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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
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Ainda desconhecida a sua atual condição e os novos poderes que poderia desencadear, provenientes do Selo Amaldiçoado, o membro do clã Washu passou a ser objeto de uma minuciosa investigação. Os membros do setor de inteligência do vilarejo enxergavam nele o seu último e essencial recurso para solucionar aquele caso. Um pombo correio foi enviado para a residência de Machia com um pergaminho anexado em suas costas, o mensageiro aguardaria até que se certificasse que a mensagem tinha sido entregue.  

Carta escreveu:Caro Yoshimura Machia,

Acompanhando o seu registro em nosso departamento pudemos apurar que você foi o último homem a combater o shinigami - ou criatura, como queira - em nossas redondezas. Você também é o primeiro a retornar vivo. Com isso, venho por meio desta solicitar a sua presença em nosso quartel para uma série de interrogatório. Estamos mobilizando um grupo de elite para entender as suas motivações, procurá-lo, encontrá-lo e o exterminar, nosso interesse é que você nos lidere nessa expedição. Visto a importância desse assunto, pedimos encarecidamente a sua colaboração. Desde já agradecemos a atenção!

Atenciosamente,

Quartel General de Kumogakure no Sato.

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Machia já estava de pé quando a pequena ave bicou a janela de vidro do seu apartamento para entregar-lhe uma mensagem. O Shinobi ainda sentia um pouco das dores devido ao que ocorrera dias atrás, mas nada que o impossibilitasse de realizar sua rotina diária. O washu estava suado, uma vez que tinha acordado um tanto mais cedo para começar a fazer flexões e cuidar do seu corpo - apesar da fome. O rapaz ouviu as bicadas do pequeno pombo em sua janela e então caminhou até lá, para ver do que se tratava. Machia abriu a janela e pegou o pequeno animal com as mãos, cuidadosamente, retirando a mensagem que este portava em sua pata. Interrogatório... Pensou o shinobi, terminando de ler o conteúdo do papiro. Machia suspirou, por fim, e rumou para tomar uma ducha; posteriormente, se arrumou e saiu em busca do quartel general.

A procura pelo mesmo não demorou mais que alguns minutos. Machia pulou de telhado em telhado até chegar em seu objetivo para então ser atendido por uma recepcionista de cabelos negros que o informou para onde deveria seguir. O jovem o fez, e chegou numa pequena sala com alguns shinobi: Machia dissera seu nome e então aguardou o início do interrogatório.

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Olá, seja bem-vindo. Sinto muito pela sua colega. – Disse em tom cortês o responsável por recebê-lo. – O interrogatório está acontecendo na sala 22. – Apontou para uma porta fechada. Assim que Machia girasse a maçaneta da porta poderia escutar conversas abafadas vindas de algum lugar. Estava ele em uma ante-sala onde havia uma mulher sentada em sua mesa em frente a uma pilha de papéis, encarregada de monitorar todo o interrogatório que poderia ser testemunhado através de uma parede onde predominava um gigantesco espelho.

Você deve ser Yoshimura Machia. – O investigador saia do interior da sala principal do interrogatório onde ele havia acabado de terminar uma seção com outro membro do vilarejo. – Por favor, fique a vontade. – Indicava para que ele entrasse na sala 22, onde tinha apenas uma mesa metálica e duas cadeiras. Tratava-se de um homem alto e moreno, muito apresentável, os músculos dos braços eram tão proeminentes que convidavam as mangas de sua camisa marrom a rasgarem. – Então, conte-nos sobre a sua última experiência. Você estava em uma missão? Não consta em nossos registros a atribuição de uma missão em seu nome. Qual foi a sua motivação em ir para lá? – Parando para analisar melhor, o investigador parecia em muito com o homem que Machia tinha testemunhado a morte. O ambiente restringido em que estavam e com uma alta circulação de pessoas também poderia pressioná-lo.

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—— Eu também sinto muito. —— Respondeu Machia, abaixando os olhos. O garoto escutou o que o mesmo tinha a dizer e meneou com a cabeça, assentindo com a instrução do homem. Machia deu alguns passos em direção a porta do homem, e tocou a maçaneta, girando-a e deparando-se com uma pequena sala e uma mulher nesta. —— Olá. —— disse o garoto, mas sem obter resposta alguma da mulher até então. Minutos se passaram, e apesar do murmúrio que podia ser ouvido na sala ao lado, Machia deixou isso de lado e focou na moça a sua frente, apenas observando-a.

De súbito, uma voz quebrou o silêncio do ambiente e o Washu se virou para responder, assentindo com a cabeça e confirmando que era de fato, Yoshimura Machia. O garoto então seguiu o rapaz para a sala de número vinte e dois, e sentou-se numa cadeira, de frente para o rapaz. —— Antes, pode me informar seu nome? —— disse Machia após ser alvejado com inúmeras perguntas. O garoto olhou ao redor, e principalmente para o vidro à sua direita, observando seu reflexo. ——  Enfim. Ouvi de dois homens cujo nome nem aparência me recordo que havia algo ou alguém recolhendo almas no norte do vilarejo, partido desse pressuposto, fui investigar e me deparei com Lamkin. —— Machia pigarreou, fitando o homem com mais intensidade. —— É, descobri que seu nome era Yamanaka Lamkin e ele era um cientista do nosso vilarejo. Aparentemente, seus experimentos começaram depois que a verba foi cortada para o seu departamento. —— concluiu o Washu, inquieto. A destra estava no joelho, apertando- o com força moderada.

Machia estava com fome.

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Então você saiu em busca de uma ameaça por conta de um comentário de bar de esquina? Nossos dois shinobis que morreram... – Nesse instante, chocando as mandíbulas em sinal de descontentamento ele puxou entre os papéis sob a mesa um formulário com as informações pessoais e outras peculiaridades de ambos. – Eles estavam lá para solucionar esse assunto. Estavam porque foi atribuído a eles, não por curiosidade, como me parece ter sido o seu caso. Você não pensou no que isso poderia ter acarretado na sua carreira? Ou esteve lá por interesse? – Ele colocava o punho fechado sob os papéis, desacreditando o seu movimento. Machia poderia  também perceber que o homem ia aumentando o tom conforme se “empolgava”.

Contesto, Lázaro, você está fugindo do assunto. – A voz feminina era da mulher de antes  e podia ser ouvida através de uma caixa de som presente na altura do teto daquela sala. – Desculpe-me. Faço isso desde que me conheço por gente, é inevitável. Realmente, não estou lidando com qualquer um, você retornou vivo e é por esse motivo o nosso interesse em você. – Ele se dirigia até a porta e a abria. – Acompanhe-me, por favor, quanto mais em movimento mais concentrado eu fico.

Após passar por algumas outras salas e subir um andar chegaria no que era uma espécie de dojo, instalado em uma das salas. Ali, um número de sete pessoas treinava arduamente. – Esse é o batalhão que esta sendo preparado para irmos atrás dele. Quisemos concentrar em um número pequeno, porém, prezando pela eficiência. Gostaríamos que você nos orientasse, qualquer observação que você tenha sobre ele será muito bem vinda. – Perguntava o homem.

"Sempre ouça seu corpo." Soava uma voz em sua cabeça. Começava como uma dor maçante no peito, região em que estava o selo amaldiçoado, ele era aceso como uma árvore de natal. Como resposta, passaria a se sentir fraco e o suor cobriria cada centímetro de pele e mãos fora de controle.

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Machia notou o homem bater e cerrar os dentes uns contra os outros em sinal de descontentamento, mas aquilo era a mais pura verdade, pelo menos parte desta. O jovem notou o rapaz pegar um pequeno formulário cujo conteúdo era um segredo para o Washu, mas as perguntas continuavam e era claro que o homem se irritava a cada instante seguinte -- Eu tive meu interesse, é claro. Eu sou um caçador, como pode imaginar. Então uma presa fantasma que ninguém conseguia pegar me chamou a atenção. -- Machia fitou o homem, e permaneceu em silêncio por um longo minuto até retomar a fala. -- Zunala, ela… não deveria ter sido atribuída a esta missão, foi um erro. Nem ela e nem seu parceiro. -- concluiu, ríspido. O silêncio permaneceu, e de súbito uma voz surgiu da caixa de som pendurada no teto, dizendo para o homem se acalmar.

Lázaro? pensou Machia consigo mesmo, notando que a voz feminina era da mulher de outrora. O jovem relaxou, e o homem dissera certas palavras que deixaram o Yoshimura um tanto quanto alerta. -- Que seja. -- disse, seguindo o mesmo.



A saída da sala 22 culminou noutra um tanto diferente: havia nesta cerca de sete pessoas, excluindo o shinobi e o próprio investigador. O mesmo dissera que era um pequeno esquadrão de extermínio que buscava pelo Shinigami, o que era um erro. -- Eu vou cuidar dele sozinho, Lázaro. -- A voz de Machia soou mais grave que o normal. -- Ele é minha presa, e apenas minha. -- concluiu, mas logo levou a mão até a cabeça quando pôde ouvir a voz do demônio.

-- Lamkin, desgraçado. Eu vou te matar. -- bradou o Washu, sentindo uma dor no peito. O jovem apoiou-se na parede e logo caiu, de joelhos. Seu peito queimava como se tivesse sido marcado com ferro quente, e o selo da maldição brilhava como o fogo incandescente de uma pira.

-- Ele está próximo. -- falou, por fim

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Toda a sincronia com que aquele esquadrão treinava os movimentos organizados e a maestria com que usavam seus recursos passava despercebida diante do mal estado de Machia. – O que é isso, você está bem? O seu braço esquerdo... – Talvez o membro do clã Washu não entendesse de imediato, mas Lázaro estava observando que o seu braço era completamente vedado na imagem de três linhas curvas e aquilo só havia sido possível com a origem da marca localizada em seu peito. No entanto, ao invés de se espalhar por todo o corpo, estava consumindo-o de início pelo seu lado esquerdo.

Era como se uma besta ou a própria criatura que enfrentara em sua última experiência tivesse tentando tomar o controle do seu corpo. Toda a estrutura da sala apresentada e as pessoas dentro dela pareciam girar ao redor de Machia e uma dor aguda e latejante tomava conta de sua cabeça. Em sua atual condição era como se todas as pessoas em sua proximidade estivessem avançando para cima dele, o que poderia se transformar em uma péssima resposta por parte dele, visto que verdadeiramente estavam todos imóveis em seus devidos lugares.

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A dor que o garoto sentia era similar a de outrora, talvez igual, talvez pior, ele não lembrava muito bem, afinal, era só uma parte de seu corpo e não ele todo. Machia ainda continuava de joelhos no solo, observando ao seu redor, ou pelo menos tentando; a dor do peito se estendia para o braço esquerdo, e o garoto sentia este o consumir ainda mais. A pergunta de Lázaro foi respondida com o olhar de Machia, feroz. —— Filho da puta. Lamkin eu vou te matar. —— vociferou o shinobi, segurando o braço esquerdo com a destra. Todavia, as pequenas linhas turvas  continuavam a se expandir pelo braço do garoto, sem este sequer conseguir suprimi-lá com sua força de vontade, a princípio.

O Washu não conseguia utilizar de suas forças para muita coisa, era como se a besta de outrora o consumisse, de dentro para fora, forçando-o a fazer o que ele não queria. —— Não, não não! —— Machia apertou ainda mais o braço. Uma dor latente atingiu sua cabeça; era como se seu cérebro se mexesse dentro do próprio crânio após bater contra algo. Seus olhos alternavam entre o vermelho e o negro, afinal, parecia que todos daquela pequena sala estavam indo para cima do shinobi. —— Se afastem! —— ordenou. Seus olhos tomaram a cor vermelha característica de seu clã, e a lâmina se formou por cima do braço esquerdo em resposta ao “avanço” dos inimigos, em contrapartida, Machia tentou recuar, não queria matar as pessoas ali, mesmo que a situação o inclinasse para tal.

—— Por favor. Se afastem. Eu não posso me controlar por muito mais tempo. —— murmurou, por fim.

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Os ninjas deveriam ficar perplexos diante da reação de Machia, era verdade, afinal de contas, como poderiam estar imóveis e ainda assim considerados uma ameaça? No entanto, apenas trocaram breves olhares e seguraram o riso, atendendo ao pedido do Washu prontamente. – AAAAH! Entendemos. – Anunciava um dos sete guerreiros, trocando uma piscadela com seu aliado, como se quisesse dizer: - Olha, ele está encenando. – Claro! Isso tudo não passa de um teste e ele quer verdadeiramente nos preparar para o que vamos enfrentar. – Concordava outro. – Isso foi um sucesso. – Lázaro, confiante de que o grupo tinha se acertado e que Machia estava totalmente inserido no papel do responsável pelo esquadrão, saiu da sala para dar a eles um pouco de privacidade.

Após a tempestade vem a calmaria e o portador da Kagune poderia presenciar e sentir que as linhas provenientes do selo amaldiçoado haviam estabilizado, por mais que suas marcas ainda permanecessem ali. Também já não sofria mais com a dor.

E então, Machia-senpai, nós estamos muito empenhados nessa tarefa. Nos passaram que você saberia indicar com precisão com o que estamos lidando. Isso nos deixou muito empolgados. – Ao mesmo homem que era atribuído essa fala, realizava movimentos extravagantes com sua espada, ao léu, cortes no vazio, como se apenas estivesse extrapolando suas emoções.

Machia não tinha muitas opções. A primeira era simples, assumir aquela função que estavam contando com ele, ou, ser o mais sincero possível e recuar. Assumindo o segundo cenário, era possível que a sua inquietação e o seu forte senso de rastreamento não permitisse que ele ficasse parado e, sair em busca de Lamkin poderia ser uma alternativa. Ou então as duas opções anteriores estivessem erradas e ele resolvesse procurar um momento de lazer e torcer para que as marcas do seu corpo saíssem por conta. Qual seria a resposta tomada pelo nosso protagonista?

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A dor que Machia sentia por em seu corpo pouco a pouco foi se esvaindo. O portador da marca amaldiçoada agora já não tinha mais com o que se preocupar, uma vez que o controle das linhas negras em seu braço esquerdo estava estabelecido, todavia, o que os ninjas do esquadrão de Lázaro fizeram foi um erro que poderia ter custado suas vidas. —— Isso não foi uma encenação. —— disse. —— Lamkin fala por telepatia.  E aparentemente ele é capaz de controlar a própria marca que criou em mim. —— pigarreou, fitando as pessoas dentro da sala. —— Vocês deveriam abandonar essa missão suicida. Mas... —— o Washu franziu o cenho. —— Uma ajuda seria bem-vinda. —— concluiu, estendendo a destra a um dos rapazes. —— Mas lembrem-se: Lamkin é um demônio, e é mais poderoso do que eu podia imaginar: ele sozinho conseguiu lidar comigo, e mesmo estando desestabilizado pelas memórias que o assolaram naquele tempo. —— concluiu, observando os demais ninjas ali dentro.

Após alguns minutos, enquanto os rapazes discutiam entre si sobre a possibilidade de morrer,  Machia deixou a sala em busca de Lázaro, mas não o encontrou de imediato; rodou por mais um tempo e nada. Aonde o rapaz teria ido parar? A marca em seu corpo se manifestou novamente, e a dor o consumiu. Porém, Machia conseguiu adentrar a sala de outrora, de número vinte e dois, e se trancou lá: a maldição continuava a se espalhar, mais intensa, mais forte, sua cabeça latejava, seu corpo idem. Dessa vez, a parte do seu corpo esquerdo inteiro era coberto pelas linhas negras. O garoto suspirou, e lutou contra elas, tentando dominá-las e não ser dominado; afinal, ele era o caçador, e não a presa.

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Um demônio? – Aquela informação era a mais promissora que tinham tido então e o grupo demonstrou pela primeira vez em muito tempo a ansiedade que os estavam consumindo, porém, confiantes por ter Machia ao seu lado. – Nós iremos matá-lo de uma vez por todas, é uma promessa. – Com a saída do Washu, partiram para o último ato de sua preparação.

A dor parecia voltar a enfraquecer o nosso protagonista, no entanto, diferente das anteriores, aquela era na verdade uma sensação irreal, uma dor psicológica. Um regresso. – Você esta ai. – Vindo por um corredor de acesso, encontrou-se com Lázaro que vinha do seu escritório particular. – Seus homens já estão prontos, ao seu comando. – Indagou.

***

Vinte minutos foi o suficiente para que o grupo esperasse ansiosos pela disposição de Machia, naquela altura todos já estavam instalados do lado de fora do quartel. Iniciar a investigação pela região que o demônio era frequentemente instalado era a opção mais viável, mas talvez Machia pudesse ter outros objetivos em mente.


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Machia havia escutado o que o esquadrão havia dito antes de sair pela porta e dos ocorridos. O garoto permaneceu encostado na pequena sala, observando as linhas tomarem conta de seu corpo por inteiro, mas a dor havia sumido. Talvez aquilo tudo tenha sido psicológico, e no final das contas, o próprio Washu havia conseguido dominar a maldição que o homem havia implantado em seu corpo. Você está aí. disse Lázaro, fitando o Washu que permanecia encolhido em seu canto. —— É... estou. —— respondeu, um tanto quanto seco. O Yoshimura se levantou e seguiu para fora para junto de seu esquadrão.



Quando o jovem saiu do prédio, notou que todos já estavam do lado de fora do mesmo, só o aguardando para dar início a caçada ao monstro. O rapaz observou o céu por um tempo, e então começou a andar rumo aos arredores do vilarejo, mas não na exata localização que Lamkin foi visto pela primeira vez, não, ele iria para além do vilarejo onde Zunala fora morta. —— Tomem cuidado. —— disse após um longo silêncio. Machia então iniciou sua caçada pelo inimigo; a princípio, olhou para o solo: haviam pequenos sinais de pés descalços, e grandes, que haviam passado por ali há alguns dias. Não obstante, o shinobi tratou de olhar ao seu redor; dava numa outra pequena floresta, e alguns galhos se encontravam em posição diferente dos demais, o que confirmava que alguém grande havia passado por ali. Machia caminhou mais um pouco e notou alguns respingos de um líquido branco em algumas folhas, e lembrou-se de que o sangue do cientista era assim. Suspirou, e continuou a caminhar: dentro de si sentiu algo reverberar, como se uma besta enjaulada estivesse prestes a sair.

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Ele é talentoso. – Sussurrava um dos comandados de Machia, que tomava o cuidado de colocar a mão na frente da boca como uma maneira de abafar o som, no entanto, falava extremamente alto, colocando em dúvida o seu movimento. Conforme iam avançando em meio aquele mundo desconhecido, um membro dentro do grupo com um saco plástico com fecho ia coletando as informações apontadas por Machia em seu rastreamento. – Sangue branco? Mas o que é isso? – A curiosidade assolava o grupo.

Você? – O líder daquela mesma comunidade que havia recebido Zunala dias atrás, acompanhado de três homens, também estavam explorando a região no encalço do demônio. – Você é o culpado. – No entanto, a recepção amigável de antes não parecia ser a mesma posição de agora. Armado com uma lança de 90 centímetros de altura e a uma distância inicial de 10 metros, avançava a 18m/s com o intuito de desferir um ataque, na horizontal, de trás para frente, visando acertar a região do peito de Machia, em uma ação que poderia ser facilmente interpretada pelo Washu.

O problema não estava em poder acompanhar ou não a ofensiva adversária, mas entender qual a motivação por trás do ataque.    

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Os membros do esquadrão de caça ao demônio coletavam minuciosamente as pistas encontradas pelo shinobi, e alguns perguntavam entre si sobre do porquê de uma destas ter a coloração diferenciada, no caso, o sangue branco. Machia não soube explicar, então fez um gesto com a mão como se quisesse dizer “Só é branco, não tem muita explicação.”

O jovem washu continuou a galgar por entre a pequena mata de Kumogakure e deparou-se com o velho de outrora, o mesmo que atendeu Zunala e a hospedou. Dessa vez, porém, a recepção fora completamente diferente, como se os próprios estivessem tomados por uma fúria intensa. Machia notou isso, além da arma que este portava; o mesmo a brandiu, para frente e para trás, com a intenção de perfurar o peito do jovem canibal: o rapaz deu uma leve viradinha para o lado, deixando a arma passar rente a seu corpo, não obstante, pegou a mesma pelo cabo, quebrando-a. —— O que houve, velho? —— perguntou, incrédulo com o que estava ocorrendo.

Machia deu um passo a frente, e sentiu uma dor assolar seu corpo. O garoto parou de súbito, e começou a suspirar; um suor corria por sua testa, talvez esse fosse o sinal de que Machia precisasse, o sinal de que Lamkin estava próximo.

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E o homem foi de joelhos ao chão. Machia não teve dificuldades em driblar a ofensiva do atacante, outrora um anfitrião amigável. – Vo-vo-cê... Você foi dominado por um selo amaldiçoado e o trouxe para perto de nós. Nós vimos o que ele é capaz de fazer, um dos nossos também foi dominado por essa mesma condição. Nós não podemos deixar que esse mal continue livre, por favor, tome a lança e se mate para o bom de todos nós. – Suplicava.

Uma densa e espessa névoa cobria uma área de 100 metros, com aquele grupo de rastreador no epicentro. – É ele, ele veio reivindicar o que é dele. Estamos todos mortos. – Era pessimista. A direita, uma respiração mais pesada e um aliado que tinha ambas as mãos segurando o pomo de uma katana de repente podia enxergá-las no chão, por uma fração de segundos seus braços já não estavam mais conectados. Aquela perca foi o suficiente para que ele passasse a gritar de dor, chamando a atenção de seus companheiros. – Com o que estamos lidando? – Questionava outro.

Um calafrio percorria seu corpo e suas mãos e pernas tremiam. Era como se um mero lobo estivesse respondendo ao alfa de sua alcatéia. Automático. Seu corpo inteiro estava tremendo. As listras antes estabilizadas passavam a tomar controle de todo o corpo. Em meio aquela névoa era possível apenas enxergar um par de olhos, predominantemente vermelho, fitando-lhe. Todo o restante do seu corpo, seu rosto, eram indistinguíveis. Apenas o par de olhos penetrantes.   

A visão de Machia era como se ele estivesse assistindo a um filme em que estava por sua própria conta, no centro de tudo, e nada mais era real. Ele podia ouvir seus aliados, até mesmo o seu corpo trêmulo. Era como se estivesse desprendido do seu corpo real.  

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—— Eu domino a marca, e não ao contrário. —— Machia respondeu ao homem que caira de joelhos após seu golpe ter sido facilmente bloqueado. O mesmo suplicava para o Shinobi se matar mas este arqueava a sobrancelha em resposta, afinal, não tinha tendências suicidas para fazer tal coisa. —— Está tudo bem, velho. —— disse, mas logo isso se provou o contrário; uma névoa cobriu a área quase que instantaneamente, e o idoso dissera que se tratava de Lamkin, e os acontecimentos seguintes provaram isso.

—— Ajudem-no! —— ordenou Machia ao grupo. O homem perdera ambas as mãos em um mísero segundo, e se não fosse tratado, morreria ali mesmo dado a falta de sangue. Um outro perguntou do que se tratava, e Machia prontamente respondeu: um demônio.

O garoto estava preparado para o inimigo, mas um calafrio percorreu por seu corpo; seus pés paralisaram, tremeram, e este caiu de joelhos no chão. As listras de outrora espalharam-se por todo o corpo de uma só vez. O washu não conseguia se mover, seu corpo estava pesado, trêmulo. Seria isso medo? Não, não era. Algo estava errado; os olhos vermelhos da névoa fixavam-se nos vermelhos do Yoshimura, que sem muita escolha, o fitava de volta. —— Lamkin. —— bradou. O garoto fez força, mas a força de nada adiantou: piscou os olhos rapidamente, mas quando os fechou novamente, se viu num abismo, caindo, e se distanciando de si mesmo. Era como se seus olhos fossem uma janela, e cada vez mais, a cada instante, o Washu se distanciava destes, caindo no nada.

—— O que você fez? —— ele perguntou, mas a voz não saiu; era como se seu espírito tivesse desprendido de seu corpo, e ele só assistia ao seu redor sem qualquer meio de intervir. Machia havia se tornado um espectador, nada mais.

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Uma aparência completa de dinossauro com um complemento especial de uma cauda, aquela era a nova e momentânea realidade de Machia. As irís negras davam espaço para irís amarelas e o cabelo negro era agora acinzentado. Podíamos dizer que, depois de muito tempo, se colocássemos sua mãe diante dele, ela não o reconheceria. Mas não apenas suas características físicas estavam mudadas, Machia também tinha seus níveis de chakra e as suas capacidades físicas como velocidade e força aumentadas enquanto aquela monstruosidade estava instaurada.   

"Se existe um mal, ele está em nós mesmos." Projetava a voz em sua cabeça, dissipando a névoa ao redor e apresentando uma nova criatura para todos naquele ambiente. – Com que diabo estamos lidando? – Perguntava-se um dos homens do esquadrão especial. – Aquele homem estava certo? Era ele o tempo todo? – Argumentava outro. Machia podia assistir com clareza o esquadrão que trouxe para junto de si naquela missão se voltarem contra ele. O instinto demoníaco que era atiçado por Lamkin e que tinha o controle do corpo era absurdamente forte.

Em uma tentativa pobre e descuidada, um dos aliados buscou um corte com uma katana, na horizontal, da direita para a esquerda, na altura do pescoço da criatura que se apresentava diante deles - Machia - com a intenção de cortar sua cabeça, mas fora facilmente subjugado por uma cauda, que servia como principal ferramenta, ainda sem controle. – Não ataquem, idiotas, ainda que ele esteja nessa situação, é um de nós e o nosso líder. Vamos aguardar e dar o apoio necessário para que ele se controle. – Ordenava a mulher entre o grupo, mostrando-se uma pessoa muito mais aberta do que os seus colegas.

Cerca de 50 metros a frente uma deposição de poeira e pedras eram levantadas e Lamkin finalmente se apresentava para o que estava encaminhando para o desfecho final. "Venha até mim e você conhecerá ainda mais poder. Entregue-me o seu corpo e você viverá para a eternidade."

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Machia continuava a cair no abismo enquanto acompanhava tudo o que acontecia pela espécie de janela que eram seus olhos, e isso fez com que o Washu acompanhasse toda a metamorfose em seu corpo, chegando ao ponto de não reconhecer a si mesmo. —— O que é isso... —— a voz saiu abafada, quase muda, de onde o garoto estava. Este podia observar a fera que havia se tornado; a pele cinzenta, os cabelos brancos, a cauda... Machia havia se tornado um monstro, um monstro mais feroz que sua própria habilidade permitia. A besta enjaulada havia escapado, e agora restava ao próprio Yoshimura dominá-la.

Se o mal está em nós mesmos, só a cabe a nós controlá-lo. respondeu Machia mentalmente à Lamkin, observando a névoa dissipar diante de seus olhos. Quando a mesma se extinguiu, um dos jovens do esquadrão de Machia indagou sobre com o que estavam lidando, e o garoto lembrou da resposta que dera outrora, "demônio." Outro perguntava aos demais se o próprio era o demônio qual o velho teria falado outrora, o que criava uma situação relativamente ainda mais tensa. O monstro deu um passo, atiçado pelo instinto puro, além da influência do próprio Lamkin. Machia em seu estado atual tentou retornar a seu corpo, ganhar controle e dizer para todos que estava tudo bem, mas não foi o caso: um de seus homens brandiu uma espada contra o próprio lider, o que acarretou num movimento inusitado do próprio - sua cauda bloqueou, arremessando a lâmina para longe e machucando um pouco a mão do homem.

Não o ataquem, idiotas. Soou a voz feminina ordenando os demais pararem. Machia suspirou de alívio, mas ainda não havia retomado o controle do seu corpo, ou saído do seu abismo; suspirou, fechou os olhos, e concentrou-se por um tempo. Nada ocorreu a princípio, mas, quando a voz de Lamkin soou em sua cabeça mais uma vez, o shinobi se focou em uma única coisa: recuperar o controle do seu corpo e matar a pessoa que fizera isso com ele.

A fera deu outro passo.

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Suas tentativas logravam êxito e o membro do clã Washu conseguia tomar o controle completo sobre a maldição e assim como o efeito superado pelo antagonista no momento em que ele pode relembrar quem foi no passado, esse controle teve uma reação inversa, enfraquecendo em muito o ex-cientista. "O que? Mas como? Você seria o meu hospedeiro." Irritava-se a criatura.

Na contramão, o grupo que estava ali para capturá-lo mostrava serviço. De um makimono de tamanho médio, um homem entre o grupo invocou uma rede que continha em suas bordas, bolas de aço muito pesadas e lançando contra o mesmo fez com que ele se deitasse forçadamente contra a terra. A mulher que antes chamou a atenção em defesa de Machia, fez uma manipulação pontual sobre essa rede com seu elemento Doton, para assim fixá-la melhor enquanto outros dois, com uma lança e uma espada, respectivamente, neutralizaram-no em seus membros inferiores e superiores. O aliado que teve os seus braços cortados estava tendo a ajuda dos últimos integrantes daquele grupo e os aldeões estavam apavorados demais para reagirem. "Mate-os, tire-me daqui e ainda poderemos vencê-los." Tentava pela última vez sensibilizar aquele que ele havia entregado o seu poder e assim tentar reverter a situação ao seu favor.

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Machia retomou o controle de seu corpo, e sentiu o poder fluir por este; sua boca se abriu num sorriso macabro, e ele soltou um riso baixo. Escolheu as palavras certas, Lamkin. Seria, e não sou. respondeu, ainda sentindo-se extasiado pelo novo poder que havia acabado de adquirir. Não obstante, o time do jovem Washu mostrava serviço: estes aprisionavam Lamkin e este tentava inutilmente sair daquilo, até que enfim fora neutralizado pelo time.

—— Obrigado a todos. —— a voz do Yoshimura saiu roca. O garoto caminhou em direção a Lamkin com sua cauda balançando de um lado para o outro, e quando se aproximou o suficiente, esta fora em direção a cara do mesmo, danando-o no impacto. —— Essa é a resposta para o seu pedido. —— dissera o canibal, com os olhos vermelhos e intensos fitando os de seu criador. Os tentáculos saíram de suas costas em direção ao corpo do homem, perfurando-o por completo, várias e várias vezes. A criatura irrompeu em dor e pedidos mentais para o garoto parar, mas este apenas continuou com o sadismo; quando enfim parou de atacar Lamkin, Machia agarrou a lâmina que havia caído no solo e decapitou a criatura. Quanto ao resto do corpo, tratou de retirar as redes e o jutsu de Doton de sua companheira, botando-o nas costas e carregando o mesmo consigo.

—— Podem ir embora. Levem a cabeça como confirmação da morte do Shinigami. —— ordenou, e rumou para a floresta para devorar o corpo da criatura. Quando terminasse, seguiria para o QG e posteriormente sua casa para descansar.

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