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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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O novo sistema implementado pelo Tsuchikage mostrava cada vez mais sua eficiência na formação de shinobis e de retorno financeiro para a Aldeia da Pedra. Naquela mesma noite, a aprovação de dois pedidos chegava ao conhecimento do Quartel General que, de maneira detalhista, analisou a ficha dos candidatos e por experimentação os colocou em um exame de dupla. Em pouco tempo o Quartel havia decidido o coordenador daquele Exame, selecionando o Jonin que mais se encaixava no teste proposto pela Elite de Iwagakure. Em suas casas, minutos após o depósito dos pedidos, ambos receberiam a carta de apresentação, exigindo dos candidatos a Chunin suas respectivas armas e roupas adequadas para exames físicos de combate. A carta também continha uma breve descrição do estava para acontecer e os detalhes do local selecionado para ambientar o exame. Os primeiros passos exigidos eram até os portões da aldeia, onde encontrariam dois vasos de barro, marcados com seus nomes aguardando o recolhimento de todas suas armas ninja. Mais adiante, iniciaram de fato o exame ninja, andando quilômetros até uma pequena mata, onde deveriam montar uma vigia, trocando turnos de maneira coordenada ao montar uma estratégia para a situação.

“Vocês foram selecionados para o Exame Chunin SAM-I. Estarão passando pela experimentação do Exame em Dupla, onde a dificuldade acompanhará o número de participantes. Exigimos nada mais que comprometimento e que as regras transcritas sejam devidamente seguidas. Sendo assim, leves seus armamentos até os portões para recolhimento, saberemos caso não o façam. Alguns quilômetros ao norte da aldeia encontraram a entrada de uma floresta e durante toda a madrugada vigiaremos cada passo, cada conversa, cada batimento cardíaco. Deveram montar um perímetro de acampamento, vigiando em turnos até o próximo sinal. Lembrem-se, sabemos de tudo.”

Considerações:
Anonymous
Menestrel
Genin
[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun Shin2
[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun Shin2
...


         O jovem olhava para fora de casa abstraído, apoiado no batedor da janela que possuía a face virada para o alpendre feito de madeira, repleto de decorações de flores carmesim. Observava o movimento na rua, inquieto. Por vezes, enquanto tentava fugir da ansiedade de sua espera, conseguia sentir-se hipnotizado pelo vai e vem preguiçoso em passos lentos das pessoas que por ali passavam naquela noite de inverno em Iwa. Quando isso não era o suficiente para distraí-lo, aquele conhecido frio na barriga tentava vir à tona, mas se focava mais uma vez em algo para não precisar pensar muito sobre o Exame de Graduação cujo qual havia se matriculado. Agora já não dava pra voltar atrás, e nem queria. Havia superado sua insegurança e não deixaria que ela o domasse novamente. Já era hora de mudar e ser capaz de continuar melhorando.

De súbito, o rato preto o trouxe de volta ao mundo consciente: Trazia consigo uma mensagem que lhe era de muita valia. - Finalmente. - Pensou consigo, abrindo a carta com interesse. O conteúdo da carta continha instruções acerca dos próximos passos do exame. Sendo assim, releu mais outras vezes até saber se tinha realmente compreendido tudo. Fazia a conferência mental enquanto se arrumava, adquirindo o porte ninja que lhe era conveniente. A Flack Jacket marrom sobre as cores dos panos vermelhos da calça e camiseta fazia muito sentido naquele momento, carregando o orgulho ainda mais intenso sobre sua pretendida nova graduação. Carregava consigo sua Tōken guardada na baínha que se acoplava de maneira firme às costas, e suas bolsas ninja eram levadas amarradas com faixas na coxa. Havia descansado e se alimentado, e logo quando amarrou sua bandana do vilarejo no braço, mais do que nunca se sentiu apto ao teste, orgulhoso do que via em frente ao espelho.

Sendo assim, deu um breve beijo em sua avó de cabelos tão prateados quanto os seus e finalmente partiu em direção aos Portões do vilarejo. - Uma experimentação de Exame em Dupla, então... - Calculava, tentando saber o quanto isso seria vantajoso ou não para a tarefa. Se quisesse realmente se mostrar digno da nova patente, teria que mostrar-se hábil em pensar em grupo, equilibrando e fazendo o melhor uso de todos naquele momento. Quem sabe aquele teste não traria um diagnóstico sobre suas capacidades e sobre quem era mais para si mesmo do que para os avaliadores.

Chegou enfim ao portão, reparando em um dos vasos de barro que levava consigo seu nome. Leu o nome do outro e conferiu para saber se seu vaso estava cheio: Ao que tudo indicava, não. Isso significava que deveria esperá-lo para que começassem a caminhada até a floresta juntos, como indicado na carta. Retirou com atenção todas suas armas ninja, bem como a espada, kunais, shurikens e entre outras: Depositou as bolsas ninja no vaso, juntamente com todo armamento. - Acho que com isso foi tudo. Eu volto pra pegar você. - Disse, se referindo com carinho à sua companheira de gume afiado.

Com isso, posicionou-se em frente ao seu vaso cheio de equipamentos e esperou até a chegada da pessoa com a qual formaria dupla para o Exame.

...



HP: 800/800  |  CH: 1225/1225  |  Sta: 0/6


Considerações:


Menestrel
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t73694-fp-koda#567787
Gestão de Fichas : https://www.narutorpgakatsuki.net/t73698-gf-koda#567821
Convidado
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[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun Giphy

Meus olhos abriram-se mas eu ainda não havia despertado completamente. Virei, aos poucos, minha cabeça, em direção ao barulho que invadia meu quarto. Eram ratos. Isso foi suficiente para me fazer despertar, num salto da cama, correndo em direção aos animais que evadiam-se da minha casa, em fileira. — Que nojo — murmurava, retornando ao quarto, onde percebi que havia sido deixada uma carta no chão. Os ratos eram mensageiros do Tsuchikage. A carta correspondia a convocação para o exame Chunin pelo qual eu havia esquecido que me candidatara no dia anterior, pois o dia havia sido muito exaustivo. Não tão animado assim, abri o guarda-roupas e acatei os trajes adequados. Nada diferente da camisa branca e calça preta habituais, calçando as sandálias básicas que sempre utilizo. Acatei as armas básicas para o recolhimento nos portões, mas minha vontade de testar minhas novas habilidades com a espada não seriam deixadas de lado, eu cuspiria uma espada no momento que fosse preciso. Haviam proibido levar armamentos, mas não a criação de armas ao longo do teste. Não esperava algo muito bom do novo governo e, devido a isso, deveria me manter atento a todo momento; corria risco de vida. Os novos comandantes eram tiranos, amantes do assassinato. Ainda mais do que eu.

Arrastando vagarosamente meus passos em direção aos portões da vila, deparei-me com a presença da minha dupla. Estava atrasado, pra variar, mesmo tendo saído sem escovar os dentes e lavar o rosto. Despejei as armas básicas no vaso que carregava um papel com meu nome. Fitei o homem de pele escura e cabelos brancos, apenas acenando com o braço intermediário direito. Procurava evitar falar, a princípio, mas o Tourette manifestou-se sem que eu pudesse me conter: — Me arrumaram um idiota como parceiro — exclamava involuntariamente, desculpando-me em seguida: — perdão, tenho síndrome de Tourette — esclareceria, direcionando os passos para as coordenadas da floresta mencionada no cartaz. Formulava um plano em minha mente e, certamente não seria muito positivo ficar em conjunto do rapaz logo após ter o ofendido. Sendo assim, forneceria uma proposta: — Prazer, sou Sakai Satoru. Temos de formular uma estratégia e, pelo que li em livros de guerra, acho que o primeiro passo é revezar os turnos — exclamaria, enquanto caminharia para a floresta.

Sakai Satoru: 500/500 | 900/900 | 0/5

Considerações:
Anonymous
Convidado
Convidado
Assim que partissem para a mata, suas armas seriam recolhidas pelos Jonins do Quartel General e entregues somente se passassem no Exame de Graduação. Durante todo o caminho estavam sujeitos a observações, não apenas de um, mas de cinco outros ninjas de Iwagakure. Os candidatos a Chunin não descobririam a presença de tais ninjas, por enquanto. Na mata, a noite densa se faria ainda mais escura, com a pouca visibilidade que as folhas das arvores proporcionavam. Mu seria o primeiro a ter a responsabilidade de armar todo o perímetro para um acampamento, demarcado de alguma maneira o limite para o mesmo. Durante suas responsabilidades era clara a necessidade de estar com sua atenção redobrada, pois o local era repleto das mais diversas criaturas, que caçavam não só para se alimentar, mas como um esporte de diversão. Mu seria o primeiro vigia daquela noite. Satoru, por sua vez, era o responsável pela alimentação da noite e suprimentos de água já que a longa viagem até o local havia consumido suas energias. Ali havia de tudo para se comer. Insetos, frutas venenosas, frutas não venenosas, pequenos roedores e anfíbios com o sabor mais amargo de todos os tempos com uma cor característica em sua pele: pintas rosadas e brilhantes que pareciam responder a noite como vagalumes.  

2/5

Considerações:
Anonymous
Menestrel
Genin
[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun Shin2
[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun Shin2
...


         Ao longe, avistou a figura inusitada arrastando seus passos em sua direção. Ou melhor, em direção à urna que carregava seu respectivo nome. Pensou em dizer algo, mas se absteve a fim de não ser anti-climático: O misticismo de despejar suas ferramentas ninjas no vaso parecia o início de um ritual, e Mū não queria atrapalhar o processo do Genin que formaria par com ele naquela missão. Não direcionaram uma palavra um ao outro até que o pálido rapaz acenou primeiro. Quando começava a levantar seu braço para cumprimentá-lo de volta, pôde ouvi-lo externar palavras que, ao que foi explicado logo em seguida, faziam parte de uma síndrome onde provavelmente era-lhe retiradas as papadas na língua.

- Que direto. - Comentou consigo mesmo, perplexo. O rapaz que portava profundas olheiras em seu rosto pareceu sem graça com a situação e se voltou para o caminho que deveriam pegar, começando sua caminhada. O jovem de pele bronzeada não gostaria de ficar para trás, acompanhando-o então. Para ser bem sincero, não se importava com a síndrome do outro. Afinal, de todas as estranhezas que carregava consigo, uma síndrome era o de menos. Pensou em se apresentar e explicar que estava tudo bem, mas o companheiro foi mais rápido. Apresentou-se como Sakai Satoru, o nome na outra tarjeta.

- Eu sou Benimaru Mū, e o prazer é todo meu. Aí, Satoru, tem algo estranho em você... - Comentou, olhando-o com uma falsa atenção dos pés à cabeça. - Acho que é o seu corte de cabelo. E tudo bem, se não se importar eu posso ficar com o primeiro turno de vigia. Penso também que precisamos nos conhecer, saber as habilidades e pontos fortes de cada um e trabalhar juntos da melhor forma. Sei que não é fácil, mas se nos colocaram como um time, precisamos ser um. - Esperaria a reposta do companheiro, e caso ele se sentisse a vontade de contar-lhe seus pontos fortes, apesar de se expôr de certa forma, assim também o faria, explicando-o sobre seus maiores orgulhos: os domínios de naturezas.

Caminharam vários e cansativos quilômetros até se aproximarem da mata ao qual a carta se referia, sempre ao norte. Era uma floresta bastante densa, carregada de copas de árvores que impediam a nítida visão. Sabia-se, claro, que o local estaria cheio de uma infinidade de animais peçonhentos, predadores famintos, entre outras diversas ameaças que poderiam matá-lo. Não disposto a deixar que isso acontecesse, tratou de se prevenir logo de cara:

- Doton: Gōremu no Jutsu! - Exclamou, executando o selo do confronto com as mãos e em seguida levando-as ao chão, de onde aproveitaria do solo para criar um Golem de terra que seria formado a partir de onde suas palmas tocavam a terra, de modo a estar sobre a cabeça do invocado quando este estivesse totalmente formado. Usufruindo de seu grande controle de Chakra e habilidade em Ninjutsu, calcularia o tamanho do Golem para que tivesse o dobro do tamanho da média das árvores, para que pudesse mover-se livremente enquanto quebrava os galhos com o seu quadril. Isso também daria-lhe uma posição privilegiada, com provavelmente uma vista melhor do que a que teria na floresta, prejudicada pela densidade das folhas das copas. Além do mais, não haveria risco de pisar em nenhum animal peçonhento ou entrar em combates desnecessários com predadores. - Aceita uma carona? - Ofereceria à sua dupla.

Sendo assim, o Golem serviria como um bom aliado para seguir em frente, usando seus braços para afastar os galhos e encontrar a trilha entre as árvores que lhe caberia passar, como quem estivesse numa piscina de folhas. O Genin confirmaria se dali haveria a presença suficiente da luz da lua para que pudesse compreender o padrão de sombras que as árvores formavam a fim de achar o ponto mais alto da floresta e de melhor acesso para eles através do Golem, indo até lá após encontrá-lo.

Chegando ao local, ainda na cabeça da criatura, Mū se preocuparia em limpar o perímetro, usufruindo da força bruta do golem para modificar a área da melhor forma, seja arrancando árvores com as mãos ou usando o seu pé de pedra para arrastar com eficácia as folhas, servindo como uma grande pá. Aquilo evitaria surpresas com animais peçonhentos que pudessem ficar por lá. No fim, limparia uma área de dez metros quadrados, deixando tudo o mais limpo possível, como um tapete de terra pura e raízes. Após feito, sentiria segurança para descer com tranquilidade e se colocar no centro da área limpa. Onde executaria seu próximo movimento:

- Doton: Renga no Jutsu! - Disse, colocando as mãos no solo terroso e fazendo uma parede inclidada. Usou então novamente a técnica para fazer outra parede inclinada mais ao lado a fim de que as duas pontas superiores se encostassem. De fato, aquela não era a barreira mais poderosa que seria capaz de produzir, mas serviria como abrigo para suas cabeças do sereno e frio enquanto dormissem. Além do mais, se preocuparia também em usufruir da força do Golem para preparar a madeira das árvores arrancadas anteriormente em formatos mais propícios a se usar em uma fogueira, reunindo parte do material em forma circular à três metros da estrutura feita com a técnica da prática do tijolo. Quando avistasse tudo pronto, ainda precisaria de alguma forma carburar aquilo, encontrando possibilidade apenas de um jeito: - Katon: Gōkakyū no Jutsu! - Diria, liberando de seu peito o chakra transformado em lança-chamas com a finalidade de criar uma boa fogueira.

Com isso, consideraria seu trabalho de marcação de perímetro e limpeza de área executado da melhor forma que poderia no momento, e após se alimentar ao lado de Sakai Satoru, seguiria para o seu turno. - Bom descanso. Espero que você sonhe tocando banjo e tambor... ao mesmo tempo. - Despediria-se de sua dupla, assumindo o posto a seguir.  

...



HP: 800/800  |  CH: 1096/1225  |  Sta: 2/6


Considerações:
Notas importantes:

Menestrel
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Convidado
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[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun 15052cf39220185f7451525808

O rapaz revelava um bom-humor e isto me deixava mais confortável diante da situação. Comentava sobre a importância de falar sobre vossas habilidades e, sem hesitar, descrevi os meus dons: — Sou uma aranha humana, ou, o rei delas. Posso fazer teias mais duras do que o aço. Além disso, sou um espadachim. — dizia orgulhoso, sobre as únicas coisas que me entusiasmavam em dizer sobre mim. Continuávamos nosso trajeto longínquo, sempre ao norte, como uma bússola quebrada. Quando finalmente nos aproximamos da mata, cansados, Mu deu vida a uma grande criatura de pedra. Flexionei meus joelhos e tomei impulso para saltar sobre a cabeça do Golem logo após o companheiro fazer o mesmo e convidar-me. O monstro rochoso deu início ao trabalho: Caminhava derrubando árvores e nos privilegiando com uma visão um pouco melhor do que teríamos no solo da floresta. Dali, mantive-me atento sobre tudo o que se passava no matagal. Um riacho corria, produzindo um agradável som. O monstro não importou-se, caminhando e atravessando as águas, sem parar por momento algum - por mais que eu estivesse com sede.

O monstro parou num dado momento e varreu todo o ambiente. Descemos. O outro Genin utilizou de mais uma técnica do elemento pedra, afim de criar um abrigo. Sabendo que estávamos sendo observados a todo momento - por mais que eu não estivesse sentindo outras presenças de chakra -, me apressei em ser útil também. — Enquanto você cuida dessas coisas, encontrarei alimento — diria. Alguns passos a frente, tateando as árvores, pude encontrar algumas frutas. Sem saber se eram ou não seguras de se comer, as coloquei enfileiradas no solo e cuspi teia, formando uma grande armadilha, afim de que o alimento viesse até mim. As frutas que atraíssem mais animais certamente não eram venenosas. Precisava de encontrar o riacho visto de cima mas, com receio de me perder na floresta, realizei alguns selos, criando uma cópia idêntica a mim. A cópia seguiria na direção em que eu acreditava ser o local onde o riacho estaria. Aguardei logo atrás da armadilha, usando-a como escudo para evitar as surpresas não tão boas que a noite na mata poderia oferecer.

A clonagem retornou até mim com um recipiente feito de nossa teia exclusiva, repleto d'água. Agradeci, acatando o recipiente e desconjurando o Bunshin. A armadilha estava recheada de animais: Roedores, diversos insetos e algumas cobras um tanto quanto inusitadas. Observei que das cinco frutas alocadas na armadilha, apenas duas estavam rodeadas de insetos. As outras três, provavelmente fossem venenosas. Peguei as duas e aloquei nos bolsos das calças, enquanto que tentava observar o que era seguro de se comer dali. Recordei-me dos livros de guerra e do método de sobrevivência que havia lido em algum lugar, pelo qual dizia ser melhor evitar tudo o que fosse cabeludo, amargo ou leitoso. Peguei o máximo de insetos e roedores que pude, com minhas seis mãos, levando-as para onde estaria meu companheiro. Apertei e analisei bicho por bicho, selecionando alguns e rejeitando outros e, por fim, sentei ao lado de Mu, abrigados com direito a fogueira. — Coma o que não for cabeludo, amargo ou leitoso. Cores exorbitantes também devem ser evitadas e, falando nisso... Haviam cobras cintilantes. Curioso, não? — ofereceria a água também e lançaria uma das frutas para ele, por fim, após alimentar-me descansaria até o tempo do início do meu turno de vigia.

O descanso não foi dos melhores, por mais que eu estivesse exausto fica difícil confiar a vida na proteção de um recém-conhecido, por mais que este havia demonstrado ser bem habilidoso. — Sua vez de descansar, companheiro — gritaria, saindo e preparando-me para vigiar e proteger-nos. Cuspi uma espada perfeita e a segurei com a destra superior. — Eu não trouxe armas, fabrico armas — falaria para os ares, apenas para evitar confusão ao retornar no Vilarejo, ciente de que talvez estivessem me ouvindo e observando de alguma forma. Sentia todas as presenças de chakra que nos rodeavam. Ao longe, uma figura luminosa me chamou atenção: O vermelho carmesim destacava-se em meio à escuridão da noite na floresta. — Acorde, acorde! — gritaria, aproximando-me de Mu — tem uma luz estranha, que se movimenta, há uns bons metros a frente do acampamento, acho bom a obsrvarmos — permanecia atento e sentindo todas as presenças de chakra próximas, com a espada ainda empunhada. Após o parceiro levantar-se caminharia para o centro do acampamento e pediria para ele observar a luz, enquanto que eu permaneceria observando todo o redor.

Sakai Satoru: 500/500 | 700/900 | 2/5

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Os candidatos a Chunin exibiam um pensamento rápido e estratégico para aproveitar o máximo de suas habilidades e evitar riscos desnecessários. Destacava aquele que conjurou o gigante de pedra, evitando o solo rasteiro dotado de animais venenosos, utilizando a mesma estratégia para criar uma área limpa e configurar um acampamento através de suas técnicas de Terra. O outro, armava armadilhas precisas e devidamente pensadas para a captura de animais e sua inteligência foi provada ao comer apenas as frutas aceitas pelos insetos. Munidos de suprimentos suficientes para toda a noite, o segundo na vigia avistava as luzes na mata e intrigado avisava sua dupla.

Daquele ponto em diante, a estranheza começava a tomar conta do local, o silencio na floresta era um dos primeiros sinais. As luzes se apagavam, os animais que intensamente inundavam a floresta com seus grunhidos e rastejos pareciam cessar todos os movimentos. A escuridão parecia aumentar, tornando apenas um palmo a frente visível naquele local horrendo. Um vento gelado percorreu o acampamento balançando a fogueira, trazendo consigo naquele vendaval um cheiro ferroso e podre, como uma carniça de dias. A dupla seria obrigada a investigar, o ninja sensor rapidamente notaria o desequilíbrio em sua técnica, como se estivesse rodeado de um exército de ninjas mas era impossível ver sequer um deles, já que de fato não estavam ali mas pareciam chegar cada vez mais e mais perto. Se fossem espertos, poderiam alegar uma ilusão, mas mesmo que tentassem nada teria efeito.

O caminhar pela mata parecia leva-los a um local inundado, como um pântano que tomava água até a canela dos heróis, aumentando exageradamente a quantidade de galhos que impediam que os heróis avançassem. Deviam usar a força para parti-los, mas quando notassem o formato da madeira seria tarde demais. Parecia algo feito à mão, com galhos cruzados de uma maneira estranha, mas a floresta estava repleta deles. Satoro foi o primeiro a partir o galho, mas nada aconteceu. Mun, auxiliando o companheiro, quebrou o segundo galho estranho e o flash de um relâmpago acendeu a floresta por menos de um segundo. O desespero, o terror, o cheiro de podre ficava ainda mais intensos naquele meio segundo e, se fossem rápidos, ambos notariam a presença de um ser entre os galhos, um ser de cabelos longos e roupa branca extremamente manchada pelo barro. Se tentassem vê-la novamente não iriam conseguir, já que ela não estava mais ali.

Mun sentiria, em sua nuca, o ar quente de um hálito podre, que sussurrava palavras incompreensíveis e, com garras afiadas, tocavam seu braço marcando-o. Mas não haveria tempo para checar o machucado, mesmo que não lhe causasse danos. Seu corpo foi tomado por uma força que não seria capaz de combater, arrastado entre a mata e levado para longe de seu companheiro. Satoru tinha duas opções: correr na tentativa de resgatar o amigo ou continuar investigando os galhos e a direção que o fogo seguia.

Mun acordava de um pesadelo, que continuava na vida real. Estava caído em um chão úmido, que rangia a cada movimento que seu corpo fazia. Tomado por uma dor intensa em sua cabeça, poderia notar que aquele local era melhor iluminado pela lua, mas ainda era de difícil visualização. Não sabia o quão longe estava de seu amigo e a quanto tempo estava desacordado, mas a certeza de que precisava deixar o local era intensa, mas sem motivos claros. A cada passo, a sensação de não estar sozinho aumentava, sua própria mente fazia jogos e pregava peças. Era uma casa tomada pela floresta, repleta de vinhas e água barrosa pelo chão. Aparentemente estava no segundo andar e precisava encontrar a saída, mas sentia que quanto mais andasse pelo local, pior sua sanidade se tornava, enxergando baratas e outros insetos asquerosos passarem pelos pés. Em pouco tempo encontraria a porta e poderia sair, mas uma coisa era certa, a sombra que o aguardava atrás da porta não era humana, nem animal....

3/5

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[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun Mal-assombro
 

       Apesar de nada confortável, seu turno havia seguido e passado sem alterações. Permanecera na companhia apenas da luz da lua e do som da floresta, entre estralos de folhas, tilintar de chocalhos e assovios agudos produzidos pelos insetos nativos daquela região. De certa forma, parte de tudo que formava o cerne do Shinobi vinha dos próprios elementos naturais e isso o tragava para uma interação harmoniosa com a natureza, mas ainda assim, a sensação de angústia que aquele turno em vigia o proporcionou era profunda. Permaneceu atento durante muitas horas, tentando manter-se apenas focado, sem muitos pensamentos inundando sua mente.

Quando deu por si, Satoru havia se levantado e a troca de papel foi efetuada. Com isso, pôde relaxar um pouco, escorando suas costas no chão de terra e deixando toda a tensão em seus ombros se suavizar pouco a pouco. Sabia que em outras condições provavelmente teria extrema dificuldade em encontrar o sono, mas seu cansaço havia o alcançado de forma tamanha que uma quietude morna o contornou e levou sua consciência para longe. Seu regozijo e tranquilidade não duraram muito, tão logo ouviu a voz de seu companheiro, primeiramente distante e ecoada, então se aproximando cada vez mais, até que finalmente entendesse o que realmente estava acontecendo.

Se levantou num salto, correndo para fora da estrutura de terra que cobria sua cabeça. Do lado de fora, encontrou o rapaz de seis braços em estado de alerta, avisando-lhe da luz estranha que se movimentava há alguns metros do perímetro do acampamento. Sendo assim, tratou de se colocar em posição de batalha, afastando as pernas e flexionando levemente o joelho, pronto para enfrentar a ameaça que se aproximava. Porém, não houve ruído. Não houve aproximação. Não houve aviso. Quando foi que diminuiram as luzes do mundo? Sentiu o vento gelado atrapalhar o crepitar do fogo que queimava para fornecê-los luz e calor, trazendo consigo o intenso odor de morte. - Genjutsu..? - Foi o primeiro pensamento que veio a sua mente, mas não parecia haver nada que pudesse ser feito quanto a isso. De uma coisa sabiam: Não poderiam permanecer ali.

Ao saírem em busca de respostas, seus passos os conduziram até um terreno pantanoso e macabro que comungava perfeitamente com todo o cenário em volta: Galhos retorcidos, névoa densa e água barrosa. Todos os elementos necessários para inflingir terror no mais valente dos homens, coisa que Mū não estava nem perto de ser. Contudo, precisavam seguir adiante, e para isso era necessário abrir caminho à força entre os galhos. Ao partirem alguns desses galhos estranhos que atrapalhavam a passagem, uma sensação aflição tomou o Genin de repente, olhando melhor para a paisagem repleta daquelas estruturas: - Não é... Natural.

Foi tudo que pôde dizer antes do clarão que durou apenas um breve segundo surgir e se apagar. De soslaio, observou momentâneamente na escuridão a figura que fez com que o coração do jovem aspirante à Chunnin cedesse à freima de vez. Um ser úmido, sujo e, pelo pouco que pôde ver, era quase como se fosse algo sobrenatural - Puta que p... - Exclamaria, tentando trocar olhares com seu companheiro de exame, não fosse a interrupção repentina pela sensação do hálito podre em sua nuca, seguido por palavras incompreensíveis sussurradas antes do talho que a criatura deixou em seu braço. Ali percebeu que era tarde demais. Uma força incombatível o sugou escuridão adentro, levando também embora seus sentidos.

Depois, tudo era breu.

Acordou desnorteado, quase ouvindo seus músculos rangerem tanto quanto o chão em que se apoiava. De bruços, seu rosto e parte do seu cabelo descansava em sua metade numa poça de água podre e malcheirosa. Retomando novamente a consciência, levantou-se com pressa. Olhou os arredores e percebeu que estava numa espécie de casa abandonada no meio da floresta, reinvindicada pela natureza com o tempo. Seu braço ainda possuía o corte outrora marcado pelo vulto assombroso. De repente, ouviu uma risada infantil ressoar pelo ambiente sepulcral. - Que merda... - Colocou a mão na cabeça, ainda sentindo dores. Com o andar ébrio da tontura, apoiava-se na parede de madeira que agora funcionava mais como uma cerca viva a fim de encontrar equilibrio em seus passos. Não havia sinal de Satoru.  

- Mū? Você me encontrou? Como você pôde me achar? - Ouviu uma voz extremamente familiar vinda do corredor escuro. Era nitidamente seu avô, chamando-o com um tom de voz tão gentil que chegava a soar errado. - Quanta saudade, garotinho prateado. Venha, temos tanto a conversar.

- Sai da minha cabeça, seu velho de bosta... - Disse com dificuldade, ainda com uma das mãos pressionando a testa, tentando descer as escadas com os olhos apenas entreabertos, já que quando firmava sua visão era capaz de ver animais coloridos disformes correndo pela sala, bem como uma menina com o rosto derretido que não parava de chamá-lo pra brincar, mastigando as baratas que infestavam o local. Seus pensamentos estavam tão altos que mal conseguia ouvir a si próprio. Enquanto sua mente pregava-lhe peças encontrando formas no que eram apenas vinhas, em meio a todo horror e agonia, conseguiu avistar a porta de saída. Do lado de fora, porém, havia uma sombra de presença hedionda à espreita, talvez faminta e com tanta sede de sangue que por um segundo chegou a se perguntar se sairia mesmo vivo dali. Tinha uma escolha a fazer, e essa nem parecia tão difícil assim:

- Quer saber? - Disse, olhando uma última vez para a visão de seu avô na sua frente. - Eu prefiro que o monstro lá fora corte minha cabeça e foda com o meu pescoço do que ficar só mais um segundo aqui com você. - Terminou, investindo seu corpo contra a porta que o levaria para o lado de fora. Como precaução, preparou a habilidade de seu Kekkei Genkai, afim de poder usá-la quando fosse a hora no caso de encontrar uma batalha à frente, garantindo poder usar o jutsu baseado em Poeira.

A porta rangeu ao abrir, e tudo que viria a seguir era desconhecido.

...

HP: 800/800  |  CH: 1096/1225  |  Sta: 1/6

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A partir daquele momento tudo iria de mal a pior. Toda a vida da floresta parecia pausar. Nenhum grilo, nem inseto, nem mesmo as cobras cintilantes mostravam mais sinais de vida. Nem mesmo eram notáveis agora. Um arrepio tomou conta do meu corpo e meu ombro esquerdo começou a mexer-se involuntariamente. O Tourette sempre surgia em momentos de nervosismo — O que está acontecendo, corno? — um vento gélido percorria o ambiente e trazia consigo um cheiro tão desagradável quanto o cheiro da morte — des-desculpe — ficar ali seria tão aterrorizante quanto caminhar pela floresta mas, decidimos optar pela segunda opção. É só parte do exame, pensava, afim de encorajar-me e tentar acreditar que fosse normal todas as presenças de chakra que nos rodeavam, mas não existiam. Minha técnica de sensoriamento nunca havia falhado antes. Recordei-me da mudança repentina de cenário que ocorrera quando fui preso num Genjutsu, pelo próprio Tsuchikage e suspeitei estar preso em outra ilusão. Não se pode confiar neste novo governante, eu sabia! Pensava, enquanto arrastava meus passos ao lado do companheiro, em direção à luz anteriormente vista. Na verdade, estávamos adentrando cada vez mais no interior da floresta.

O solo havia mudado de estado. Estava ligeiramente líquido, como um pântano. Os galhos estavam disformes, ou melhor, seguiam um padrão totalmente diferente do habitual. Nossa passagem estava bloqueada. Animal que sou, com pura força bruta quebrei o primeiro galho. Pude notar que toda a floresta estava repleta destes mesmos galhos e, quando minha dupla quebrou outro, uma luz clareou o ambiente rapidamente; como um flash. Todo a sensação de estranheza, assim como minha melancolia, ascendiam. Aquilo não podia ser bom. Não era bom. Pude perceber, ligeiramente, a presença de uma moça vestindo trajes brancos e sujos. A moça desapareceu, junto de Mu. O terror estava instaurado e, agora, eu não tinha mais companhia. Restava-me agir como bom moço e tentar encontrar meu companheiro ou, simplesmente, continuar tentando entender que chamas eram aquelas. Decidi ir de encontro ao colega. Caminhei o mais rápido que pude, afinal, não era possível correr com a visão totalmente limitada. Segui em direção ao som, que mais parecia ser de algo sendo arrastado pelo solo, mantinha o máximo de cuidado possível. Sentia pavor, mas minhas chances de me manter vivo aumentariam se estivesse junto do outro Genin, que havia demonstrado ter muitas habilidades.

Sakai Satoru: 500/500 | 700/900 | 2/5

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A floresta respondia as ações de cada um dos candidatos. A estadia em seu interior parecia mexer com a mente de cada um, envolvendo os Genins na aura de morte e desespero que cada raiz das incontáveis árvores transmitia. O casebre antigo, assistia a movimentação de Mun com olhos famintos, ao moradores espreitavam as sombras apostando a alma do garoto com o ser que habitava a mata. – Dois minutos... não não não, três! Ele parece ter bons ossos... mas não vai durar mais do que isso – A primeira voz que ecoava pelo ranger da madeira soava como um suspiro ao vento, arrastada por um garganta em putrefação, onde tudo ali cheirava a morte. – Seu idiota!! Fale mais baixo... o garoto vai nos ouvir... e se tivermos sorte poderemos comer um fígado fresquinho essa noite... – A segunda voz, com a mesma tonalidade, parecia mais adulta do que a primeira e era claramente notável que vigiavam os passos do garoto, que aos poucos entregava sua mente aos delírios da floresta.

Satoru demonstrou sua coragem em disparar contra o sequestro de seu amigo, mas tão pouco se aproximou de salvá-lo. Mesmo que possuíssem nobreza em sua atitude, agora estava ainda mais arrastado nas profundezas do pantano. E um clarão bastou para revelar ao garoto sua localização. O raio cortava os seus, o trovão parecia silenciado deixando apenas a luz falar. O garoto vislumbraria o horror e o desespero em uma representação inesquecível. Entre as raízes e vinhas que tomavam o tronco de uma árvore, um corpo se esforçava para se livrar da selva. Longos fios negros embaraçados com o barro seco, folhas e galhos que pareciam formar ninhos de ovos apodrecidos no cabelo. O corpo, vestes brancas semelhantes a vestidos de hospitais, mas entre as pernas da criatura havia sangue, como de um aborto acidental. A face deformada poderia ser de difícil reconhecimento, mas a voz que com esforço saia da boca da criatura soava familiar. – Sa... Satoro... meu fiiilhoo... minha aberraçãozinha... – A voz arrastada, engasgada com o próprio sangue, era familiar a de Sakai Hinata. A mulher se livrava das vinhas e lentamente forçava cada músculo e ossos para se reconstruir como humanoide. Em suas mãos portava duas Katanas, e com movimentos que assustavam, a velocidade da morta era suficiente para se aproximar perigosamente, visando cortar o peito do Genin na altura de seu coração.

Mun reuniu o que restava de sua força para avançar contra as portas do casebre, enfrentando a sombra que aterrorizava o ambiente. Vislumbrou, finalmente, a origem do medo. Um campo aberto onde a casa era o centro, adornada de antigas bonecas que pareciam conversar entre si, rindo, cochichando e falando em uma língua incompreensível. A sombra, originada de uma enorme estrutura de galhos, semelhante ao que levou o jovem ate ali, nada fazia para o pequeno. Por mais que procurasse não acharia saída, as raízes e galhos impediam qualquer tipo de fuga, mas ao menos poderia enxergar com tranquilidade. Quanto mais tempo observasse, mais fácil notaria um padrão na posição das raízes, formando um enorme símbolo do qual não possuía conhecimento. As bonecas que não se calavam pareciam sofrer com uma aura que se instalava, que rangia como a dobradiça enferrujada das portas do casebre. O rangido aumentava e sua origem era revelada. Entre os galhos algo surgia, mãos finas e afiadas ficavam os dedos no solo para tomar força e se arrastar. Cabelos que aparentavam um prateado, mas estavam consumidos por sujeira, fezes e barro. Pernas que não existiam, e olhos que refletiam uma familiaridade. – Mun... – A voz por mais familiar, estava totalmente arrastada. – Mun... corra... – Ao menos pode alertar seu neto, mas seu corpo se quebrou ao meio quando a sombra a tocou. O próprio chão ganhava forma, como o golem conjurado pelo garoto. Mas era escuro, sem vida, tomado pela podridão do pantano. A luz permitia que o garoto observasse o corpo do monstro, adornado por rostos e aos poucos o rosto de sua avó fazia parte da estrutura do animal. Apesar da enormidade, a criatura atingia uma velocidade avassaladora, visando utilizar as mãos para consumir o que restava da vida do outro, tentando esmagar seu corpo de uma só vez.

4/5

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Genin
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         Antes que fosse tarde demais, o Genin conseguiu chegar ao exterior da casa, sentindo a física inerte da porta velha se romper contra o seu ombro. Se enganaria, entretanto, se pensasse que do lado de fora encontraria um cenário que acalentasse o coração. Não houve afago, apenas mais terror. O olhar aterrorizado passeou inquieto por toda a cena afim de absorver o máximo de informação que conseguisse num curto período de tempo.

Logo de início, observou sua posição: Uma casa abandonada que vai ser difícil descrever para os amigos no bar um dia, se ao acaso saísse vivo dali. Já não sabia se estava mesmo em um exame ou se havia se metido em algo maior, como por exemplo a merda de um culto macabro que o novo Tsuchikage instalara em Iwa, e ele começou a se sentir uma maldita cobaia. Entretanto, não tinha tempo à perder criando teorias conspiracionistas, já que seja lá onde estivesse, definitivamente precisava ficar vivo. Olhou ao redor buscando alguma saída de emergência e não conseguiu encontrar uma só esperança. Levou as mãos aos ouvidos: Não aguentava mais o cacarejar das bonecas que adornavam a casa, com um canto tão maldito que quase sentia vontade de furar seus tímpanos. Os símbolos que formavam um padrão entre os galhos ficaria guardado em sua memória. Se tivesse a oportunidade, provavelmente buscaria conhecer mais sobre o que estava vendo. O maior de todos os galhos era quem projetava a sombra à espreita.  

Rangidos se aproximavam. A questão é que quando se fala sobre terror, pouca coisa realmente é levada a sério. Quando se lê com terror, não é como estar lá. Quando você assiste, idem. Mas você já se sentiu apavorado? Sua adrenalina atinge o topo, todos seus sentidos ficam aguçados, seu coração acelera os batimentos por segundo pra fazer com que todo seu sangue circule pelo corpo. Você se sente quente, ruborizado, suando. A respiração ofegante não te deixa se concentrar. Rangidos. Toda a bagagem evolutiva que carregava em sua mente, herdada em seu dna por seus ancestrais gritam pra que você corra. Isso é terror.

O grito incessante da língua desconhecida das bonecas continuava, mas ainda assim, por algum motivo, o Genin permanecia ali, dando o seu melhor para entender todo o aspecto que a situação o englobava. Tentava juntar as peças: O símbolo, a casa, as bonecas, a sombra e... O que era aquilo..?

Aquela era a cereja podre num bolo de terra de cemitério na história mais macabra que jamais conseguiria sonhar que veria em sua frente: O rangido incansável vibrou até revelar sua localização verdadeira, a figura de sua avó, arrastando-se entre a lama podre com cheiro intensamente fétido. Os cabelos sempre tão cheirosos estavam afogados em merda. A face, ainda mais envelhecida, era como a obra de arte de algum artista que tentou desenhar numa cabeça sem rosto o olhar mais horrorizado possível. Suas pernas fraquejaram.

Silêncio.

Até as malditas bonecas haviam se calado. Sua avó nada lhe deu além de um conselho desesperado: Corra..! - Pôde sentir a linha de suor escorrer de sua fronte, mas não havia tempo para correr, muito menos para onde ir. Logo ali, rasgando a imagem da senhora sem pernas ao meio apenas para abrir caminho, aproximava-se uma criatura pestilencial, com o corpo hircoso e totalmente negro. Era feito de medo e possuía três metros de bestialidade ameaçadora, repletos de rostos por toda sua extensão. Se o Genin estivesse em algum tipo de musical malfeito, esse seria o momento da música triste tomar o ambiente e ele se lembrar de seu avô lhe dizendo: - Você é só um maldito bastardo. Nunca vai conseguir se tonar um ninja... mas pense pelo lado positivo, ao menos não vai morrer tão cedo e ser empalado na porta de alguma vila por aí...

Durante muitos anos, as palavras do homem que o criou esmagavam-lhe o coração, entretanto ele não era mais aquele garoto. Havia entendido o motivo e de onde vinha toda a sua insegurança e enfim passado por cima disso. Aprendeu um pouco mais sobre si, sentindo por um segundo a força em suas pernas voltarem, como se uma dose de confiança fosse fincada e aplicada como uma seringa em sua coluna dorsal. Tudo isso a tempo de tentar reagir ao avanço do ser tenebroso, este que era rápido e tentaria à todo custo agarrá-lo e colocá-lo em sua coleção de rostos, ao lado da máscara da morte de sua avó. - Que se foda. - Agiria, então. Com o máximo de velocidade possível, executaria os selos e colocaria suas mãos no chão, com a finalidade de conjurar uma grande parede do chão, que ergueria-se entre o monstro e o Genin.

- Doton: Doryūheki! - Era sua exclamação, tão logo produzisse o muro bem mais denso e forte que os que havia produzido anteriormente apenas como abrigo. Aquele tinha o dever de protegê-lo contra o avanço do inimigo, mas não somente isso. Aproveitaria da barreira visual que o Doton geraria para continuar seu plano: - Doton: Kage Bunshin no Jutsu!

Conjuraria uma cópia de si feita de barro, já que o elemento fornecia a ele a propriedade de se reformar após ser atingido. Sendo assim, a duplicata perfeita sairia numa rápida corrida por detrás da parede, revelando sua posição, flanqueando o inimigo pela esquerda, com a finalidade principalmente de chamar sua atenção, mas não deixando de atacá-lo. O Bunshin de terra de Mū executaria os selos e ainda mantendo certa distância do monstro, bradaria: - Jūha Reppū Shō - Invocando então de suas mãos uma garra demoníaca feita de vento cortante que se extenderia até o corpo fétido para atacá-lo com ferocidade.

Contudo, aquele Bunshin era apenas uma distração. Enquanto a cópia servia como isca para a distração do monstro, o original se aproveitaria da situação para usar o Doton: Moguragakure no Jutsu! - este que fazia-o se esconder como uma toupeira, aproveitando-se da distração e da aproximação por baixo do solo para armar um ataque surpresa que esperava ser certeiro: Saindo do chão de súbito, pelas costas do inimigo, para atacá-lo com um golpe que exigia bastante habilidade onde se moldava o Chakra numa esfera que girava em conjunto com o elemento vento.

- Fuuton: Rasengan! - Faria seu último movimento, vocalizando o ataque como um bom shinobi faria. Direcionaria e atacaria com empenho, de modo a tentar não desperdiçar movimentos, afinal, não sabia o quanto aguentaria aquela batalha, vide a sensação de que suas forças começavam a fraquejar, e a fadiga logo o tomaria por completo.

...

HP: 800/800  |  CH: 418/1225  |  Sta: 5/6
Doton Bunshin CH: (474‬/511)

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[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun RQlV

O coração do garoto de pele esmaecida ritmava-se num ritmo demasiadamente acelerado. Parecia o beat de uma festa eletrônica de grande porte; Tum, Tum, Tum, tum, as batidas eram audíveis e o suor escorria sob sua face. Um clarão. Um raio, silencioso. Nenhum sinal de Mu. O coração agora acelerava ainda mais, coisa que seria impossível, e pergunto-me se Satoru não tinha uma parada cardíaca simplesmente pelo fato de ser um monstro. Estava nervoso, ansioso, receoso ou, simplificando, com muito medo. De qualquer forma não havia o que fazer, não tinha como escapar ou correr. Nem mesmo o faria, se fosse possível. Ninjas devem enfrentar seus medos e acostumarem-se com o sobrenatural. O terror estava instaurado. A cena de horror aumentava a cada momento e, agora, a pessoa que estava ali, a alguns metros, o horrorizava. Uma mulher debatia-se por entre os galhos exóticos. Estava suja e não possuía uma imagem cem por cento humana. Uma personagem perfeita para um filme de terror: seu odor exalava mais forte do que o cheiro putrefato daquela floresta. Suas pernas sangravam. Sua face transmitia medo para quem quer que olhasse. O rosto deformado só não era mais assustador do que as palavras que soavam por usa boca.

Mãe!? pensava o jovem aracnídeo, inerte, enquanto observava a figura chamar por seu nome. Sabia que era uma aberração e já não se incomodava em receber este apelido e sabia que se sua mãe estivesse ao seu lado o chamaria por este nome. Era do feitio de Sakai Hinata, ela nunca foi uma mãe de verdade. Estaria ela realmente ali? Aquele monstro, então, era sua mãe? O candidato a Chunin era filho do próprio demônio!? Sua mente engrenava-se em mil pensamentos, por mais que estivesse passado poucos segundos. A aparência da outra mudara. Sua pele estranhamente se contorcia e mudara de estado, tomando agora o molde de algo mais parecido com um humano, com duas espadas. Não fora possível, porém, para o jovem assimilar muito o que estava acontecendo, pois a mãe malévola avançava muito rapidamente. Podia acompanhar seus movimentos no mínimo possível, enxergando apenas vultos. O suficiente para potencializar sua velocidade com uma técnica e desviar o corpo para o lado, correndo para a direita sem deixar de permanecer olhando para a adversária. A espada da dama indomável cortaria os ares, com sorte. Precisaria de traçar uma estratégia de ataque e era nisso que pensava a todo momento. Deveria de uma vez por todas enterrar seus sentimentos golpeando aquele monstro, como se fosse um debate interior. Ainda acreditava estar vivendo um sonho.

Seus dedos indicadores e médios, das mãos superiores, cruzavam-se. Os da direita numa linha vertical cruzariam com os da esquerda, que formavam uma linha horizontal. Era um selo. — Kage Bunshin no Jutsu! — exclamaria, enquanto uma cópia idêntica de si era formada. Não se preocupava em ocultar sua identidade, afinal, o clone só o auxiliaria para potencializar o ataque, ou melhor, duplicá-lo. A clonagem era perfeitamente idêntica e também segurava uma espada, com proporções e aparência também idênticas a que era segurada pelo verdadeiro Sakai. Assim que conjurado, o Bunshin cuspiria três Shurikens feitas puramente por uma teia mais dura do que o aço. As armas visavam a moça em diferentes ângulos. A cópia seguiria para a direção da mulher, utilizando as armas anteriormente lançadas somente como uma distração, pois avançaria com uma velocidade descomunal, auxiliada pela técnica de movimentação utilizada anteriormente para proteção, com sua espada e com o intuito de cortar a mulher na altura de seu abdômen. O Genin saltaria, ainda na mesma posição, na retaguarda do Bunshin. — Fuuton: Atsugai! — exclamaria, enquanto assoprava o jutsu de vento mais poderoso que sabia. O intuito era acabar com aquele demônio para poder enterrá-lo de seus pensamentos também. Manteria-se atento e prepararia uma técnica de defesa, para caso do seu ataque não surtir efeito.

Desgraçada, maldita, puta... Ma-mamãe — balbuciava, amparado pelo Tourette, enquanto tentava ver o resultado do seu ataque.

Sakai Satoru: 500/500 | 272/900 | 3/5
Kage Bunshin:  267/322

Considerações:

utilizados:
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Convidado


Os garotos enfrentavam o maior terror de suas vidas até aqueles momentos. Afogados em um mar de horrores do quão não sabiam sequer a origem. Um Genjutsu extremamente poderoso? Um verdadeiro culto monstruoso dentro das florestas? Ou ninjas que pregavam peças apenas para assustar com técnicas únicas? Era difícil diferenciar cada situação, mas a particularidade dos acontecimentos era óbvia para cada um. Ambas as criaturas rangiam como madeira velha e de suas bocas a nevoa podre atingia os ares da floresta amaldiçoando-a com seu odor.

Mun parecia paralisado, instável, seus movimentos não tinham vida enquanto assistia sua pobre avó ser despedaçada contra a criatura negra. Mas a coragem e fúria tomavam seu coração acima de tudo, em um verdadeiro instinto de sobrevivência que surgia apenas nos mais corajosos homens. Ações complexas e de execução precisa permitiram que o garoto defendesse a primeira tentativa de ataque do monstro, que rugia furioso por ter sido parado. A parede defensiva sofria com o impacto, causando um tremor intenso em toda a região e rachando o monumento de pedra. Por sorte, o outro pensava rapidamente ao conjurar sua cópia exata e, a partir dela, tecer uma estratégia de revide ainda melhor. Uma garra azulada e cortante atingia o peito da criatura, que gritava com os rostos atingidos pela técnica, ensurdecendo a todos ali. Não bastou para pará-lo e estava recuperando as forças para matar o Genin. Contudo, um salto o surpreendeu, atingido por uma técnica rotatória que o atingia diretamente na cabeça. Seu corpo explodia em lama quente, atingindo o Genin e o lançando para longe, mas não havia queimaduras ou danos de impacto.

Satoru era um exímio lutador corpo-a-corpo, mas a presença daquela figura parecia criar uma hesitação em seu revide, deixando a adrenalina lhe tomar o corpo para que pudesse ao menos mover os pés diante da presença maternal. A criatura que incansavelmente lançava provocações ao filho, cortava o ar na defesa do outro, gerando nela a raiva que serviria de combustível para atacar novamente. Virou-se para olha-lo nos olhos mas um deles foi atingido por uma shuriken. Ela ignorava a dor e parecia sangrar algo semelhante ao barro do chão. Mas o outro estava ainda mais veloz, cortando-a sem problemas na altura da barriga. Ele veria que o corte não partia seu corpo, com um sorriso ela apenas sangrava o liquido barrento e fétido, se não fosse pela sequência da investida. Não houve tempo de se recuperar e seu corpo simplesmente recebeu a última rajada de ventos que lhe cortavam, explodindo o corpo em lama quente e fétida lançando não somente a cópia mas o original para longe.

Ao mesmo tempo, ambos derrotavam suas criaturas e lições de vida, onde juntos suportavam seus medos e barreiras emocionais que até mesmo a pior das torturas poderia trazer. Aprendiam ali, a controlar a própria mente em situações de extremo estresse. Ao partirem as criaturas ambas as visões tornavam-se brancas como uma cegueira de luz. Os galhos retorcidos surgiam nas mentes dos Genins antes que retomassem controle da própria visão. Estavam sujos e mal cheirosos mas a floresta estava clara e aparentemente muito menor do que realmente parecia. O casebre estava no chão, destruído a muitos e muitos anos. As barreiras de raízes que cercavam os Genins não existiam mais e uma trilha parecia surgir ao longe, indicando o caminho. Deveriam se encontrar e retornar pois já havia amanhecido e a missão de sobreviver estava completa. Deveriam apenas explicar a sujeira nos corpos, isso se alguém fosse acreditar naquela história.

5/5

Considerações:
Anonymous
Menestrel
Genin
[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun Shin2
[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun Shin2
...


         A pressão e o zumbido que o vento produzia próximo ao seu ouvido nem sequer foram notadas. Focado como nunca esteve antes, foi expelido do chão através da habilidade de terra e, ainda no ar, atacou com uma quantidade massiva de chakra reunida num ponto em sua mão, mesclada com o elemento vento que girava sem pudor para tornar tudo mais poderoso. Moveu seu ombro de cima para baixo, pressionando a técnica contra a cabeça do ser monstruoso: A conclusão, em câmera lenta, foi vê-lo explodir e arremessá-lo para longe no processo. Seu corpo quicou três vezes no chão até que foi parado pelo atrito enquanto se arrastava na terra, terminando o evento de barriga para cima, coberto com a lama quente proveniente das vísceras do adversário.  

Por um segundo, como se acordasse de um sonho, lembrava-se de que existia o dia e a sua luz; Como pôde esquecer? Parecia preso há tanto tempo naquela floresta maldita que agora ao observá-la à luz do dia parecia estar em outro lugar. Não haviam barreiras de galhos retorcidos, nem sombras, nem mesmo a casa cujo qual havia escapado estava de pé nos últimos anos. Não havia sequer explicações. Conseguiu se levantar, reclamando um pouco no processo com seus gemidos curtos de dor. Desfez o Doton Bunshin que havia-o ajudado muito em sua estratégia, e ao que parecia mais ao lado era possível até mesmo encontrar uma trilha bonita para sair dali. Precisava encontrar sua dupla. O que afinal havia acontecido com Satoru? Sabia que o ninja dificilmente seria a presa, mas sim o caçador, e teve a confirmação de seu pensamento logo ao encontrá-lo na trilha à salvo. Ele não aparentava estar muito melhor que Mū.  

Era impossível saber que os fios de cabelo do shinobi algum dia foram prateados. Seu corpo todo estava cheio de fezes, lama, água podre e cheiro de morte. Nesse momento, olhou para Satoru e foi o primeiro a comentar:

- Eu até que gostei de acampar, mas por 80 mil tá meio caro... - Disse, falando num tom de voz calmo e claramente teatral. - Que bom que você tá vivo. Eu... A gente não precisa falar disso, né? - Pediu, e talvez os dois estivessem tão cansados que apenas a presença um do outro, ainda que ausente de palavras, já seria o suficiente para chegar em Iwa sem mais problemas. Mū deixava explícito sua falta de ânimo até mesmo ao nem se importar com os olhares de nojo das pessoas nas ruas, apesar de evitar os trajes principais e mais movimentados até chegar ao quartel general, onde poderiam finalmente relatar a missão. Não houve cerimônia, não houve felicitações, nem mesmo o sorriso de algum superior...  mas quer saber? Não precisava de reconhecimento de ninguém além daqueles que também admirava. Com isso, olhou pro lado, sorrindo para Satoru: - Parabéns, Chunin. - E estendeu a mão sujíssima, antes de se despedir a fim de seguir diretamente para sua casa já equipado com todas suas armas e, principalmente: vivo.

...

HP: 800/800  |  CH: 892/1225  |  Sta: 5/6

Considerações:
Notas importantes:

Menestrel
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t73694-fp-koda#567787
Gestão de Fichas : https://www.narutorpgakatsuki.net/t73698-gf-koda#567821
Convidado
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[SAM-I Exame Chunin] Puriel e Muun RQlV

A espera parecia durar horas. Aguardava a poeira causada pela destruição abaixar e, ansioso, almejava saber se havia acabado ou não com a mulher. Quando finalmente pôde ver - ainda que tivesse esperado poucos segundos apenas -, notou o corpo do demônio explodir. A cópia havia se esvaído, como esperado. Um sorriso discreto era estampado em sua face. Havia vencido. Mas, no fundo, ainda não se sentia feliz. Matar sua própria mãe, por mais que ela seja a pior do mundo, não é algo que faz muito bem para a cabeça. Um clarão. Novamente um clarão, mas este não provinha de raio algum. Abria os olhos, recordando-se daqueles galhos curiosos, pelos quais procuraria investigar futuramente. Quando pôde ver novamente estava próximo ao acampamento que haviam feito na floresta. Estava sujo, coberto por lama, e tentava entender se havia tido um sonho ou se aquilo tudo realmente havia acontecido. Se fosse um sonho, por que havia se sujado? Preferia acreditar que era realidade e havia finalmente acabado com sua mãe. Teria a certeza que nunca mais a veria. Guiava seus passos sem rumo, com direção ao perímetro que se hospedaram. Pôde ver Mu, que também estava sujo e com as vestes surradas, fitavam-se. O outro Genin dizia algumas palavras. Satoru nunca havia se sentido tão feliz ao encontrar alguém. Mu tornaria-se seu único amigo?

Sorria respondendo os apontamentos do colega e banhava-se no riacho que usara para beber água na noite anterior. O companheiro havia passado por horrores semelhantes aos quais Satoru havia passado. — Sabemos que isto foi paranormal e provamos nosso poder, apenas. — dizia num tom mais sério enquanto guiava seus passos pela trilha, retornando para o Vilarejo. Seu corpo dificilmente se secaria no trajeto, pois o sol da manhã emitia ondas fracas, era inverno e estava frio. Lançou a espada fora, quando notou que já estava próximo o suficiente da Pedra. Ao subirem os lances de escada e adentrarem no quartel, entregaria seu relatório e receberia sua bonificação: a tão almejada graduação. Não se importava com o título, mas sabia que aquilo representava que era forte. Almejava subir de patamar cada vez mais.

Nos vemos por aí? — indagaria ao mais novo companheiro, subentendendo que desejava manter o elo. Estendia o braço e se permitia cumprimentar o colega. — Parabéns pra você também. — Retornaria para casa afim de descansar e poder, finalmente, tomar um banho mais honesto.


Sakai Satoru: 500/500 | 539/900 | 3/5 [descansando]

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Graduação Aprovada
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