Me sinto estranha, toda vez que sinto essa brisa úmida, toda vez que deslizo as mãos sobre as rodas da cadeira, sempre que essa liberdade acaricia minha face. Me pergunto as vezes se esse mundo é pra mim? Caminho, sim, rumo a coisas novas e expectativas as quais podem parecer impossíveis para você, mas não me rotule, sou mais do que pareço, mais do que meus limites.

O letreiro de escrita garrafal e o cheiro das flores, não me é estranho aquele local, amante das flores e de seus usos como sou. Aquela missão era quase um hobby, e, por isso mesmo a faria com o devido esforço. Sinto os olhares de sempre, os sussurros de sempre, eles não me incomodam quando entro ali. Me dirijo a dona me apresentando e também aceitando o trabalho - Sou Shinomiya Ayase, é um prazer - Com um sorriso em minha face, afinal talvez nem fossem necessárias apresentações.

A senhora já em sua meia idade não demorava em já me mostrar meu serviço, adiantando coisas e me instruindo em coisas mais específicas. Eu já sabia boa parte, então ficava encarregada dos cuidados com as plantas mais que ao atendimento, umedecendo algumas e retirando as partes mortas de outras. Por vezes vislumbrando a entrada, o sol tornando-se com o tempo mais forte, e mais fraco ao entardecer enquanto prossigo ajudando-a.

As coisas encaminham-se para seu fim, a luz se esvai e a mulher parece um pouco cansada. Talvez além disso. Suando, consigo perceber empurrando a roda para ir até ela, tocando sua face, que está um pouco quente. - Repouse. - Me direciono até o canto onde algumas folhas usadas para chá estão, colhendo algumas e levando ao fundo onde um pequeno fogareiro estava para ferventá-la em água. Servindo a seguir para a mulher calmamente que toma descansando sobre uma cadeira. - Melhoras, é minha hora. - Serviço findado saio como entrei, mas, feliz por começar a fazer algo, a ver minha vida mover-se... adiante.

Data:

Seguindo adiante, e assim por conseguinte, esta será minha segunda missão que executarei na vila. Escolho-a com certos cuidados em mente, não adianta eu me meter em uma mina sem preparo, então, por hora basta coisas como ajudar em um floricultura, ou, no dia tal ajudar na limpeza de uma biblioteca. Aquele, era outro dos lugares ao qual perdia um tempo, talvez menos que a floricultura onde estudei boa parte do que sei sobre botânica.

Novamente, àquela sensação que ainda me vem, deve ser estranho ver alguém como eu ninja, mas, de certo que há outros por aí, lutando contra os desafios de seus próprios corpos. Meus irmão são assim, no que trata-se das histórias de minha mãe sobre eles, após mais uma das visitas do homem ao qual não se chamaria de "pai". O cara com quem ela gosta de "balacubar". Me encaminho a responsável, pegando alguns equipamentos e me prontificando a continuidade do bom trabalho que pretendo fazer.

Alguns pergaminhos antigos estão separados e requerem mais cuidado, assim, me atenho a limpeza desses por não envolver grandes escadas ou algo do tipo. Apenas um trabalho manual cuidadoso. Nem me atrevo, de forma alguma a ler o conteúdo ali, apenas retirando a poeira com cuidado para não danificar o papel frágil, o qual aparentemente teria seu conteúdo transferido depois para algum material mais recentes. Julgando pelo número de pergaminhos novos em branco próximos, mas para isto precisavam estar legíveis e que pudessem ser abertos sem o risco de uma silicose.

Terminando, me aventura ainda por algumas prateleiras próximas, limpando aqui e ali ajudando os demais. O meu serviço já teria sido adiantado. Me ergo por vezes apoiando firme no braço de minha cadeira para erguer um pouco meu corpo e me esticar, pedir ajuda é fora de cogitação. Estou ali para ajudar. Logo todos terminam e começamos a ser dispensados. Penso de pegar algo e ler, mas, está tarde e deixo para outra chance que o tenha de fazer, indo embora do local, satisfeita pela conclusão de outro serviço.

Data:

Se eu pensar racionalmente, não deveria ter aceito aquela missão. Com o pergaminho em minhas mãos, fitando-o, tremendo, tomo algum ar engolindo a seco meu pavor. Sou uma ninja, como todos os outros e se gente do mesmo patamar que eu poderia pegá-la, também eu o posso. Se me perguntar então, porquê eu escolhi essa missão e a aceitei? Meu orgulho simplesmente não me deixou aceitar as risadas quando entrei frente ao quadro, como se dissessem que eu só aceito missões fáceis. Ou isso seria meu âmago ferido em auto flagelo?

Pode-se dizer que levou algum tempo até que chegasse a tal vila, o cenário pós conflito era claro. Pessoas fracas na rua, casas destruídas ou abandonas e crianças sozinhas chorando. - Você foi ferida na guerra moça? - Sou interrompida em meu caminho por uma voz fraca na beira da estrada, uma criança de no máximo uns seis anos me questionando sobre minha condição - Não pequeno... eu estou bem. - Digo retirando um bolo que minha mãe tinha feito da bolsa, não era muito, mas os olhos do menino brilhavam quando eu o entregava. O garoto não fez por mal - Como se eu fosse querer algo feito por minha mãe agora - Armo um sorriso com minha própria brincadeira, mas tomo consciência quando ela começa a chorar que foi indevida.

Uma mulher, em torno dos quarenta anos vem acalmando-a e mal sei onde enfiar a minha cara. - Não se incomode, a mãe dele morreu no conflito -  Após acalmá-lo e ele ser levado por outra pessoa, a mulher me conta aquilo despertando um certo inside em minha mente, "Ah, era por isso que minha brincadeira a fez chorar. Fico um pouco sem graça, mas logo volto a mim, lembrando da missão a qual estou executando. - Ainda assim é estranho ele chorar assim do nada. Eu certamente não sei a razão.

Alguns sorrisos forçados, antes de por fim partir ao assunto principal, conversando com a mulher descubro que ela é a líder local, a qual procurava para dar apoio. Me apresento, dizendo que tenho algo em mente para aquilo. Não seria por acaso tal, entrando, além da destruição, uma das coisas que notei foi um jardim de uma certa planta a qual já havia visto antes, usada para amenizar a dor respirando o vapor da mesma. Além disso a forma como a vila estava, não justificava a fuga do homem, havia algo errado para que ele fugisse se era um ninja talentoso. O bastante para seu nome ser reconhecido.

Eu pedia uma reunião e tal era feita, após algumas coisas serem acertadas. Pedia a mulher que me desse várias daquelas plantas, além disso que esta parte fosse apenas entre poucas pessoas de confiança próximas, além disso, conto que faria um discurso desmotivador e queria que ele fosse ouvido. Queria o boato na vila de que o socorro que veio era inútil, apenas uma ninja fraca e aleijada esperando no centro fármaco da pequena vila. Bem, não era mentira. Tal era feito, e, logo após todas ferventávamos aquela erva em água com panelas lacradas, deixando várias delas em espaços que pessoas poderiam se esconder dentro do local, todas elas com panos em suas faces funcionando como máscaras, menos eu.

Quando a mulher pedia uma explicação, sem exitar eu começava a descrever tudo que pensei. Como uma suposição, mas, quase certa dada meus conhecimentos, que havia um espião entre eles. Não havia ali quem oferecesse risco a um ninja hábil, apenas civis saudáveis e ninjas enfermos. Além disso, o homem se esgueirar sem atacar logo após o pedido de ajuda, era suspeito. Atraí-lo era a melhor opção, se viesse poderia eliminar a única e frágil proteção da vila que era eu. Quando a mulher pergunta, se consigo enfrentá-lo, apenas digo, eu, não, mas vocês sim se seguirem com o plano. Digo-os para não terem medo de serem cruéis, apenas amarrá-lo não adiantaria, e, para pensarem nos familiares que perderam com ele.

Não demora a o homem entrar pela porta, pedi que os cidadãos se afastassem da entrada para deixá-la mais fácil. Quando este entra, um certo suspiro de alívio me escapa, por tudo correr bem. Se precisasse lutar não saberia como seriam as coisas. - Então você veio, ou é muito tolo ou muito confiante. O homem ria e junto eu também, ambos dentro de sua arrogância tentando provar que a sua era mais certa. Vejo-o sacar uma kunai e caminhando lentamente a mim - Por que deveria temer uma aleijada? Konoha caçoa de nós? O discurso do homem reforça minha teoria de um espião.

O cheiro que é meu sinal começa a ser sentido, olhando a volta e já me sentindo um pouco mais, "calma". - Hey, olha o passarinho - Digo erguendo em minha mão uma hikaridama e a estourando preenchendo todo ambiente com luz enquanto o som da porta nos trancando ali pode ser ouvida, o lugar já quente antes começa a se tornar uma sauna com a temperatura com o cheiro forte de passiflora no ar. - Você conhece as flores em volta da vila? - Os passos do homem, lentos em minha direção podem ser ouvidos, provável que seguindo minha voz - As flores da paixão? - Dou um sorriso antes de responder - Essas! Advinha o que acontece se você ferventa várias delas em um espaço fechado que quase não tem mais ar normal, super abafado e quente?

Um silêncio fica no ar, antes de ouvir dois passos mais rápidos e o homem mais próximo em meio a fumaça e o ar vibrante com calor, abrindo meus olhos com dificuldade pelo incômodo da temperatura de todo vapor jogado para dentro pelas mulheres no pequeno espaço fechado - Sua vadia! - Bloqueio com alguma dificuldade a kunai do homem com uma minha caçoando antes de ambos ficarmos inconscientes. - É assim que trata uma mulher que te chamou para dormir com ela? Que absurdo...

Quando acordo, meus olhos ardem, ainda estou um pouco sonolenta por respirar muito vapor da planta e quando viro pra lado me deparo com o homem preso por uma corrente em seu pescoço e com as mãos quebradas cheias de sangue. - Levaram a sério a parte de não peguem leve, eu gosto assim. - A mulher vem correndo passando mais um pano e tirando o suor de minha face com uma feição preocupada. - Você é louca garota - Não respondo, só sorrindo e levantando em primeiro momento. - O que fazemos com ele? Viro-me pensando - ... Matem-no. Pela expressão de ódio não se arrependeu e eu odeio pessoas com tudo e que jogam fora sem causa. Onde está minha cadeira? A mulher me mostra e ameaça uma ajuda, mas ergo minha mão em sinal que não precisa me levantando a ela com dificuldade por meus braços. - Bem, meu serviço acabou aqui...

Saindo pela entrada da vila, vejo o mesmo garoto, sorrio, ainda que com dificuldade e o corpo um pouco dolorido balbuciando baixinho enquanto acaricio sua cabeça. - Desculpa. - Seguindo dali minha jornada de volta a vila, meu serviço já estando concluído.

Data:

Dentro de mim, sentia algo mudar, meus focos e a forma como vejo o mundo, meus sonhos, começo a desejar por coisas maiores e me mover um pouco mais. Naquela manhã, isto se faria com a primeira missão que estaria por me dispor a executar, seguindo ao quadro, e, ali escolhendo uma de ranqueamento mais simples como tenho uma preferência em fazer. Adotando o ritmo de duas simples e uma mais complexa como padrão.

O objetivo da missão era reconstruir uma área afetada por um ataque à vila, pela não repercussão, de escalas não muito grandiosas. Seria algo apenas de pintar cercas e muros nas redondezas. Não tardo em destinar-me ao local, chegando ali e cumprimentando os encarregados educadamente. - Olá, vim através do pedido... Sinto um certo olhar, e, como de costume apenas prossigo sem perder a compostura ... Não se preocupe, estou apta.

Alguns equipamentos são me dados para dar prosseguimento, e, começo pelo que me seria mais fácil, pintando a parte de baixo de uma cerca por ali, usando das cores que me foram disponibilizadas. Não posso mentir que as condições dificultam bastante a execução, mas, não me deixo vencer fácil, me estico para alcançar as partes mais baixas, tentando assim, manter um serviço impecável que não dê margens a reclamações. Por serem cercas, a parte de cima por outro lado está em uma altura bem fácil.

Em certo momento, após muitas cercas, escuto um chamado em volta pedindo ajuda. Se alguém podia levar um andaime para pintar a parte de cima do muro, me guio até o local, para ver se poderia ajudar. A estrutura era pesada e os demais estavam ocupados, por isso o pedido para transportar o objeto. - Se me permite... O homem olha desconfiado, enquanto eu selo alguns movimentos de mão, envolvendo o pé da estrutura e então puxando-a na direção da parede atenta para não desvencilhar o controle de nenhuma parte da areia e estragar o serviço assim, e, no fim retornando a areia a seu reservatório abaixo de mim.

- Pronto. O homem parecia mais que satisfeito, surpreso, prosseguimos com nosso serviço e logo nos aproximávamos do fim. Quando não havia mais nenhum, me despeço erguendo minhas mãos de forma educada e partindo dali ajeitando meus ombros, satisfeita, mas ciente que isso era só o começo.

Data:

Dias que seguem, mais trabalhos que opto por fazer. Segurar o pergaminho na mão tem uma certa sensação, algo como, eu finalmente sou uma ninja de verdade. Aqueles que admirei, agora sou uma deles. Leio atenta sobre aquele pedido ao qual tem o meu propósito, apesar de, em nenhuma instância estar muito no meu agrado o que teria de fazer, mas trabalho é trabalho.

Chego a tal fazenda, sendo recebida por um dos responsáveis, o dono do local não estaria presente no momento. Segundo o homem ele levou os filhos para passearem para não verem nada ali. Isso mostrava que ele tinha alguma consciência sobre aquilo ser um tanto quanto errado, mas, que também não se importava tanto. Me destino ao local dos ataques, que geralmente acontecem mais pelo anoitecer.

São plantações, então devem ser animais de pequeno porte, ou, assim acredito em priori estando certa ou não. Algumas tochas estão dispostas pelo local iluminando, além de eu não ser a única ali. Me surpreendo quando o primeiro espécime aparece, não um, mas um bando deles. Em torno de quatro cervos, aparecendo na floresta e não avançando percebendo a nossa presença. São cervos? O homem também parece surpreso. - Não, no outro dia eram coelhos.

Começo a me mover na direção dos animais, mas ao invés de fugirem, parecem mais encurralados. Como se não tivessem para onde correr, até que correm em minha direção. No susto rapidamente selo o necessário para as mãos de areia, para evitar o choque. Quando passam correndo uma grande fera aparece em minha frente. Um lobo de proporções grandes, consigo perceber algumas feridas e cicatrizes e que está muito agressivo.

Sem escolha acabo entrando em combate com a criatura, usando as mãos já formadas busco prensá-lo e segurá-lo, mas, ele continua se desvencilhando de forma veloz no começo . De forma que deixo a areia tocar o solo, mudando a tática para algo mais sorrateiro e me circundando. Quando o mesmo parte para cima de mim, novamente as levanto uma a frente como um segurada de baiseball e a outro por trás fechando-o, sustentando-o e o jogando mais de dez metros acima do chão.

Tudo se finda em um exclamação de dor do animal na queda, morrendo no processo. Os cervos fugiram e nos dias seguintes acabei voltando ali, mas, não havia novos relatos de ataques. No fim a presença de um predador de fora da cadeia quebra o equilíbrio e os forçava para fora, sem ele, os animais simplesmente não precisavam sair da floresta atrás de alimento. Não mais que o normal e meu trabalho estava concluído.

Data:

Atrás de uma missão com uma recompensa um pouco maior, ou, ainda que não isto que tivesse uma dificuldade um pouco mais relevante e ajude no meu crescimento como ninja, no meu caminho até os passos como chunin que não encontra-se tão distante de minha realidade, acabo por deparar-me com uma que me interessa muito dentro dos critérios, sobre salvo por alguns detalhes.

Revisitar a academia seria peculiar, ainda mais para ajudar ali, ver os novos ninjas se formando. Logo chego ao local, onde uma professora apressada apenas me coloca na entrada para controlar certas coisas sem nem me perguntar muito. Parece que ela precisava estar em outro local. De início pouco ou nada acontece, algumas crianças curiosas me abordam para perguntar o que era minha cadeira, nada de mais. Apenas era um pouco engraçado notar o quão tarde eu fiz minha academia, a maioria que passa por isso é bem mais jovem.

O horário de entrada se finda, e, continuando meu trabalho vou ajudar nos corredores. Controlando para ver se ninguém estaria matando aula ou algo assim, até que, em certo momento entre os sons de aula normais, passando próxima ao banheiro escuto um som de choro. Entro, com calma, percebendo uma das portas fechadas e a respiração abafada.

- Está tudo bem? Pergunta com uma voz mansa, ouvindo de volta o oposto. - Sai daqui! Apesar de minha sobrancelha franzir um pouco, busco manter a calma, conversando um pouco e informando que estou ajudando ali. A garota por outro lado continua os ataques um instante, até dizer algo como eu que já sou ninja não posso entendê-la. Ela estava mal na academia e temia falhar, seus pais não conseguiriam mantê-la ali por mais um ano se fosse o caso. - Bem... certamente não é fácil, para mim não foi. Quando me tornei gennin já era quase adulta, não faz muito e minhas condições não tornava as coisas mais fáceis. Se me permite um conselho, siga sem olhar para os lados atrás do que você quer, não ligue se não tem clã ou dinheiro, eu não tenho minhas pernas para usar, o que importa é o que você quer e o que você consegue fazer. Encontre seu lugar e siga atrás dele... e bem... saia daí, seu tempo de banheiro já acabou, matar aula não é um bom meio de chegar lá.

Deixo-a ali e sigo novamente fazendo vigi-lha sem muito mais emoção daí, seguindo o dia normal até o final. Na saída, bem próxima do final, de forma repentina uma garota me abraça, causando um certo susto. Quando olho para baixo, posso notar os olhos ainda um pouco inchados e em silêncio ela vai embora. Assim também eu a deixo ir. Força garotinha. Estar com as costas na parede é difícil, mas isso também quer dizer que só da para ir pra frente. Boa sorte. o serviço acaba e eu deixo o local alegre com os decorridos e ter conseguido ajudar.

Data:

Meus olhos se abrem sob o teto branco, assim como meus cabelos que se espalham pela cama e minha mente tomada pelos sonhos com o corpo de minhas ilusões. Meus braços correm por meu corpo, minhas mãos dedilham minhas auréolas, minhas unhas escorregam por meus lábios e o toque ligeiramente rígido de um pequeno fiar embalam meus agudos intensos estremecendo meu corpo quente em meio às sensações.

Lavo meu rosto fitando o espelho, já em minha cadeira, ofegante, suada, com uma sensação vazia e de desejo que ainda não se aquietava por completo. Tomo um banho frio, sentindo a água tocar meu rosto e me lavando. Meu corpo perfeitamente cuidado, a pele lisa sem pêlos pela qual deslizo a mão, que apenas serve para cuidar da minha saúde. O vislumbre de cima, a mente traiçoeira que recria as peças que minha mente me prega a noite ainda me levariam a mais uma aventura, antes de finalmente deixar a sensação refrescante da água.

Recolho a missão quando finalmente chego ao posto, uma dentre as do quadro que podem me oferecer desafios maiores, em vista limpar minha mente destas coisas que me atormentam. Sayuri não está por aqui, quando voltar, espero estar forte o bastante para não causar nenhum estranhamento. Se não posso ser mais, que eu seja sua amiga. O foco é a proteção dos aldeões do país do arroz de alguns bandidos da região.

Chego ao local me apresentando as lideranças competentes, como uma ninja da área e percebendo que agora, havia mais de uma razão para eu me destacar. Não pelos fios brancos, no mundo ninja isso é apenas normal, mas uma tatuagem no rosto ainda parecia ser atípico. Nada fora do costume, diria que ser mais ousada causava pelo menos uma atenção mais respeitosa. Acordo as coisas como vão ser feitas, levando a prática o trabalho mais solo desta vez.

Segundo as informações eles tinha áreas de mais atuação, com focos em regiões de mais lucrabilidade como alguns estaleiros, fazendas e bares famosos por seu saquê ali. Em especial, um com algum prestígio pela bebida destilada de arroz ainda estava ileso e pela não repetição dos locais acredito que seja o alvo. Entro no local me guiando até o caixa, pedindo uma pequena garrafa de saquê e me juntando a uma mesa que tem altura mais agradável que o balcão para mim.

Apesar de chamar atenção pelas razões erradas, ali pareço apenas inofensiva, ainda mais pelo hábito de andar por vezes sem a bandana e nem como ninja sendo vista. Apenas mais uma boêmia como gostaria. Algum tempo se decorre, e, mais doses do que eu gostaria já teriam descido e minha mente divaga em direções perigosas me irritando. Foi exatamente nesse momento que os bandidos entram pela porta anunciando o assalto.

Estar certa podia ser chato, minha mente já não estava dos melhores e meu humor negro. Selo algumas coisas e aproveitando a proximidade ainda com o exterior onde ainda havia terra, alguns pilares de terra são exaltados de trás dos homens empalando os três primeiros que entraram por seus peitos. Não conseguia ver que talvez eu estivesse me tornando algo pior que antes, mas, de alguma forma não sentia tanto o peso daquilo.

Mais dois entravam, e se assustavam com a cena, esboçando tentar correr usando o shunshin no jutsu. Da mesma forma, criando em um ponto futuro tentando antecipar a movimentação criava uma espirar no solo puxando os homens para dentro e os esmagando ali mesmo. A missão diz elimine a ameaça então não teria problema esses eventos. Os homens do bar parecem mais se divertir do que assustados, salvo alguns. Olhando em volta, aquele parecia um bar com outros cunhos, talvez por isso seja o último quando ficaram mais ousados.

O efeito surpresa tinha funcionado, a missão havia sido cumprida e era hora de partir. Aquela sensação até que era boa, algo que eu nunca tinha experimentado.

Data:

Em parte missão e em parte algo pessoal, uma notícia vinha para mim através do quadro no meu retorno da última missão, a garotinha do outro dia a qual motivei tinha sumido em um dos dias de aula. Não sabiam ao certo se era uma fuga ou qual a razão e a missão era justamente investigar, a qual, aceito sem exitar preocupada com a pequena. Como alguém que divide os mesmos empecilhos eu entendo-a um pouco e me sinto preocupada; Se alguém a fez mal essa pessoa pagará.

Começo a procurar pelo local pistas, vasculhando entre seus pertences em sua mesa se algo ali me era indício. Encontro entre alguns papéis na mesa um convite para comparecer em certo lugar, ao qual suspeito ser a causa. Quando finalmente chego no local, encontro a garota deitada no chão e ferida, em meio a uma mata fechada. Respiro fundo para manter a calma e tento reanimá-la, para ver se está bem o bastante para não ter que levar ao médico de imediato.

Quando acorda, parece assustada e leva um tempo para me ver e se acalmar. Quando questiono quem foi, ela conta que foi uma irmão gennin de outro estudante que mexe com ela. Porventura ela sabe onde encontrá-lo pela razão contrária, evitar onde eles está. Naquele dia não seria o caso. Caminhamos até o local até ver um garoto mais jovem que eu mas com a mesma bandana, debochando do ocorrido com alguns amigos sem bandana.

- São todos ninjas? Interrompo a conversa dos mesmo que parecem rir enquanto falam algumas coisas entre si, não estava com muito tempo para esperar a resposta. Selando criava várias estacas do chão que prendiam a movimentação dos os garotos no meio entre várias delas em direção aleatórias, uma criando um corte no rosto do tal gennin. Vejo suas mãos criando selos e também começo os meus. Ele primeiro criando uma estrutura de fogo esférica e eu na sequência interrompendo com mãos de areia a bola e empurrando as brasas de volta queimando-os sutilmente. - Eu não quero ouvir de vocês de novo e não quero ouvir do seu irmãosinho mexendo com ela. Se eu não encontrar você, eu encontro ele, entendeu?

Deixo a areia cair sobre eles abrindo mão dessa parte para deixá-los com o movimento mais cessado ainda para que não nos seguissem e levava a garota ao médico para receber tratamento e exames, conferir se tudo estava bom. Da mesma forma, concluía a missão e partia deixando a garota em segurança;

Data: