Nunca fui muito bom com palavras, e nem sempre me importei com o bem estar das pessoas ao meu redor, até mesmo o de meus amigos. Aos meus dez anos eu não tinha ideia de como seria minha vida adulta. Esse fato que lhes contarei se passa num futuro muito distante. Um cujo não é certo que venha a existir ou não. No qual eu havia passado por diversas coisas que vieram a me moldar, e me tornar alguém frio e que buscava internalizar toda sua dor e se mutilava por dentro devido a acontecimentos que podiam ou não ter acontecido de fato. Eu não me importava mais com o bem estar de boa parte das pessoas, e não tinha mais o freio que me impedia de tirar uma vida.

Eu tinha meus 23 anos —— Escute aqui, Hitomi. Vamos trabalhar em equipe, certo? —— Ouvia as palavras de meu parceiro e assentia com minha cabeça enquanto caminhávamos na direção de Kiri. Naquele ano eu havia acabado de entrar para uma organização de ninjas renegados. Tínhamos acabado de formas duplas e estávamos a andar pelo mundo a procura de acumular uma grande quantia em dinheiro para que pudéssemos adquirir poder e pressão geopolítica. Nosso objetivo era dominar o mundo e implantar nossa paz.

—— Certo! Eu preciso entender suas habilidades e especialidades —— O homem dizia enquanto estávamos no meio de uma estrada entre dois campos de plantação de arroz —— Como assim? —— Perguntei, pois não havia entendido direito o que meu parceiro queria saber —— Ora, Hitomi! Pense comigo! Eu corto pessoas, então o ideal seria que você me ajudasse distraindo os nossos oponentes. Entretanto se você for melhor em outra coisa, podemos abusar disso nos adaptando as necessidades —— Dizia o homem com certo desdém, colocando sua espada em meu ombro.

Não esbocei reação alguma —— Ninjutsu, Genjutsu e Katon —— Respondi enquanto retirava a lâmina de meu ombro calmamente —— Certo, quando estivermos em combate você usa seus genjutsu e katon para me dar cobertura. Em último caso você me da apoio direto com seu ninjutsu —— Assenti com a cabeça voltando-me para a direção de nosso objetivo —— Essa será a formação B —— Acrescentou o homem enquanto caminhávamos —— E qual seria a A? —— Indaguei curioso —— Na A, fazemos o que quisermos —— Respondeu. Eu particularmente preferia esta à primeira. Todavia as duas pareciam boas estratégias para cada situação devida. Continuamos seguindo o caminho.

Não demorou para que chegássemos ao vilarejo. Nosso objetivo era o herdeiro do senhor feudal do País da Água. Aparentemente alguns anciões viam o garoto como um obstáculo quanto a sua busca por poder politico, e por não poderem se envolver diretamente decidiram nos contratar. Éramos os bode expiatório, e não ligávamos para isso. Precisávamos ser reconhecidos como um perigo a se temer. Assim que chegamos em Kiri recebemos as boas vindas de três ninjas da ANBU, da Vila —— Sabemos quem vocês são! Seremos seus oponentes! —— Indagava um daqueles ninjas de elite. Simplesmente os ignorei e continuei meu caminho. Meu parceiro por sua vez resolveu atacar aqueles shinobi.

O homem saltou na direção dos três oponentes que estavam sobre o galho da mesma arvore. Desferindo um golpe poderoso na vertical, decepou a cabeça de um daqueles ninjas, enquanto os outros dois se separavam, agora pelo chão. Meu companheiro então continuou sua sucessão de ataques indo na direção do oponente a sua direita, desferindo em um movimento muito veloz um corte na perna do inimigo, o que a decepou de uma só vez como se fosse papel. O último dos ANBU tentou usar uma técnica de movimentação sorrateira para fugir. Mas no momento em que a mesma começou a ser executada, aquele shinobi ficou paralisado no chão —— Achei que não fosse se meter, Hitomi-sama! —— Disse meu parceiro ao perceber que eu tinha colocado o homem num genjutsu de paralisia.

Meu companheiro tirou a vida do último homem apertando o crânio do mesmo em suas mãos. Seguimos caminho vila a dentro. Não demorou para que conseguíssemos nos infiltrar dentro da residência do filho do grande senhor feudal do País da Água. O homem que me acompanhava não contava tempo para matar seus oponentes, não seria diferente naquele caso. Ele costumava dizer que tinha o coração mole, e que era arriscado deixar suas vitimas pedirem clemência, pois existia a chance de ele conceder.

Nosso trabalho ali estava feito, saímos rapidamente antes que todos fossem alertados e que começasse uma grande confusão. Seria mais difícil que saíssemos. Assim que entramos na grande floresta na qual antes havíamos eliminado três oponentes, fomos surpreendidos por uma densa nevoa que começava a se formar. Olhei para meu parceiro e ele assentiu com a cabeça, apesar de eu não fazer ideia do que aquilo queria dizer. O sujeito parou e então realizou alguns selos, em seguida utilizando de uma técnica elemental de vento para dispersar a nevoa.

Em seguida, mediante ao meu parceiro ter interrompido nossa fuga para dispersar o nevoeiro, fomos cercados. Uma dúzia de jonin e o Mizukage nos alcançaram —— Katon: Gōka Messhitsu —— Conjurei um jutsu elemental de fogo na direção dos jonin. Todos ficaram feridos e caídos. Nosso único oponente seria o Mizukage. Meu companheiro saltou na direção de nosso inimigo e em um movimento muito veloz o mesmo teve o braço que segurava a lamina arrancado. O Mizukage estava com seus olhos fitados em mim, eu não tinha muito que fazer, meu parceiro estava se levantando do chão enquanto levava a mão ao braço arrancado —— Mate esse maldito, Hitomi-sama!

Com os olhos no homem a minha frente, utilizei de um jutsu do clã Uchiha, mediante o meu sharingan, o qual havia conseguido em um embate anterior —— Amaterasu! —— O Mizukage foi acertado por chamas negras e morreu ali, sem defesa alguma. Recolhi o meu companheiro e o levei de volta a base de nossa organização —— Nenhum arranhão, sua desgraçada! Como isso é possível? —— Indagava o homem o qual eu estava ajudando a sobreviver —— Concentre-se em ficar vivo, outra hora eu te ensino algumas coisas, como não avançar contra um kage —— Finalizei brincando.

Hitomi; 575/575; 775/775; 0/6; 0/3;

Considerações:

Bolsa de Armas:

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