54 DG - Início
Se não fosse pelos meus olhos e pelo meu tutor Erik, eu talvez nunca descobrisse quem eu realmente era. Um membro da segunda casta dos Hyuugas. Um guerreiro e protetor da casa principal. Contudo, os planos dos meus pais foram divergentes e se rebelaram a esse fato, mas pagaram o preço pela traição. Mortos para mudar o meu futuro dizia Erik, que também é um membro dos Hyuugas. O que eu não sabia era que ele é da casa principal.

Meu tutor na noite em que nasci me levou para fora de Konoha. Após longos dias de perseguições nós ultrapassamos a fronteira do País do Fogo. Os perseguidores a partir daí recuaram e ele conseguiu avançar sem muitos problemas. Ele só parou quando chegamos aos portões de Iwagakure no Sato. E desta Vila fizemos moradia. Ele teve que se desdobrar para cuidar de mim, teve que desempenhar o papel de pai, provedor da casa e cozinheiro nas horas vagas. Mas não espalha por aí porque o Erik é muito orgulhoso: (Sussurando) “Muitas vezes fomos comer em algum restaurante porque a cozinha ficava preta de fumaça”. Ayako, por outro lado, é uma mulher muito atraente de olhos vermelhos e longos cabelos negros e cacheados que sempre usa vestidos abundantes em adornos. Muito gentil e cuidadosa, mas é uma ninja explosiva. Ela cuida de mim sempre que o Erik sai em missão. Só entre nós: “A comida dela é boa demais! E o cafuné melhor ainda! Aliás, eu apoio ela casar com o Erik”.  

Os dias voaram e quando fiz seis anos despertei o Byakugan. E a partir daí meu treinamento como shinobi foi intensificado. Ele é um professor exigente, mais até do que o professor da Academia. E se preocupava com o que poderia acontecer no futuro, por isso me treinava com tanto afinco. Sempre tentava corresponder às expectativas dele e as minhas próprias.
A academia era um complemento aos meus treinamentos em casa, desta forma, eu me destacava um pouco mais que a maioria. Meu bom controle de chakra me permitia executar melhor os ninjutsus e meu desempenho no taijutsu era melhor que oitenta por cento da sala. Conversava com todos, mas só um amigo, Kenjiro. No teste para Genin tivemos uma prova, depois demonstrar os jutsus básicos que era um porre, convenhamos. E depois um demonstrativo de combate, a parte mais divertida. Por sorte caí com um garoto que tem potencial no taijutsu e trocamos alguns golpes básicos, sacamos nossas kunais e trocamos mais golpes e chutes. O metal ajudava a deslumbrar o combate que até aquele momento estava equilibrado e fluído. Ele lançou a kunai dele que desviei rapidamente numa esquiva com cambalhota para a esquerda. Guardei a minha arma e decidi que seria a hora de ativar minha Kekkei Genkai. “Byakugan”. Enfrentei-o com o Juken que conhecia e com um golpe aqui e acolá consegui drenar as forças do meu oponente até ele pedir para encerrar o combate. Porém eu não tinha saído ileso, em dois momentos ele usou golpes que eu nunca tinha visto e saí com a boca sangrando e um hematoma na parte interna da coxa esquerda.

Ao fim, fizemos o selo de reconciliação, um sorriso na cara estampava minha felicidade, pois meu adversário era meu amigo Kenjiro. Ambos passaram nos exames.

Ao destino eu deixaria a minha situação em relação ao meu clã, seus membros decidirão se eu um dia os amaria ou odiaria. Quanto a Iwa eu aprendi a gostar. Konoha era visto com interesse. Além disso, carregaria a vontade dos meus pais comigo, além de uma moeda de ouro que era do meu pai. O meu ajudante a tomar decisões difíceis.