[Missão] Segurança Feudal.

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[Missão] Segurança Feudal.
[Missão] Segurança Feudal.

Convidado

Dom 3 Fev 2019 - 10:18

—— I/X.

Todo e qualquer um fora do círculo do Senhor Feudal pensa que a saída de um dos antigos membros de sua guarda pessoal foi concretizada por razões nobres, princípios dos quais não estava disposto a abrir mão; e bem que o mesmo poderia ter mentido para manter o boato vivo. Mas, inúmeras vezes, por bares e demais locais onde passou em sua fuga, fez questão de expor a verdade. Em questão de segundos, foi de nobre a egoísta.

Dias presentes. Propriedade do Senhor Feudal, norte do País do Fogo, próxima à fronteira. Onze horas da noite. Outono.
O estrago feito vai muito além da vaga em aberto para a guarda pessoal; com a deserção de um homem de confiança de alguém tão importa perguntes surgem aqui e ali, a respeito de sua capacidade de manter a própria segurança, abrindo uma possibilidade da aproximação de terceiros visando agarrar a oportunidade de obter a simpatia do Senhor Feudal. Naturalmente, existe uma organização que cuida diretamente dessa proteção. O Templo do Fogo. Os templários, por anos que voltavam atrás no tempo até se perderem os registros, sempre tiveram como missão inicial manter a salvo a figura da qual a instabilidade de todo um país depende. Uma vaga, no fim das contas, é algo fácil de ser preenchido, ainda que leve tempo. Nesse curto tempo, enquanto um novo e leal homem é treinado arduamente, a Folha se ofereceu para preencher a lacuna; enviando um dos seus.

@Mokarzel
Dúvidas: mp.

Mokaccino

Dom 3 Fev 2019 - 14:19

Já era de noite, quando uma ave, ainda maior do que as convencionalmente usadas para o transporte de mensagens, alcançou a janela da casa de Mokarzel. A ave trazia consigo um envelope, uma carta, endereçada ao mestre de marionetes, que sem demoras, tratou de apanha-la e de ler seu conteúdo.
A expressão fácil do jovem, geralmente apática, adotou um certo ar de curiosidade. O convite recebido se tratava de uma honraria, uma mostra de reconhecimento por parte da vila, que havia lhe escolhido, perante os demais shinobis da elite, para defender aquele considerado por todos a pessoa mais importante da nação.
Mokarzel, um simpatizante das normas e condutas shinobis, deu por paralisada a criação da marionete em que trabalhava, vestiu as roupas padrões da vila, apanhou todo o seu arsenal e deu segmento a sua jornada, sendo essa, talvez, a mais importante de sua vida até aquele momento.

@Flare

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https://www.narutorpgakatsuki.net/t67013-f-mokarzel

Convidado

Dom 3 Fev 2019 - 23:05

—— II/X.

É um dos guardas e não o Senhor Feudal quem vai de encontro ao enviado da Folha. A sensação que ele transmite é de autoridade; se não é ele próprio o chefe da guarda deve ao menos ser um homem de confiança, alguém que o Lorde Feudal tem na mais alta estima. É alto e de ombros largos, seu corpo não aparenta ter músculos escondidos sob as vestes; ao contrário, sua postura e diversos aspectos sutis de sua aparência indicam uma força compacta. Os cabelos lhe caem quase de cumprimento uniforme em torno da cabeça, brancos com a neve. Sobre os olhos, um par de óculos. Nas entrelinhas de seus movimentos há algo de gelar a espinha, um fato não dito que, por enquanto, não vem ao caso. Dispensa quaisquer apresentações, não estende a mão para cumprimentar nem diz olá, logo introduzindo o Jonin Especial aos seus afazeres temporários, enquanto caminha de volta ao centro da propriedade, onde uma casa ao estilo feudal japonês repousa sobre o terreno elevado.

— Esse homem que desertou possui todo o tipo de informação sobre nossa operação. Sabe todos os locais que o Lorde estará — estaria, agora que manteremos ele aqui —, as formações de proteção ao mesmo, os horários das trocas de turno. Além de tudo isso, ele sozinho não pode ser derrotado por nenhum dos guardas. Eu meramente consigo para-lo, não derrota-lo. Veja bem: esse desertor, Ittosai, é um ninja templário. Nós, demais membros da guarda, somos ninjas mercenários, especializados em simplesmente fazer volume e aparência, para espantar qualquer possível ameaça. Quem enfrentamos não vai recuar diante dessa imagem espantosa e digo "enfrentamos" pois sei que virá. As circunstâncias de sua deserção determinam isso. — Depois de tanto falatório ele para, como que a recuperar seu fôlego. Chegaram enfim à casa. É simples e pequeno, diferente das outras propriedades do Senhor. — Basicamente, ele fica sentado aí dentro enquanto vigiamos o entorno. Como a casa fica em terreno alto dá para ver qualquer ameaça se aproximando quilômetros de distância. Nessa situação nada usual os guardas ficarão lá dentro e eu e você ficaremos aqui fora. Sinta-se livre para sugerir alguma medida de segurança, mas acho que nenhuma que não o confronto direto com Ittosai será eficaz.

@Mokarzel
Dúvidas: mp.

Mokaccino

Seg 4 Fev 2019 - 0:05

Aquele que viera receber o jovem, apesar de não ser dotado de grandes portes físicos, transmitia uma sensação de força, de imponência, que fazia com que ele fosse de cara identificado como um guerreiro, um guardião. Mokarzel se curva em direção ao homem, como forma de comprimento e respeito.
Sem delongas, as instruções começam a ser transmitidas. Mokarzel anota todos os pequenos detalhes ditos e contemplados em sua mente, fazendo com que em meio ao turbilhão de informações, ideias, estratégias surgissem - Se o senhor possuir em sua guarda alguém com grande acuidade visual ou perceptiva, peço para que a chame e a coloque ao nosso lado. Ela pode auxiliar a identificar nosso inimigo com certa antecedência e precisão.
Podemos também armar algumas armadilhas ao redor do edifício e/ou em suas entradas. Elas podem parecer pouca coisa, frente a magnitude daquele que procura invadir a propriedade, porem, talvez seja o suficiente para retarda-lo e nos dar certa vantagem.
O auxilio de pessoas com capacidades ilusórias pode ser eficaz também. As armadilhas poderiam ser ocultas por ilusões, dificultando a percepção dessas para nosso inimigo...
Agora, senhor, talvez a luta seja inevitável, e por essa razão, peço que compartilhe comigo informações a respeito do poder e das motivações desse homem. Se não for pedir muito, peço informações a respeito de suas habilidades também. A informação é por vezes a mais poderosa das armas -.

@Flare

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Convidado

Seg 4 Fev 2019 - 17:21

—— III/X.

Ittosai organiza seus pensamentos da maneira que pode. Repassa mentalmente os motivos que o levaram a deserção e, como sempre, não se arrepende. Entretanto, não deixa de ser frívolo, banal; o motivo de sua traição é coisa que acontece todos os dias com as concubinas do Senhor Feudal. Ele as espanca, humilha, possui-as a vontade. São suas posses, assim como todo o País também o é. Ittosai afia a lâmina de sua espada com uma pedra de amolar, passa-a por todo o cumprimento, de cima a baixo, de baixo a cima. O som é reconfortante, mas ao mesmo o tempo o lembra de sua solidão. Lembranças dos dias no Templo do Fogo voltam a memória, vívidas como se as presenciasse agora mesmo. Treinos sendo aplicados e reaplicados por horas a fio, aulas incontáveis sobre a história do País desde a fundação, lições acerca da Vontade do Fogo. No período de tempo em que estava lá nunca foi capaz de ver sua rotina como algo positivo, mas agora, observando de uma certa distância, pode dizer que foi bom. Serviu para ocupar anos de sua vida sem propósito. As lembranças percorreram uma longa linha, a linha de sua existência, até que alcançaram o dia atual: seu aprendizado, seu poder agora era voltado contra o País — sabia que não era bem assim, sua guerra era contra uma pessoa, mas de pouco valia esse saber quando a pessoa representava toda uma nação. Terminou de afiar a espada e a volta então para os céus, deixa que a luz avive o metal polido e afiado. Sente o peso do cabo sobre a mão direita e ensaia alguns golpes no ar.
Por fim, fita o horizonte distante. Nele repousa a bem guardada propriedade de seu algoz, com uma casinha despontando no topo do terreno. Sozinho o homem não detém poder algum, é só uma figura. Seu dinheiro, entretanto... Afasta o pensamento e ergue-se do solo; está preparado para o assalto, mas não poderá faze-lo a menos que tenha a mente imaculada, livre de quaisquer distrações. Divisa uma vez mais o horizonte e constata que após a casa na suave elevação o céu e as terras verdejantes se tocam, se juntam como um.
-

O chefe da guarda ouve atentamente tudo que é dito, mas as ideias parecem servirem apenas para diverti-lo, nada além disso. Uma ruga solitária surge no canto da boca, ameaçando um sorriso. O garoto não sabe que foi enviado para morrer, pensa. De fato, para ele ao menos, a perspectiva de entrar num embate com Ittosai é assustadora. Alcança, num bolso de sua calça, um maço de cigarros. Leva um até a boca e acende. — Não há necessidade. Ele vai atacar frontalmente e, nesse campo aberto, a luz, seja do sol ou da lua, o revelará. As armadilhas serão inúteis, as ilusões também. Conseguirá entender meus medos uma vez que o veja: ele é como uma força da natureza, se cortássemos as pernas dele seria capaz de encontrar outro modo para se manter em condições de luta. E ainda venceria. Coisas do tipo. Só nos resta esperar, esperar e esperar. Não tenho espírito para lutar contra ele, pois sei previamente que a derrota me espera. Torço para que você seja de algum, torço mesmo, caso contrário terá sido enviado para morrer somente. Pode plantar suas armadilhas ou o que desejar. — E por fim, como que a quebrar a tensão na atmosfera criada pela conversa, disse: — Quer um cigarro? Não temos coragem líquida aqui.

@Mokarzel
Dúvidas: mp.

Mokaccino

Seg 4 Fev 2019 - 18:50

O homem parecia descrente nas capacidades dele e de seu grupo interromperem o avanço do antigo guardião. Mokarzel, no entanto, colocava fé em sua habilidade. As narrativas do homem eram para Mokarzel um alerta, um aviso de que ele deveria tomar cuidado com seu inimigo, mas não palavras que atingiam sua moral e motivação.
Mokarzel recusou o cigarro; Ele era contra as drogas e vicios, acreditava, apesar de não discriminar seu uso, que esses eram caminhos para a queda de um verdadeiro guerreiro.
Enquanto retirava de seu colete os pergaminhos que ali guardava, questionou o seu colega - Que espécie de poder ele domina? -. Os pergaminhos foram liberados; Três vultos se materializaram frente ao shinobi, sendo dois deles, marionetes revestidas por panos e bandagens, que ocultavam suas feições e lhe concediam uma aparência humana, semelhante a de nômades dos desertos, mercenários. A ultima marionete, feita inteiramente de metal, e localizada centralmente, se assemelhava a um robô.
Mokarzel deu o comando, e a marionete passou a sofrer algumas modificações estruturais, revestindo, no processo, seu usuário. A marionete, usada sobre Mokarzel, lhe servia como uma armadura, não lhe impedindo o uso de jutsus ou mecanismos, e lhe conferindo ainda mais poder.
As feições do jovem foram por completas ocultas pelo metal, que junto aos braços adjacentes de Shiva, roubavam todo aquele resquício de humanidade que o shinobi ainda guardava em sua aparência. A imagem, quase santa, de Zenyatta, trazia consigo uma aura de elevação, de superioridade.

Mokarzel deu o comando, e cada uma de suas marionetes Algozes, lançaram contra o terreno dez agulhas. As agulhas penetraram o solo a trinta metros da frente da casa. O jovem, fazendo uso de um de seus braços mecânicos, fez o mesmo. As trinta agulhas, dispostas no chão, eram tudo que o jovem necessitava, sendo essas, não propriamente uma armadilha, mas uma espécie de prevenção ao shinobi - Acredito que isso seja tudo que eu precise... Agora só nos resta esperar e lutar, quando a hora chegar. E... Se por acaso eu disser a palavra "Kannon", desvie imediatamente o olhar de mim -.
Mokarzel ficou plantado a frente da casa, ao lado de suas duas criações, os Algozes. Atento, o jovem esperou pelo aparecimento do desertor.

@Flare

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Convidado

Ter 5 Fev 2019 - 13:21

—— IV/X.

Alguém deixou a gaiola do passarinho aberta. O passarinho fugiu. Foi o Senhor Feudal com toda sua prepotência, cego em sua montanha de dinheiro em poder. Mas o que ele abriu, de fato, foi a caixa de Pandora; sofrimento auto-infligido. Sua sina.

Mokarzel preparou o terreno como bem entendeu. O chefe da guarda, agora, apenas observa com espantosa impassividade tudo ao seu redor; dá uma boa olhada nos pássaros que passam de rasante sobre a relva; inspira com furor o ar do ambiente; fecha os olhos, sente a brisa bater no rosto. Seu corpo ainda pulsa e respira, mas seu espírito, há muito, está morto. Todas funções funcionam como se é esperado, mas isso não reflete em sua mentalidade.

Num lugar distante, um pulso de chakra. Chega como vento arrebatador e varre as planícies; um sopro violento contra os cabelos de Kisho, o chefe da guarda. Sabe bem que o que o espera adiante é um destino cruel, que não encontrará seu fim antes de desempenhar uma árdua e laboriosa tarefa. Respira fundo e limpa a mente de todo temor. Tira do bolso de seu sobretudo um pequeno dispositivo, é pequeno com uma carteira e tem uma espécie de botão no meio. Ao toque, se arma e se transforma numa maleta retangular, a alça segurada por sua mão branca como a neve. Dá uma sacudida e outra transformação ocorre, a maleta agora é uma lança. Existe uma proteção antes do punho, como se fosse uma lança de justas. O peso, de tão leve, aparenta ser incompatível com seu tamanho, de modo que é segurada sem a necessidade de um aperto firme.

Ele chegou, pensa por instinto. Não o vê, mas simplesmente o sente. Sabe que está ali. Uma luz cegante avança sobre a relva, varre tudo de algum ponto muito distante até a casa no topo do terreno, onde se dissipa. Sua presença desencadeia medo generalizado; os guardas dentro da casa se sentem irrequietos, subitamente desacreditados das próprias capacidades em proteger o Senhor Feudal, que também sente o temor subjuga-lo. Kisho tenta mas não consegue se manter são, de mente limpa, afastado da sensação esmagadora que é a presença de Ittosai. Ver ele pela primeira vez, ao enviado da Folha, deve deprimente: é um homem em torno dos quarenta anos, o rosto cheio de marcas de expressão; cabelos negros como a noite, presos acima da nuca num rabo de cavalo e preenchendo áreas de seu rosto no formato de uma barba rala, ainda que suficiente para ocultar a visão da pele. Leva duas espadas à cintura, uma pequena, quase do tamanho de uma faca, e uma arma tradicional japonesa. Suas vestes parecem vindas de um período do tempo há muito já esquecido: calças brancas largas, uma camiseta preta sem mangas, também larga e um manto sobre tudo isso, manto este que se aparenta mais a um colete, sem mangas e cobrindo apenas parcialmente sua camiseta. Conforme avança na direção da dupla a sensação de esmagamento e paralisa só cresce, sem mover um músculo sequer é capaz de sobrepujar qualquer vontade inferior a sua obstinação. Caminha morro acima, adentra a casinha onde está sendo mantido o Senhor Feudal. Puxa uma cadeira para si, frente a frente com o velho decrépito mais poderoso da nação e se demora um segundo, pensando. Encara a comitiva de guardas que está dentro do aposento e depois se vira para as paredes de papel branco que revestem os quatro cantos da casa, percebendo o quão fácil é observar as sombras que vem de fora, e vice-versa. Não se senta, ao invés disso, aproxima-se dos guardas e, um por um, quebra seus pescoços. Observa o cair sequencial dos corpos sobre as placas de madeira que formam o chão; baque surdo. Senta-se por fim à cadeira, olhando no fundo dos olhos do Senhor Feudal, um olhar inquisidor, invasivo.

Faz um muxoxo, ri brevemente e se detém. Faz isso quase sem perceber mas não deixa de ser cômico ter as três pessoas que sobraram vivas — o Lorde Feudal, Kisho e o enviado de Konohagakure — completamente paralisadas por sua mera presenças, rendidas à sua existência. Estira as pernas além do assento da cadeira, tocando o piso com o calcanhar, atirando a cabeça para trás, além do encosto do cadeira. Talvez leve algum tempo para se libertem da opressão, talvez não; Menos Kisho, pensa, o espírito dele está quebrado.

@Mokarzel
Dúvidas: mp.

Mokaccino

Ter 5 Fev 2019 - 14:42

O vento atingiu Mokarzel, fazendo com que ele sentisse seu corpo ser paralisado. Se ainda houvessem ossos em seu corpo, o jovem certamente os sentiria sendo congelados até o tutano. Perplexo, o shinobi teve que engolir seco e observar seu inimigo avançando contra a residência do senhor feudal “Filho da mãe, que espécie de poder é esse? Não, isso não é um poder, é simplesmente a presença dele. Anos de treinamentos, e anos servindo ao senhor feudal em missões de alto nível. Ele não é mais uma pessoa qualquer. Existe uma diferença enorme entre seu poder e o dos outros guardiões”.
O homem passou pela dupla que guardava a frente da residência e adentrou a mesma. De fora do edifico, Mokarzel podia ouvir e imaginar o que acontecia. Os outros guardas eram mortos, um por um.
Mokarzel tentou se mexer, lutou contra a força que parecia dominar seu corpo, mas de nada adiantou “Se eu não sair daqui irei falhar na missão, irei desonrar o nome de todos os mestres de marionetes e certamente estarei mais longe de meus objetivos”. A percepção da falha iminente mudou o estado de espirito do guerreiro, que sem se entregar, se colocou a investir mais de sua força física e mental para romper as amarras invisíveis que lhe envolviam “Eu não vou falhar. Não vou deixar que meus sonhos sejam frustrados por um homem qualquer. Eu sou a próxima sombra do vento, sou o mestre supremo do Kugutsu e não vou perder aqui”.

@Flare

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Convidado

Qua 6 Fev 2019 - 14:02

—— V/X.

Cansado de ter sua vista recaindo sobre o magro e rugoso velho, Ittosai agora esquadrinha o simples aposento. Parece observar apenas os cantos, pequenos espaços no inferior da sala onde as paredes se encontram e a luz não chega de jeito nenhum. Algo líquido alcança seu pé. Pousa o olhar no chão, notando o que se passa; um dos pescoços fora torcido com força demais, de modo que um vão se formara no pescoço. Sangue agora irriga as tábuas de madeira, empoçando os veios entre cada piso. Levanta e sacode os pés, retira o que pode chacoalhando. Deixa para trás a cadeira e rasga a parede de papel branco. Porta pra quê? Caminha vagarosamente, as mãos para trás, entrelaçadas nas costas, e para diante da dupla ainda em paralisia. Fita longamente o par de rostos; Kisho, como sempre, não tem expressão alguma, o vazio não é característico de seu desespero, é uma feição permanente. Desconhece a outra figura e portanto, ao menos por ora, ignora. Move seu dedo indicador contra o esterno do pálido fantasma, o movimento é como o próprio vento, invisível e cortante. O corpo sucumbe instantaneamente à despressurização interna, Kisho sente uma dor aguda invadir todo o tronco, solta a lança e despenca de joelhos no solo. Não é um ferimento fatal, ou é o que parece.

A vista turva divisa com algum esforço a imagem de Ittosai. Como sempre, está resoluto, uma estátua de mármore esculpida sobre pedra bruta e límpida. Firma ambas as mãos na relva, faz grande esforço para ignorar a dor e se colocar de pé, precisa impedir um morticínio. Sua vida é preço irrisório, a lealdade cega que nutre pelo Lorde Feudal o faria mover montanhas se preciso. A muito custo, envolve novamente a mão direita no cabo de sua lança. O mero contato com o item parece coloca-lo de volta em sua habitual forma. Toda dor se vai. Pouco a pouco se levanta, primeiro erguendo o pescoço, pondo os olhos na imagem zombeteira de Ittosai. Seu olhar parece dizer: Estou me divertindo muito, você não está? Ficou claro, à essa altura, que não se trata de vingança ou justiça pelas concubinas espancadas; é puro sadismo. Se esse homem conta mentiras pra si mesmo, se enganando e se escondendo através de justiça... bem, nesse caso ele está longe da salvação. Um tranco balança a arma e ela sobe bruscamente, a ponta se afunda no estômago de Ittosai. Suas mãos grandes e nodosas envolvem a arma onde ela o atinge, um olhar de pânico sobe ao rosto. Mas quase não há tempo para a expressão se concretizar: o corpo explode numa nuvem de fumaça e desaparece. O que subjugara o par era uma cópia, uma mera cópia.

Toda paralisia, toda pressão de sua presença, tudo se fora. Nenhum esforço anterior fora capaz de quebra-las. Kisho, em pânico, esquecendo-se do buraco no centro de seu peito, corre para verificar a integridade de seu senhor. Está vivo, mas é o único; todos deixados com ele estão deitados numa espiral em torno da cadeira do mesmo, formando uma cena quase ritualística. Um dos corpos, percebe, derrama seu sangue incessantemente. Ele sai da casa e perscruta a paisagem com o olhar. O desertor repousa de pernas cruzas, plena calma, cerca de um quilômetro dali, também numa parte onde o terreno é elevado, cercado por árvores e arbustos altos.

Em silêncio, a sentença é proferida: até agora, fora apenas divertimento. O real embate ainda está para ser e Ittosai aguarda pacientemente que venham ao seu encontro.

@Mokarzel
Dúvidas: mp.

Mokaccino

Qua 6 Fev 2019 - 21:54

O jovem teve que se limitar a observar o ocorrido de canto de olho. Aos poucos, o perfil de seu adversário era revelado, ele deixara para trás os ensinamentos religiosos e filosóficos do templo do Fogo, se tornara um ser corrompido, um ser que Mokarzel jurou varrer daquele mundo.
Com o esfacelar do clone, foi-se também as amarras que mantinham o shinobi preso. Sem demoras, ele se colocou ao lado de seu colega, de forma que pudesse lhe prestar os socorros necessários. Para a surpresa de Mokarzel, o homem parecia ter encontrado forças para superar seus medos e lutar – Nós precisamos dar um fim nisso. Eu não sei que tipo de pessoa ele era antes, mas agora não passa de um se deixou corromper a maldade. Se permitirmos que viva, continuara a cometer atrocidades pelo mundo... Mas... -. A razão voltava ao jovem, lhe impedindo de ser guiado por sua vontade de combater – Nosso dever é para com o Senhor Feudal. Se formos até Ittosai, não estaremos apenas nos dirigindo até o campo escolhido por ele para o combate, mas estaremos deixando nosso patrono desprotegido -. O jovem esperou por uma resposta de seu colega, que como guardião do senhor Feudal, teria um melhor posicionamento para a discussão.

@Flare

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Convidado

Qui 7 Fev 2019 - 15:58

—— VI/X.

Alguma cor volta ao rosto de Kisho, varrendo a palidez. Há fogo em seus olhos, fogo que queima mesmo à distância. O massacre executado por Ittosai tem efeito contrário no chefe da guarda, ao invés de quebrar ainda mais seu espírito, o reforça. Dá um apertão sobre o cabo da lança e ela volta ao seu estado de maleta, ainda segurada pelas firmes mãos. As palavras de Mokarzel, que parecem passar como vento por seus ouvidos, só aparentam tal coisa; ele sabe que precisa manter seu senhor em segurança. Tira um dispositivo exatamente igual ao que deu origem à sua arma do bolso, caminha rapidamente até a cadeira do Senhor Feudal e o coloca sobre seu colo, sem falar nada, apenas dá um aceno de cabeça; seu sinal de "confie em mim". Aperta um botão no centro do item e sai da casa. Os pelos de todo o corpo se eriçam enquanto ele caminha morro abaixo, como se reconhecessem estar partido ao derradeiro confronto. A boca seca e o coração bate com rapidez. Passo a passo, coloca-se em movimento na direção de Ittosai. Por ora apenas o avanço, sem ofensiva; tudo que tem são suas armas dispostas nos bolsos de sua roupa.

@Mokarzel
Dúvidas: mp.

Mokaccino

Sex 8 Fev 2019 - 0:37

Mokarzel era naquele local apenas um reforço oferecido pela Folha, ele não conhecia os costumes, protocolos ou regras dos famosos guardiões. Os gestos silenciosos do guerreiro eram compreendidos com plenitude pelo jovem, que acatou o comando de seu superior e rumou para fora do edifício, marchando em direção a batalha final.
Ainda no caminho, Mokarzel criou um clone das sombras, que marchou junto ao seu igual e as marionetes, em direção a Ittosai. Não houve qualquer tentativa por parte do shinobi de criar armadilhas, a luta se daria de uma forma muito mais religiosa e tradicionalista. Seriam aqueles com maior poder e força de vontade para com suas crenças e objetivos que iriam sair do local vencedores.

@Flare

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Convidado

Sáb 9 Fev 2019 - 11:05

—— VII/X.

O sorriso de Ittosai parece varrer de uma vez por todas o silencio que precede o embate derradeiro. Sua boca se abre largamente e os dentes ficam a mostra. Desprende o cabelo e o deixa cair sobre os ombros e as costas. Gosta de senti-los balançarem ao vento enquanto se movimenta. Caminha vagarosamente na direção da dupla, recitando alguma prece secreta em voz baixa, quase muda; desembainha a espada, aço raspando couro.
Em algum lugar: um pássaro gorjeia, uma viúva chora.
Subitamente, a chuva. As nuvens parecem ter se esgueirado pelo céu, roubando o azul e substituindo-o por um cinza mortiço e cansado. A água cai como num dilúvio, empoçando a relva, descendo como cachoeira dos morros. A água também varre a cigarro que Kisho tinha em mãos, caixinha de fósforos e tudo o mais. Ittosai se precipita um pouco a frente, erguendo a voz por sobre o ruído da chuva:

— Sabe, Kisho, é uma pena que tenha entrado em meu caminho. Escolhido sua lealdade ao Senhor Feudal ao invés da coisa certa.

Raios caem aos montes no campo de batalha, ignorando o trio ao centro do mesmo. É como se delimitassem a área de ação, caindo com espantosa frequência. Naturalmente, o solo fica queimado onde relâmpago anuncia a descida da violenta descarga elétrica e o cheiro de folhas queimadas logo se mistura ao do ambiente, impregna-se neste.

Ittosai some; avança se aproveitando da maneira como a chuva turva e impede a visão perfeita da dupla, alcança as costas de Kisho e desfere um golpe vertical, suficiente para cortar Kisho e Mokarzel de uma única vez, separando ambos pela cintura. Sua lâmina é afiada como o vento cortante da madrugada e seus músculos são rochas firmes, o combustível de seu agir.

@Mokarzel
Dúvidas: mp.
Adendos: Velocidade 6.

Mokaccino

Sáb 9 Fev 2019 - 23:34

Assim que o homem se tornou visível para a dupla, Mokarzel deu inicio a uma de suas mais versáteis habilidades, Atlas. Silenciosamente, o campo foi tomado pela força dos ventos do shinobi, dando a ele, seu parceiro e a suas marionetes certa vantagem em questão de mobilidade.
Palavras foram proferidas e logo houve uma investida. Ittosai avançou, contando com sua velocidade. O homem logo descobriria que algo estranho o freava e tirava a liberdade de seus movimentos.
Mokarzel, acompanhando Ittosai devido a redução de velocidade do mesmo e a melhora de suas próprias capacidades, provida por Atlas, enviou seus dois Algozes, esses, fazendo uso de mecanismos e técnicas especiais, que lhe concederam uma velocidade assombrosa no ataque, contra o guardião.
Enquanto as marionetes agiam, um par de braços mecanismos, ligados ao corpo do jovem, apanhou oito agulhas, que permaneceram entre as falanges de metal, prontas para serem lançadas.

Segunda.
A aproximação da marionete seria concluída momentos antes do guerreiro conseguir desferir seu ataque. A aproximação seria feita pelo lado direito do homem e um único e preciso golpe de katar, banhada de chakra, seria desferido, visando o decepamento dos membros que se ligavam a espada.
Após o ataque a marionete iria recuar rapidamente e lançar contra o homem cinco agulhas revestidas de chakra.

Terceira.
Com um tempo de aproximação idêntico a de sua colega, a marionete se aproximaria pelo lado esquerdo, visando, em um único golpe de katar, decepar a perna esquerda do guerreiro.
Após o ataque a marionete iria recuar rapidamente e lançar contra o homem cinco agulhas revestidas de chakra.

@Flare

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Convidado

Dom 10 Fev 2019 - 16:38

—— VIII/X.

A chuva cai e cai, em jorros. Não há qualquer perspectiva de que pare. Mesmo onde as nuvens não alcançam os animais saíram correndo. A relva é oprimida pelo dilúvio e se mantém silenciada. O campo de batalha se torna agora escorregadio, traiçoeiro; mas não é problema para ninguém, uma vez que a própria vida humana é fundamentada sobre bases frágeis. Basta estar vivo para ser capaz de aguentar a instabilidade. Trovões e o vento tratam da canção fúnebre. Tudo se alinha e se encaminha ao fim.

Ittosai é detido parcialmente pelo invisível; seu corpo parece ignorar os comandos de se mover ao extremo da força e velocidade, de cortar o vento e o aguaceiro com seu corpo e lâmina. Algo o impele para trás, não é uma resistência da natureza, é algo além. O braço da espada é arrancado antes de poder alcançar a cintura de Kisho, um corte metálico que inibe sua ofensiva. Sangue e jorrado e varrido pela água no mesmo instante. Ele não sente a dor, mesmo que ainda esteja lá, ocultada numa caixinha. A rigidez de seu corpo toma outro golpe; pontas finas se cravam em sua pele. A estrutura física avantajada impede que a penetração daquelas pequenas agulhas seja concluída e dor ainda não vem. A dor é uma prisão, prisão da qual se libertou. Ergue o rosto e semicerra os olhos através da chuva: pela primeira vez dirige longa atenção ao rosto do enviado da Folha, pois ele é o portador da chama ali. Ele quem trouxe a perdição, ele quem atentou contra a força absoluta de Ittosai. Pobre Kisho, pensa, pela primeira vez vendo o sangue se derramar aos montes do braço perdido, não pude livra-lo da servidão à esse homem desprezível. Pressiona a ferida com a mão esquerda, numa tentativa inútil de estancar o sangramento. Não há nada mais em seu olhar, a mente também se limpa. Sem memórias vindo à tona, sem lembranças quaisquer, boas ou ruins. Tudo é uma folha branca, vazia.

Kisho deixa escapar compaixão em seu olhar, sabe que além do sadismo há algo de correto naquele ato de rebeldia. Seu âmago é cheio de incertezas. Poderia simplesmente dar o golpe de misericórdia se desejasse, mas não foi ele quem deixou Ittosai de joelhos. É deste a decisão do que fazer a seguida.

@Mokarzel
Dúvidas: mp.

Mokaccino

Dom 10 Fev 2019 - 17:38

O trabalho estava parcialmente realizado. Sem piedade e sem hesitação, mais agulhas são lançadas contra o oponente. Oito são as armas lançadas pelos braços mecânicos de Mokarzel e dez são as lâminas lançadas pelas marionetes.
Assim que o metal frio é lançado em direção ao adversário, uma forte pressão de ar as encontra, intensificando seu poder e também sua imprevisibilidade. Ittosai teria que desviar não somente das agulhas, mas das fortes rajadas de vento, que lhe romperiam a carne e lhe esmagariam os ossos. As agulhas eram apenas o toque final do ataque, imprevisíveis, controladas pelo usuário da técnica dos ventos, que mudaria a trajetória das mesmas nos últimos instantes do ataque, fazendo com que essas penetrassem em locais específicos e frágeis do corpo humano, locais desprovidos de músculos que pudessem isentar o guerreiro da perfuração das lâminas.
Enquanto tudo acontecia, o clone do jovem se coloca a vigiar o ponto cego de seu mestre, suas costas. Mokarzel podia não ser tão experiente quanto o guerreiro que enfrentava, mas certamente era tão cauteloso e perspicaz quanto ele.

@Flare

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Convidado

Dom 10 Fev 2019 - 22:42

—— IX/X.

Os feitos do ninja da Folha são dignos dos de um ceifador. Ittosai, antes guerreiro honrado e firme nos princípios; depois, homem cheio de ódio e sentimentos impuros; por fim, um moribundo patético. Nessa hora é que, comumente, são proferidos discursos que remetem à moral do algoz; nessa hora é que tenta-se convencer o malfeitor a aceitar seus erros e se retificar. Nada disso parece convir à Mokarzel. Seu discurso é inescrupuloso: é o fuzilamento sem piedade. O corpo duro como rocha por fim cede aos ataques, deixa-se perfurar a carne e sucumbir a dor escruciante. Kisho observa a tudo com expressão vazia, a mão ainda repousando sobre o punho da lança. Dá um apertão e ela volta a ser maleta.
A chuva para de súbito. As nuvens se afastam e o céu fica límpido, imaculado.
O corpo agonizante parece resistir até o momento derradeiro, empregando toda a força ali contida na tarefa de se manter vivo contra os danos recebidos. É tarefa vã, entretanto. O corpo tomba com o rosto na relva. O chefe da guarda abre a boca, ensaia dizer algo, mas nada sai. Comprime os lábios e dá outro apertão, a maleta agora virando um pequeno quadro do tamanho de uma carteira. Guarda no bolso. Torna a olhar para Mokarzel. Parece dizer mudamente: "É o fim, não é? E agora?"

@Mokarzel
Dúvidas: mp.

Mokaccino

Dom 10 Fev 2019 - 23:36

O jovem assiste o cair de seu adversário, estuda o homem que em seu fim resistia bravamente. Mokarzel não confiava nas aparência, era um homem da ciência, e como tal, decide finalizar o embate separando o crânio do guerreiro de seu corpo. Uma das marionetes Algozes parte com a mesa velocidade que antes havia investido contra o homem, procurando desferir o ultimo golpe.
Quando a cabeça de Ittosai fosse removida e trazida ao jovem pela marionete, ele daria a batalha como encerrada - Parece que a ameaça se foi afinal -. Mokarzel regressaria até a mansão do senhor feudal, onde comunicaria a morte do homem que o havia ameaçado e mostraria como prova a cabeça, transportada no colo da mesma marionete que havia a retirado do corpo do guerreiro - Acredito que meu serviço aqui tenha terminado, senhor. Ittosai, o homem que lhe ameaçara, esta morto -.

@Flare

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Convidado

Seg 11 Fev 2019 - 20:00

—— X/X.

O senhor Feudal, diferente de Kisho, é um rosto esculpido na pedra. Completamente impassível ante o cabeça decepada em sua frente. Em suma: nada mais o importa senão a própria segurança — o poder também, mas isso nunca esteve em jogo aqui. Assente com a cabeça, num sinal de positivo, como que dizendo "muito bem!" e não diz nada. Não obstante, a presença de Mokarzel ainda era esperada no quartel de Konohagakure para o relatório completo e minucioso dos acontecimentos — aqui também vale nota: Konohagakure pouco liga ao bem estar do homem, mas enquanto ele permanece vivo é influência vital na manutenção do poder da grande vila.

@Mokarzel
Dúvidas: mp.

Mokaccino

Ter 12 Fev 2019 - 0:19

Mokarzel não se importa com a falta de palavras ou agradecimentos por parte do homem que havia salvo. Em sua mente, ele havia apenas cumprido mais um dever e em breve seria recompensado por tal.
Sem demoras, o jovem tomou o rumo de Konoha. O incansável e imortal corpo onde a alma de Mokarzel habitava lhe permitia correr, mesmo após o estresse e o esforço de uma luta com o guardião Ittosai.
Em Konoha, Mokarzel procuraria o quartel, onde realizaria o relatório de sua missão, antes de sair pelas ruas, rumando em direção a sua casa, sua oficina, onde suas obras inacabadas lhe aguardavam.

@Flare

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Convidado

Ter 12 Fev 2019 - 10:49

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