Depois de quatro anos tentando, eu oficialmente havia virado um Ninja, e isso era um saco. Por mais que tivesse feito de tudo para reprovar, havia passado, e agora era outro destes marmanjos ajudando velhinhas a atravessar a rua e tirando gatos de madames de cima das árvores árvores. Chato, chato chato, MUITO CHATO. Provavelmente se meu pai não tivesse morrido em alguma missão por aí, teria morrido de saco cheio. Agora que havia me tornado um genin precisava pensar em como me tornar um chunnin, já que na boa, não estou afim de morrer como capacho. E para isso precisava treinar, para que pudesse ser enviado pra missões reais. Sim, isso mesmo agora teria que treinar, olha só que porre.

Se não fosse o salário jamais me sujeitaria a fazer uma droga destas. Meu treino? uma bosta e cansativo. Fazia flexões, abdominais, levantava peso. Aquela baboseira sobre os Hatake de "superar qualquer defeito com sua persistência, devoção e, por fim, proficiência em qualquer arte ninja. Sendo equilibrados em todas as artes ninjas" ? Nunca ouvi uma mentira maior. Vagabundeei por quatro anos na academia e nunca aprendi a fazer nenhuma daquelas palhaçadas com as mãos; ao invés disse descobri minha real vocação na rua, bebendo e arrumando briga.

E não quero me gabar, mas sou bom de briga. Pelo menos o suficiente para não passar vergonha. Mas isso era até então, contra os caras normais, a partir de agora era um Ninja e estaria lutando contra outros ninjas. E já que não sabia fazer Ninjutsu e tinha preguiça de aprender decidi que deveria focar em meus musculos. É, todo mundo sabe que musculos dão uma surra em cérebro, ao longo dos anos bati em uma variedade de nerds na academia. Foi assim que consegui meu almoço por 4 anos, confie em mim, eu sei o que estou dizendo.

Sobre o treino? Ta, então. O que já falei, aquela parada lá, abdominal, flexão. Tenho preguiça pra começar, admito, então toda vez que vou ao campo de treinamentos enrolo, bebo umas cervejas, e mais outras cervejas, dou uma volta, pixo um muro, fumo um cigarro. Cerveja. E só então, no final do dia tomo coragem necessária pra começar a fazer a série de exercícios.

Essa é minha rotina a alguns dias, e na moral, não é só chato como também doloroso. Quero dizer, esses brutamontes Jonin e Chunnin acham que não é nada, mas para um tripa seca como eu é o suficiente para me derrubar. Mas bem, é se eu mesmo não o fizer treinando, no final do dia a bebida o faria por mim. Minha meta? Ficar fortão, musculoso, tenho certeza que vai chamar a atenção de algumas Kunoichi. A sim, e é claro, me tornar melhor em taijutsu e Chunnn, blablabláblá

- Treinando para obter 2 pontos em força
- 459 palavras

- E não volte mais aqui! - É, lembro perfeitamente de ouvir isso da ultima vez que entrei no bar do Ishizuke, mas agora era diferente. Eu era um ninja, e ele tinha a obrigação moral de me deixar entrar, e nada deixaria aquele velho safado mais puto que isso. Tudo que precisava era caminhar até lá, e passar por aquele segurança maldito, ok ok. Era hora de fazer como treinei, e usar minha técnica mais poderosa; minhas pernas amoleciam e inclinavam nos joelhos, jogava os braços para trás colocando o ombro que ostentava uma bandana de metal para frente e caminhava com todo swing que possuía nos quadris; yeah baby, caminhar de ninja.

É, qual foi seu brutamontes, não pode fazer nada né? Afinal eu sou UM NINJA licenciado de Kumogakure ,-  yeah, real ninja baby yeah yeah -  Entrando no lugar tudo que eu via era o de sempre; pessoas bêbadas fazendo coisas de pessoas bêbadas. A, alias, o que eu tava fazendo ali? Treinando é claro, coisa de ninja. Mas não antes de dar um gole numa biritinha. Como treinaria num local como estes? Então, para muitos o bar do Ishizuke não passa de um lugar onde tiazonas e tiozões vão para ouvir música de má qualidade, fazer um arrasta pé e beber muita cachaça, mas o que poucos sabiam é que no porão do bar o tio Ishizuke comandava um imenso esquema de apostas onde se apostava em tudo, briga de mulheres, de caranguejos, galo, cães, poker e qualquer outra coisa exceto luta entre homens. Afinal todo mundo sabe que isso é muito violento.

O meu lance hoje era a queda de braço; É isso mesmo, um magricela como eu iria disputar na queda de braços. Era uma oportunidade perfeita de testar os frutos de meu treino Ninja - yeah ninja baby yeah - e tentar faturar uma grana; porque como todo mundo sabe ninjas são mal remunerados - mal remunerado baby, remunerado yeah yeah -. O lance da queda de braço serviria para aumentar minha resistência enfrentando uma sequência de adversários e minha força também.

Era espanto geral quando o magrela aqui sentava lá, e mandava os fortões para o brejo. - QUEM MANDA AQUI, QUEM MANDA AQUI? - urrava ao derrubar mais um braço. Eu sou invencível baby, ninguém pode contra mim; pelo menos até sentar aquele cara; dois malditos metros de puro músculo e um moicano verde. Tinha quase a certeza que havia visto aquela aberração em alguma aula de mutação genética (única explicação plausível). Quando nossas mãos encostavam podia ouvir o som de meus dedos sendo espremidos pelas mãos do brutamontes. Não só meu braço tremia, mas como eu também fazia uma cara estupidamente feia na tentativa de reunir toda força necessária partindo desde meu interior para fora para conseguir realizar o exercício que havia passado de mera força e resistência, para um teste de fé, que determinaria se eu iria ou não sair correndo dali com as calças sujas. Rangendo os dentes como um viciado, meu braço não só tocava a mesa, como também tocava o solo. - QUEM É QUE MANDA AQUI SEU MAGRICELA - Era gritado aos berros na minha cara. Saia de cabeça baixa do estabelecimento, haveria de ter minha vingança.

- Treinando para obter 1 ponto em força e 1 ponto em Staminna.
- Total de 532 palavras.

Meu corpo flutuava como uma borboleta e picava como uma abelha. Um gole. Espera, porque estou lutando mesmo? Não importa, apenas devia faze-lo já que havia começado. No final, era como outro treino. Cambaleava para esquerda, e depois para a direita, era quase um movimento natural de esquiva. Como quem tropeça meu corpo caia pra frente, jogava para o alto a cabaça de sake que tinha em mãos e em seguida desferia dezenas de socos em seu tórax, a perna esquerda pulava alguns centímetros do chão e a perna direita golpeava o rosto após um giro ainda no ar, o braço esquerdo agarrava a cabaça, tomava mais um gole. Olhava ao meu redor, um bar destruído, cinco homens caídos e diversos olhares perplexos. - hic, alguém mais? -

- Hohohoho - Um velho gargalhava. - hic, o que é velhote, hic - entre soluços questionava, o que era tão engraçado para o ancião? - Nada, voce apenas lembra uma versão jovem e estupida de mim mesmo-  Ele realmente havia dito o que eu havia ouvido? Dane-se, vou meter a mão nesse idoso. Caminhava entre a bagunça cambaleando em direção ao careca de barba grisalha - Ninguém, caçoa de mim, eu sou um ninjaaaa - - A você é? - Minha perna subia ao alto, em uma posição típica de alongamento, descendo com toda força quais meus muculos dispunham como o corte de um machado em cima da mesa do idoso.

- hohohoho - A mesa e parte do solo ao seu redor eram reduzidos a uma pilha da madeira, mas nem sinal do idoso, apenas de sua gargalhada. Seu farfalhar surpreendentemente partia de trás de mim. Girava a cintura e desferia um soco para trás, golpe que para minha surpresa era bloqueado de forma firme, meu pé agia em uma tentativa de pisar em seu joelho direito, mas como um truque de magica ainda mais impressionante que seu súbito desaparecimento diante meus olhos, o senhor antecipava meu movimento, apoiava-se em sua perna esquerda, enquanto usava o outro pé como ataque.

Odeio ser subestimado, meus reflexos automaticamente impulsionavam meu corpo para trás em um movimento de limbo para então se impulsionar novamente para frente usando o peso de meu corpo para desferir uma sequencia de socos que era prontamente aparada e espelhada em meu peito na mesma força com qual foi lançada. Punho bêbado? Mas como?  antes que pudesse raciocinar meu corpo era prontamente arremessado vários metros para trás. - Ímpossív-e-e... - Meus olhos se fechavam por um segundo, e quando se abriam novamente via diante de meus olhos a face do homem que havia me derrotado. Um franzino senhor de idade, de um metro e meio de altura, careca e trajado de trapos. A cabaça de sake que carregava agora estava em sua posse - Quem é voc... - Eu apagava e o ultimo som que ouvia era o irritante farfalhar de sua voz.

- Treinando para obter 1 ponto em velocidade e 1 ponto em força.
-  466 palavras

Estilo de Luta:

Meu corpo se debatia antes mesmo de meus olhos se abrirem - SAI DAQUI SEU VELHO - Sentava subitamente e olhava ao redor; - A cara, que merda de lugar é esse? -Olhava pela janela - Uma cabana no meio do nada? - Em que tipo de confusão eu havia me metido dessa vez? Jogava o pano molhado que cobria minha testa no chão. Meu corpo doia, e todo eu torax estava enfaixado. O que diabos havia acontecido na noite passada? Escutava alguns passos, prontamente arremessava novamente meu corpo contra a cama, de modo a fingir que ainda estava inconsciente. Ouvia o ranger do abrir da rústica porta de madeira, junto com o som de mais passos. Com um dos olhos semi abertos tentava espiar.

Era um maldito velho. O que diabos eu estava fazendo na cabana de um velho? A não cara. Ele virava, droga eu fechava o olho rapidamente. Será que havia percebido que eu estava acordado? Tenho certeza que não, eu era um ninja extremamente hábil, jamais seria pego espiando. - Vejo que acordou - Droga, esse mendigo desgraçado sacou qual era a minha. Roncava, era um mentiroso nato, e até o ultimo segundo seguiria em frente com a mentira. Podia ouvir seus passos se aproximando, era minha chance - SEU VELHO TARADO - levantava em um rápido movimento tentando desferir um soco em seu rosto, o golpe era prontamente aparado - hohohoho - essa risada, espera. Eu me lembro, eu havia sido derrotado por outro usuário do punho bêbado, mas como? Quem era esse homem?

Quase como se estivesse dentro de meus pensamentos o ancião respondia - Permita-me me apresentar, sou Ichiraku MIyamoto - - Ichiraku miyamoto? dono da rede de fast food Ichiraku? O que quer comigo? Voce é algum tipo de tarado e eu um prisioneiro? que droga ta acontecendo aqui - - Você tem habilidades únicas Zori, apesar de ser indisciplinado - Como o desgraçado sabia meu nome? - Estou lhe observando a um tempo, e você é bom, tem potencial para ser um dos melhores se usar o cérebro - Cara, que  droga de viagem ta acontecendo aqui? Eu realmente fui derrotado por um mendigo que me arrastou pra cabana dele e agora está falando que sou burro? isso é algum tipo de sacanagem?

- O que você quer dizer? - Você é forte como um urso, ágil como uma lebre, feroz como um tigre e burro como um burro. O urso pisa na armadilha do caçador, a lebre vira presa e o tigre perde suas presas uma vez que não é esperto como uma raposa. - Que merda era essa? Parecia surreal eu estar ouvindo essa asneira de um mendigo - Se apronte, seu treinamento irá começar - - Treinamento, do que você ta falando? eu quero ir pra minha casa agora -  Caminhava em direção a porta. Ainda que o velho me impedisse não ficaria ali, e disso ele pode ter certeza - Indisciplinado como seu pai - - O que você disse? - - Que e tão indisciplinado quando seu pai - - Conheceu meu pai? - Ichiraku acenava com a cabeça. - Venha, medite um pouco comigo, e em seguida eu lhe conto tudo que precisa saber - Sem chance. Não queria ficar ali, mas aquele homem tinha alguma relação com meu velho. Porque agora? Droga, isso era um golpe tão baixo - Certo, eu vou fazer isso, mas depois você irá contar tudo que preciso saber, e eu vou embora - - Se o ainda quiser depois que terminar-mos, tens minha palavra que não o impedirei - Certo, agora estava mais estranho ainda. Sentava em frente ao careca, de pernas cruzadas em posição de lótus como me fora ensinado pelo meu pai quando ainda era uma criança. 10 anos? É, talvez ainda mais, já fazia algum tempo desde a ultima vez que o havia feito. Imerso em pensamentos, me calava por um instante.

- Treino para obter 2 pontos em inteligencia
- 614 palavras.