O restante de seu dia após a reunião com o Hokage, fora o cansativo serviço de atuar em uma floricultura, cumprindo a carga horária de uma suposta prima de Mikan. Sendo esta uma Yamanaka, que, simplesmente folgada, decidira se tornar médica sem desfazer-se dos lucros do estabelecimento, Renji não sentia-se completamente agraciado com o serviço. Achava a ideia ligeiramente estúpida, visto que ela deveria pagar por funcionários que sequer poderiam entregar um ótimo trabalho, mas no dia em questão a kunoichi tivera sorte. Mikan detinha todo o conhecimento necessário para a prática, e embora a decisão de sua "líder" não o agradasse, apenas acatou em silêncio.

No início não fez menção em auxiliar nas atividades a respeito das flores, adentrando o setor de logística, para organizar as enormidades de caixas, algumas com sementes estragadas, outras com itens recém-entregues, contudo, mal organizados de forma que encontrar um regador tornava-se uma tarefa grandemente trabalhosa. Sendo o mais velho, e, teoricamente, o mais forte fisicamente, tomou toda a responsabilidade do trabalho braçal, permitindo que seus companheiros efetuassem tarefas de marketing e atendimento ao público.

Após algumas horas de trabalho incessante, ao perceber que o pré-adolescente havia abandonado o posto – onde atuara de forma desastrosa –, Shigaraki decidiu realizar a tarefa de trazer clientes para a floricultura até então vazia, enquanto os outros permaneciam cuidando dos artefatos para venda. Não necessitou de muito além da habitual pose séria, unicamente focando-se nas garotas de sua faixa etária, gesticulando para que elas adentrassem o estabelecimento.

Percorria de braços dados com a maioria delas, apresentando as flores e conversando sobre a vida de todas, de onde conseguiu até mesmo alguns números para utilizar em momentos oportunos. Mesmo aos idosos dedicou sua atenção, embora a prática se tornasse dificultosa, principalmente com indivíduos do sexo masculino que desejavam presentear suas esposas, afinal, as sugestões do rapaz eram, de certo, mórbidas.

Ao fim do dia, sem maiores preocupações, Shigaraki auxiliou seus companheiros a fechar a loja, despedindo-se de ambos para seguir o seu caminho. Não obstante, atentou-se em presentear a sua companheira de equipe com uma flor de pétalas negras, e o mais jovem com um gesticular positivo dos dedos, em respeito ao bom trabalho efetuado. Shigaraki poderia ser rude, contudo, valorizava os esforços naturais dos trabalhadores. E, afinal, apesar de uma prática pouco importante para seu desenvolvimento pessoal, minimamente alternara sua rotina, não sendo de todo uma prática entediante.