Diante os avanços daquela nova era os ânimos pareciam cada vez mais agitados que nunca. Os homens demonstravam isso de maneira sutil, porém perceptível a seu líder. Ainda não tinham certeza do que estava por vir e a espera para o inicio da nova era lhes parecia um fardo; apesar de, não terem percebido que a chegada de L ter marcado o inicio. Um dos homens apareceu sobre a montanha da Goei na torre de monitoramento, onde L repousava. Junto a ele um pergaminho em suas mãos. O endereçado era Doragon. — Senhor. — Cumprimentou o homem, entregando-lhe o pergaminho nas mãos de L, deixando o local logo em seguida. O brasão apresentado no pergaminho era um tanto peculiar, apesar de desconhecido para o Líder da Nação do Som. Apresentava certo aspecto de nobreza. Um leve sorriso em seu rosto veio a tona enquanto abria o pergaminho afim de desmistificar seu conteúdo.

O que se deu a seguir fora um tanto quanto inesperado. As descrições da carta eram detalhadas apesar de faltar informações como o próprio local de encontro em si. Apenas pistas lhe foram dadas, criptografadas sob os detalhes da própria carta. Doragon, como deveria ser chamado sob aquelas condições, percebeu então que se tratava de alguém cuja discrição esperava manter com o trabalho e assim o faria. Se levantou devagar, como usualmente fazia, como um velho homem que não tinha pressa em seus afazeres. Ao seu lado pegou o manto que repousava, colocando-o aberto sobre o corpo e cobrindo a cabeça com o capuz. Partiria dali rumo a busca do local de encontro. Seu semblante demonstrava seriedade, tinha os detalhes necessários para encontrar o local. Onde a neve se iniciava. Ia dali para a estrada ao oeste, em direção aonde o frio era mais intenso graças a localização geográfica. A certeza não era total, apesar de tudo.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

Doragon chegava no local detalhado, apesar disso, não havia ninguém ali. A neve já começava a criar certa camada no solo e a ventania era de certo um pouco forte, apesar de não ser propriamente tão forte quanto as das altitudes de Kumogakure. Sabia que nenhum horário exato havia sido citado, o que o fazia pensar na possibilidade de uma certa demora do contratante; afinal, talvez ele não soubesse que ele estava ali.

O tempo destonou com seu passar e de longe sentiu o ouriçar de uma chama de chakra aparecer diante sua percepção sensorial, ao longo do caminho. Não sabia quem era, entretanto, as chances de serem o possível contratante eram grandes. Doragon continuou a espera até que viu uma silhueta aparecer diante a vegetação. Suas vestes vermelho sangue chamavam certa atenção, junto ao brasão que outrora estava no pergaminho que lhe fora dado.

Entretanto, a recepção fora um tanto diferente quanto o esperado. Aquela que havia chegado lançou armas em sua direção em uma velocidade deveras impressionante. Apesar disso, sua destra por baixo do manto facilmente sacaram a espada que em um movimento rápido e vertical, segurando a espada para baixo, corta a direção das mesmas, evitando teu trajeto rumo ao seu corpo. Entretanto, durante o movimento, sua percepção era capaz de captar a presença da manifestação de chakra daquela pessoa tomar forma em sua direção. Seus olhos atentos foram capazes de vislumbrar facilmente a direção do conjunto e assim como sua percepção auxilia-lo a girar o corpo graciosamente para o lado, tirando-o da trajetória da técnica que vinha em sua direção.

Doragon deu um giro de 360º e parou de frente para aquela pessoa mais uma vez. Um leve sorriso apareceu em seu rosto; talvez aquilo fosse um teste. — Que tal falarmos de negócios? — Perguntou de modo direto, ainda com a espada em mãos.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

Ao se aproximar, Doragon pode perceber que aquela pessoa de vestes vermelho sangue se tratava de uma mulher e pelo que demonstrava, ainda não estava satisfeita com a situação. Ela tentou intimida-lo através de palavras e um olhar, porém, Doragon estava mais tranquilo e determinado do que nunca. Ele não a respondeu, apenas ficou calado esperando o próximo movimento da mesma, que veio em seguida. Um assobio e um homem se aproximando com uma criança. A mulher estendeu-lhe uma kunai e deu uma ordem ao mesmo, para que matasse a criança, que chorava e implorava por sua vida. Os gritos incomodavam Doragon, isso ele não podia negar, o mesmo olhou para a criança, exalando uma intenção assassina que poderia ser sentida por todos ali, porém, que para aquela jovem criatura seria suficiente para paralisa-la por completo e criar silencio novamente. Ele voltou a olhar pra mulher a sua frente, que estava com a kunai estendida em sua direção. Doragon sorriu levemente, pegando a kunai com tranquilidade. Em um movimento rápido ele lançou a kunai, porém, não fora em direção a criança, não existia alvo fixo. A kunai deveria passar ao lado da cabeça do homem que segurava a criança, quase que triscando suas orelhas. Doragon já havia olhado sua posição e sua habilidade de sensoriamento possibilitava um movimento até mesmo sem olha-lo. Ele deu um passo a frente, ainda exalando uma forte intenção assassina e olhou nos olhos daquela mulher. — Não estou aqui para brincadeiras. Esse é um dos termos, inocentes não são envolvidos. — Falou em um ar de seriedade, esperando uma resposta da mulher. A proximidade era grande, isso era uma vantagem para Doragon, não uma desvantagem.

Considerações:

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A mulher não parecia satisfeita com a escolha de Doragon, apesar disso, o homem não titubeou ou ao menos cogitou em levar a sério as palavras que ela desferiu. Inocentes eram inocentes e nada além disso. Finalmente ela lhe dava então alguma informação sobre o trabalho. O alvo, de acordo com as informações, era deveras um homem imoral. Apesar disso, Doragon preferiu manter seus pensamentos pessoais fora de questão; o trabalho a ser feito não deveria ser comprometido pelos próprios sentimentos de justiça. Apenas se isso comprometesse sua própria índole.

Caminharam em direção ao local, e informações foram expressar ao mesmo. Doragon sentia seus músculos doerem levemente e uma sensação de cansaço tomar conta do mesmo. Algo incomum. Entretanto o incomodo era pequeno e provavelmente não comprometeria o andar da missão mas mesmo que não transparecesse, sentia que algo errado ocorria com seu corpo enquanto caminhava.

Deixou a mulher e partiu em direção ao local indicado, onde encontraria o homem. Apesar dos problemas que parecia enfrentar por razões desconhecidas, Doragon conseguiu chegar ao local sem muita pressa. Lá viu um homem; aparentemente um mercador. Doragon se aproximou alguns metros e dali fez o sinal, observando ao céu e criando um estalo nos ombros e braços totalmente diferentes dos criados pelas pessoas com estrutura óssea comum. Os estalos eram fortes o suficiente para soarem como pancadas. O homem então o olhou, acenando positivamente. Não havia ninguém no local, Doragon podia sentir isso. Entretanto, preferiu seguir os procedimentos passados pelos contratantes. Entregou ao homem um pedaço de papel, semelhante a alguns ryous embrulhados e em seguida pegou o bilhete e o segurou nas mãos, que voltaram para sob o manto da organização. Dali, Doragon partiu novamente, quando achasse conveniente poderia ler o bilhete com calma e tranquilidade.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

O bilhete fora aberto após poucos metros, quando Doragon sentiu-se confiante quanto a solidão que se encontrava. Lá havia as informações necessárias para seguir com o trabalho. Visto um plano já bolado, decidiu por seguir aquilo que era proposto mais uma vez. Caminhou até a vegetação que escondia a carga de essências da qual deveria carregar até o local. Sua espada fora colocada abaixo do carrinho, usando das tabuas para que a mesma ficasse ali, escondida. Deveria parecer um homem comum e talvez esse já fosse um trabalho difícil.

Carregou a carga consigo em direção ao local. O plano era simples. A possibilidade de entrar como entregador poderia dar a Doragon a oportunidade de adentrar o local sem problemas e, consequentemente, o assassinato poderia ser de forma silenciosa, sem quaisquer alvoroço. Necessitaria apenas localizar o alvo e neutraliza-lo através da força ou de um tiro em sua cabeça. Seria o suficiente. O que lhe matutava era a dor que sentia e consequentemente a possibilidade do plano dar errado. Neste caso, a força seria utilizada e, naquelas condições, aquele pequeno incomodo poderia se tornar um fardo. Continuou caminhando, ainda com o manto sobre o corpo e encapuzado. Dessa vez, seus passos eram lentos e seu corpo curvava-se para segurar os braços do carrinho de madeira. A possibilidade de o reconhecerem era mínima, entretanto, não podia invalidar quaisquer possibilidade.

A sua chegada seria comum, esperando não chamar atenção. Apesar disso, deveria passar pela entrada correta, o que o faria observar o local enquanto se aproximava. Assim como sentir todas presenças que lá estivessem. Talvez pedissem para mostrar sua face; entretanto, esse podia ser o menor dos problemas.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

Como esperado, ele fora parado antes de adentrar o local, o que indicava a importância que aquele negócio possuía. Um numero de guardas elevado e uma possível familiaridade com os negociantes, era o que parecia. Entretanto, Doragon usava de sua inteligência para passar. Ali fora a batalha não teria proveito a ele, afinal, seu objetivo estava lá dentro. Ele levantou a cabeça enquanto o homem falava, o olhando de maneira descontraída, logo depois numa reação leve de susto o respondeu. — Me disseram que havia sido avisado. Satou teve alguns problemas esses dias, pelo que me contaram era intoxicação alimentar ou algo assim. — Em seguida ele sorriu descontraidamente movendo alguns vidros enquanto falava. — Mas se ele prometeu, não podemos deixar de cumprir a promessa, certo? — Falou com um sorriso carismático, tentou não forçar tanto para não parecer falso. Entretanto, era outro homem que falava ali, um verdadeiro lobo em uma pele de cordeiro. Ele não conhecia as fragrâncias, entretanto, se estivesse certo, a maioria delas teria o intuito de servir como agente psicodélico ou dopante. Fingiu que procurasse um e entregou para o homem, sorrindo mais uma vez. — Sou um mero quebra-galho, porém, creio que este seja capaz de lhe satisfazer. — Gargalhou coçando a nuca por baixo do capuz, tentava demonstrar certa intimidade em suas palavras, mesmo que não quisesse fazer isso. Quando, na verdade, uma certa dor na nuca havia o afligido. — Uma cortesia aos senhores. —

Esperou então a reação do homem, com um leve sorriso no rosto, como alguém indefeso, incapaz de causar o mal. Daquele modo esperava poder entrar. Isso se nenhum erro tivesse aparecido diante os olhos daqueles homens. Caso contrário, seria obrigado a tomar novas medidas, que por precaução, já estavam sendo maquinadas. Um genjutsu, possivelmente poderia ser efetivo caso o homem tentasse um escândalo, entretanto, era uma medida que não gostaria de tomar.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

Tudo corria bem até ali. Os guardas deixavam Doragon passar diante sua atuação enganosa, o que por fim, o levou a um corredor cercado de quartos. Podia ver as mulheres que haviam sido vitimas do esquema criado pelo dono daquele local, entretanto, não deixou-se abalar pelo objetivo. Caminhou até o fim do corredor, onde encontrou um salão, não muito grande. Lá pode ver o alvo. Sobre um trono, cercado de mulheres, esbanjando assim o poder econômico daquele homem. Doragon continuou devagar, sem demonstrar quaisquer interesse. Tentava sentir o numero de chakra ao redor, tentando contabilizar a presença de possíveis seguranças ali dentro do salão. Levou o carrinho de madeira até uma mesa que ficava, cerca de cinco metros de distancia do homem, lá começou a colocar as essências com lentidão, sem pressa alguma. Esperava a analise perfeita da situação ficar pronta para então agir. Diante uma possível brecha seria fácil assassina-lo sem levantar suspeitas. Não fixava os olhos no homem, nem ao menos o olhava, mas podia sentir sua presença com facilidade e assim saber o momento de vulnerabilidade.

Esperava que as mulheres, em dado momento, deixassem o espaço necessário para que a cabeça do alvo ficasse exposta a trajetória necessária para Doragon. Nesse momento, sua destra fazendo um sinal de pistola apontaria na direção do crânio do homem, utilizando o manto que cobria o corpo de Doragon para ocultar a movimentação sutil e .consequentemente de onde o tiro viria. A precisão visava atingir com facilidade a testa do homem, acabando com a vida do homem no momento oportuno. Entretanto, isso seria feito com o máximo de cautela possível, já que, por fim, a partir dali o plano de fuga entraria em ação. Sem a presença de novos guardas, os outros provavelmente estariam drogados, o que facilitaria a ocultação de Doragon em um dos quartos, enquanto o alvoroço da morte do homem se tornava a cena principal do espetáculo. Nesse meio tempo, esperaria o momento certo da passagem dos guardas, para finalmente deixar o local sem ser percebido.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

O súbito ataque era um sucesso. Um processo indolor e rápido para um homem, quase que um ato de misericórdia. Tudo ocorreu de maneira simples e a finalização do trabalho estava próxima de ocorrer. Escondido em um dos quartos, pode ouvir a movimentação dos homens, em dado momento, captou a conversa entre alguns que pareciam se livrar de um fardo. Um ato heroico, talvez. Doragon deixou que um sorriso de canto tomasse seu semblante, enquanto esperou pacientemente durante um longo tempo. Ao fim, não o encontraram. Percebeu então que estava sozinho no local, todos haviam saído. Deixou o quarto onde se camuflou e observou o local novamente, por um breve instante. Caminhou de volta ao hall, amarrando a espada na parte traseira de sua cintura, sob o manto da organização. O primeiro trabalho havia sido um sucesso, entretanto, decidiu por levar uma prova que seja, de que o trabalho havia sido concluído. Foi até o corpo do homem e pegou uma das joias que compunham o seu trono, segurando-a em sua destra. Dali caminharia de volta ao lado de fora, onde a neve caia diante a escuridão da noite. Tudo que tinha de fazer era encontrar os contratantes e finalmente receber o dinheiro do trabalho. Se estivesse certo, a mulher estaria a uma pequena distancia do harém, onde haviam se separado a pouco tempo; mesmo que lá não estivesse, era o primeiro ponto de encontro que passaria. O que significaria finalmente o fim do contrato.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

A neve que à pouco caia levemente como folhas secas durante o inverno agora tomava forma logo a frente de Doragon. Uma tempestade da qual nunca havia presenciado anteriormente no clima seco de sua antiga morada. Afim de se proteger da tempestade, Doragon fechou um segundo botão do manto, cobrindo grande parte do seu peitoral. Coberto pela neve, caminhou devagar sobre a areia de gelo que se acumulava cada vez mais, dificultando seu caminho. O corpo curvado para frente ajudava a enfrentar a enxurrada dos flocos de neve que vinham em direção ao seu rosto, fazendo com que eles parassem sobre o capuz. A visibilidade era ínfima, porém isso não era um grande problema. Articulado com outros sentidos podia ouvir o movimento do vento atravessar um campo aberto, tudo isso graças ao seu forte movimento inalcançável em locais fechados.


Atravessou grande parte do caminho sobre a incessante tortura do frio, entretanto, não demonstrava quaisquer reação diante aquilo, mesmo que solitário. De súbito sentiu algo incomum e o cessar da tempestade que veio de imediato. A presença de uma pessoa trazia consigo uma aura pesada, capaz de atordoar até mesmo seus músculos. Lawliet levantou a face em direção ao horizonte, travando as mandíbulas uma contra a outra, contraindo o musculo da face. Aquela sensação nunca havia sido sentida antes. Uma pressão atmosférica ainda maior do as que um dia sentiu entre outros ninjas. Simplesmente não se tratava de uma técnica, mas uma demonstração de poder passiva, algo inimaginável para o âmbito humano. Por um momento, Lawliet sentiu raiva de si mesmo, enfraquecido por uma simples presença. Entretanto, não sucumbiu aquele poderio; seu corpo se ergueu novamente, enrijecendo suas pernas e braços, cerrou os punhos e voltou a caminhar. Foi logo que a silhueta se apresentou diante o horizonte e revelou os cabelos azulados se debatendo com o vento. Seu corpo já não sucumbia diante a presença, apesar de sentir algo incomum, uma espécie de impotência.


Facilmente era possível perceber a divergência daquela mulher para a que o havia lhe contratado mais cedo. Era nítida a diferença dos chakras, não só em questão de poder, mas de identidade. Lawliet caminhou na mesma direção que estava indo, mas o caminho da mulher se cruzava com o seu, o que o fez parar alguns metros antes. Sua curiosidade falara mais alto do que nunca, quando retirou o capuz da cabeça e a observou de longe. — O que alguém como você faz por aqui? — Questionou, mesmo que pudesse ser mal interpretado. A voz de tranquilidade ecoava baixo, apesar de esperar que a distancia não fosse uma dificuldade; talvez seus ouvidos já tivessem cansados de sons altos e sem necessidade. Naquele momento, Lawliet já não sentia impotência, mas algo que se assemelhava a determinação.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

- Eu estou aqui para testá-lo. Eu estou aqui para abrir-lhe os olhos para algo maior. Subordina-se, Lawliet Hawk, a meus domínios e minhas ordens, para que então renasça neste Novo Mundo?

A voz feminina ecoava pelas redondezas quase como se viesse por todos os lados. Em certos momentos, o shinobi poderia jurar que ela vinha de dentro de sua própria mente. Ao olhar para a mulher, também não notava qualquer movimento de seus lábios, comprovando a estranha habilidade. Ela tinha estado no olho da tempestade de gelo, e agora parava como uma estátua, impassiva, os olhos cristalinos fixados em Hawk.

Numa súbita compreensão, o shinobi também perceberia outra coisa: o cenário tinha sido completamente alterado. Estava cercado por neve, montanhas de neve até perder de vista. Não havia vilarejo, tampouco harém ou qualquer coisa do tipo. Era só ele, a mulher misteriosa e neve sem fim.

- Considerações: Como peguei o fim da missão e o começo da quest Hattori, vou indo aos poucos. Vamos na tranquilidade e tudo vai acabar bem. Reaja ao que a mulher disse, faça novos questionamentos se quiser.

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Post 10 de 20
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Quest Hattori - 00/10

@Zeitgeist

Tudo se alterara rapidamente. O ambiente de outrora fora tomado por neve e a voz da mulher adentrou a mente de Lawliet como uma telepatia. Apesar da calma que manteve, L agitou seu chakra interno na tentativa de comprovar o uso de uma ilusão, entretanto, nada mudou. Algo lhe trazia curiosidade a cerca daquela mulher, entretanto, suas palavras foram um mistério até mesmo para ele. O homem de cabelos negros pendeu a cabeça para a esquerda, olhando a mulher de modo frívolo. De algum modo, ela o conhecia, entretanto, não era aquilo que chamava sua atenção. Um leve sorriso apareceu em seu rosto antes de se expressar, um sorriso quase que imperceptível. — Sinto muito, mas... — Respirou fundo antes de continuar. — O que te faz pensar que me submeteria a uma pessoa que acabo de encontrar? — Perguntou, apertando as mandíbulas mais uma vez, fazendo com que os músculos dessas se enrijecessem. — Ou mesmo iria crer em tal ressurreição? — Continuou a pergunta, de maneira calma, porem séria. — Existem coisas que não são tão fáceis de convencer. — Finalizou, esperando que a mulher respondesse-lhe de algum modo. Não a conhecia, apesar disso, ela sabia seu nome, o que poderia significar a presença de alguém do esquadrão de Kumogakure tentando lhe caçar. Isso o fazia ficar atento, apesar de não aparentar isso.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

A figura misteriosa absorveu as palavras de Hawk com calmaria. Ao fim de suas falas, tornou a dizer:

- Nós estamos acima de tudo e todos. Nós somos a Aliança Hattori. Todas as suas lutas, todas as suas conquistas, tudo isso é inútil se nós não existirmos para impedir Shaka a destruir esse mundo.

O shinobi provavelmente estaria perdido nas palavras daquela mulher. Sabendo disso, ela fez um floreio com sua mão direita; um movimento gracioso, um aceno. A calmaria era tamanha que mesmo um ninja lutador como Lawliet sequer veria aquilo como uma afronta.

Quando ela o fez, um círculo prateado surgiu afrente do shinobi. Num piscar de olhos ela estava do seu lado. Entretanto, não olhava para ele, olhava fixamente para o disco. Sua superfície tinha se tornado um espelho e, de súbito, a imagem refletida dos dois tornou-se enevoada. No disco, o cenário mudava para um vale. Cerca de cem guerreiros se posicionavam de um lado e, do outro, apenas um. O homem vestia uma calça de linho preto e em seu peito nu havia uma tatuagem de um círculo cuja metade esquerda é um sol e a direita, uma lua.

A cena mudava em instantes, quando o homem, sozinho, dizimava um exército inteiro. Suas habilidades eram extraordinárias, sua velocidade e seus golpes eram impecáveis. Ao fim de tudo, somente ele se mantinha em pé, impassível, banhado da cabeça aos pés pelo sangue dos inimigos.

- O que você acabou de ver foi um dos seguidores de Shaka. Ele destruiu uma tropa de soldados do País das Fontes Termais sozinho. A todo momento eles são recrutados. A todo momento o exército dele cresce. É por isso que estou aqui. Você, Lawliet Hawk, pode fazer parte de algo maior do que conquistar vilas e obter recompensas por missões fúteis. Prove seu valor e junte-se a Aliança Hattori. Eles querem destruir o mundo. Nós vamos salvá-lo.

- Considerações: Eu acredito que essa parte de diálogo é essencial para o desenrolar da aliança, então me perdoe se achar que está chato. Logo tentarei trazer mais ação.

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Post 11 de 20
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Quest Hattori - 01/10

@Zeitgeist

Aquela mulher demonstrava um ímpeto de fala diferente da maioria. Sua fala era firme e Lawliet sentia certa empatia em seu modo de agir; ela lembrava ele mesmo, junto a sua sinceridade extrema. Suas palavras eram de difícil compreensão para um leigo no que estava sendo dito. Os traços de uma guerra pelo mundo era o assunto que ela parecia abordar. Entretanto, em primeira instancia, o inimigo pareceu ser um só. Isso deixou L cético quanto as palavras da mulher.

O gracioso movimento feito por ela demonstrou mais um pouco de seu poder. Um circulo surgiu a frente de Lawliet, que em reflexo apanhou o punho de sua espada e deu um passo para trás; quando o fez, percebeu que a mulher já estava ao seu lado e o círculo não havia avançado, ele apenas planava a sua frente. "Ela poderia ter me matado e eu nem chegaria a reagir." Pensou mentalmente, vendo o círculo criar imagem em seu centro, demonstrando uma espécie de reprodução do passado. Lawliet nesse instante voltou a ficar tranquilo, observando o que a mulher tinha a mostrar; por fim, ela parecia não querer mata-lo, já que poderia ter feito.


Um homem dizimava todo um pequeno exército em questão de segundos. O sangue banhava seu corpo, cercado de cadáveres que, pouco antes, eram vivos. Lawliet apertou a mandíbula mais uma vez, destacando tais músculos, enquanto observava as imagens. Por fim, a mulher explicou. Peculiarmente, L sentia algo queimar em seu peito, uma espécie de fúria; entretanto, não demonstrava quaisquer sinal disso. Ele fechou os olhos ao fim da explicação e respirou fundo mais uma vez. Uma guerra pelo fim do mundo e todos estariam envolvidos, quer eles queiram ou não; fora o que entendeu até ali. — E o que lhe diz que eu não sou como esse homem que acaba de mostrar? — Pausou sua explanação, antes de continuar. — Se me conhece, deve saber de meu passado e quanto sangue já fora jorrado. — Ele abriu os olhos lentamente e olhou pro céu. — Não me entenda mal; não gostaria de ser um mero espectador no fim dos tempos... — Apesar de ser como era, o rapaz tinha seu senso de justiça afiado, tal como sua vontade de explora-lo. — ...mas o espectro de herói nunca se encaixou à minha pessoa... — Desabafava como a muito tempo não fazia; ou talvez, nunca tivesse feito. — ...talvez minha luta pela liberdade tenha sacrificado minha parte humana. — Suas frases eram ditas sem pressa alguma e de maneira sincera. — Então, o que lhe faz pensar que eu possa ser útil a tal causa tão nobre? — Perguntou novamente, quase como anteriormente; entretanto, dessa vez queria saber a verdade a cerca de sua imagem para àquela mulher. Sobre o que ela queria dizer quando falava de fazer algo grande; maior.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

- O que me faz pensar que você pode ser útil? - Repetiu a pergunta que tinha sido feita pelo ninja. Ela hesitou por um momento, fazendo outro aceno para que o disco platinado fosse desfeito. - Nós não precisamos de heróis, Lawliet. Nós precisamos de poder bruto. Precisamos de força. Todos temos passados sangrentos, pois este mundo é sangrento. Isso é inevitável.

Houve novamente uma pausa na fala da mulher.

- O que me faz pensar que você pode ser útil...? - Ela olhou para o horizonte, ergueu o braço e apontou precisamente na direção de algo. Quilômetros de distância, na neve, um ponto preto se deslocava em meio a todo cenário branco. Era uma figura encapuzada. - Diga-me você. Aquele é o homem que viu destruir o exército sozinho. Aquele é um servo de Shaka. E eu te trouxe aqui para matá-lo. Mate-o, Lawliet Hawk, e prove que é útil. Você viu do que ele é capaz. Você viu o caos que ele causou. Traga-me sua cabeça, ou deixe que ele remova a sua.

- Considerações: Fica a seu critério a maneira que vai agir e reagir.

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Post 12 de 20
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Quest Hattori - 02/10

@Zeitgeist

As palavras da mulher fizeram L sorrir mais uma vez. — Poder Bruto...— Sussurrou para si, mas provavelmente a mulher ouviria dado a proximidade em que estavam. Lawliet sentiu o movimento que a mulher havia feito, após repetir novamente a sua pergunta; apontando para o horizonte. Muito longe dali era possível ver um ponto se aproximando. Diante o horizonte extenso de neve a mulher deu lhe uma tarefa, algo que o lembrava seu trabalho como mercenário. Lawliet moveu firmemente seu pescoço, estalando os ossos e respirando fundo, enquanto colocava o capuz de volta em sua cabeça. — Entendo...— Afirmou, começando a andar na direção do homem. — Combinemos que isso é um trabalho e ao fim você me dará as respostas que ainda espero.— Fez uma pausa, respirando fundo mais uma vez, entretanto, dessa vez a respiração fora com o propósito de acumular oxigênio, aumentando a oxigenação do corpo de L enquanto ainda caminhava calmamente. — No final, eu lhe darei a resposta que precisa. Creio que seja justo, certo? — Finalizou enquanto uma aura dourada começava a reluzir como manto. Não esperou resposta, apenas continuou a andar. O fato era que sua mente entregava sua espada a justiça que acreditava e sua frieza tornava-o um assassino capaz de executa-la sem quaisquer questionamento. Tudo que queria saber não dependia daquele homem e se ele fosse o obstáculo, assim seria.


A aura borbulhou ao seu redor no segundo nível de sua habilidade, enquanto andava, seu corpo começou uma espécie de alteração poderosa. Seus ossos começaram a se desenvolver pra fora de seu corpo a medida que andava devagar, envolvendo-o numa poderosa armadura feita de ossos em cerca de dez segundos de caminhada. Seu corpo inteiro tomou a forma de um esqueleto humano regado de características quase monstruosas, enquanto a única coisa que sobrava de suas características anteriores era suas vestes largas e as mechas de seus longos cabelos que saiam na parte traseira do pescoço. O motivo de ter tirado a parte de cima de sua roupa era esse. Queria testar a linhagem recém descoberta, entretanto, ainda não havia tido a oportunidade de troveja-la em máximo potencial. Aquele seria o momento perfeito. Quando seu corpo terminou de se modificar, L pegou a espada em sua destra continuando o longo caminho até o homem.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

A cada passo que Lawliet dava em direção ao encapuzado, mais longe ele parecia realmente estar. Desnecessário era dizer que todo aquele lugar parecia uma criação bizarra da cabeça de alguém; porém, não se conteve em um momento que seja.

Ao alcançar o encapuzado, o shinobi pôde finalmente ver sua verdadeira forma de perto: era um idoso. Um idoso com leves semelhanças ao homem que destruíra o exército. Ele carregava consigo um cajado para se apoiar na densa neve - tremia, corcunda, e rangia os dentes em todos os avanços. Parecia perdido e sem um rumo exato. Sua longa barba branca estava completamente congelada. E ele estava lá, indefeso.

Demorou para perceber Lawliet - e talvez nem deva tê-lo percebido, de acordo com sua reação e ação ao notar que o temido inimigo era apenas um velho.

- Considerações: Você pode atacar e matar, como ordenado, ou falar com o velho.

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Post 13 de 20
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Quest Hattori - 03/10

@Zeitgeist

A aproximação até o homem revelou suas características. Percebendo sua postura e modo de caminhar, L acabou por fita-lo por completo, percebendo sua idade. Sentindo seu chakra poderia ter certa ideia a cerca de suas habilidades mas, apesar de apresentar algumas feições semelhantes a do homem visto anteriormente, não parecia estar em seu ápice físico. Entretanto, Lawliet não abriu a guarda, nem muito menos menosprezou a força que aquele velho homem poderia esconder. Algo lhe parecia errado ali. Talvez tivesse acreditado facilmente na palavra daquela mulher ou aquele homem estivesse apenas atuando. Deveria saber a verdade. Mesmo que aquele homem fosse o mesmo de antes, o risco que ele causava poderia ser testado mais uma vez e não queria perder a oportunidade de ouvir o outro lado da história. — O senhor...— Falou, dessa vez sua voz era firme, ecoando ao redor. Lawliet parava a cerca de vinte metros do homem. — ...é um seguidor de shaka.— Afirmou, apesar de esperar uma resposta.


A voz firme de Lawliet era levemente abafada pelo crânio que cobria sua face e apenas seus olhos eram nítidos. A espada em suas mãos demonstravam certa hostilidade com o homem e, apesar da guarda baixa, estava atento a quaisquer movimento do homem. Se a mulher estivesse dizendo a verdade, aquele homem poderia ser perigoso, mesmo em idade avançada. Após a afirmação, ou pergunta, Lawliet moveu de maneira brusca o ombro esquerdo estalando-o; o movimento não demonstrava hostilidade, muito menos era feito rapidamente, era apenas uma espécie de tique que havia adquirido.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70:

Ao ouvir as palavras de Lawliet os olhos do senhor, que antes estavam cerrados e buscando proteção da neve e dos ventos frios, abriram-se exageradamente. Olhou fixamente ao shinobi e, ignorando completamente toda sua postura, aproximou-se com as mãos para o alto. A cena era até risível vista por fora, Lawliet, bem mais alto e corpulento que um idoso corcunda, com todo o seu poder, e um velhinho tremulante mal se aguentando em suas próprias pernas.

A figura anciã tocou os ombros do shinobi, tremendo, sem qualquer hostilidade. De sua boca saiu uma voz rouca e triste.

- Shaka? - Disse. - Shaka? - Repetiu. - Ele tirou tudo de mim. Meu garoto, meu garoto... Shaka tirou meu garoto de mim... - As lágrimas brotaram de seus olhos e logo congelavam por causa da temperatura ambiente, algo que seria doloroso de se retirar dali a alguns instantes.

A mulher encapuzada apareceu atrás do velho, fitando a cena e repousando, por fim, seus olhos em Lawliet.

- O que está esperando? - Indagou.

- Considerações: Livre escolha.

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Post 14 de 20
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Quest Hattori - 04/10

@Zeitgeist

O velho se aproximava devagar de Lawliet e tocava seu ombro, o fato de se aproximar demonstrou ao rapaz que o velho já não temia mais por sua vida ou, talvez, fosse mais seguro de si do que parecia. Após sua fala, L viu a mulher aparecer por trás do homem, ele a olhou de maneira indiferente enquanto colocava sua espada no pescoço do mesmo, rendendo-o. — E quantos pais e filhos você tirou em nome desse homem? Pode me dizer? — Voltou a olhar o velho, que apesar de parecer frágil naquele momento, havia sido um assassino impiedoso. Lawliet o fitou por alguns instantes e esperou sua resposta; entretanto, tinha algo a dizer. — Homens como você não merecem a morte...— Uma forte intenção assassina exalava de sua presença e fala ríspida. — Isso seria misericórdia.— Finalizou, esperando mais uma vez a reação do homem. Estava disposto a ouvi-lo, apesar disso, a espada permanecia tocando seu pescoço, quaisquer movimento brusco ou hostil poderia significar a morte do velho. Entretanto, Lawliet sentia que o sofrimento que o mesmo parecia sentir já era uma punição severa para seus atos e mata-lo seria livrar-lhe desse mal que o assolava. Viver o resto de seus dias lamentando lhe parecia uma justiça maior do que cortar sua cabeça. Porém, sua curiosidade falava mais alto, queria saber se ele era quem a mulher havia dito ou se fora apenas um ato de vingança pessoal, baseada em valores cegos.

Considerações:

OUTROS:

Bolsa de armas 05/70: