A primeira missão especial de Kaido foi finalmente entregue a ele por uma ave, que depositou o pergaminho, selado, sobre sua janela. O garoto retirou o selo do pergaminho e leu seu conteúdo com cuidado “É só uma missão de rank D, mas ao que tudo indica eu deverei passar algum tempo realizando essas missões menores antes de me graduar dentro do departamento e poder realizar missões mais complexas”.
O dever do garoto era simples, ele deveria ir até a biblioteca, onde os registros geográficos e informações sobre vilarejos eram mantidas, e apanhar algumas informações para seus superiores “Eles devem precisar dessas informações para a realização de alguma missão ou investigação. As missões que os shinobis da elite recebem sempre possuem um grande número de informações que são coletadas pela inteligência... Dessa vez serei eu a coletar essas informações para que meus colegas possam utiliza-las em suas missões”.
Kaido tratou de cumprir sua missão com certa urgência. O jovem deixou sua casa, ainda com o pergaminho em mãos, e foi em direção a biblioteca da vila, que naquela hora se encontrava praticamente vazia, entretanto, aberta e guardada por diversos shinobis de patente mediana.
O rapaz cumprimentou seus colegas e entrou no edifício, indo, sem pestanejar, em direção aos mapas cartográficos e dos registros de vila do país do Fogo. Kaido apanhou uma dúzia de mapas e livros e os depositou sobre uma mesa de madeira aos fundos do local. Por horas o rapaz estudou os mapas, estudou a geografia das vilas solicitadas e também apanhou informações relevantes sobre elas.
No final da noite Kaido possuía um relatório completo sobre tudo que havia lhe sido solicitado, com um adicional, uma série de notas pessoais sobre como ele, tendo em vista todos os dados coletados e sua experiência, imaginava ser a melhor forma de um shinobi se infiltrar na região sem ser visto. Tendo finalizado, Kaido correu para o departamento de inteligência, local onde entregou seu relatório, concluindo sua missão.

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Assim que retornou para sua casa Kaido recebeu uma nova missão, mas essa se diferia da anterior em seu nível de exigência, uma vez que Kaido não deveria apenas realizar uma pesquisa a biblioteca como um mero estudante da academia, mas sim ir a campo investigar como um verdadeiro shinobi da inteligência “Essa missão tem relação com a anterior, eles querem uma confirmação de que as informações coletadas nos relatórios são de fato uteis. Já deveria esperar esse tipo de cautela do departamento, eles não enviariam uma equipe de shinobis em uma missão sem ter certeza de que todas as informações base são confiáveis”. Kaido respirou fundo – Então vamos lá -. O garoto deixou sua casa novamente, mas dessa vez ao invés de tomar o caminho em direção ao centro da vila, foi em direção aos portões.
O jovem deveria verificar se as informações a respeito de um pequeno vilarejo batiam, se a geografia relatada pelos livros era a mesma, se os mapas relatavam com precisão as dimensões do local, se seu nível populacional e defesas eram de fato as justificadas no senso, etc. Com cautela, Kaido correu em direção ao vilarejo, desejando terminar logo aquela missão para que pudesse retornar ao departamento e aprender mais sobre as técnicas de obtenção de informação por meio de interrogatórios.
Assim que se aproximou do vilarejo Kaido notou que algo não estava certo, a flora do local parecia ter mudado, parecia que a pequena vegetação que envolvia o local havia sido queimada. Desconfiado, o garoto tomou ainda mais cuidado para avançar em direção ao vilarejo e logo percebeu que a vegetação não era a única coisa que havia sido alterada “Muros, eles ergueram muros de terra, feitos com auxilio de técnicas ninshu, aposto. Esses muros me impedem de avançar e tomar nota sobre os níveis populacionais da vila, mas eles com certeza aumentaram seu poder bélico por aqui... Será que algum grupo de mercenários ou nukenins tomaram conta do local? Bom, vou me limitar a cumprir minha missão; voltarei para Kumo, farei meu relatório e deixarei que meus superiores decidam o que fazer”.
Kaido fez exatamente o que se propôs, retornou para Kumogakure, foi até o departamento de inteligência, escreveu um relatório sobre toda a informação coletada em sua pesquisa e então a entregou para seus superiores, que se deram por satisfeitos e consideraram a missão encerrada.

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Já fazia algumas semanas que Kaido havia adentrado ao departamento de inteligência de Kumgakure. No inicio o jovem teve permissão apenas para acompanhar alguns interrogatórios, de forma que sua atuação em campo era estritamente relacionada a obtenção de informações por meio de pesquisas e observação. As missões eram relativamente simples para o experiente shinobi, mas elas permitiam que ele conhecesse o serviço da inteligência, que eram bem diferentes daqueles dados aos shinobis convencionais.
O departamento parecia aos poucos depositar mais confiança no novato, que agora era incumbido de liderar um interrogatório pela primeira vez. O serviço, no entanto, era considerado pelo departamento como simples, afinal, aqueles que deveriam ser interrogados eram simples gatunos, criminosos menores que não possuíam nem sequer a capacidade de mentir direito.
Kaido adentrou a sala de interrogatório trajando seu terno e portando consigo a ficha dos dois criminosos, que se encontravam sentados afrente de uma mesa de metal. Kaido encarou os dois por um momento e como primeira medida retirou as amarras de seus braços, mostrando para os dois que ele não os temia.
O shinobi se sentou e iniciou uma leitura da ficha dos gatunos, que se mantiveram em silencio durante todo o tempo – A ficha de vocês é bem grande, hein!! Furto, assalto, agressão... Mas dessa vez os investigadores parecem ter encontrado provas de que vocês furtaram as joias de uma idosa. Voces foram presos, mas as joias não foram encontradas... Bom, deixe-me esclarecer uma coisa... Vocês já irão para a prisão, não há nada que possa ser feito quanto a isso, então por que não facilitam a vida de vocês entregando a localização dessas joias? Os juízes podem ver isso como uma prova de boa fé e boa conduta e podem diminuir o tempo de prisão de vocês -.
Os homens se olharam e então mantiveram o silencio. Kaido suspirou – Tudo bem então -. O rapaz apanhou uma kunai de sua bolsa de armas e a lançou em direção a porção superior do peitoral direito de um dos homens, que imediatamente começou a gritar de dor – Eu tenho o dia todo, sabe... Mas gostaria de aproveitar melhor meu tempo, então porque vocês não facilitam as coisas? -. Kaido sacou uma segunda kunai e nesse momento o colega do prisioneiro alvejado começou a dar ao interrogador toda a informação a respeito das joias.
Kaido agradeceu, retirou a kunai do peito do homem, curou suas férias e então deixou o local. Após realizar o relatório o jovem o entregou para seus superiores, que deram a missão como concluída.

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Após concluir seu primeiro interrogatório no departamento, Kaido se isolou em sua área de trabalho, um pequeno espaço cercado por divisórias em meio a um mar de outros cubículos onde diversos agentes trabalhavam. O jovem relembrava de sua missão, sabendo que havia dado naquela tarde um pequeno passo em sua carreira dentro do departamento.
Não demorou para que voltassem a procurar o jovem em seu cubículo. Novas prisões haviam sido feitas e o trabalho de interrogadores eram novamente solicitados Kaido se colocou de pé e foi em direção a sala de interrogatório F, local onde deveria encontrar um baderneiro que havia sido preso pelos shinobis no centro da cidade. Ao que tudo indicava o homem havia iniciado uma confusão em um bar e teria então nocauteado diversas pessoas.
Kaido adentrou a sala, sentou-se em frente ao homem e começou a questiona-lo a respeito do incidente. O jovem prestava atenção nas palavras e nos gestos do homem, um hábito que seus superiores possuíam e que lhes permitiam quase que ler os pensamentos de seus alvos e encontrar a verdade em suas palavras. Apesar de saber que não era hábil como seus superiores, Kaido sentiu que o suspeito dizia a verdade. O jovem pressionou o suspeito, insistindo nas perguntas, fazendo perguntas capciosas com o intuito de confundir seu alvo e lhe fazer se entregar... Nenhuma das técnicas de Kaido faziam com que as respostas de seu alvo mudassem e ele não desejava utilizar de dor física para tirar respostas de um possível inocente.
Kaido saiu da sala por um momento e foi até seu superior – Algo me diz que ele diz a verdade, que na verdade foi um grupo de bêbados que lhe abordou e partiram para a agressão. Penso que será melhor se enviarem alguns agentes até o hospital onde eles foram internados para lhes interrogar... Mesmo que eles mintam, eles são muitos e não conseguirão combinar suas respostas, ou seja, a verdade acabará sendo revelada em meio a tentativa deles de mentir.... Você me entendeu... E bom, dai encerraremos o caso sem precisar torturar ninguém -.
O superior de Kaido gostou da ideia do rapaz e rapidamente ordenou que um grupo fossem até o hospital. A missão havia sido concluída, alias, pelo menos a parte de Kaido na missão, porque ainda havia interrogatórios a serem feitos antes que o caso fosse enfim finalizado.

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Realizar missões para a ineligencia já não era mais a prioridade de Kaido, ele agora detinha muito mais responsabilidades em seu novo cargo dentro de Kumogakure, no entanto, o ambicioso shinobi sabia que os serviços que realizava como interrogador não serviam apenas para pagar suas contas, o aprendizado que Kaido tirava de cada interrogatório lhe permitiam crescer, descobrir mais sobre seus adversários e sobre o mundo.
Kaido adentrou no departamento e não demorou para que os olhares curiosos pousassem sobre ele. Ignorando os olhares e as perguntas o jovem foi até um dos shinobis que dentro da inteligência podiam ser chamados de seus superiores. Kaido solicitou uma missão para o homem, que relutante, entregou um pergaminho para o interrogador.
A missão era simples e condizia com as habilidades do Yamanaka. Sem demoras Kaido adentrou em uma sala de interrogatório, se colocou de frente com o mercenário e iniciou a leitura da ficha do bastardo. A simplicidade da missão incomodou Kaido, que suspirou profundamente antes de iniciar seu trabalho.
O criminoso se encontrava amordaçado, então tudo que Kaido precisou fazer foi colocar sua mão sobre a cabeça do homem e transferir para seu cérebro uma pequena quantidade de chakra. O chakra invadiu a área onde as memorias do homem eram guardadas e as “roubou”. As memorias eram assistidas pelo interrogador, que sem abrir sua boca, retirou do criminoso toda a informação que era necessária para que o caso fosse finalizado.
Kaido deixou a sala um minuto mais tarde. O jovem fez um breve relatório sobre tudo que havia estraido e o entregou para o chefe do departamento, que agradeceu Kaido e deu a missão como concluída.

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