Joji acorda de uma noite prazerosa de sono. Não sonhou com nada desta vez. Neste período, o primeiro destino é sempre a cozinha. Diz a lenda que o café da manhã preparado por Yaru Akimichi faz o mais mal-humorado dos ninja sorrir. A mesa não cabia mais nada. Frutas, doces, salgados, ovos feitos de todas as formas. Toda a família se pergunta como Yaru consegue preparar tantas coisas em tão pouco tempo. A casa  sempre acorda praticamente ao mesmo tempo, 7 horas da manhã. Joton Akimichi, pai de Joji, já flagrou a esposa levantando às 5 horas mas continua a duvidar que aquele banquete todo é preparado em apenas duas horas. Os alimentos não utilizados são reaproveitados todas as vezes e com o salário ninja que todos produzem, comida nunca falta.  Finalizando seus afazes de rotina. Joji deixa seu lar com a caderneta na mão. Pretende concluir mais uma das missões de nível baixo que pegou. – Ladrões nos arredores. – diz Joji, lendo o título da missão.

– Mais um ladrão? Ô meu pai... – lamenta ao lembrar da missão anterior onde havia um ladrão de comida – Nossa, mas esse aqui vai ser mais difícil de pegar. Grupo que rouba moradores de pequenas vilas próximas. É bastante área pra vasculhar, me pergunto se essa deveria mesmo ser uma missão de nível tão baixo.

Andando pelo centro da vila, parou um jornaleiro e o questionou sobre roubos recorrentes em lugares próximos dali. O jornaleiro listou na caderneta de Joji as coordenadas de uma das vilas que está sofrendo com o grupo. Não era tão longe mas desejava ter um meio mais eficaz pra viajar. Pensaria nisso outra hora. Já era tarde quando chegou no lugar, perguntou para muitas pessoas sobre os acontecimentos, ouviu diversas histórias:

– Eu fiquei sabendo que esses assaltos pela cidade são feitos por demônios com pele de dragão. – disse uma dona de casa.

– O que todos dizem é que eles atraem uma criança para sequestrar e depois pedem à família dinheiro em troca dela. – explicou um ninja que voltava da casa de banho.

– A informação que possuímos é que eles assaltam uma vila três vezes antes de trocar. Esta vila já foi roubada duas vezes. Essa pode ser a sua chance. Nós sempre tentamos pegá-los mas não podemos sair da vila muito menos utilizar ninjutsus capazes de degradar alguma residência. – disse um ninja policial.

"Então eles possuem uma aparência duvidosa e uma fórmula tanto para a quantidade de assaltos quanto para a forma dele..." pensou Joji. Um folheto que voava pela vila atinge o seu rosto. Ao olhar o conteúdo: Peça Teatral da Academia NInja, não perca. Hoje a noite. – O lugar perfeito! – exclama Joji. Precisou de uma pequena pesquisa para descobrir onde era a academia e em relação à peça mas nada que o preocupasse. Na hora da apresentação, Joji utilizou o jutsu de transformação para parecer uma das crianças. Esperou que as verdadeiras crianças apresentassem meia peça e entrou para atrapalhar. Fingiu uma queda e levantou aos berros:

– Eu não preciso dessa peça nem dessa academia. Meu pai pode comprar tudo isso pra mim! – saiu emburrado de lá – Podem vir, ladrõezinhos.

Após o fim da peça, continuou com a transformação e saiu do teatro já alerta. Aparentemente sua atuação chamou a atenção dos ladrões, já que percebeu que tinha gente o seguindo. Quando todos já não tinham contato com Joji, eles se revelaram. Eram em quatro. Um deles agarrou Joji e os outros três correram junto com ele. Estavam todos encapuzados. Serviam como capachos que defende o sequestrador. Levaram Joji para a floresta, ainda perto da vila.

– Então seu papaizinho pode comprar o teatro e a academia da vila, hein? – questionou o mandante.

Todos retiraram seus capuzes e realmente possuiam uma pele escamosa como a de um dragão. Entretanto, um deles era uma mulher que pegou um espelho do bolso e retocou o que revelou ser apenas uma maquiagem. – Precisamos agir rápido, os caras já estão na nossa cola. – diz o mais sensato do grupo.

– Vai, fala logo onde você mora pirralho! – gritou outro deles, o mais desengonçado.

Joji pôs-se de pé. Desativou seu jutsu de transformação e ativou a expansão parcial para o braço direito. Agarrou o mandante e o apertou até ficar desacordado. Os outros tentaram fugir mas Joji não permitiu. Lançou o mandante na garota e correu atrás do desengonçado que não demorou muito para cair sozinho. Ainda correndo, Joji ativou a expansão parcial na perna direita e pisou com toda força no ladrão caído. Continuando a perseguição, Joji lembrou "O último que sobrou foi o mais racional, isso significa que ele vai lutar um contra um ou conversar". O ladrão parou, Joji parou em seguida.

– Se me deixar ir, dou a irformação que quiser e tenho muitas, sobre qualquer bandido do país do fogo. – tentou o ladrão.

Joji deu um sorriso e com ambos os braços expandidos fez sanduíche com o ladrão. Na manhã seguinte todos os quatro já estavam presos e a missão já havia sido finalizado. Joji então correu para casa. Ao bater o olho na cozinha, lamentou:

– Ah, droga! Já comeram todo o café da manhã.