Zeno voltava para casa após realizar uma série de trabalhos para a vila. O sol a muito já se porá e apenas algumas pessoas permaneciam nas ruas. Distraido, pensando em prováveis venenos que poderia sintetizar para aplicar a suas armas, o jovem se assusta quando tromba com uma figura já muito comum a ele – Kayto, me perdoe, não vi você aqui -. O corpulento homem, superior de Zeno no quartel da vila se mantem apático – Noite, Zeno. Me informaram que no final você conseguiu se encontrar com Stain. Aprendeu muito com ele? -.
Zeno já sabia o que tudo aquilo significava, fechou seu rosto – Porque não vai direto ao assunto, Kayto? Que tipo de informações vocês querem? Alias, eu não sei nada a respeito dos projetos de Stain, ok? O homem se aposentou, passa seus dias bebendo whisky e assistindo a Opra -.
- Voce entendeu errado, Zeno. Nós não queremos informações a respeito de Stain, nós queremos você. A vila quer que você assuma o cargo do doutor Stain como engenheiro e inventor -. As palavras do homem atingiram o garoto de surpresa. Zeno nunca imaginará que poderia ser chamado para ocupar um cargo de tanta relevância quanto aquele “Ocupar o cargo de Satin...”

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O shinobi foi levado por seu superior até a área mais industrializada da vila, local que continha inúmeros galpões e prédios empresariais. Kayto só interrompe a caminhada quando alcança uma área protegida por cercas de metal e guardas, que ocupava todo um quarteirão da região – Seja bem vindo Zeno, ao departamento de pesquisa e desenvolvimento da vila -. Zeno, que nunca havia reparado naquele local, se impressionou com toda a estrutura.
Dentro do edifício haviam inúmeras salas e laboratórios que eram reservados para aqueles considerados por Konoha os melhores cientistas e inventoras do país – Impressionante -. Kayto fez que sim com a cabeça – Você pode usar o que quiser e trabalhar no projeto que lhe interessar. Você terá uma pequena sala de uso pessoal, mas poderá também ter acesso as oficinas e laboratório coletivos... E aqui... Esta sua sala -.
A dupla novamente parou, mas dessa vez em frente a uma porta que não continha maçaneta “Mas como?”. Kayto fez alguns selos de mão e colocou as mesmas sobre a porta que então se abriram – Portas seladas. Levamos a séria a segurança de nossos projetos. Bom, acredito que você consiga descobrir todo o resto sozinho, então eu já vou indo. Você encontrará um crachá sobre sua mesa... Use-o e procure não o perder, por favor -.

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Mokarzel adentrou a sua sala e logo a porta da mesma voltou a se fechar. As luzes do recinto se acenderam, possibilitando ao jovem contemplar o local.
Havia uma grande mesa de madeira localizada no centro da sala, um sofá ao canto esquerdo e uma prateleira repleta de livros ao lado direito. Curioso, o jovem foi de encontro com os livros, que imaginou um dia terem pertencido a Stain – Talvez seja uma coleção mais completa do que a do laboratório dele... Enfim... Não é muito grande, mas acredito que aqui irei dar vida as maiores criações que o mundo já viram -.
O garoto apanhou um dos livros avançados a respeito de engenharia e foi se sentar atrás de sua mesa. Enquanto folhava o grosso livro, Mokarzel já começava a dar forma a sua próxima criação. O livro servia apenas para trazer clareza ao jovem a respeito de alguns detalhes que pretendia incluir em sua marionete – Um braço mecânico, tão forte quanto o de um Monge do templo do Fogo. Acredito que Stain já tenha criado uma prótese de braço para shinobis mutilados... Posso me inspirar nas plantas dessa prótese para dar origem a algo que responda aos fios de chakra.

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Zeno conseguirá achar um maço de folhas sulfites e alguns lápis e começará a rabiscar, dando forma as suas ideias. O desenho trazia algumas anotações a respeito da liga metálica que seria usada no projeto, o tamanho do parafuso, etc.
De tempos em tempos o jovem se arrumava na cadeira, ajeitando suas costas e se afastando do projeto. A ação lhe distanciava um pouco daquilo que até então havia feito e permitia com que o inventor repensasse ou identificasse possíveis erros – Esse será o braço de uma marionete e não uma simples prótese. Não preciso arrumar espaço para placas ou fios, então conseguirei fazer com que o mecanismo seja mais leve e mesmo assim não perca seu peso. Os fios de chakra conseguem penetrar nos membros por meio desse sistema esboçado... A ativação dos mecanismos será ainda mais eficiente -.
Zeno suspira, olha para o lado e se deixa fugir em pensamentos. A mente do shinobi pousava em seu mestre e em todo percurso que havia feito até chegar aonde estava "Você teria orgulho de mim, Ging! E eu não irei parar por aqui, pode ter certeza".
O inventor se levanta bruscamente, fazendo a mesa tremer – Ok, agora vamos deixar as teorias de lado e colocar esse mecanismo na pratica -. O jovem apanha o crachá que havia sido deixado por Kayto e sai de sua sala, indo em direção a oficina mecânica que era mantida no complexo de pesquisas.

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A oficina se encontrava no subsolo, em uma enorme sala que continha os mais diversos equipamentos e matérias para se utilizar. Enquanto Zeno se dirigia até uma bancada vazia, observava o trabalho de outras pessoas que ali trabalhavam "Impressionante". Havia uma enorme gama de invenções, automóveis, armas de guerra avançadas, eletrodomésticos "Isso me lembra que preciso melhorar minha forja. Talvez eu possa pedir para alguém aqui me ajudar mais tarde".
O jovem apanhou uma série de placas e cabos de metal, parafusos diversos e uma enorme caixa de ferramentais e colocou tudo sobre sua mesa de trabalho – Bom, vamos lá -. As placas de metal foram as primeiras a serem trabalhadas. Zeno primeiramente as mediu e desenhou sobre o metal para em seguida o moldar.
Do lado de fora do galpão o sol já havia surgido, mas Mokarzel nem ao menos se dera conta do tempo, ele trabalhava incessantemente afim de criar as diversas peças de que necessitava para o mecanismo de sua marionete.
Quando todas as placas de metal haviam sido devidamente moldadas, o trabalho de verdade começou. Mokarzel fez uso de seus fios de chakra para lhe auxiliar na montagem das peças, que aos poucos dava forma a uma prótese mecânica de um braço - Falta pouco -. As peças foram fixadas com parafusos e então soldadas em alguns pontos.
Quando o trabalho terminou, Mokarzel decidiu o colocar a testes, convocando uma de suas marionetes e instalando o equipamento na mesma. O metal se distava naquela simples marionete de madeira que era usada pelo garoto para treinos simples.
Os fios de chakra novamente irromperam dos dedos de Mokarzel e procuraram se instalar nos membros da marionete. Com facilidade, os fios se fixaram e adentraram profundamente na prótese, que passou a responder aos comandos do mestre titereiro "Só mais um teste".
A marionete bateu seu braço com força sobre a mesa de metal, que como manteiga, afundou frente ao poderoso golpe. Zeno abriu um sorriso, sabendo que havia dado mais um passo em direção a seus sonhos.

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