Mão direita)
Rank: S
Descrição: Uma luva com lâminas afiadas nos cinco dedos forjada pelo clã de assassinos com a incrível capacidade de induzir suas vítimas a uma ilusão. A arma é empunhada em uma das mãos apenas, cuja mão torna-se incapaz de realizar selos quando as lâminas estiverem projetadas, podendo mantê-las escondidas e tornar semelhante a uma simples luva negra. Os danos causados pelas lâminas são calculados normalmente, porém, uma vez atingido pela arma, a vítima é enviada em uma ilusão onde está cercado por três demônios (cuja aparência depende do indutor à ilusão); a força da ilusão depende das habilidades do ninja em Genjutsu.
Fuyu no Tanken
Rank: S
Descrição: Uma adaga para ataques ferozes, rápidos e ágeis. A arma feita com o Gelo Eterno, uma estrutura cristalizada capaz de perfurar todos os materiais do mundo, semelhante ao fio de uma Kusanagi, detém o poder de assassinar sorrateiramente, sendo excelente para ninjas furtivos. Com o poder do Chakra do Inverno, ela passa a sofrer os efeitos da natureza do Gelo, congelando o sangue na região cortada, impossibilitando a chance de rastros. Sem o Chakra do Inverno, a arma ainda é extremamente poderosa e afiada.
Kusanagi no Tsurugi (Orochimaru)
Rank: S
Descrição: A Espada de Kusanagi é a Kusanagi da lenda japonesa. Orochimaru convoca sua Kusanagi abrindo sua boca e estendendo uma cobra que então abre a boca e "vomita" a espada. Orochimaru foi visto produzindo a espada primeiro para que ele pudesse usá-la livremente, ou a lâmina primeiro a atacar seu oponente instantaneamente.
A espada pode rapidamente aumentar e diminuir sua lâmina para atacar de longas distâncias, ser controlada telepaticamente de acordo com o comando de Orochimaru, e cortar quase qualquer coisa. Mesmo Enma que é capaz de se transformar em um bastão de diamante, observou que a lâmina de Kusanagi iria deixá-lo bastante dolorido.
Sekka no Gantoretto (Mão esquerda)
Rank: A
Descrição: Uma luva especial que possui duas habilidades:
1. Sekka no Ichigeki: permite que o usuário petrifique qualquer coisa que entrar em contato com a manopla. Após manter contato com seu alvo, o olho na manopla será aberto e irá enviar substâncias químicas através do corpo do alvo, transformando-o em pedra. O quanto o corpo será petrificado é determinado pelo tempo e o local de contato. Se o corpo permanece nesta forma de pedra durante muito tempo, ele permanecerá petrificado para sempre. Além disso, os corpos petrificados tornam-se frágeis e quebradiços, tornando-os mais fáceis de quebrar e matar a vítima. Se for tratada com o ninjutsu médico adequado, a parte petrificada pode voltar ao normal.
2. Segunda Habilidade: concede ao usuário a manipulação de outras rochas de forma telecinética. O usuário pode levitar pedras e podendo até mesmo romper as rochas manipuladas em pedaços e usá-las como armas. Pode levitar pedras para servir como uma plataforma para o usuário ficar flutuando, dividi-las em vários punhais e lançá-los como projéteis pontiagudos.
Kokutō
Rank: A
Descrição: A Kokutō (黒刀; Literalmente significa "Espada Negra") é uma espada única empunhada por Raidō Namiashi. A lâmina é uma katana com uma superfície escura, não-reflexiva e é fortemente revestido de veneno que Raidō geralmente usa para realizar suas missões de assassinato. Ele usou-a em conjunto com a Técnica de Dispersão dos Mil Corvos de Aoba Yamashiro, se escondendo e com a sua espada, dispersando com sucesso Kakuzu um membro da Akatsuki.
Fuyu no Yoroi
Rank: A
Descrição: Um conjunto de batalha semelhante as armaduras ninjas tradicionais, porém, incrementadas com o Chakra do Inverno e forjado pelos mesmos responsáveis dos demais itens do Inverno. A armadura não tem peso algum e é altamente resistente ao fogo, conseguindo suportar, sem danos de resistência, forças de chamas até rank-C, exceto quando o ninja está em pose do Chakra do Inverno, então a resistência se torna suficiente até rank-B. Queimaduras até segundo grau são absorvidas pela armadura. Cada ninja só consegue carregar uma armadura por vez.
Fuyu no Himo (100FCH armazenados)
Rank: B
Descrição: Um acessório único e forjado nas montanhas de Yuki no Kuni por um antigo Clã de ferreiros. Os poderes desse medalhão são vitais no uso do Chakra do Inverno, sendo o canalizador de tais poderes. e, sem ele, sendo impossível usar. Quando os limites do chakra do Inverno acabam no medalhão, ele ainda serve para armazenar até 100 pontos de chakra para serem usados posteriormente. Cada ninja só consegue carregar um medalhão por vez.
Jōhyō
Rank: B
Descrição: O Jōhyō se consiste de uma longa corda, normalmente possui vários metros de comprimento, com uma alça presa a um fim, e um ferrão de metal ligado a outro, agindo como um peso que permite ao usuário para lançar o dardo para fora em um alvo de longo alcance para vinculá-las em seguida, bobina-los ou realizar um ataque contra eles.
Trata-se de uma arma relativamente não-letal, os dentes na extremidade da corda não são para atacar, servem para impedir o adversário de chegar muito perto e, então, com a corda torná-los incapazes de atacar.
a
Fuyu no Yubiwa (Dedo mínimo direito)
Rank: C
Descrição: Um acessório único e forjado nas montanhas de Yuki no Kuni por um antigo Clã de ferreiros. Os poderes desse anel são vitais no controle de chakra do usuário, aumentando sua capacidade de economizar chakra. O anel reduz os custos de chakra em 5%. Cada ninja só consegue carregar um anel por vez.
Chi no Kamen
Rank: C
Descrição: Um acessório forjado em Oni no Kuni vindo de um Clã de assassinos antigos. Tal máscara é branca, pálida, como se fosse um cadáver, e tem vários furos espalhados na sua construção, além de linhas vermelhas descendo dos olhos como se fossem rastros de sangue. A máscara é canalizadora de chakra e tem forças ilusórias, variando o nível de acordo com a habilidade do usuário, mas no nível mais básica, ela simplesmente muda a aparência do usuário (com custo de rank-D), enquanto que em níveis mais altos, pode servir de catalisadora para técnicas variadas. Obviamente, cada ninja só consegue usar uma máscara por vez.
- Jutsus Utilizados:
Kuchiyose no Jutsu -25CH
Rank: C
Selos: Javali → Cão → Pássaro → Macaco → Carneiro
Descrição: É um ninjutsu de espaço-tempo que permite que o invocador transporte animais ou pessoas através de longas distâncias instantaneamente através do sangue do usuário.
- Dragão:
Sēji -30CH
Rank: A
Descrição: Sēji (セージ, lit. Sábio) é um dragão de grande porte, com quinze metros de altura, trinta de envergadura e vinte da mandíbula à ponta da cauda, com pupilas amarelas e pelagem branca, sendo o único dragão com pelos dentre todos. Sua idade é incalculável pelos humanos, sendo esta uma criatura incrivelmente ancestral com mais de 800 anos. Apesar de sua vida longa, Sēji jamais almejou a guerra e por isso decidiu por seguir um caminho pacífico e ajudar os que precisam, tomando rumo nas artes curativas, incomuns aos dragões. A cor de seu hálito é branca.
Sēji é pacífico e gosta de conversar até mesmo com humanos, sendo um dos únicos da espécie propenso a ajudar tal raça, passando seus conhecimentos. É um dragão extremamente inteligente, versado em todas as técnicas que a convivência com humanos pode lhe oferecer, apesar de preferir sempre o suporte e evitar conflitos desnecessários, o que lhe deu o título de Heiwa no Ryū (平和の竜, Dragão Pacífico) entre os humanos que o conheceram.
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- Considerações: