[Treinamento] Não Podemos Estagnar Agora! (pt. 2)

Angell acordou meio tonta na manhã do dia seguinte. Tinha treinado até não aguentar mais na madrugada anterior, e, depois de desmaiar sobre o mesmo chão que utilizava para melhorar suas habilidades na arte do ninjutsu – o chão da floresta que circunda a Folha –, permaneceu “adormecida” por ali mesmo... até o momento em que recobrava sua consciência e, aos poucos, ia se lembrando de tudo que tinha feito. Ia se lembrando também de quanto já tinha avançado em seu treinamento, mas, como sempre, achava que ainda não era suficiente.

Ela se levantou logo que melhorou um pouquinho de sua tontura, correu para sua casa lá no bairro Hyuuga, revigorou-se com um bom banho e um café da manhã reforçado e saiu de novo, mas, agora, para se enfurnar no hospital da vila. Afinal, qual outro lugar poderia ser mais adequado para ela continuar evoluindo suas mais novas habilidades? Ainda tinha um longo caminho a percorrer se quisesse mesmo aprimorar tudo...

Mas não ia desistir agora; no hospital da vila, Angell se encaminhou sozinha até a sala na qual tinha começado a descobrir as maravilhas do ninjutsu médico e preparou para si mesma o cenário estranho ao qual tinha sido exposta antes: ajeitou um peixe morto sobre uma das bancadas que poderia utilizar e se aproximou para começar por conta própria mais um de seus treinamentos.

Pois bem, ela estendeu seus braços para posicionar suas duas mãos em cima do peixe. Começou a externalizar seu chakra medicinal por ambas as palmas, mas, ao invés de deixá-lo fazer sozinho toda a mágica da cura, aplicou no que fazia a mesma atenção à forma, ao movimento, ao caminho e até à quantidade – enfim, ao uso – de seu chakra que aplicava na noite anterior, enquanto treinava sua maestria sobe o elemento terra. Dizemos, se ela quisesse mesmo se tornar uma usuária exímia de ninjutsu, teria de se aprimorar em todas as manifestações do mesmo às quais tivesse acesso. E, assim, ela conseguiria também alcançar patamares cada vez mais altos na própria arte da cura.

O peixe voltou à vida um tanto mais cedo do que a azulada esperava. Porém, ela ainda conseguiu extrair de seu próprio Shousen no Jutsu as informações que precisaria para aprimorá-lo. Então, trocando do peixe – agora vivo de novo – para um polvo – recém-finado –, ela voltou a estender seus dois braços e a externalizar seu chakra medicinal. Atentando-se aos aspectos que precisava, começou a diminuir a quantidade de chakra que empregava no processo de reanimação do polvo, até chegar ao ponto em que não teria mais como economizar suas energias ao mesmo tempo que mantinha a qualidade e a rapidez de seu Shousen no Jutsu. Sentiu a dificuldade, mas persistiu até conseguir trazer o polvo de volta à vida. Trocou de polvo e repetiu o procedimento, até reanimá-lo também. E foi fazendo tudo isso de novo, de novo e de novo... trabalhando por todo o dia para gastar cada vez menos chakra (primeiro) em processos de cura equivalentes e (depois) em processos de cura cada vez mais promissores.

Mas a dificuldade do “método” que Angell utilizava lhe desgastava demais e em pouco tempo. Chegou uma hora em que ela notou que, se não fizesse uma pausa, desmaiaria como na madrugada anterior. Só que, mesmo estando já no hospital da Folha, ela não quis passar por todo aquele mal-estar mais outra vez. Então, deu seu treinamento por encerrado naquela noite, voltou para casa, de novo se revigorou com um banho e uma refeição e se deitou para dormir e descansar devidamente. Continuaria se esforçando para evoluir nos próximos dias...

“But it’s the only thing that I have.”

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