[RolePlay] Aquela que Via Demais e Aquele que Via de Menos

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Angell

Game Master

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Dom 3 Mar 2019 - 18:44

Angell Hyuuga

[ HP: 525/525 | CH: 545/550 | ST: 00/05 ]

Logo que a aula na academia ninja terminou, Angell dispensou os alunos de Mayumi e, depois deles, deixou o prédio. Não estava mais receosa de não conseguir finalizar sua missão; estava feliz com o resultado que tinha obtido. Agora, mesmo que Mayumi lhe tivesse dito que não precisaria de sua ajuda no dia seguinte, ela nem se importaria se a mulher quebrasse aquela promessa. ...até porque um dos alunos dela tinha esquecido sua garrafinha de água e Angell queria devolvê-la ao dono sem interromper nenhuma aula.

A azulada ainda tinha uma boa parte da tarde sobrando, então, ao invés de voltar para casa, embrenhou-se direto na floresta que circunda a Folha. Era exatamente como ela tinha dito às crianças da academia antes: precisava estar sempre treinando se quisesse ter todas as suas cartas na manga para quando – e se – precisasse delas.

Porém, seus planos foram frustrados tão logo quanto ativou o Byakugan para começar a estapear uma árvore qualquer da floresta, a fim de melhorar seu uso do Juuken; a primeiríssima coisa que Angell viu, alguns poucos metros à sua frente, foi um corpo caído, com o fluxo de chakra fraco demais para uma pessoa em condições normais, ao lado de um lobo, aparentemente apenas adormecido. Ela correu na direção dos dois, tentando ser silenciosa, justamente para não acordar o animalzinho.

– Try... to hear my voice. – ...mas acabou murmurando para o menino, meio que para tentar chamá-lo.

E parecia que não receberia resposta.

Então, abaixou-se ao lado dele e tocou-o no antebraço direito, com o intuito inicial de escorregar os dedos até o pulso dele e tentar sentir seus batimentos; porém, sentiu a frieza de sua pele e não teve como não se assustar e puxar a mão de volta para si com rapidez. ...mas ainda tinha de fazer alguma coisa para socorrê-lo.

Angell se sentou no chão, repousando ao seu lado a garrafinha de água que carregava consigo. Retirou sua blusa azul meio larga – sim, porque era só ela que a azulada tinha em mãos naquele momento – e a deixou jogada sobre o próprio ombro direito por um instante. Então, virou o corpo caído de barriga para cima e, com o pouco de força que tinha, arrastou-o para cima de si mesma, apoiando-o de costas em seu tronco quente. Pegou de novo sua blusa e a jogou por cima do tórax dele. Deu uma olhada rápida para cima, para o céu... como se estivesse se perguntando se a tarde que avançava esfriaria ainda mais. Dizemos, não para ela, que não estava com frio, mas para aquele menino, que parecia que logo congelaria.

– Maybe if you fall asleep, you won’t breathe right... – Angell tornou a murmurar para ele, de novo para tentar chamá-lo. – Maybe if you leave tonight, you won’t come back.

Não, ela não sabia como fazê-lo acordar; sequer sabia como ele tinha chegado àquele estado deplorável. Ainda se o lobo dele soubesse falar...

Falando no animal, a azulada abaixou de novo seus olhos e procurou pelo dito cujo ao seu redor. Porém, deparou-se antes com a garrafa de água que tinha deixado de lado. ...e pensou em mais algo que poderia tentar ali.

Ela abriu a garrafa e, segurando-a em sua mão direita, aproximou-a da boca do menino em seu colo, começando a virá-la com lentidão e cuidado para cima dele, primeiro só para molhar seus lábios. Depois, com a ajuda de sua mão esquerda, ela pressionou de leve as bochechas do menino, só para entreabrir os lábios dele, a fim de conseguir, quando virasse um pouco mais a garrafa em sua outra mão, derramar algumas gotas de água dentro da boca dele. É que Angell já tinha ouvido alguma vez, lá no bairro Hyuuga, alguém dizer que se morre antes de sede que de fome. Ou seja, se o menino estivesse para morrer, como o fluxo fraco de chakra dele denunciava, agora ela devia conseguir resgatá-lo... certo?

“But it’s the only thing that I have.”

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Dom 3 Mar 2019 - 19:49

Meus olhos se fecharam, para o horror desse mundo

KlotzThe Blind Swordman

Minha mente nublada e perdida em sonhos distantes de um passado que havia se ido a tempos, retornava a minha mente. As guerras e a fúria das pessoas se matando em meio ao caos de Kiri, quando eu ainda vivia por lá. As lembranças mais desagradáveis que um garotinho poderia registrar, estariam sendo reprisadas durante aquele sono forçado.

Não muito longe dali, uma garota surgia. Frozen nem mesmo notava a menina chegando. A mesma cuidadosamente ia tratando como podia do rapaz desconhecido, para ela. Em meio aquilo, o lobo sentiu um cheiro diferente e acordou rugindo e olhando para a garota. Contudo, não precisou de muitos segundos para perceber que a jovem não representava perigo algum. Animais tem um sentido excelente para distinguir ameaças.

Em meio a tudo aquilo que estava acontecendo comigo ali deitado, as memórias do sequestro vinham atona. Apesar de estar gelado e tremendo, começava a suar frio. A roupa colocada por cima de mim, fazia meu corpo se lembrar de como era estar preso e sufocante ao mesmo tempo. Balançava a cabeça para os lados em intervalos não sequenciados. Tudo que fui sentido, foi se acumulando e então me veio um temor em meu espírito que me fez despertar. Arregalei os olhos como se pudesse realmente ver. O susto me deu um calafrio e um segundo após, eu inclinava meu quadril, trazendo os joelhos para perto do tórax, e usando meus braços, eu impulsionei meu corpo para longe, usando as pernas como forma de arremesso corporal, facilitando todo meu movimento. Eu pousava a uns três ou quatro metros da garota sentada, em posição de combate, mas sem se mexer.

— Ahhhh! NÃO SE APROXIME!!

Bravejava amedrontado e eufórico com uma respiração ofegante e o corpo todo tremendo. O pescoço parecia procurar pelo inimigo, dando sinais claros de quem estava fora de si ou havia algo que impedisse o reconhecimento da posição da Hyuuga. Os instintos do rapaz pareciam lhe abandonar por hora e ele não tinha arma alguma, apenas seus punhos e um semblante fraco que no máximo assustaria crianças. Por mais que tivesse feito um salto, ali fora gasto a energia que teria conseguido recuperar quando caiu desmaiado, e por isso não conseguia dar um novo passo. Ao menos não um passo com confiança. A adrenalina parecia desgastar bastante suas condições físicas. A preocupação de não saber onde estava, eram bem alucinadoras.

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Klotz

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HP: 525/525

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CH: 525/525

Juro que não vi nada

Angell

Game Master

Dom 3 Mar 2019 - 20:35

Angell Hyuuga

[ HP: 525/525 | CH: 545/550 | ST: 00/05 ]

Como descobrir quem estava assustando quem ali? Primeiro, o lobo do menino tinha acordado e grunhido qualquer coisa para Angell, como se ela o estivesse ameaçando – ou ameaçando seu dono –, mas como se, com uma reação assim, quisesse ameaçá-la de volta. Agora, o próprio menino acordava e se agitava, até gritava; literalmente agia como se Angell o estivesse querendo fazer mal antes, então, agora, tivesse de retrucar esse mesmo mal a ela. A diferença era que o lobo tinha se aquietado logo, percebendo seu engano quanto às intenções da azulada, enquanto o menino parecia perdido tanto em relação ao que acontecia consigo quanto... bem, com restante do mundo como um todo. Mas era para aquilo ser normal?

– E-ei... – Angell voltou a murmurar a ele. – eu estou aqui, atrás de você.

Porém, enquanto falava, ela voltou a se levantar, antes de qualquer coisa, para poder chegar até sua blusa, caída no chão, pegá-la e se cobrir ao menos um pouco com ela. ...e como o tecido estava frio! Parecia até que aquele menino era feito de gelo, já que foi capaz de esfriar a blusa toda em tão poucos segundos que esteve em contato com a mesma. ...ou ele só estava realmente em péssimas condições, mesmo que ainda não tivesse percebido nada disso. Dizemos, que tipo de semimorto gasta suas últimas energias reagindo a algo que sequer chegou a lhe acontecer? Angell simplesmente não conseguia entender o que o menino tinha na cabeça.

– Desculpe se te assustei... – ela tornou. – mas eu precisava cuidar de você. Porque... bem... p-porque parecia que você ia morrer. O-olha, eu ainda tenho água aqui! – E ela estendeu a garrafinha aberta na direção do menino. – P-pode beber mais...

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Convidado

Seg 4 Mar 2019 - 4:55

Meus olhos se fecharam, para o horror desse mundo

KlotzThe Blind Swordman

Estava bem perdido na situação. Tentei demonstrar ser uma ameaça, mas em meu intimido, quem realmente estava assustadora, era eu. Foi então que a voz foi emitida. Meus ouvidos que ao captar, fez todo meu corpo reagir junto, me virando de frente de forma um tanto, apressada. Meu foco de "visão" seguia uma linha imaginária até a jovem presente, mas ficava claro que não estava realmente alinhado com o rosto da menina. Esta que tentava falar comigo novamente. Todavia, eu tentava não escuta-la. Se fosse uma shinobi que teria me sequestrado e tentando algum tipo de artimanha, eu precisava ficar cauteloso.

Contudo...

Pude ouvir o rosnado de uma outra criatura. Era família seu som e soava de forma amigável. Reconheci finalmente aquele som tão presente na minha vida.

— Frozen? — Fiquei em absoluto silêncio, enquanto ouvia apenas um grunhido do mesmo — Você me encontrou...

Não conseguia acreditar que ele teria me achado realmente. Só pude ficar perder as forças nos braços, os deixando cair e fiar junto da cintura. Muito coisa passou pela minha cabeça e comecei a raciocinar direito. Se meu companheiro estaria com a menina antes e nada de mal aconteceu, talvez ela não fosse quem eu julgava ser. Colocando minhas ideias em ordens, era notável que estava aonde cai, embora não lembrasse como tudo aconteceu, e eu não sentia nada além do que já teria me acontecido. A agitação na alma foi sessando e meus joelhos cederam, indo de encontro com a grama.

— Frozen...

Comentava com uma lágrima escorrendo pelo canto do olho e queixo caído. O animal sentia o tom de permissão de seu mestre e corria até mim, se afagando no meu colo e emitindo sutis sons de saudade. Com o pouco de força que me restava, alisava seu pelo com a sensação de segurança e nostalgia. Me sentindo mais calmo, recordava da garota ali. Refletia sobre suas palavras.

— Não... — Puxava ar em meus pulmões — Sou eu que devo desculpas. Eu... Aceito sua água. Por favor.

Não havia mais o que eu pudesse fazer. Estava em estado declinável e sem qualquer chance. Amigo ou inimigo, só me restava depositar minha fé nas palavras da jovem e no instinto de meu camarada.

Klotz

HP: 525/525

CH: 525/525

Juro que não vi nada

Angell

Game Master

Seg 4 Mar 2019 - 17:29

Angell Hyuuga

[ HP: 525/525 | CH: 545/550 | ST: 00/05 ]

Angell ficou estática diante da cena tão melancólica que seus olhos, mesmo que ainda afetados pela visão especial que o Byakugan lhes dava, captavam. Teve vontade de se aproximar de novo do menino, sim, às pressas, e apoiá-lo enquanto ele se deixava cair no chão outra vez. Teve vontade de voltar a tocá-lo e enxugar aquela lágrima que o via deixar escorrer rosto abaixo. Queria ampará-lo, dizer-lhe que estava tudo bem, que ele não tinha nada a temer agora; estava em mãos bondosas, mesmo que não habilidosas. ...mas talvez aquilo só fosse desanimá-lo mais.

O menino voltou a falar consigo, parecendo já mais calmo. Não, não era exatamente calmo que ele estava; era como se... estivesse rendido. E Angell ainda demorou a conseguir respondê-lo por isso; não entendia o motivo de ele agir daquele jeito, ainda mais tendo acabado de querer se passar por uma ameaça.

– Pode beber tudo, se precisar. – ela comentou enfim.

E voltou a se aproximar do menino, mas muito mais lentamente do que imaginava que o faria. Ainda assim, manteve a garrafa de água estendida em direção a ele e, vendo-a já ao seu alcance, fez questão de encostá-la nas costas de sua mão esquerda. Tinha a impressão de que aquilo o ajudaria a encontrá-la no ar... mesmo que não soubesse o porquê de o menino agir como se não enxergasse direito o mundo ao seu redor.

– Então... o nome dele é Frozen, é? – Angell tornou, na intenção de quebrar ao menos um pouco daquele clima pesado que se instaurava entre si e o desconhecido. – E o seu nome, qual seria?

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Seg 4 Mar 2019 - 22:37

Meus olhos se fecharam, para o horror desse mundo

KlotzThe Blind Swordman

O segundos se passaram enquanto eu afagava Frozen. A menina se aproximou de mim com a suposta água. Estendi meu braço, ainda cabisbaixo. Ela deixou em minha mão e lentamente levei até a boca. O primeiro gole, não, a primeira gota que tocava meus lábios me fazia estremecer por dentro. Não conseguia controlar minha ânsia em tomar o segundo gole, e o terceiro e assim por diante, até esvaziar a garrafa. Quando a última gota caia na ponta da língua, senti como se um pingo de esperança me encharcasse novamente. Meu caro amiguinho lupino ainda teria mais uma cena de certa importância naquela reunião. Trazendo aos dois shinobis, a chama de novas situações.

— Sim, eu o achei ainda filho, perdido pela minha vila. Sua mãe fora morta por um acidente de deslizamento de pedras grandes. O criei desde então e tem sido um amigo leal — O gelo quebrado e o dialogo seguia — Me chamo Klotz —A duvida cruel persistia e eu não segurei por mais tempo — Perdão, mas... Onde estamos?

Me situar naquele instante, era de suma importância. Terras inimigas ou terras amistosas, aquilo definiria o resto de como eu agiria.

Klotz

HP: 525/525

CH: 525/525

Juro que não vi nada

Angell

Game Master

Seg 4 Mar 2019 - 23:34

Angell Hyuuga

[ HP: 525/525 | CH: 545/550 | ST: 00/05 ]

O menino sumiu com a água da garrafinha quase sem que Angell pudesse perceber. Ao mesmo tempo, passada aquela espécie de surto de rendição dele, agora o fluxo de seu chakra parecia ir voltando a ganhar vitalidade, mesmo que ainda não o bastante para se comparar ao normal de uma pessoa em plenas condições. A azulada se culpou mentalmente por não ter mais água nem qualquer migalhinha de comida consigo. ...mas se lembrou que ainda tinha sua blusa. Porém, no instante em que ia oferecê-la ao menino, ouviu-o lhe responder as perguntas que tinham acabado de ser feitas a ele.

Então o nome dele era Klotz, e ele encontrou Frozen, aquele seu lobinho tão amigável, quando ainda vivia em sua vila. ...“em sua vila”? Agora as coisas faziam ao menos um pouco de sentido para Angell; ele devia estar perdido no mundo ao seu redor, agindo como qualquer criança confusa, por não saber onde estava agora. Mas, se não sabia... como tinha chegado até ali? Melhor dizendo, por que tinha chegado até ali? E por que de repente tentou parecer uma ameaça à azulada, que apenas queria socorrê-lo? ...ele poderia ser uma ameaça, se não estivesse semimorto antes?

Angell hesitou. Afastou-se um passo curto, pressionou ainda mais sua blusa azul contra seu próprio busto, enquanto erguia a mão oposta – aquela que, antes, entregou a água a Klotz –, colocando-se meio que na posição tradicional de luta de seu clã. Porém... ela também estremeceu.

– Kono-... Konohagakure. – e murmurou, engolindo em seco. – De onde você veio? Por que veio?

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Convidado

Ter 5 Mar 2019 - 6:49

Meus olhos se fecharam, para o horror desse mundo

KlotzThe Blind Swordman

Minhas energias pareciam se estabilizar, não como eu realmente queria, porém, era o suficiente para que eu pudesse não desmaiar novamente. Frozen ficava lambendo meus dedos feridos, enquanto eu aguardava a resposta da menina. Contudo, o que pude sentir fora algo diferente no ar. A amistosidade de antes, dava lugar a er... Pânico? Ouvi aquele singelo passo recuando, parecia alguém preste a fugir ou a atacar. Movi meu queixo para a direita, deixando meu ouvido alinhado com a jovem, um hábito de quem quer ouvir melhor tal direção. Me mantive imóvel nesse instante aguardando o que ela iria aprontar. Com um tom receoso em meio a gaguejos, ela deu-me a informação a informação que eu precisava, o que me espantava.

— Konoha... Vim parar tão longe assim? — Comentava surpreso — Vejamos... — Comecei a desenhar com a ponta do dedo no chão, algo apenas para me localizar melhor, relembrando minhas memórias geográficas, enquanto a menina fazia novas perguntas — Sou nativo de Kirigakure, vivi maior parte da minha vida lá. Um dia após a vila afundar no mar, minha mãe nós tirou de lá e conseguiu evitar o pior para nós. Conseguimos abrigo em Kumo e hoje moro lá — Eu terminava se riscar o chão, se é que teria conseguido risca-lo, mas o mapa imaginário estaria feito. Finalizei fazendo um risco e ficando um pouco pensativo, para então responder a segunda questão — Bom... Fui forçado a fazer esse tour. Enquanto eu fazia minhas corridas matinais na aldeia, aparentemente fui confundido com algum nobre, filho de rico. Alguns shinobis apareceram de repente e me nocautearam. Acordei horas depois com um saco preso na cabeça e meus braços e pernas amordaçadas. Depois de algumas semanas viajando arrastado, me entregaram para o que seria o financiador daquela missão — Suspirei por um instante — Começou uma confusão por terem descoberto que eu não era quem eles pensavam. Aproveitei a deixa para me libertar e fugir. No ato, acabei lutando com um dos raptores. Eu não tinha muita chance contra ele, então o atrai para uma armadilha e deixei que uns animais selvagens desse cabo dele. Caminhei o que deu e fui parar aqui no meio do nada.

Terminava minha explicação. Mas do que deveria dizer, na realidade. Entretanto, nós pouparia tempo de mais duvidas em relação a mim. Fosse ela forte ou fraca, eu no momento não aguentava nada. Era melhor então apenas me conformar com a situação e pensar em um jeito de ir para casa. Com o desenho feito e o risco que traçava uma ponta na diagonal da bolinha do fogo ao do trovão, pude sacar que direção precisava ir, mas eu teria que pedir mais um último favor a menina.

— Desculpe, você pode me mostrar para que direção fica o nordeste?

Como um bom cego, precisava apenas de uma direção correta. O resto eu dava um jeito.

Klotz

HP: 525/525

CH: 525/525

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Angell

Game Master

Ter 5 Mar 2019 - 16:57

Angell Hyuuga

[ HP: 525/525 | CH: 545/550 | ST: 00/05 ]

Mais uma vez Klotz agia como se não pudesse enxergar direito nada do que o cercava; primeiro, virava o rosto e deixava de encarar quem possivelmente o atacaria, depois, tentava desenhar algo – aquilo parecia um mapa – torto no chão. Ao mesmo tempo, e como se continuasse simplesmente rendido, contava a Angell tudo que podia, mesmo que lhe dando alguns detalhes além dos que ela esperava. ...exatamente como alguém que não tem intenções de se esconder para ter uma forma de surpreender um inimigo ou possível alvo mais para frente.

A azulada suspirou baixo, esforçando-se para acreditar em sua suposição. Em seguida, mas ainda claramente receosa, voltou a se aproximar de Klotz, agora até se agachando à frente dele, e tocou-lhe a mão que terminava de desenhar naquele instante. Sendo sutil, rodeou-a com a sua própria até poder segurá-la, erguê-la mais e direcioná-la para onde o menino precisava.

– Para lá. – e comentou. – O nordeste é para lá.

Porém, teve dificuldade para soltar a mão de Klotz depois disso. Seus olhos perolados corriam da mesma para o rosto do menino, depois de volta para ela. Seria certo deixar alguém tão debilitado perambular sozinho por aí de novo? E se ele voltasse a se meter em encrenca? E se acabasse se perdendo depois de um tempo? E se não aguentasse a viagem de volta? Angell se lembrava bem do que tinha murmurado a ele enquanto lhe socorria... e se lembrava também do que temia em suas próprias palavras. “Maybe if you leave tonight, you won’t come back”; não seria um quadro nada bonito no qual pensar.

– Klotz... – ela o chamou então. – você não quer ficar? D-digo, pelo menos um pouco... sabe?, para recuperar as forças. Pode comer, pode descansar, pode se aquecer...

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Convidado

Ter 5 Mar 2019 - 17:43

Meus olhos se fecharam, para o horror desse mundo

KlotzThe Blind Swordman

De algum modo a jovem parecia ceder as minhas ações. Pude ouvir seus passos, se aproximando de mim e se agachando. A garota segurou minha mão. Por instinto, acabei fechando a minha também. Ela tinha uma mão firme, sua palma parecia ser um pouco calejada, e pelo que podia sentir, talvez tivesse até mais força física do que eu ou meu corpo que tava pior que imaginava. Estaria em maus lençóis se a irritasse. Ela me mostrou a direção, guiando meu braço.

— Há, então é por ali! — Abri um sorriso de como já se sentisse em casa.

Fui me levantando e posteriormente iria me virar e seguir rumo a Kumogakure. Contudo, no ato de mudar meu eixo, fui impedido por ainda conter minha mão fixa na da garota. Não entendi inicialmente quais as intensões, porém, meus instintos diziam que não devia me preocupar. Nem mesmo Frozen parecia ligar com o que estava acontecendo. Sem muitas delongas, a jovem foi direta comigo, embora tenha se embolado nas palavras, conseguia transmitir a mensagem que desejava. Refleti sobre tudo e aquilo me cheirava a alguns problemas possíveis.

— Entendo, mas onde eu conseguiria tudo isso? Veja bem, sei que estou no país do Fogo, mas não adentrei na aldeia pilar dessas terras. Nem mesmo tenho uma permissão líder de minha vila. Dificilmente deixariam eu entrar em Konoha. Além de tudo... Já fazem semanas longe de casa, minha mãe deve estar muito preocupada. Inclusive minha irmã.

A verdade, era que eu não ligava de ficar em algum lugar e melhorar minhas condições. Minha mãe não ficaria menos ou mais preocupada, se eu ficasse uns dias a mais sumido, pois o estrago já teria sido feito. Minha barriga também murmurava por um prato de comida quente e nutritiva. A gargante suplicava por mais alguns litros de água e uma bem refrescante e doce. Todavia, não queria trazer problemas a menina. Apesar do frio, ainda tinha meu sobretudo... Meio encharcado e sujo. Talvez fosse melhor esperar ela me convencer, pois desejava mudar minha situação no momento.

Klotz

HP: 525/525

CH: 525/525

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Angell

Game Master

Ter 5 Mar 2019 - 18:37

Angell Hyuuga

[ HP: 525/525 | CH: 545/550 | ST: 00/05 ]

Quem desviava os olhos agora, virando o rosto para o lado, era Angell. Inclusive, com uma onda repentina de desânimo lhe percorrendo a mente e até o coração, enchendo-os de uma série de pensamentos tristes, mas ainda assim reais, ela voltou a desativar seu Byakugan, como se, do mesmo jeito que Klotz fazia até então, estivesse admitindo previamente uma derrota. Para ela, passar os dias sumida de casa sempre tinha sido algo simples até demais; sem poder contar com família ou amigos, pertencendo a um clã rígido, mas ainda indiferente, enfim, sem ter ninguém para notar sua presença ou sua ausência, por que se preocupar? Porém, às vezes ela se esquecia de que não são todas as pessoas por aí que levam o mesmo estilo de vida que o seu.

– Entendo... – ela murmurou. – você tem uma família te esperando.

Mas ainda havia tudo em que Angell tinha pensado quando pediu para o menino ficar. Ele tinha tudo para não conseguir retornar são e salvo à sua família, e ela, como alguém que tinha tudo para condicioná-lo de novo, não poderia simplesmente ignorá-lo. Não, não; ela precisava ajudá-lo.

– Klotz, por favor. – ela tornou, chegando até a apertar um pouco a mão dele agora. – É só até você poder voltar sozinho; eu não vou te raptar nem nada assim. Mas posso te levar para casa e cuidar de você... e-eu acho... P-por favor!, eu só quero te ajudar!

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Ter 5 Mar 2019 - 19:21

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KlotzThe Blind Swordman

Devia estar louco, alucinado, mas sentia que a garota ficava meio deprimida. Por que será? Seu tom de voz mudava. Ficava mais melancólico. Talvez eu tivesse atingido algum lugar que não devia? Palavras as vezes ferem mais que mil jutsus, e nunca sabemos quando isso irá acontecer. Mas apesar de tudo, a menina não desistia. Estava determinada em me ajudar, o que eu achava estranho. Já estava muito grato pela água e a direção apontada, meu debito com ela só aumentaria a cada segundo. Ponderei mais um pouco e cheguei a conclusão que não havia escolha a não ser ceder.

— Rhul... Você me lembra minha irmã. Sempre querendo que eu fizesse as vontades dela — Dizia de forma séria — E eu sempre acabava fazendo. Mulheres... — Esboçava em um tom brincalhão, de alguém que sempre mimava a irmã — Também não posso perder a chance de conhecer Konoha, finalmente. Aposto que Frozen adoraria passear por lá também. Dizem os viajantes que tem um lugar muito bom para comer macarrão — Fui mudando aquele clima pesado de tristeza. Era hora de por um pouco mais de cor em nossos corações — Muito bem. Para onde temos que ir? Seus pais não vão brigar por levar um estranho?

Klotz

HP: 525/525

CH: 525/525

Juro que não vi nada

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