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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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A curiosidade de Caramelo invadia seu ser da mesma forma que a dificuldade em coçar o seu “único braço” de tão engraçada que era a situação. — Lá vem você começar com a sessão de perguntar né? — Falava enquanto iniciava a caminhada rumo ao sul do país — Os monges certamente não são aquilo que todo mundo fala. Eles são grandes seguidores do mundo que buscam a todo tempo uma maneira de se manter conectados tanto com o mundo físico, quanto com o mundo espiritual — Explicava — Estudam e aprimoram suas habilidades durante toda a sua vida, tudo isso com um único propósito, manter o equilíbrio do mundo... Com o aprimoramento espiritual, alguns até mesmo conseguem equilibrar o “pecado” mundano, pagando aquilo que os homens sujos deveriam pagar e assim mantem o equilíbrio — Continuava enquanto levava uma de minhas mãos à cabeça enquanto buscava algumas recordações em minha memória.

— O meu mestre é a única recordação que vale a pena recordar... Ele era um visionário, o grande Isaac Netero, pregava que os culpados deveriam assumir seus erros e pagar as suas penitências com boa vontade e dessa forma o mundo seria justo e equilibrado a sua própria vontade — Sequenciava respirando profundamente. Nosso caminhar seguiu desenrolando quando novamente ele retornou com suas questões, — Os Jashinistas?? — Questionei — Eles são o oposto dos monges. Diferente de nós que servimos ao bem maior e o equilíbrio do mundo, eles servem a um Deus cujo único preço cobrado é a morte. — Dizia fechando o rosto enquanto adotava uma postura mais séria, — Aparentemente houve inúmeros ataques de uma organização Jashinista... Bom, não tenho total certeza se é isso, só sei que eles foram derrotados e a nossa missão é buscar qualquer vestígio desses desgraçados.

Meus passos batiam firme no solo que deixavam uma grande pegada, — Sim, sempre existe a possiblidade de sermos atacados, não só por Jashinistas, mas por qualquer ser mal-intencionado — As suas perguntas eram sentidas de uma forma que me faziam despertar uma certa preocupação para com Camarelo, afinal... Ele tinha acabado de se graduar, — Porém não se preocupe meu caro, somos uma dupla imbatível, pode vir Jashinista, Bushinista, Aleijadista... quem for... Eles não serão nada perto do braceta de Kumogakure hahaha — Ria dando sequência ao caminhar.



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– Mantém-se conectados com o mundo exterior? – Deixava transparecer o seu pensamento em voz alta. Aqueles 5 minutos tinham sido o maior tempo que havia aprendido algo de novo depois que saiu da academia, servindo para mudar completamente a imagem errônea que tinha sobre os monges. – Então eles pagam pelos nossos pecados? Seus pais te colocaram nesse mundo e quem paga o preço por esse vacilo são os monges? – Diria em um tom de brincadeira. – Ok, ok, parei... – Recuava, visando a seriedade do assunto. – Gostei de conhecer um pouco mais sobre os monges, espero conhecer alguém importante lá dentro e quem sabe tirar o máximo de proveito dessa experiência. – Mostrava-se empolgado com o cenário apresentado.

Todavia, nem só de alegria vive os contos e a observação a respeito dos Jashinistas deixou Amargo extremamente aborrecido fazendo com que mudasse o seu semblante sorridente para um totalmente sério. – E desde quando tirar a vida alheia é sinônimo de equilíbrio? Educação, saúde, saneamento para todos, isso sim são alguns pontos de equilíbrio, não reduzir a população ou classificar como mais fortes e aqueles menos desprivilegiados... Isso é um erro absurdo e se eu me deparar com algum membro dessa sociedade ou o caramba a quatro que eles gostem de ser chamados, eu irei matá-los. – Concluía.

– Estou pronto, vamos partir. – Indicava, colocando-se no rastro do seu amigo.


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— Infelizmente alguns não enxergam da mesma maneira que você Amargo — Dizia enquanto deixava o silêncio tomar conta da nossa viagem. As horas voaram em meio ao silêncio e o sol mal podia ser visto, a unica coisa que sobrara dele eram os poucos feixes de luz que lutavam para passar por cima das montanhas. Dali em diante voltar não seria uma tarefa fácil, não naquele horário, mas por sorte o nosso primeiro objetivo estava próximo e um sorriso podia ser colocado em meu rosto, — Fique atento, não sei se as coisas por aqui mudaram — Disse seriamente observando a pequena torre  mal construída que indicava um traço de civilização.

— Está vendo aquela torre? normalmente fica um monge recém formado ali, se as coisas as tradições foram mantidas, provavelmente essa pessoa nem deva saber quem eu sou, então cuidado — Alertei enquanto deixava meu rosto completamente descoberto para que pudessem nos identificar. — Venho ao encontro de Isaac Netero !!! — Dizia em alto de bom tom para que o possível vigilante pudesse ouvir, — Consegue ver alguma coisa? — perguntava sutilmente para Caramelo enquanto nos aproximávamos.


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Com ambas as sobrancelhas morenas erguidas numa interrogação sincera e o corpo duro num misto de tensão e entusiasmo, Amargo sequer tinha ouvidos para as palavras que Hyuken insistia em proferir, ao léu, ainda se perguntava se não estava sonhando. – Sim, eu estou vendo. – Dizia o jovem membro do clã Senju, inspirado pelos novos ares. – Mas cadê o ouro, as estátuas de elefantes banhadas em ouro... Eu sempre imaginei que esse povo adorasse ostentar. – Dizia antes de ter sua atenção chamada por um grupo de oito crianças, com suas cabeças raspadas e vestindo kimonos na cor laranja, a favorita de Amargo. Todas elas estavam estavam praticando sua estrutura, movimentos quase que eram microscópicos e esquisitos. Sim, aquela era uma atividade próxima da arte do Taijutsu. – Magnifico. – Exclamou, ignorando por completo a presença do seu aliado e indo até as crianças, começando então a repetir os mesmos movimentos delas.

– Crianças, meu nome é Amargo Caramelo e hoje eu vou ensinar pra vocês dois movimentos. – Falava, interrompendo a atividade do grupo. – Esse é o meu amigo trovão. – O jovem gesticulava com a perna direita em um movimento giratório no sentido horário. – E esse é o irmão do meu amigo trovão, o relâmpago. – Gesticulava com o braço formando o pescoço de um ganso, com o mesmo movimento anteriormente citado. – Com a junção do relâmpago e trovão formamos o Deus do Raio. – Desferia com os membros um soco e um chute ao ar fazendo com que até mesmo o vento circundante se ofuscasse em meio ao golpe. Se não tivesse chamado a atenção das crianças agora, não chamaria nunca mais.

– Hey, Hyuken! Olhe só para esse povo, deixa de ser chato, aproveite a visita. Depois vamos até esse Pantero, Madero, ou sei lá que você tanto diz– Falaria voltado para o seu companheiro.

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Por sorte de Amargo a paz ainda era mantida ali, tanto que ele se deparou com algumas crianças e prontamente foi se exibir. – Isso é mito – Respondia a sua referência. Camelo começou a conversar com as crianças e gesticulava fazendo um movimento nada elegante na intenção de mostrar que era alguém digno, porém as crianças apenas o observaram passando vergonha e retornaram as suas atividades. – Se eu fosse você, teria mais respeito... provavelmente essas crianças são mais fortes do que você e fariam nascer um braço no lugar da sua bunda – Respondia mantendo a postura séria diante do templo.

-- Fique com elas, talvez você consiga aprender alguma coisa... Tipo disciplina, não sei se vc conhece essa palavra – Respondia caminhando em direção ao templo central... – Venho falar com o Netero – Falava com o guarda central sem notar que era uma velha desavença minha – Não me faça repetir – completei e o mesmo me deu passagem para seguir, mas antes voltei meu olhar para Caramelo, -- Você vem? – Questionei mais uma vez antes de seguir em frente. Se viesse, o mesmo seria colocado sobre um dilema imposto pelo guardião. -- No seu país, a tortura de prisioneiros de guerra é proibida. Você é o líder  do pelotão e recebe um prisioneiro recém-capturado que grita: ‘Alguns de vocês morrerão às 21h35″. Suspeita-se que ele sabe de um ataque terrorista a um bar. Para saber mais e salvar civis, você o torturaria? – Deveria responder corretamente o dilema e só assim conseguiria a passagem.




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– Tudo bem, meu amigo. Irei ficar e fazer novas amizades. Dê um abraço no nosso amigo Putero por mim. –[/b] Responderia, liberando-o para prosseguir com os seus objetivos.

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Início Solo 1/?

Com o sinal de Caramelo eu simplesmente segui meu caminho adentro, passei por um enorme corretor amarelo até alcançar o salão central do templo que era onde ficavam os líderes dos monges. – Retornei Mestre – Disse fazendo referência ao Netero, -- Venho em busca de informações que tenho certeza que o senhor possui – expliquei – Os Jashinistas, isso mesmo. Como sabe eles levaram desgraça e medo ao mundo, porém foram derrotados. Então eu queria saber, tem algum vestígio de vida destes desgraçados? – Questionei caminhando até ele, porém com o silêncio ele me respondeu seguido de um gesto negativo. Um alívio de certo modo, até por que se houvesse algum sinal destes, sem dúvidas Netero teria alguma resposta para me oferecer.

-- Eu estou seguindo o meu próprio caminho, mas existe um grande vazio que está sendo tomado pela dúvida é ódio mundano Mestre. As coisas não estão boas e não vejo outra maneira de lidar com isso além da força – Segui explicando – Gostaria que o senhor me treinasse, preciso de um guia espiritual forte e que tenha capacidade de me ajudar e principalmente me guiar nos momentos críticos... temo pelo mundo e principalmente pelas vidas que terei de tirar. – Completava já notando seu gesto, o mesmo apontava o dedo indicador para o grande salão espiritual, o lugar onde apenas os grandes monges eram capazes de resistir e assim eu segui...


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Como um entusiasta de tudo que se propunha a fazer, Amargo gostava de tirar o máximo de proveito desde um cochilo até durante uma viagem. O cochilo fazia valer um sono de uma noite inteira e a viagem ele certamente encontraria uma maneira de fazer valer um ano de treinamento. Enquanto Hyuken ficava com a parte burocrática e chata, resolvendo situações pendentes, Amargo mais parecia um pinto no bico de sua mãe. Para começar havia apanhado para uma criança mais nova e com isso adquirido gosto pela habilidade demonstrada pelo oponente, conquistando-a logo após um imponente discurso e um treinamento exaustivo.

Agora, já enturmado e sem um pingo de vergonha na cara, havia encontrado um grupo de monges que praticavam a arte do Sumô. Esses não tinham seus cabelos raspados em sua totalidade, mas sim deixavam uma trança curta com origem na parte de trás da cabeça. — Por favor... O que eu tenho de peso é o critério de kg mínimo que vocês usam para completar o prato de comida de vocês. E agora vocês vem me dizer que tamanho não é documento. Façam-me o favor!

A visita pelo monastério estava tão aleatória e sem criterio que o jovem acidentalmente havia entrado em uma discussão se verdadeiramente tamanho era documento. Enquanto Amargo insistia que sim, os monges de seus quase 200 kg mantinham os pés no chão, e insistiam em dizer que a única vertente que importava era a do coração e força de vontade. Para provar-lhe do contrário, os monges ali presentes praticantes daquele estilo de luta decidiram convidar Amargo para que acompanhassem eles em seus treinamentos. Hesitante, porém, aceitou o convite e logo começou a ajudá-los a montar um circuito.

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Início Solo 2/?

Meu caminhar não se estendeu muito, poucos seguram foram o suficiente para que eu conseguisse alcançar o grande salão espiritual. Ali um guarda fazia a vigilância da porta e sem nenhum problema o mesmo me deu passagem, -- Obrigado – Disse com a liberação da passagem. Era a primeira vez que eu tinha recebido permissão para ter acesso aquele lugar. Ao entrar meus olhos se arregalaram com tamanha surpresa, o local era completamente escuro, não dava para ter noção alguma de profundidade, parecia que a mesma era um grande salão infinito.

Caminhei e assim a portão foi selada, junto a ela a voz do guardião, -- O selo só será rompido quando o verdadeiro objetivo fora alcançado – Não sabia ao certo oque aquilo significava, porém comecei a tomar noção segundos após. Uma aura estranha começou a surgir no local, sua forma era indefinida, seu tamanho desproporcional a pouca massa que o mesmo aparentava ter, fazendo minha curiosidade aumentar e uma pergunta fazer, -- O que és? – Questionei, -- Não sou ninguém, não sou nada além daquilo que você mais deseja – Respondia a coisa aumentando ainda mais a minha dúvida... – E oque eu mais desejo? – Questionei novamente. A sequência da minha pergunta veio com um movimento brusco por parte daquela coisa, ele avançou em minha direção como se fosse um grande tornado, dois olhos grandes e vermelhos surgiram, dando mais uma pequena forma para aquela coisa deformada, -- Pense... Aquilo que o trouxe aqui... Aquilo  que te levará mais longe – Completava.

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O circuito era até que de fácil visualização, uma corda circular delimitaria o palco das lutas e algumas almofadas seriam dispostas atrás dessas cordas para quando um dos adversários fossem lançados para trás da linha da corda. Amargo tinha pouco conhecimento ou quase nenhum acerca do estilo de luta, mas aqueles monges certamente não lutavam no estilo tradicional, eles empunham muita força em seus movimentos ao ponto de levantar o adversário e lançá-los cerca de um metro e meio mais ou menos. Outro fator que fugia do padrão eram as cordas e as almofadas que eram extremamente pesadas devido as suas propriedades e que serviam para o treinamento dos mesmos. Desconhecendo essa informação, no primeiro instante em que foi agarrar uma das almofadas para colocar no palco Amargo não suportou o peso e no mesmo instante sofreu um mortal e caiu de costas sobre a mesma. Queda nem um pouco confortável.

— Mas que merda é essa? — Perguntava-se surpreso. — Ei grandão, esse tipo de coisa você tem que contar para os outros quando vai desafiá-los, isso é jogo sujo. — Disse firme. — Mas a questão é, você não perguntou. — Rebateu o mesmo inteligentemente, colocando em xeque o discurso de Amargo. Insistente por si só o Kumonin se recompôs e buscou novamente levantar a almofada que sequer saia um centímetro do chão. — Desisto, isso não é uma almofada, é uma betoneira de concreto com o material dentro. — O monge praticante do Sumô, presenciando aquela cena trouxe outras almofadas menores e com diferentes tamanho de peso, uma pesando 5 kg, outra com 10 kg, uma mais pesada com 50 kg até que chegou até uma maior que pesava cerca de 120 kg e outras almofadas sem peso que serviriam apenas para que Amargo aprendesse uma importante lição. — O que você está fazendo? — Perguntou Amargo antes de ter sua visão tampada por uma bandana.

— Pra tirar a prova que é uma coisa da sua cabeça eu irei vendar os seus olhos e misturar as almofadas. — Falava, enquanto seus companheiros de tatame já faziam as devidas modificações. O homem então colocava Amargo de frente para a primeira almofada sem peso algum e o orientava que era chegado o momento de levantá-la. — Elas estão enfileiradas uma do lado da outra, basta você ir pela sequência que não vai ter erros. – Concluía o homem.

Após ser dado ao processo Amargo chegou até uma sexta almofada e todas elas se mostraram extremamente leve não possuindo peso algum. — Ok, isso já está virando teste pra cardíaco, quando vou fazer força pra valer? — Perguntava o Kumonin, esboçando levar sua mão até a venda quando foi interrompido pelo monge. — Não faça isso, irá se arrepender depois.

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Solo 3/??
"Aquilo que me levará mais longe?” Perguntava para mim mesmo enquanto olhava aquela coisa logo a minha frente com aquele olhar escarlate, -- Se você é oque eu procuro, se revele e deixe de ser uma incógnita – indagava. Meus olhos tinham um único foco naquele momento, a criatura que surgirá em minha frente, ali me sentei e então me posicionei de forma que meu corpo ficasse firme e bem acomodado... Meus olhos se fecharam lentamente enquanto eu mergulhava em uma curta meditação buscando em minhas memórias alguma resposta para aquela questão.

“ Aquilo que eu procuro... O que será?” seguia me perguntando até que uma luz me ajudou a encontrar um ponto fixo ali. A recordação me levou alguns minutos atrás, horas talvez... no exato momento em que eu conversava com o Netero sobre um guia espiritual, aquilo... só poderia ser aquilo, afinal... não havia outra coisa que eu buscava para mim naquele momento além daquilo... – Você, como meu guia... faça assim o seu dever – Dizia num tom imponente imaginando que a criatura cumpriria deu propósito ali, -- Não é assim que funciona... Não mesmo... – Dizia completando mais uma parte de sua forma quase física, -- Minha ligação com mundo espiritual já foi completamente concluída, você é oque me falta. Então, da mesma forma que estou seguindo o meu destino, você também deve seguir o seu e me guiar – Completava.



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Em respeito ao monge o membro da família Caramelo aceitou a opinião do mesmo e recuou em seu movimento, dando continuidade na atividade. A tão esperada oportunidade de levantar peso veio na almofada seguinte na quantia de 10 kg. Como a atividade propunha era de se pegar de surpresa o jovem e fazer com que ele, por não esperar pelo elemento que estaria em seu alcance usasse do seu máximo desempenho e assim foi feito, com extrema facilidade o jovem levantou a almofada e então a soltou rapidamente. — Agora as coisas estão começando a engrenar. — Na sequência outra almofada com peso, agora com cerca de 50 kg e que Amargo pôde sentir a diferença de uma para outra e colocando ainda mais força do que foi colocado em seu primeiro movimento, conseguiu levantar o objeto sem sustos. A atividade continuou e hora pegava uma almofada com peso, hora pegava para levantar as sem, até o momento em que Amargo precisou levantar a de 120 kg e caiu parcialmente de joelhos. Sinalizando cansaço, seus músculos começaram a "queimar" de dor. — Essa é a sua mente dizendo que você deve parar. O que vai responder? — Perguntou o lutador. — Eu vou continuar. — Levantou-se com média dificuldades.

O objetivo da atividade era simples. Com o monge reconhecendo o receio existente em Amargo antes mesmo de experimentar tentar levantar as almofadas, sendo atropelado por um pensamento derrotista a falta de visão imposta a ele servia para que, sem ver o que estava por vir, desse tudo de si, obtendo êxito na tarefa com uma facilidade até então desconhecida por ele próprio. — Incrível! — Falou em êxtase. — Viu só? Você levantou nessa atividade no mínimo 400 kg entre uma almofada e outra, entre uma pausa e outra. Essa é uma qualidade existente em você que só você não a reconheceu ainda. Se você estivesse olhando para as almofadas e o número do peso contido em cada uma delas, você iria colocar a força suficiente para levantar a almofada em questão e não usaria da sua máxima capacidade. Basicamente o desconhecido do que estava por vir te obrigou a trabalhar em suas máximas capacidades e quebrou a barreira da insegurança. — Instruía o lutador.

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Solo 4/??
"Minhas palavras eram serenas e tinha um objetivo plausível naquela situação, afinal, eu começava a entender se fato o que estava acontecendo ali e que se realmente fosse aquilo, o desenrolar só de tudo só caberia a mim. – Ande, se revele e diga que és – Indaguei me colocando de pé e firmando meu corpo naquilo que eu poderia chamar de chão. A criatura por sua vez ficou relutante, os olhos ficaram fixos em mim e após alguns segundos uma reação finalmente era esboçada por era. Seu corpo se completou, porém a mesma dizia que aquilo não era tudo que ela poderia mostrar, mas que ali não era o local adequado. Todo seu corpo era como uma espécie de furacão tendo um foco nos grandes olhos vermelhos, -- Eu sou seu guia, o grande espírito de Shiromari, aquele que possui todas as formas e todos os desejos – Dizia enquanto se aproximava ainda mais de mimim.

-- E então, o que você mais deseja? – Me questionou, mas dessa vez eu tinha a resposta na ponta da língua, -- O que eu quero é a verdade, quero me guiar pelo mundo em busca da verdadeira realidade e me moldar de acordo com ela, mas para isso eu preciso de você, da sua ajuda – Dizia estendendo minhas mãos em direção a ela.





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Amargo acreditava que estava apto a realizar aquela tarefa, do contrário não teria aceitado o desafio, colocando muito empenho e querendo mostrar aos monges que era capaz. Entretanto, os pesos das almofadas levantadas e o esforço que fazia para alcançar o sucesso começaram a se tornar dolorosos à medida em que as almofadas não paravam de chegar. Em sua mente, Amargo estava sempre buscando aquela dos 120 kg para vencê-la o mais rápido possível e sua força interior o impulsionava a isso. Como não podia ver qual era, uma batalha psicológica interna começou a ser travada. em suma, ele acreditava que poderia levantar o objeto estabelecido, mas seu corpo estava dizendo que ele poderia ir muito mais além.

— Essa foi mesmo uma lição muito importante. Muito obrigado por me mostrar o caminho das pedras. Ou melhor, das almofadas. — Agradecia ao grupo. — Ainda não terminamos. — Dizia o lutador, indo em direção ao tatame criado pela corda e almofadas. — Não, levantar pesos tudo bem, levantar você é outro cenário completamente diferente. — Demonstrava Amargo, compreendendo o chamado do convite. — Tudo bem, então você está dizendo que não aprendeu nada hoje? — Rebateu o homem. — Muito bem, vamos nessa. — Finalmente o jovem aceitou o convite.

Após uma breve explicação sobre as regras da luta, Amargo iniciou o seu movimento no mesmo instante que o seu instrutor. Ambos bateram cabeça e imediatamente como o orientado, Amargo levou sua mão até a cintura do monge, visando agarrar em seu cinto. Iniciante no estilo de luta Amargo fora facilmente testado e subjugado, ultrapassando a zona que indicava a sua derrota. — Mais uma vez. — Falou firme.

Voltando ao tatame, posicionou-se mais uma vez e se concentrou fechando os olhos como havia sido feito em toda a ultima atividade. Sua mente ignorava todo o restante, incluindo o cenário e as outras pessoas ali presentes. Naquele momento apenas ele e o seu adversário. Imaginava-se em pé de igualdade ou mais forte em peso, tamanho e força. Não havia espaço para negatividade, apenas a vitória era cogitada. Com o bater dos tambores Amargo tomou uma atitude diferente da esperada e não correu em direção ao seu adversário, para a surpresa do mesmo, e esperou que ele enfim concluísse a investida. Amargo apenas posicionou os pés e fixou os joelhos e engatilhou o braço para que no instante em que o seu adversário desse o corpo, agarrasse na cintura do lutador firmemente e por fim fizesse um movimento de um mortal de costas para jogá-lo fora do limite do tatame.

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Solo 5/??
Após tempos de negociação a criatura parecia compreender claramente que aquele era o meu propósito assim como era dito por ela mesma. – O pacto está selado – Falou ao mesmo tempo que abrir a sua boca lançando um pergaminho para fora. Com as mãos envoltas de chakra eu fiz alguns selos e então marquei o pergaminho com a minha assinatura de chakra concluindo aquele contrato. – Veja bem... Meu auxílio vira apenas quando seu coração estiver certo daquilo que buscar, qualquer coisa feita sobre dúvida será anulada perante a minha presença – Explicava enquanto se afastava de mim mudando sua forma ao simples nada.

O pergaminho a minha frente sumia e a porta atrás de mim novamente se abria e frente a ela o guardião deveras espantado, -- Você conseguiu?! – perguntou eufórico... Minhas palavras foram nada mais que o silêncio, meu caminhar me levará novamente para os corredores e logo em seguida a porta de saída do templo, ali o meu objetivo e parte de nossa missão estavam concluídos. “Onde ESTÁ aquele aleijado ?” Me perguntava atravessando meus olhos por toda a extensão do local e lá estava ele... uma criança brincando em meio às criancas... – Justo – Falei caminhando até elas e já me preparando para o comando.



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Um silêncio tomou conta do local e quando Amargo confirmou que havia conseguido se manter em pé, abriu os olhos e nada enxergou em sua frente. Apenas uma fila de praticantes do Sumô que estavam boquiabertos. Olhando para trás, Amargo viu aquela cena de um lutador com seus 200 kg que mais parecia estar interpretando um boneco de neve em uma peça teatral, estirado no chão com os braços abertos, em seu semblante, um sorriso. Amargo prontamente saiu em socorro do lutador que gentilmente agradeceu a ajuda. — Rapaz, você tem muito talento. — Disse o homem. — E esse tempo todo você estava ai se fazendo de desentendido. — Continuou. — Pior que não, eu realmente não conhecia esse meu lado e tenho que dizer que vocês me ajudaram muito a desencadear essa força avantajada que eu vi que possuo. — Disse Amargo em sinal de agradecimento.

— Nós tivemos o trabalho de montar o tatame e isso demanda desmontagem também, vamos colocar a mão na massa. — Finalizou.

Por último voltou a retirar as almofadas do tatame com a ajuda dos outros monges, agora sem a venda e até mesmo acumulando os objetos em seu colo, ignorante por completo o peso nelas contido. A corda que era o objeto mais pesado ali com cerca de 200 kg foram afastados com a ajuda de todos os monges ali presente com o seu peso sendo distribuído uniformemente, facilitando a tarefa e assimilando ainda mais a sua força avantajada recém descoberta.  

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— E ai meu caro, como que foi a brincadeira? — Perguntava enquanto terminava de me aproximar de Amargo. — Não pude notar que você se deram bem, isso é um bom sinal pois nosso modo de vida não nos permite ser tão hospitaleiro assim — Explicava ao acompanhar visualmente a conclusão do recolhimento dos materiais. Passou alguns segundos e então me sentei por ali, aguardaria por Caramelo para então deixa-lo a par dos acontecimentos no interior do templo e se de acordo, daríamos sequencia a nossa viagem.

— Conversei com o Grão Mestre. Não há mais rastros de nenhum seguidor de Jashin e se por acaso voltarem a surgir, certamente eu ficarei sabendo.— Dizia tranquilamente já que era um objetivo a menos para ser cumprido, — E tem mais, eu consegui alcançar o meu guia espiritual... Pode não parecer, mas estou mais forte do que antes agora — Dizia dando um sorriso de lado. Quando finalmente tudo estivesse em ordem e ambos prontos, me despediria dos meus irmãos e assim colocaria os pés na estrada novamente num ao leste dessa vez, buscaríamos por informações e pontar soltas enquanto iriamos evoluindo gradativamente até o nosso final retorno a Kumo.


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Amargo estava contente por ter conhecido uma nova cultura e um povo bastante hospitaleiro. Para alguém que havia aceitado o convite apenas para fazer companhia, estava agora regressando ao seu vilarejo com duas novas descobertas e que aumentariam ainda mais os recursos para serem utilizados em sua jornada como um shinobi de Kumogakure no Sato. — Foi um prazer conhecer vocês, um dia eu ainda volto, mas dessa vez será para ensinar pois aprender eu já aprendi e muito. Agradeço de coração. — Despedia-se. — Partiu ir embora? — Acenaria para o seu companheiro que estava pronto para partir.  

— É, no fim das contas você estava certo e a conclusão que eu cheguei é que não se deve julgar o livro pela capa. Hoje eu sou alguém melhor. — Diria para Hyuken diante das insinuações errôneas levantadas anteriormente.

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— Temos que seguir mais para o leste do país, não acabamos ainda — Expliquei — Se você acha que aprendeu alguma coisa, tenho que abrir seus olhos e dizer que isso ainda não é nada se comparado ao que encontraremos pela frente— Assim iniciávamos uma nova caminhada rumo ao leste, para além das fronteiras de Kumogakure. Minha atenção como sempre estaria voltada para as possíveis armadilhas e emboscadas que qualquer um pudesse impor contra nós, longe da vila e completamente fora de casa qualquer cuidado seria pouco.

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Tenha sua ficha de personagem aprovada.
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Primeiros Passos de um Ninja
Conclua sua primeira missão.
Meu Primeiro Ajudante
Obtenha sua primeira invocação.
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Que tipo de aventuras iremos encontrar ao leste, meu amigo? Estava pensando se poderíamos fazer uma pausa em alguma fonte termal, seria bacana, não acha? — Questionava Amargo durante o trajeto, não deixando de prestar atenção no cenário ao redor. — Essa visita no templo dos monges foi grandiosa, aprendi muita coisa bacana e fiz novas amizades. — Dizia animado.

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-- Sinto em dizer, mas não pararmos em volte termal alguma meu caro. Qualquer minuto parado é uma chance a mais para o azar... No templos estávamos seguros, mas aqui fora... aqui estamos nós por nós – Explicava para Caramelo enquanto mantenhamos nossa velocidade, -- Ao leste... Se tudo der certo chegaremos em um outro país... A muito tempo eu ouvi rumores sobre destruição e eu gostaria de saber sobre, se talvez houvesse algo ligado aos Jashinistas --  Padrão Caramelo de curiosidade, como sempre o recém promovido buscava o máximo de informações sobre para onde iríamos e quais eram os objetivos.

Em meus cálculos estaríamos próximo a fronteira em algumas poucas horas já que o templo ficava localizado até então vem próximo da mesma. Caramelo como sempre se mantinha inquieto e muito falador, dizia o quanto havia gostado dos monges e de como eles mudaram a sua vida e o modo de ver as coisas a sua volta, -- Pois é meu amigo, existem muitas coisas além daquilo que aprendemos no vilarejo. Algumas coisas fazem muito mais sentido do que aquilo que tentam impor... Nós hoje somos peões das grandes vilas, não temos autonomia, nem mesmo opção de escolha, tudo que pensamos em fazer precisa de aprovação da grande sombra e isso em meio aos monges é um pecado... Cada ser tem a sua liberdade, da mesma forma que cada culpado deve pagar a própria dívida com o mundo, porém isso não acontece e os monges dão o seu jeito para manter o equilíbrio—Falava largamente apontando a ideologia do grande Netero.

Com o cansaço começando a nós assombrar buscamos um refúgio próximo a uma grande árvore, fizemos uma fogueira e comemos qualquer coisa que encontramos ali, recuperar um pouco das energias nos daria um novo ânimo para que conseguíssemos avançar mais tranquilamente. – O que você pensa sobre o seu estado atual de “liberdade”? – Questionei me ajeitando com as costas na árvore, -- Eu busco o equilíbrio, um estado onde eu possa ajudar e me ajudar sem que as barreiras me prendam... Nós monges não pertencemos a nenhuma vila e sim ao mundo e só morreremos em prol do mesmo – Dizia finalizando e aguardando a sua resposta.


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— Essa carne está divina. — Dizia Amargo, abocanhando um pedaço de peixe que haviam pegado próximo a um rio e feitos sob as chamas da fogueira. Apesar do entusiasmo e do modo voraz que mastigava a carne, não aproveitando o alimento da melhor maneira que poderia, Amargo não deixava de escutar o que o seu amigo tinha a dizer e não deixava transparecer o cuidado que certo assunto levantado trazia embutido. Na verdade, aquele assunto esteve presente em todo o trajeto até ali. — Meu estado atual de liberdade? Bem, quando criança eu sonhava em me tornar um ninja, fui matriculado na academia, tirei boas notas, fiz vários amigos, consegui me tornar um genin, sai em missões, obtive êxito em várias dessas missões, essa era minha liberdade, a partir disso poder trazer segurança para a minha família, para o meu vilarejo e encontrar uma maneira de todas as vilas existentes estarem em paz, para que as pessoas viajassem livremente sem que tenham que envolver tratado de paz, por puro lazer... — Nesse instante o semblante de Amargo mudava para um mais sério. — Sim, eu me lembro bem, foi em um acidente para uma missão diplomática em Kumo que os meus pais biológicos vieram a falecer, eu sonho algum dia conhecer o pais onde eu nasci, mas ao mesmo tempo não faço questão e até não saberia dizer onde fica, estou feliz hoje no meu vilarejo e com a minha função. O salário também não é dos ruins. — Voltava a comer o peixe.  

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— Sinto em dizer, mas você de certo modo está nadando contra a maré e eu como seu amigo abrirei seus olhos para que você enxergue além do horizonte — Dizia num tom confiante enquanto me colocava de pé logo após terminar de comer, — Acho que podemos seguir em frente, ou você ainda precisa descansar? — Perguntava. Caso estivesse pronto, seguiríamos com a nossa viagem, avançaríamos pela fronteira do país da nuvem e manteríamos o caminho próximo a costa e quando estivéssemos próximo a passar pela segunda fronteira pós país da nuvem, faríamos um corte, atravessando em linha reta até alçarmos até a próxima e ultima fronteira. Alguns pequenos vilarejos eram avistados em meio a cada localidades que passávamos, porém os pequenos países não eram exatamente o foco inicial, precisávamos averiguar os grandes países e suas vilas para assim fazermos uma triangulação perfeita dos fatos e acontecimentos.

Naquele momento, depois de horas e horas de caminhada eu imaginava que estaríamos no território do país da pedra, avançaria assim passo a passo até encontrar com qualquer transeunte para pedir informação e trataria de ocultar meus traços shinobis(bandana) antes de fazer qualquer tipo de abordagem, assim buscaria saber onde estávamos e se fosse o local certo, pediria informação de como chegar a vila oculta da pedra.

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— HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!! — Amargo desencadeava uma crise de risos diante da suposição infundada de Hyuken. — Meu amigo, nada nesse mundo é comparável a minha vitalidade sobre-humana. Eu conseguiria ficar noites sem comer ou dormir e ainda sim teria mais gás do que você. AHAHAHAHAHA! — Dizia. — Ou você ainda precisa descansar? HAHAHAHAHAHA! Repetia a frase tentando mudar o tom para próximo da voz de Hyuken e até mesmo gesticulava como ele. — Eu não estou acreditando que você fez uma pergunta dessas para mim... E eu que achei que você estivesse mais sério de um tempo para cá, mas continua o mesmo brincalhão de sempre. — Continuava. — Ande, vamos logo e se por acaso você tiver sono eu fico com o turno de guarda. — Dava o sinal de que poderiam prosseguir com a viagem.

Em algum ponto Amargo testemunhou o esforço de um trabalhador que estava tendo dificuldades com sua charrete. — Um momento, Hyuken-sama. — O jovem membro do clã Senju guardou sua bandana em sua bolsa de armas, não por carregar más intenções, longe disso, mas para evitar hostilidades. O habito em sair do seu vilarejo ainda era recente e todo cuidado era pouco. — Com licença amigo, precisa de uma mão? Encontrou o rapaz certo. — Indicava a falta do seu braço esquerdo. Um dos fatores para ter pedido para Hyuken ficar como um mero espectador era justamente esse e que poderia passar a imagem de alguém indefeso e assim aumentar as chances de uma abordagem sem sustos. — Claro, porque não. — Respondeu o trabalhador.

Ao levantar suas mãos era possível ver uma aparência desgastada, com calos e suja de graxa que provavelmente estivesse manuseando para fazer com que a carroça se movesse novamente. — Meu amigo está perto, um dos vários hobbys dele é consertar carroças, eu vou passar um sinal para ver se ele consegue ajudar a gente. — Na sequência Amargo assoviava e acenava com o braço como alguém que queria passar a mensagem de que o caminho estava livre. — Então, esse senhor está com problemas com a carroça, eu me lembro dos macetes que você me ensinou e qualquer coisa você da sua orientação. — Dizia, já imaginando que Hyuken compreendesse a mensagem por trás de seu movimento.

Amargo e o homem então encontraram cada um, um pedaço de madeira que usaram para colocar nas rodas dianteiras da carroça a fim de levantá-la e fazer com que saísse do buraco em que havia entrado. Com sucesso, a dupla sanou o problema e ambos puderam descansar. — Muito obrigado pela ajuda, meus jovens, vocês também estão indo em direção ao vilarejo da pedra? — Perguntou o vendedor. — Sim. —  Respondeu Amargo. —  Pois bem, subam a bordo, se não importarem em dividir espaço com o meu carregamento de verduras, legumes e alguns materiais de construção. — Convidou o trabalhador, gentilmente. — Iremos aceitar, muito obrigado. — Respondeu em sinal de aceitação o Kumonin. Agora a viagem poderia continuar.

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Amargo e seu senso de humor pareciam que jamais teriam fim, mesmo eu mudando completamente a minha forma de agir ele continuava com suas brincadeiras, uma criança que certamente se recusaria a crescer ou aceitar a realidade do mundo. Nossa caminhada foi muito além até que encontramos um desconhecido pelo caminho que fora prontamente "parado" pelo próprio Camarelo, ele notou que o homem aparentemente estava com dificuldades e como um bom menino, foi e lhe ofereceu ajuda. O problema era que o mesmo me colocou em uma situação não muito justa ao insinuar que eu era um bom consertador de carroças, — É... Eu posso dar um jeito sim — Respondi ao me aproximar, meu olhos estavam encarando o meu jovem parceiro e minha face dizia algo perto de "Você está de sacanagem comigo".

Um belo trabalho em equipe, um segurou a roda, outro a carroça e xablau, a carroça estava inteira novamente e pronta para retornar as suas atividades... Com todas as partes agradecidas, bom... quase... Caramelo perguntou algumas coisas para o homem e prontamente foi respondido. O viajante trilhava caminho rumo a vila da pedra, local este que também estávamos buscando e como o bom Caramelo, pediu uma caroninha marota para nós. "Ele não está nem desconfiando" dizia comigo mesmo ao notar tamanha facilidade em conseguir aquele carona, — Que isso, não temos problema algum em dividir espaço. Na verdade, já estivemos em lugares bem piores — Respondia.

— Não acredito que você fez eu prestar esse papelão — Diria já na carroça a caminho de Iwagakure, que por bondade do destino parecia voar de tão rápida, assim quando mal nos demos conta já podíamos ver toda a imensidão dos muros de Iwagakure quase que nos engolindo, — É... parece que nossa jornada está chegando ao fim meu velho e bom carroceiro — Diria já em tom de agradecimento enquanto nos preparávamos para desembarcar.


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— Parece que chegamos ao fim da viagem, meu amigo, muito obrigado pela carona e lembre-se de manter algumas ferramentas junto de você em suas viagens. Agora ambos vamos seguir nossos caminhos. — Ainda que o viajante demonstrasse algum tipo de preocupação com a condição da viagem ela foi relativamente tranquila, em alguns momentos que ela passava por uma região de pedregulhos ela balançava e acabavam que caindo em meio aos produtos ali existentes. Um novo vilarejo, uma nova cultura, Amargo estava animado por estar ali e torcia positivamente para que tudo ocorresse da melhor maneira possível.

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