Era um dia comum como qualquer outro no vilarejo de Iwagakure. O fim do ano havia dado inicio a uma nova época no vilarejo e o inicio da primavera. Época em que Samael completava seus dezenove anos. As mudanças climáticas podiam ser sentidas com a passagem de estação e o frio já não fazia mais parte do cotidiano dos moradores. Porém, o clima ameno da manhã dava uma sensação agradável a quem saia de casa. Caso especifico de L que se encontrava nas ruas logo cedo. Fazia um trajeto nada traçado por entre as ruas de seu humilde bairro, como quem procurasse se expor a luz por simples capricho. Suas roupas leves ajudavam a ter uma sensação de frescor, enquanto o sol lhe aquecia com seu calor.

Durante o caminho não se limitou a chegar em seu destino, caminhando em passos curtos e lentos. Seus olhos percorriam as ruas lentamente, observando o despertar de um vilarejo em ascensão. Ouvia as vozes dos moradores em seus mais diversos diálogos, enquanto se abstinha a caminhar devagar por entre eles. A quantidade de pessoas ia aumentando com o passar do tempo, enchendo as ruas de vida. Mesmo que sozinho, L sentia-se em paz onde se encontrava.

Fora logo a alguns metros da feira que L acabou por escutar uma conversa um tanto quanto curiosa, entre dois shinobis. Não fora sua intenção se intrometer em assuntos que não lhe diziam respeito, entretanto os homens não demonstravam qualquer preocupação em esconder oque diziam, oque o fez se interessar pelo assunto que por ali corria. Um dos homens comentou sobre uma noticia vinda diretamente do Pais das Ondas e que eles estavam sofrendo um ataque de um exercito com características peculiares. O segundo homem curioso, perguntou se sabiam mais sobre o assunto; mas seu amigo respondeu que a única informação era que eles possuíam uma tecnologia diferente de muitas já vistas. Aquilo havia despertado a curiosidade de Samael quanto o assunto, mas o mesmo não parou de caminhar oque o levou a se distanciar dos homens que conversavam entre si.

Após alguns minutos andando, L parou sob a luz do sol, botando sua face para cima com seu olhos fechados, guardando suas mãos dentro do bolso de sua calça. Sua mente ainda matutava sobre o assunto ouvido a pouco, oque o levou a tentar desvendar por si próprio um pouco mais da história. Por um momento refletiu nas possibilidades que cercavam a ocorrência, uma possível invasão? Uma resposta aos ataques dos seguidores de jashin? Devidamente era algo importante, já que a informação havia chegado até ali. Naquele momento uma decisão havia de ser tomada, ou ele esquecia o fato e seguia sua vida a diante ou tomava alguma atitude perante a situação. Seus olhos tentaram se abrir, mas o sol refletia em sua face, oque o fez fecha-los novamente. Um leve sorriso surgiu no rosto do rapaz, revelando sua decisão diante do paradigma.

O dia passou mais devagar do que o imaginado, mas próximo ao horário do por do sol, Samael estava em sua casa se arrumando para seguir rumo ao Pais das Ondas. Tinha em mente que o assunto talvez não lhe fosse de respeito, mas sua forma de tratar os acontecimentos que lhe cercaram nunca lhe impediram de errar perante as adversidade. Soube desde que tomou a decisão que seria uma ação arriscada e passível de punição perante as forças militares do vilarejo, mas uma ínfima intuição o levava a desconsiderar as desvantagens de seus planos. Arrumou-se como devia, tomando rumo em direção a muralha do vilarejo, partiria até o Pais das Ondas. Tinha em mente o trajeto necessário para que pudesse chegar em segurança, isso devido aos seus anos de viagem. Estava devidamente equipado com os armamentos necessários para possíveis desavenças, mas seu principal objetivo era investigar oque estava acontecendo naquele lugar.

Para evitar ser perseguido pelos próprios aliados, Samael decidiu seguir caminho pelos rochedos do oeste, atravessando a muralha ao invés de passar pelo portão. Assim evitaria a necessidade de explicações. Mesmo tendo respeito a cerca dos princípios que regiam a ordem de um vilarejo, o rapaz nunca fora muito adepto a visão hierárquica das coisas, oque sempre o levou a discordar da necessidade de níveis de distinção, talvez fosse uma de suas virtudes adquiridas ao longo de sua vida como andarilho. Ao saltar sobre a muralha, uma leve sensação de liberdade percorria o corpo do rapaz, relembrando tempos em que seus dias se resumiam a caminhar pelo mundo. Aterrissou sobre as pedras que se encontravam ao redor da muralha e seguiu rumo ao seu destino, saltando pelas pedras. Sabia a urgência da situação, oque o levou a percorrer o caminho em uma velocidade mediana que o levaria até o destino até o amanhecer.

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Armas:

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