Desde a tenra idade o rapaz tinha certa determinação em dominar suas técnicas. Não era por medo de ser fraco, longe disso... o medo de ser fraco era para ninjas que tinham medo daquele estilo de vida. Sempre demonstrou ser habilidoso aos seus companheiros e de toda sua família foi o mais jovem a se graduar ao cargo de Jonin e também um dos poucos shinobis no mundo que já haviam dominado dois elementos, quem diria três e uma Kekkei Genkai. O garoto de olhos vermelhos, pele clara e de cabelos acinzentados que decaiam para uma coloração totalmente esbranquiçada se dirigia ao campo de treinamento para aprender uma nova habilidade na qual havia lido no parágrafo de algum livro empoeirado que estavam soltos entre as prateleiras da biblioteca de Konohagakure.

A sua tática era combinar duas técnicas. Seu gelo, fatal e preciso junto da lendária Técnica da Dança da Fórmula do Papel. Sua ideia era que ele pudesse combinar ambas as técnicas para que fosse possível ser mais forte e para que cada técnica suprisse os defeitos da outra. A técnica do papel era descrito que seu desenvolvimento se deu por um simples Shinobi das antigas eras que acabou sendo visto com um anjo pelas asas que eram projetadas. Do alto do céu, o anjo pairava sobre os indefesos salvando-os da grande guerra. De prontidão na floresta ele começaria por se acalmar após aquela caminhada, de perto ao riacho sua decisão era por ficar parado deixando seu chakra fluir para o ambiente. As plantas começavam a declinar em seus ângulos, como se ficassem molhadas pela temperatura que decaia no ambiente. Ele tinha a habilidade de esfriar o ambiente apenas com sua presença, mas apenas a utilizava em lugares reservados.

As palavras voltavam a sua cabeça. De seu corpo os origamis deveriam se formar. Mas como ele faria isso? Deixaria seu chakra fluir? Ele teria que saber controlar essa habilidade em questão pois sempre que seu chakra fluía a temperatura do ambiente era drasticamente afetada. Talvez fosse a oportunidade perfeita. O rapaz tornava para si a informação que aquele momento que buscaria por alterar o efeito de seu chakra seria um excelente incentivo para dominar ainda mais seu elemento, o gelo. Na busca por informações em si, ele recitava mentalmente as palavras do livro. - "A arte do papel é por si só bela, com um excelente shinobi ela se torna excitante."

Era difícil para ele, mesmo possuindo um domínio perfeito do ninjutsu e seu funcionamento, papel e água que compunha o gelo eram extremamente opostos. Seria uma tarefa árdua para ele, a sua dificuldade não era o oposto das técnicas. Era si mesmo. A frustração tomava-o por completo, mas não o parava. Ele não poderia permitir um erro tão vulgar, ele queria dominar aquela habilidade o mais rápido possível. O final de semana estaria chegando e ele queria se preparar para as futuras missões que antecederiam seu objetivo final: o esquadrão de assassinato.

De frente ao rio o rapaz se buscava por acalmar-se. De coração limpo e mente serena ele iniciaria alguns selos, mas nenhuma técnica era utilizada. O seu chakra apenas continua fluindo pelo corpo.

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De ternura corporal e de vestes mais simples, o semblante de corpo ereto e totalmente nivelado entre a altura dos pés permanecia fixamente olhando a água que descia o rio que passava pela beirada da floresta do campo de treinamento. Sua palma direita ia de encontro com o bolso traseiro de sua calça, de lá, entrelaçando os dedos em um papel ele recolhia. Era um pedaço de pergaminho, não tão velho, mas de textura já ultrapassada e de totalidade volátil, como se tivesse o aspecto visual que fosse fácil rasgar. O pergaminho tende a ser um pouco mais resistente que o papel básico feito de celulose. Era importante entender do que o papel é constituído para que seu funcionamento seja entendível, na cabeça dele era assim que as coisas deveriam funcionar. Ao entender: você domina, ao dominar: você faz.

Sua mente se concentrava no papel. Havia um antigo exercício que aplicar chakra em um papel ele mostra a propriedade do elemento que você domina, para seus principais elementos, a água e o vento, o papel molhava e se dividia em dois, respectivamente. O que aconteceria se adicionasse chakra constituindo a propriedade de gelo ao papel? Daquela forma a qual ele estava concentrado, ele moldava um origami entre suas mãos, segurando-a com o polegar e o indicador, ele imbuia chakra diretamente ao papel tornando-o um pouco mais pesado, como se tivesse uma carga concentrada em si. A propriedade do gelo vinha logo em seguida. O papel tomava uma coloração entre o cinza e o azulado, como se sua temperatura tivesse sido resfriada de maneira rápida.

Já um pouco mais tarde, o rapaz lembra de uma frase descrita no livro: "Ao se ver como papel, você será volátil como a folha da primavera, mas afiado o suficiente para fazer o sangue escorrer pelo extensão de um corte.". O livro dizia que ao dominar a lendária técnica, era possível alterar sua forma tanto para ganhar agilidade quanto para ser discreto e até mesmo evitar danos que seriam graves ao tipo comum dos corpos humanos. O fascínio pela técnica residia em sua mente. Aplicando mais chakra ao papel, ele se tornava cada vez mais gelado e mais resistente pois ele começaria a transformar sua propriedade de papel para gelo, a ideia era controlar aquilo. Trocar chakra com o objeto seria prático, mas demorado o suficiente para captar as informações. A ideia era dominar a habilidade por meio da observação constantes das alterações na propriedade do papel.

O sol do dia iria embora com o decorrer das horas, ele estava com fome. Uma pequena pausa para o lanche que adentraria seu estômago, precisaria estar completo de forças para prosseguir. De olhos ainda fechado, ele permanecia comendo e constantemente aumentando e diminuindo sua densidade de chakra, seu exercício não parava, até mesmo na hora de comer.

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O treinamento do rapaz persistia ao longo daquela tarde. A floresta já não era tão movimentada como de manhã e agora ele talvez poderia em parar de se preocupar em não aceitar ninguém que coincidentemente aparecesse pelo local. Após seu breve almoço, um pequeno lanche para recarregar suas energias de maneira rápida, ele voltaria até a beirada do rio para fazer alguns experimentos com o pedaço de pergaminho que ainda restava em sua hip-pouch. O objeto entrava em contato com a água e Kynz continuaria por observar a transição entre os estados físicos daquele objeto.

Enquanto o papel ficava molhado, seu chakra continuava a fluir e ali ele havia descoberto algo interessante. Sendo um usuário também do elemento água ele poderia intermediar os efeitos que ele poderia induzir sobre o papel. Se ele persistisse colocando chakra moldado para o gelo, o papel iria ficar mais afiado, o suficiente para fazer cortes. Se ele intermediasse usando apenas o chakra de água, o papel iria se molhar e quebrar-se, perdendo sua textura e finalidade. Sua cabeça tinha um novo questionamento: "O que fazer se injetar chakra puro? Ou os dois elementos ao mesmo tempo?"

Diante toda a situação que havia surgido, o garoto levantou e se dirigiu ao meio do campo de treinamento. Ele foi consultar o livro para aprender um pouco mais sobre aquela técnica secreta que poderia permitir o usuário ser uma chuva de papeis. - "É importante entender que essa é uma arte. Tornar-se aquilo que deseja é ter capacidade de entender o seu todo, tão pouco entendê-lo por pequenas partes, mas de fato, o saber suficiente para aprender a entendê-lo." As palavras eram difíceis, até mesmo para o garoto que era um gênio, mas ele conseguia lidar bem com aquilo. - Além de entender em como fazer a técnica, eu preciso entender os passos para chegar ao seu resultado final.

Para que aquilo fosse possível, ele precisava anexar em sua mente tudo o que já havia sido aprendido no começo do treinamento. Ele deveria pensar como seu corpo poderia se transformar naquilo que anteriormente seria apenas uma ferramenta na sua cabeça, o papel. - Eu devo me transformar nele, devo replicar o processo que já foi feito para que o papel seja o papel.

O garoto voltaria a si mesmo. Optava por fechar os olhos e acalmava sua respiração, o suficiente para que fosse possível em poucos minutos chegar em um estado de relaxamento. A calmaria tomaria a vastidão do seu ser. Em sua cabeça ele pensaria na ponta dos dedos como pequenas flores feitas de papéis, que desabrochavam em breves instantes, ele deixava o chakra puro fluir por si, especificamente direcionado a ponta de seus dedos, ele estava de olhos fechados, mas ainda conseguia sentir um desconforto em seus dedos, devido ao chakra ali aplicado. Uma sensação de corte começava a ficar cada vez mais frente, mas ele apenas diminuía a intensidade. Ele continuava nesse exercício de balancear a troca de chakra entre a ponta dos dedos de sua mão direita.

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O fim da tarde começaria a aparecer já. O decair do dia que se preenchia cada vez mais por luzes solares enfraquecidas. O rapaz continuaria seu exercício e era bem provável que ficaria contente se conseguisse finalizar ao longo do dia, esse era seu plano. O rapaz estava com dor de cabeça. Mesmo para seu nível de inteligência, sua cabeça começaria a doer cada vez mais, ele estava um pouco exausto já. Não era fisicamente, e sim, mentalmente.

A sensação que percorria pelo seus dedos era clara, um pouco de dor pelo excesso de chakra ali era exercido constantemente. As brisas de vento batiam pela extensão de sua nuca, a iluminação também se alterava em questões de segundo, eram as últimas nuvens que passavam pelo céu interceptando os raios finais da luz que ali já não chegava em tanta intensidade. A temperatura ambiente caia cada vez mais, mas isso de forma algum,a afetava o rapaz, os membros do clã Yuki tinham um resistência natural ao frio. Os dedos do rapaz começavam a desabrochar, como pequenas folhas ou anéis de cebola que iam nos pratos das tendas de Konohagakure, quanto mais sua imaginação se tornava fértil, melhor a técnica começaria a aparecer nele. Ao retrair seu chakra, a técnica se cancelava e a naturalidade corporal de seus dedos eram restauradas.

O rapaz alterava um pouco o método de treinamento que ali já havia necessidade. Ele se sentava em posição de meditação e separava ambos os palmos. Com a mão direita ele continuaria a exercitar a transformação corporal do Shikigami no Mai. Na mão direita, ele tentaria por executar uma técnica sem necessidade de selos. Era difícil pois ele só havia conseguido realizar tal proeza com seu elemento primário, o Suiton. Agora, o esforço seria infinitamente maior. Executar técnicas de Kekkei Genkai sem selos era sem dúvidas o auge do ninjutsu para qualquer ninja. Ele não precisava ter medo, a floresta estava vazia e ele poderia errar sem que ninguém percebesse seus erros. Era um detalhe dele: ele não gostava de errar na frente de qualquer outra pessoa.

Ainda sem enrolar tanto, o rapaz deixava o chakra fluir entre os braços. A natureza do Hyoton ao fluir era de esfriar cada vez mais o ambiente. - Vá com calma, rapaz. Ele recitou a si mesmo.

De modo cada vez mais envolvente, a densidade do local já era outra. Cada vez mais gelado, já era cerca de 16°C de temperatura ambiente. Já não haviam tantos pássaros no local e muito menos animais que tinham ido pra floresta. De um lado, em sua mão direita seus dedos estavam cada vez mais dividido em pequenas folhas de cores que seguiam seu tom de pele. Em seu palmo esquerdo, no centro de sua mão, uma pequena lança de gelo que havia continuaria a se materializar.

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Ao longo do dia, o treinamento já estava por si só dominado. Ele havia entendido por completo o funcionamento daquelas técnicas e agora bastaria treinar elas para que ficasse com um melhor domínio ao longo do tempo, aperfeiçoando seu uso ao máximo. Cada vez que ele integrava chakra em seu braço direito pareceria que seu braço afundava em uma espécie de dor, como se seu corpo estivesse de desfazendo na extensão em que sua palma se dividia cada vez mais em pequenas folhas. Seu outro braço que possuia a mesma intensidade de chakra em manipulação diretamente elemental não demonstrava qualquer tipo de efeito, a manipulação se dava de maneira exemplar e com extrema perícia. Seria apenas questão de prática e costume?

As palavras do livro retornavam a sua cabeça. O cabelo acinzentado do rapaz começaria a ficar cada vez mais branco como se também buscasse por se transformar seguindo o efeito da mão esquerda. - "A arte do papel é exímia e o exilado a faz ser surpreendentemente eficaz. A morte, o branco, o sangue.". O rapaz abriria os olhos e naquele instante uma quantidade colossal de chakra era liberado para o ambiente. Um chakra puro, mas de sentimento totalmente gelado como uma brisa que toca a alma dos andarilhos. A quantidade era massiva e era possível ver até as folhas da grama sendo ligeiramente amassadas contra o chão.

Tudo aquilo era uma pequena etapa do que estava por vir. O rapaz rangia os dentes como se tivesse colocando mais força em todo o seu corpo e toda aquela quantidade de chakra continuava a fluir pro ambiente cada vez mais intensamente. O seu corpo começaria a passar por um breve e dolorido processo de mudança de textura como se ele estivesse perdendo sua coloração e passando para uma cor acinzentada, entre o branco e o cinza total.

O lugar mais visível era em suas pernas, principalmente na região abaixo da cintura, como se ele não precisasse tocar o chão para continuar ali. Ele flutuava cada vez mais enquanto suas partes baixas se transformavam em papel. - Será que meu negócio também foi embora? O pensamento era rápido, mas era uma bobeira e ele deixava isso de lado. Se concentrando cada vez mais. Ao finalizar aquela transformação, ele apenas precisava citar o prefixo de sua técnica para que sem a necessidade de selos uma explosão de gelo acontecesse no lago.

- Estilo Gelo: [...]

O anjo do papel e do gelo havia chegado em Konohagakure no Sato. De semblante sério, mas de energia neutra, sua presença era potente no ambiente. Aquela energia neutra, mas que passava um tom negro e gelo e com o aspecto de flutuar, como se fosse o ceifador dos antigos selos das histórias do clã Uzumaki. Era tudo belo. Como se fosse uma arte que havia acabado de ser finalizada pelo jovem. Tão simples, mas fatal. Esse seria ele dali pra frente. Uma nova técnica, um novo objetivo: mudar o mundo. O anjo do gelo havia chegado não somente em Konohagakure, mas ao mundo. E ele iria retirar algumas vidas e plantar outras [...], talvez.

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