[VIAGEM] O vento Euro

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[VIAGEM] O vento Euro
[VIAGEM] O vento Euro

Isa.BR

Jōnin

Bronca dada, restaria agora conversar com Yumi a respeito do que estava acontecendo com as duas. Tinha ignorado os sentimentos da amiga depois que saíram de Iwa, mas também pudera, não tinham condições de prosearem demais depois de trair a vila, uma das maiores do mundo. Também não pode deixar de lembrar o surto (semi)psicótico que tinha sofrido em uma carruagem bastante similar.

Agora um pouco mais tranquila, pode observar os corpos que eram levados com elas para o desconhecido leste do País do Fogo. Do lado de fora, um som persistente tomaria conta do ambiente. Era o agradável vento leste da primavera que agitava as folhas das árvores da floresta, enquanto os pássaros cantarolavam músicas suaves e constantes. Um pouco mais relaxada, levaria as duas mãos ao ventre, cruzando-as.

— Yumi... Você o matou porque ele quis morrer. Assim como você não deve se envolver em encrenca sem conhecer as capacidades dos inimigos, ele não deveria ter se metido também. A morte anda e sempre andará lado a lado com a sua vida. Pense assim, se não for o corpo frio dele, será o seu... Qual das mães você prefere que chore? As deles ou a sua? E cá entre nós, não há nada além da realidade acontecendo com você. Pode ficar tranquila quanto a isso... — Balançaria a cabeça negativamente e se encostaria nas costas da 'poltrona' de cristal. Observaria o lado de fora já se afastando bastante da região de Konoha e avistando algumas montanhas que encontravam o oceano no horizonte.

"Acho que preciso encontrar uma estrela nesse horizonte negro e seguir sua luz... Talvez assim, volte a me encontrar comigo mesma... Não é pai?!" A questão feita a si mesma talvez fosse extremamente vazia e até mesmo pueril, em contraste com os sentimentos pesados e angustiantes da jovem kunoichi. Embora Yumi pudesse passar por problemas enfrentando o Shöton, aquela técnica utilizada pelo ninja morto, da Folha, não representava absolutamente nada para a Ishikawa. Sequer seria necessário gastar tanto chakra para matar todos os envolvidos naquele treinamento, ainda assim ela tinha se exibido. Mas por quê? — Eu esmaguei os gennins sem qualquer piedade... Você tem medo de mim, Yumi? —

Sentiria uma pontada muito forte no baixo abdômen e se curvaria para frente, gemendo de dor. Com isso, a carruagem pararia de se mover imediatamente. Todo o esforço da garota era para manter o cristal com toda sua resistência, no entanto, o desconforto patente minaria suas capacidades de manipulação e a carruagem não continuaria se movendo tão fácil assim.

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Kaginimaru

Jōnin

Seg 24 Dez - 22:14

Yumi estava muito distraída consigo mesma para notar a dor que a pessoa mais importante da sua vida estava passando naquele instante. As palavras eram reconfortantes, seria um bom ponto a se observar e levar para a vida como lição, mas a Pedoroso acreditava fortemente que, depois de tudo o que havia feito, a Hina certamente não choraria com a morte da sua filha, a verdade era que nem mesmo existia certeza se sua mãe estaria viva depois da invasão/fuga feita pelas duas; a garota preferia não compartilhar tal pensamento, seria drama demais para somente uma viagem. —— Eu estou me sentindo muito estranha, algo aconteceu comigo. —— Dizia, cessando e limpando o lacrimejar de seus olhos.

As falas e ações conseguintes não permitiam que uma resposta fosse dada, a Ishikawa aparentemente sofria de dor logo em seguida, era estranho, ninguém havia sequer encostado nela, poderia ser algum tipo de ferimento? Talvez até mesmo efeito colateral causado pela velocidade extrema utilizada em seus ataques. —— Yamiko?! O que foi? —— Yumi dizia com um semblante totalmente diferente, a preocupação tomava conta da ébria de forma que todos os seus pensamentos — novamente, sumissem. Tentaria de todas as formas entender o que se passava, inclusive acariciava as costas da amiga com o intuito de entender e possivelmente aliviar o que estava se passando.

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Isa.BR

Jōnin

Ter 25 Dez - 9:50

A dor era simplesmente insuportável e o ventre da garota parecia ser arrancado de dentro para fora, enquanto a amiga lhe acariciava as costas. "Parece que usar o Modo Gata da Fortaleza para desviar a dor só a fez piorar muito agora que ele acabou..." Pensaria, se levantando e saindo da carruagem. Apoiando-se com a mão direita no cristal, manteria a mão esquerda pressionando um pouco o colo na tentativa de conter a dor.

— Não é nada... Só um desconforto que eu estou sentindo a uns três dias... Só isso... Daqui a pouco passa... — Ficaria do lado de fora e forçaria um pouco mais a mão esquerda, se encolhendo quando a dor aumentava de novo. "Mas que droga... Se isso não passar, terei que ir ao médico" Seus pensamentos agora a faziam ter uma expressão aflita e preocupada.

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Kaginimaru

Jōnin

Ter 25 Dez - 20:30

A feição feita pela companheira deixava claro que a dor somente se amplificava, era tanta que a mesma optava por sair da carruagem, Yumi fazia o mesmo, seguindo-a, extremamente preocupada. A resposta era ainda mais surpreendente, faziam três dias que a Yamiko sentia essas dores e a ébria sequer havia notado qualquer indício, mesmo estando ao lado dela durante a maior parte do tempo. —— Três dias? Isso é demais... Por que você não me avisou? Já sentiu algo parecido antes? —— Questionava, retornando a acariciá-la.

Estava claro que algo deveria ser feito, não que fosse uma prioridade maior, mas a ébria, aos poucos, começava a sentir os primeiros impactos da abstinência do álcool; Um enjoo tímido que conforme o tempo passava se amplificava ainda mais, acompanhado de uma fervura média por todo o seu corpo. E isso era apenas o início, ficar sem ingerir o seu líquido tão cobiçado causava mais mal do que se poderia imaginar, e a alcoólatra sabia muito bem disso, não era a primeira vez que ficava "tanto tempo" sem beber.

Duas mulheres sem vila e dodóis poderiam correr perigo diante da imensidão de covardes que aquela região apresentava, Yumi já conseguia imaginar o que se passava com a amiga, mas carecia confirmação. —— Precisamos ir até alguma pousada ou algo do tipo... você precisa descansar e eu preciso beber e te explicar algumas coisas sobre o nosso corpo... —— Dizia de maneira ofegante, interrompendo para recuperar o fôlego. —— Posso te carregar? Fazer esforços para manter a carruagem só vai piorar ainda mais essa dor. —— Continuava, esbanjando um sorriso receptivo.

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Isa.BR

Jōnin

Ter 25 Dez - 21:26

Ela estava realmente incomodada com a dor incessante no ventre e fecharia os olhos mais forte ao perceber que a amiga tinha saído atrás dela. "Droga... Como eu escondo dela agora?!" Pensaria, enquanto Yumi faria algumas perguntas.

Não justificaria o porque não ter avisado para a Pedoroso, tampouco assumiria que a dor estava se prolongando um pouco demais. Suspiraria fundo ao sentir novas carícias vindas de Yumi e sorriria, soltando o ventre e a carruagem de cristal. — Eu já estou ótima. A dor passou do mesmo jeito que começou... Podemos voltar a viajar... — Ocultaria a dor como tinha feito no dia anterior, para que sua amiga não percebesse. Bocejaria, levando a mão a frente da boca. — Mas você tem razão... Acho que devemos ir até uma pousada e descansar... As coisas estão bem complicadas para nós... — As frases, pausadas pela dor, pareciam formas de enrolar a mais velha, tirando-a do pé da Ishikawa.

"Espero que ela caia nessa..." Ainda escondendo a dor, caminharia rápido na direção da carruagem para entrar nela, quase pulando dentro. Sentaria-se na cama e observaria a frente. — Não precisa se preocupar... Vamos e você me fala o que quer me falar... Nós temos um monte de corpos para levar conosco, não dá para você me carregar e levar eles. Além disso, eu não preciso ser carregada, estou perfeita... — Respiraria fundo e fecharia os olhos, esperando que Yumi voltasse para seguir viagem ao vilarejo próximo à oceano.

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Kaginimaru

Jōnin

Qua 26 Dez - 4:23

Uma tentativa frustrada de esconder tudo o que estava sentindo era feita pela Nanadaime Tsuchikage, mesmo sendo uma ótima atriz, seu teatro não obtivera muito êxito, infelizmente a alcoólatra conhecia bem esse tipo de dor e sabia que ela não cessava de repente. Yumi não acreditava em nada, a relutância da companheira chegava a ser irritante, mas nada seria dito, a ébria simplesmente adentraria na carruagem, logo após a Yamiko.

Ouvia mais uma vez a insistência sobre estar bem e aquilo de fato era o limite da alcoólatra para aguentar calada, a falta do álcool a deixava violenta, mas se controlaria diante da sua heroína, não poderia ser rude, ainda mais em um momento que ela sofria de dores. —— É... tem razão, eu esqueci dos corpos. —— Dizia, efetuando uma breve pausa para reunir coragem e dizer o que estava pensando. —— Yamiko, você acha que eu sou tão burra assim? Três dias de dor e agora simplesmente passou quando eu perguntei? Não precisa esconder o que se passa contigo... você é forte pra caramba, mas não precisa guardar tudo só para si mesma... Eu estou te acompanhando porque confio e gosto de você. —— Cessaria sua fala à fim de refletir sobre algo que ouvira anteriormente, deixando claro devido a sua expressão absorta. —— Lembra do que me disse a última vez que estávamos no meu bar? Algo sobre eu confiar minha vida e espirito a você, assim como você também confiaria a mim... Então! Não tente lidar com tudo sozinha, eu estou aqui de braços abertos. —— Continuava.

Não se estenderia muito pois não era hora para discutir relação, ambas estavam passando por maus momentos que necessitavam de urgência em seu tratamento. —— Talvez eu consiga te ajudar com o seu problema, mas preciso saber de algumas coisas... Já sentiu essas dores antes? Você mudou sua alimentação recentemente? Comeu algo diferente nos últimos dias? Sabe de onde vem os bebês e como eles são feitos? —— Evidenciava todos os possíveis motivos para a dor, finalizando com uma pergunta que, dependendo da resposta, denunciaria a sua ignorância quanto a menstruação; como a Yamiko parecia não estar familiarizada com o ocorrido, certamente poderia significar que a sua menarca ainda não havia chego e estava por vir, era a maior suspeita.

Mesmo com o clima ameno, a Pedoroso transpirava muito por todo o corpo, as gotas eram facilmente notadas a olho nu, ficando fácil para qualquer um que a visse reconhecesse que algo estava errado. Depois de um curto período de tempo após suas perguntas, o enjoo aumentava cada vez mais, até o ponto em que a alcoólatra sentia um refluxo interno subindo por seu esôfago, posicionaria-se às pressas de forma que não sujasse a carruagem e vomitaria na estrada grande parte do que havia bebido no dia de hoje. —— Que enjoo... eu preciso beber... —— Balbuciava enquanto se preparava para vomitar ainda mais.

HP: ❲1200 ✘ 1600❳ CH ❲911 ✘ 1825❳ ST: ❲00 ✘ 05❳

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Dumas

Qua 26 Dez - 15:42

Aquela floresta que circundava Konohagakure no Sato era mais densa do que eu tinha pensado inicialmente. Suas árvores em grandes e frondosas, muitas vezes tapavam o Sol que estaria usando como guia. Quando cheguei a uns cem ou duzentos metros da Vila diminui a velocidade e comecei a caminhar tomando o cuidado para não me perder naquela floresta. Descansei por um tempo aproveitando a sombra daquelas árvores chegando até a dormir um pouco. Assim que acordei, levantei-me e prestei mais atenção ao que me rodeava. Avancei mais alguns metros até que percebi pegadas de um animal que serviria de comida até a minha chegada em Iwa, além da diversão é claro. Começaria ali uma caçada. O animal era rápido e deixava pegadas razoáveis. Deveria ser um cervo. Passei quase uma hora rastreando as pegadas e analisando o terreno para conseguir alcançar o animal. No meio do caminho percebi que além das pegadas do cervo outras surgiam de diversas direções. O animal estava sendo caçado por predadores, mais exato uma matilha ou uma alcateia.

Avançava com cautela pela floresta adentro. A caçada me afastou da minha direção inicial me levando em direção oposta. Ultrapassei alguns desafios naturais, passei por riachos e mais floresta densa. Até ouvir uivos que confirmava a presença de uma alcateia. Segui por entre os galhos já que não queria dar de cara com aqueles animais, até que, por fim, parei num galho de árvore que dava vista para uma clareira. E no meio estava o cervo cercado pelos lobos. Vi a luta pela sobrevivência, um para viver e outros para alimentar o seu bando. A luta foi intensa, um usando sua agilidade e força para afastar os seus predadores enquanto seu oponente usava o trabalho em equipe. O que era muito interessante. O cervo poderia ter habilidade de se esquivar e fugir rapidamente, mas teria uns dez lobos que trabalhavam juntos e queriam cansar a sua presa para quando ela fraquejasse o bote fosse dado. E foi isso que aconteceu minutos depois. O cervo começou a cansar, e num movimento mais lento um lobo pegou sua pata traseira impossibilitando a fuga, e os demais pularam em suas outras patas e em seu corpo até derrubá-lo. E assim, os lobos conquistaram o seu alimento. E eu apreciei todo aquele momento, contudo, fiquei preocupado que fiquei focado demais naquela disputa de vida ou morte e esqueci-me do que estava ao meu redor.

Uma forma eficiente de certificar que não estava sendo seguido e nem em perigo era ativar a minha habilidade inata em máxima potência. Primeiro prestando mais atenção ao meu redor para depois ir expandindo até o limite. Entretanto, para a minha surpresa, a uns duzentos metros mais ao leste existia dois pontos de chakra. Um era enorme e o outro é médio. O aquele chakra enorme me fez temer a sua presença como que se uma técnica ninja tivesse sido utilizada. Tentei me controlar, mordi a minha boca até escorrer um fio vermelho dele, e focaria na dor para quebrar aquela situação. Além disso, prestei mais atenção à assinatura de chakra. E não acreditei. Era a Yamiko. E então o chakra que deveria a estar acompanhando deveria ser da Pedoroso. Chegava àquela conclusão ao mesmo tempo em que limpava a minha boca por baixo da máscara e pegava mais umas balas de café e as comia.

Saltei imediatamente em direção a elas em máxima velocidade. Percebi que os chakras pararam, então aproveitei para diminuir a diferença de distancia entre nós. E quando estivesse a cinquenta metros eu conseguiria ver o que parecia ser uma carruagem e com a assinatura de chakra da Nanadaime. E parecia que tinha uma cabeça para fora. E estaria vomitando?

Entre um galho e outro fiz quatro selos e liberando meu chakra para construir dez raposas brancas fantasmagóricas. Elas avançariam por terra circundariam (três na frente, três atrás, dois de cada lado: que tentariam chamar a atenção das viajantes) ficando a um metro da carruagem como se fossem guarda costas, ou como os lobos que rodearam sua presa. Dependeria totalmente da minha vontade. Eles forçariam a parada da carruagem.

Chegaria a uma distância de dez metros da carruagem, e manteria essa distância independente se elas parassem ou continuassem a andar com a carruagem, onde me pronunciaria as duas presentes.

– Ora, Ora, Ora... A Sombra da Pedra e sua escudeira perdidas em meio ao país do Fogo? – Daria uma breve pausa. – Precisam de um mapa para voltarem para Iwagakure, Nanadaime-sama? – Minha voz saiu totalmente irônica por baixo da máscara. Estaria atento ao chakra das duas e de prontidão para caso elas tivessem reações hostis. Por hora, iria reagir conforme o meu cargo exigiria. Suprimindo até mesmo os meus próprios sentimentos.

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Isa.BR

Jōnin

Qua 26 Dez - 20:50

O discurso inicial de Yumi faria com que Yamiko arqueasse a sobrancelha esquerda, olhando-a um pouco de lado. Balançaria a cabeça negativamente, pois era óbvio que a kunoichi não achava sua amiga burra, muito pelo contrário. Ainda se manteria em silêncio, enquanto a mais velha lhe chamava atenção sobre sua falta de transparência em relação ao que estava sentindo.

Nesse momento, a garota ficaria um pouco mais retraída e sem palavras. Mesmo concordando, acabaria por não mudar seu jeito fechado em relação às suas fraquezas. Acabaria por não demonstrá-las novamente, depois do que sentiu pelo abandono de Mordred da última vez que se viram. A Ishikawa simplesmente fecharia os olhos e viraria o rosto para o lado oposto ao da melhor amiga. Não que quisesse por fim à conversa, mas também não estava disposta a responder nenhuma das perguntas feitas até aquele momento.

Apenas arregalaria os olhos ao ouvir as últimas perguntas feitas pela Pedoroso. "Bebês?! Mas do que você está falando, Yumi?!" Seus pensamentos precederiam a resposta, um pouco mais agressiva. — É evidente que sei como bebês são feitos!!! Não tem nada a ver com isso. Eu só estou tensa demais isso reflete nas dores... É isso, quando eu me acalmar, a dor vai sumir... Tenho certeza disso... Você está me deixando irritada agora e isso está causando a dor!!! Então pare com isso... — Embora não tivesse mesmo a intenção de culpar sua amiga por aquilo, acabaria se entregando à agressividade e despejando aquela ladainha para que o assunto morresse.

A própria Yamiko, ciente de seu exagero, respiraria fundo e levaria a mão ao ombro da amiga, observando-a. — Yumi... Desculpe-me, sei que só está preocupada comigo... Mas é sério, essa dor é bastante passageira e só está um pouco mais forte... Desta vez! Eu já tenho 16 anos, acho que sei do que estamos falando... Só está mais forte que o normal, só isso... — Repetiria a si mesma e à amiga, tentando faze-la relaxar quanto à dor. Aliás, a própria Yumi demonstrava sinais claros de que ela que não estava bem. O suor da morena e o refluxo de tudo que ela tinha bebido deixavam clara a situação pela qual a ébria passava.

Yamiko balançaria a cabeça negativamente, acariciando as costas de Yumi, enquanto ela passava mal. "Nossa, estamos bem detonadas mesmo" A garota pensaria, notando a presença de seres estranhos do lado de fora. Imediatamente, a Samehada, nas costas da kunoichi, se agitaria demonstrando a presença de um chakra maior do que o da parceira. A Ishikawa cerraria os punhos e ordenaria que Yumi ficasse dentro da carruagem, posto que a amiga estava bastante debilitada, enquanto a carruagem seguiria seu caminho por mais uns 20 metros.

Sairia da carruagem de cristal e observaria o mascarado de Iwa. Claramente irritada, faria com que diversas partículas de cristal se condensassem em incontáveis shurikens de seis lados, que seriam atiradas na direção do caçador ANBU. — Aquele mascarado idiota resolveu desobedecer e mandou você vir até aqui perturbar nós duas! Muito bem, matarei você, agora, e ele, em breve! —

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Kaginimaru

Jōnin

Qui 27 Dez - 13:38

As palavras da Yamiko de certa forma machucavam profundamente, mesmo que fosse apenas um ataque de agressividade, a inocência da alcoólatra não estava pronta para isso. Por mais que se preocupasse, não recebia oportunidade suficiente para ajudá-la de alguma forma, chegava a ser frustrante. —— Não precisa se desculpar. —— Yumi dizia com um semblante negativo, esbanjando seu desânimo mesmo após receber a explicação plena do motivo para tudo isso.

A falta de álcool começava a causar dores de cabeça, Yumi sentia-se como apenas um pequeno pedaço de lixo descartável. Sua falta de habilidade e a droga do vício sempre a prejudicava, talvez ela não servisse mesmo para ser uma Kunoichi, como seus pais tantos a alertavam. Com a chegada de um estranho e a ordem direta da Ishikawa, a Pedoroso simplesmente acataria, não queria ser novamente atacada verbalmente. —— Apenas tome cuidado com essa dor, exercícios físicos ajudam, mas esforço de chakra não. —— Alertava no instante em que a Líder saía da carruagem. Sua escolha, como forma de passar o tempo, foi deitar-se no banco e tirar um cochilo até que tudo isso terminasse, provavelmente no mínimo algum sintoma negativo se esvairia, e isso seria ótimo. A Nanadaime Tsuchikage certamente não precisava de ajuda, por mais que estivesse com dores.

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Dumas

Qui 27 Dez - 22:41

Ao vê-la sair da carruagem meu coração disparou, ela estava diferente desde a última vez em que a vi. Poderia estar mais madura? Continuava linda e o corpo dela mais ainda. Contudo, ela não me deixou muito tempo para apreciar aquela bela vista. Senti que ela reunia chakra e a liberava em pontos distintos criando shurikens com a sua kekkei genkai, analisaria rapidamente as características do chakra Shoton para identificá-lo em outras pessoas, enquanto recuava para trás da árvore, onde ela foi alvejada o suficiente para ser derrubada. Esquivaria de algumas shurikens com um salto, enquanto sacaria a kusanagi bloqueando umas três com um movimento diagonal, para em seguida saltar por entre as árvores rodeando a carruagem pelo lado direito. Acompanharia com o kanchi o movimento das shurikens de shoton que não eram muito velozes. Várias shurikens acertaram outras árvores e galhos que estariam pelo caminho.

- Então você pôs o mascarado como seu sucessor? E ainda pediu para não te perseguir, fora que não foi em busca de seus ninjas sumidos... Interessante Yamiko-chan! Não tinha essa informação. – Falava enquanto bloquearia com mais alguns golpes da Kusanagi umas dez shurikens que ultrapassariam a cobertura que as árvores me concedia e continuava a me movimentar até ficar a dez metros na lateral direita da carruagem, oculto em meio à copa das árvores. Guardei a Kusanagi e realizei selos eram feitos e cuspiria três pedras que assumiriam a minha forma. Em seguida eu faria mais selos e levantaria os braços ativando o Kirigakure no Jutsu que se expandiria por um raio de vinte metros e ocultaria a movimentação dos clones. Enquanto isso, um dos clones desceria ao chão e andaria devagar em direção a kunoichi. O segundo voltaria para a minha posição original e o terceiro para frente da carruagem, exatamente oposto a minha posição inicial, ambos mantendo dez metros de distancia da carruagem.

Durante o ataque das shurikens, minhas raposas agora se movimentariam até se enroscarem nas pernas da Yamiko e todas as raposas rodeando sem parar para chamarem a sua atenção enquanto e durante o Kirigakure surtisse efeito. Os clones avançariam, com o Kanchi ativo, atentos ao seu chakra, e caso percebessem qualquer manipulação de chakra para realização de jutsus ou avanço da Ishikawa, eles lançariam duas shurikens cada, no segundo seguinte uma kunai. Com intervalo de um segundo entre cada clone. Mas todos em pontos não vitais.

O clone que assumiu a minha posição de abordagem da carruagem seria o primeiro a se pronunciar. – Por que saiu da Vila?! E ainda carregou a Pedoroso com você? Esqueceu-se das suas obrigações como Tsuchikage? – Finalizaria. O segundo clone que estaria no ponto oposto do primeiro continuou. – O que a Mordred acharia disso, Ishikawa Yamiko? E o Noah? Sumido e sem respostas... – Questionei incisivamente.

O primeiro clone emergiria lentamente do meio da neblina a cinco metros da Nanadaime. – Teria, então, coragem de matar um membro de Iwagakure no Sato? Quem sabe um Zoldyck?! – O clone principal questionou com um tom irônico na voz.

Quando o clone principal terminou de falar eu saltaria da copa da árvore, com uma virada em pleno ar, com o intuito de cair encima da carruagem virado para a Yamiko, já com a mão direita segurando a minha máscara ANBU. Não daria tempo de reação àquela cena feita pelos clones, e logo tiraria a máscara e revelando o meu rosto.

- Ou até mesmo a Raposa Branca de Iwagakure? Vulgo Zoldyck Noah?! – Indagaria com o sorriso mais safado do mundo estampado na cara. Enquanto fazia o “v” de vitória com a mão esquerda. "Eu vou morrer agora!".

Mesmo acima da carruagem eu estaria atento a toda movimentação da Ishikawa, pois se ela estaria brava antes, eu não saberia o que ela poderia fazer agora. Por via das dúvidas prepararia o meu Mizu Kawarimi para me resguardar de qualquer ação ofensiva da Sombra da Pedra.

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Isa.BR

Jōnin

Sex 28 Dez - 22:20

Estava com as palavras ditas por Yumi na cabeça, a respeito do quão poderia lhe ser prejudicial o uso de chakra para aumentar a dor que vinha sentindo. No entanto, teria que arcar com as consequências de serem, agora, objeto de caça pela ANBU.

Infelizmente, não conseguiu derrotar o inimigo com o jutsu básico de Shöton. Ela cerraria os punhos, observando aquele garoto se esconder entre as árvores para se proteger do ataque lançado pela kunoichi. De repente, uma névoa estranhamente densa começaria a cobrir o campo, deixando a garota um pouco mais tensa e irritada. Com isso, a dor no ventre aumentaria e a faria criar uma proteção em todo o seu corpo. A armadura de Shöton, altamente resistente, ficaria invisível a olho nu, principalmente em meio à névoa.

"Então acha mesmo que fará alguma diferença você se ocultar, Anbu?" Os olhos da garota começariam a mudar e se tornariam brancos, ligeiramente voltados para um tom lilás. Aos poucos, as veias das laterais dos olhos começariam a se ressaltar. "O que é isso?" Chamaria sua atenção o fato de mesmo colocando a mão dominante na frente do rosto, continuar podendo ver a floresta e o fluxo de chakra do ninja agressor. "Clones?! Acha mesmo que isso vai te ajudar alguma coisa? Dividir tanto seu chakra ridículo para me atacar em mais frentes? Que bobagem!"

Por mais estranho que pudesse parecer, Yamiko conseguia enxergar perfeitamente a posição de todos os clones e do original, além da soneca de sua parceira dentro da carruagem. No entanto, ver naquela perspectiva tão ampla e irrestrita, a deixaria um pouco perturbada. Parecia não conseguir controlar o alcance da visão que se estendia até o vilarejo à beira do mar.

Mesmo vendo as raposas em seus pés, estaria mais preocupada com visão estendida, até por já está protegida pela armadura de cristal. As perguntas feitas pelos clones a faria voltar a se focar, com dificuldade na distância mínima que conseguisse enxergar. — Eu deixei aquele lugar corrupto, porque ele não é digno e continua sem ser digno. Você aqui só prova isso, garoto... — No entanto, a medida que eles fossem falando sobre Noah, ela se silenciaria. Uma lágrima solitária escorreria pelo seu rosto e cairia sobre sua mão.

Ao vê-lo a sua frente, um pouco trêmula, perceberia que mais lágrimas se juntariam à primeira. Sem dizer nenhuma outra palavra, correria na direção daquele sem a máscara e pularia sobre para abraçá-lo bem firme. Não se importaria se caíssem no chão, com ela sobre ele. — É você mesmo não é? Você está mesmo vivo não é? Não é um fantasma, não é? — Sem que ele tivesse tempo para responder, seguiria falando depois de esconder o rosto contra o peitoral dele. — Seu idiota... Idiota... Idiota... Eu achei que você tinha morrido, idiota! — Era o momento em que o doujutsu se desativaria.

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Dumas

Sáb 29 Dez - 0:54

Os movimentos da Yamiko me surpreenderam sendo que primeiro ela se revestiu com chakra e pela coloração seria o seu chakra Shoton. E depois seus olhos se destacaram com chakra. O que chamou ainda mais a minha atenção, pois não sabia que a Nanadaime possuiria um doujutsu. O que automaticamente me forçou a ficar mais cauteloso com a minha oponente.

Ela não se movia o que tornou a minha estratégia eficiente, contudo, me questionaria o que ela estaria tramando. Qual seria a armadilha?! E de onde viria? E a única coisa que aconteceu foi a sua resposta. Mas e o que significaria tamanha corrupção na Vila? E o “lugar”, se estendia a todos os shinobis e civis de Iwagakure no Sato. Pela minha experiência e pelas palavras da Ishikawa, tentaram tomar o poder, só que desta vez conseguiram?! Indagava sobre aquela frase. Logo me voltei para o que estaria acontecendo.

Os movimentos em seguida foram um sucesso. Contudo ao me ver sem a máscara ela se virou para mim, com lágrimas nos olhos, correu e pulou em minha direção e me abraçaria bem forte, enquanto eu em resposta colocaria os meus braços ao redor da cintura da dela com firmeza. Como a investida dela foi inesperada eu desequilibrei com o impacto, mas a segurei firme e trouxe o corpo dela para mais perto do meu. Um ou dois passos para trás, enquanto ela me questionava se eu não seria um fantasma. Olhos albinos se destacavam juntamente com os questionamentos. Meu sorriso continuou estampado em pleno ar devido à cena, enquanto caíamos no teto da carruagem de cristal. E antes que conseguisse me pronunciar ela esconderia o seu rosto em meu peito e começou a me chamar de idiota. “Essa garota é louca! Uma hora me chama de fantasma na outra me chama de idiota sem mais nem menos! O que seria melhor: Ghost-Baka ou Baka-Ghost?!”.

Esperaria ela se acalmar para depois eu falar tranquilamente. – É... Estou vivo, pelo menos eu acho! Sentiu minha falta foi, BAKA YAMIKO? – Devolveria a frase para ela e daria uma pausa. Respiraria fundo devido à queda Sentia o corpo e o calor da garota que estava em cima do meu, seu cheiro, seu jeito maluco, trouxeram os meus sentimentos voltarem à tona.

- Porque EU senti a sua falta... – Corava enquanto falava. – E quando cheguei a Iwa, cadê você? Sumiu! E aí tive que te caçar por meio mundo... – Continuava. – Você está bem? Está mais bonita do que quando eu a deixei naquela noite! E está... Diferente... – Completava sem saber definir o que era.

Tomei consciência do que estava a nossa volta. E deixei de manter os meus jutsus, com isso os clones se tornaram pedras e viraram amontoados daquele material, as raposas nos rodearam em cima da carruagem e se desfizeram como fumaça ao mesmo tempo em que a neblina se esvaía rapidamente. E, por fim, desativei minha habilidade inata.

- E você querendo matar um fantasma idiota! Onde já se viu isso?! – Falava enquanto aproveitava aquele momento e as respostas que viriam.

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Sáb 29 Dez - 8:46

Já no chão, aconchegaria-se nos braços dele. As lágrimas continuariam brotando dos olhos da garota, que apenas ouviria Noah e suas perguntas e suas explicações. "Diferente?! Talvez seja por conta das minhas habilidades especiais..." Pensaria antes de começar a respondê-lo, embora pulasse a parte sobre sua saída de Iwa.

— Deve ser porque eu absorvi uma segunda Kekkei Genkai... Com a minha habilidade especial... Isso causa algumas mudanças em meu corpo, mas me pareço um pouco mais estável do que da última vez... — Suspiraria profundamente, desativando sua defesa. — Obrigada por me achar mais bonita. Você também me parece bem mais bonito do que daquela vez! — Eis que abriria os olhos para olhá-lo, enquanto percebia a neblina se dissipar. Talvez ele nem estivesse tão diferente assim, mas o interesse da kunoichi nele tinha claramente aumentado. — Hmmm... Não quero te matar... Na verdade eu queria até te responder sobre... — Notaria algo em bastante destaque no ombro dele, que chamaria muita atenção.

"Mas o que é isso?!" Afastaria-se um pouco do abraço, focando sua visão completamente no ombro do garoto e arquearia a sobrancelha. Levantaria-se, levando a mão esquerda àquele ponto e puxando algo. — Hey Noah, que fio de cabelo loiro de mulher é esse? E por que ele estava preso no seu ombro? Onde você esteve todo esse tempo? — Exibiria o longo fio de cabelo loiro, tentando se manter calma, mas já estaria, naquele momento, com o rosto voltado para baixo a ponto de sua franja cobrir seus olhos.

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Dumas

Sáb 29 Dez - 11:55

Ela pulou uma parte que muito me interessava, mas deixaria aquele assunto para mais tarde e seguiria o fluxo da conversa. Ela comentou sobre absorver uma segunda Kekkei Genkai e sua aparente estabilidade em ao usar tal habilidade. Uma aptidão para absorver qualidades de sangue de outros clãs era uma técnica admirável. Eu teria que matar o usuário e convocá-lo com o Edo Tensei para tal feito.

O elogio foi recíproco enquanto ela olhava para mim. E afirmava que não queria me matar só me dar respostas... “Mulheres...”. No momento depois ela começaria a se levantar e fui afrouxando o meu abraço até ela se levantar e eu faria a mesma coisa em seguida. A próxima alegação fora ter um cabelo loiro no meu ombro. E uma pergunta sobre onde eu estive. Os papéis tinham se invertido tão rápido!

Pensei um pouco de quem poderia ser a dona de fio de ouro. Meu caminho foi longo por Konoha, mas somente uma pessoa tinha os requisitos e mantido a aproximação o suficiente para um fio cair em mim, Zelda.

- Deve ser de alguém que esbarrei em Konoha... Fui a tantos lugares! Você não tem ideia. – Dava uma pausa. – Mas também pode ser da Zelda, uma Chuunin de Iwagakure que encontrei no Castelo da Alisha. Ela veio te procurar comigo. Ela fugiu da Vila, pois queria te encontrar. – Colocava a mão no queixo com cara de quem estava puxando os fatos na cabeça.

- Inclusive, falhei naquela missão que me deu. Fui sequestrado pelas Fontes Termais, torturado, mas tenho que admitir que meu pai e meu avô pegariam mais pesado! – Outra pausa para voltar ao assunto principal. – E a Alisha mandou seus ninjas para me resgatar. – Respirei fundo. – E aí fiquei um tempo treinando no Castelo dela até que a Zelda me falou das coisas esquisitas que aconteceram em Iwa e fui investigar... E cá estou eu. – Finalizava.

- E quanto a você? Sua técnica tem poderes similares ao meu jutsu Edo Tensei, só que eu preciso de corpos e sacrifícios para que ele funcione... – Divagava em tom baixo. – Aliás, o que aconteceu em Iwa, qual o seu envolvimento e o que quer dizer com corruptos? – Questionaria e aguardaria suas respostas.

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Sáb 29 Dez - 16:11

Ela já indicava para ele todos os sinais de que não tinha gostado nenhum pouco de encontrar, por acaso, um fio de cabelo loiro no ombro do pretenso namorado. A medida que ele foi avançando em suas explicações, que pareciam desculpas esfarrapadas para a kunoichi, ela passaria a ficar trêmula, claramente nervosa.

"Alisha não é?! É claro que é a Alisha... Você está sempre de quatro pela Alisha não é?" De fato, a garota conseguiria ignorar completamente tudo que ele dizia, além do nome incômodo da Senhora Feudal do País da Terra. Não que fosse de propósito, os ciúmes a faria simplesmente não ouvir tudo que ele tinha dito, talvez forçando-a a escutar apenas a pior parte. Igualmente, tudo que se seguiria a partir daquele instante, eram conjecturas formadas pelas ligações sinápticas da cabeça da garota.

— Você deve estar brincando não é? Passou todo esse tempo no castelo sozinho com a Alisha?... Como é que você pode fazer uma coisa dessas comigo, Noah? Eu morri de preocupação achando que você estava morto e você aproveitando a vida com a Senhora Feudal... — Com os ombros tremendo bastante, sem perceber, começaria a cristalizar a solo abaixo dos pés, com o tom de voz cada vez mais agressivo. Isso talvez ajudasse o rapaz a se proteger dela, que já estaria completamente entregue à agressividade.

De repente, olharia para ele com os olhos fixos e liberaria uma grande quantidade de chakra, antes de bater a mão no chão e criar um caminho de espetos de cristal ametista, que ficariam seguindo o garoto aonde quer que ele fosse.

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Dumas

Sáb 29 Dez - 20:23

A garota de longas madeixas roxas parecia perdida em seus pensamentos depois das minhas palavras. E quando ela começou a falar o meu alerta vermelho soou tão forte quanto se tivesse para acontecer um terremoto escala dez. Um frio passou pela espinha ainda mais vendo os ombros da garota tremer.

- QUE?! De tudo o que eu falei você só prestou atenção NISSO!!! – Falava já de prontidão ao ver que ao redor dos pés da Yamiko começou a cristalizar. Dei dois passos para trás e agora, pronto para fugir e tive que tirar minha dúvida com o Kanchi. “Ela não está pensando em me atacar está?! Ela não faria isso! Não agora...”. Consegui perceber que ela estava infundindo chakra dois segundos antes dela me olhar. “Ferrou!”.

Saltei, recuando três metros de costas em minha velocidade máxima, e quando percebi tinha uma árvore bloqueando o meu caminho e um caminho de cristal sendo feito pela kunoichi. Usei a árvore como apoio para pular para um galho que estaria a um metro a minha esquerda e a um metro e meio do chão. E de lá saltaria por entre galhos, evitando a criação de chakra da Ishikawa.

- Qual é Yamiko! Boa parte desse tempo eu estava todo ferrado! Levei muito tempo para me recuperar dos ferimentos da luta e da tortura e você dizendo que eu estava APROVEITANDO?! Tá maluca?! – Respondia indignado com a afirmação. – Se não tivesse me descartado tão facilmente teria mandado meu time ou os ANBUs me procurarem... Quem sabe eu teria passado menos tempo no Castelo do Daimyo. – Provocaria enquanto saltava rapidamente para outra árvore para evitar os cristais e depois para mais outros dois galhos.

- Aí fico sabendo de um ataque a Vila da Pedra! E que após o ataque você sumiu! – Dava uma pausa onde esquivaria de um cristal e voltaria a saltar para outros galhos. E continuaria pulando entre os galhos mesmo falando. – E eu venho atrás de você, e você me fala que avisou ao seu “sucessor” para não te seguirem. – Dava uma pausa. – E você me fala como eu posso fazer uma coisa dessas com você? – Finalizava ironicamente e ria de nervoso. Uma ideia me passou pela cabeça com todo aquele alvoroço.

- E quem sabe, comigo por perto, você não tivesse atacado a Vila e se transformado numa Nukenin... – Blefaria e daria, agora, nome aos bois. Infundia chakra doton e me banharia nele e saltaria desta vez para o ar, voando a vinte metros do chão. E se preciso fosse ainda desviaria no ar dos cristais criados pela Nanadaime.

- Presta atenção no que eu vou falar agora! – Respirava fundo tentando me acalmar. – Se eu estava aproveitando tanto no Castelo. Por que acha que eu vim atrás de você? BAKA! – Afirmava seriamente. - Antes que acabe me matando, lembra do que eu te perguntei naquela noite? Então... - Completaria a frase somente em minha cabeça. Pegaria algumas balas de café do meu bolso e as comeria para aliviar um pouco a tensão.

Avaliaria o chakra da kunoichi e tentaria ver se teria divergências em suas palavras que realçassem entre verdade e mentira. Além de dizer se ele continuaria os ataques ou não. Manteria de prontidão em pleno ar. Até que a Yamiko hasteasse a bandeira branca.

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Sáb 29 Dez - 21:19

Como era de se esperar, o ANBU de Iwa conseguia se mover rápido o bastante para evitar os espinhos cristalizados formados pela Kekkei Genkai elemental principal da antiga Tsuchikage. As esquivas dele eram feitas em meio a um discurso realmente irritante para a kunoichi, que cerraria os dentes observando-o escapar.

"Esse cão tarado... cão idiota... cão imoral... Não vou conseguir pegá-lo com esse jutsu. Então talvez deva..." Os pensamentos dela foram cortados abruptamente pela acusação feita por ele. Realmente, ela teria sido relapsa com a pessoa que mais se importava naquela vila, agora considerada corrupta? Pela opinião dada pelo próprio Noah, sim, ela tinha sido. Depois daquilo, os cristais se desfizeram por inteiro, espalhando-se no ar. — Isso é... — Falaria para si mesma, com a voz bastante embargada e os olhos marejados.

A realidade é que a Ishikawa tinha, além de tudo, mais um pecado para carregar por sua própria omissão. De repente, o garoto tinha total razão no que dizia. Razão porque caberia à Yamiko, como Nanadaime Tsuchikage, zelar pelos seus ninjas, o que ela não tinha feito diversas vezes. Tinha sido assim com a garota Uchiha. Tinha sido assim com sua amada aluna Momoi. Tinha sido assim nas ações que culminaram com a guerra contra as Fontes Termais e, por fim, tinha sido assim com o próprio Noah.

Pior ainda para ela, posto que o Zoldyck talvez estivesse vivo exclusivamente pelo fato de ela não ter se intrometido no problema. Estremecida por dentro e fragilizada por fora, ajoelharia-se no solo do País do Fogo, tomado por gramas verdes da Primavera do ano de 65. Sua cabeça baixa e suas mãos postas sobre o chão poderiam revelar parte de seus sentimentos de indignidade. Indignidade intrínseca ao próprio status de traidora que tinha assumido a pouco mais de meio ano que a arrastaria uma vez mais para o fundo do poço.

Naquele ponto, seria impossível a ela segurar as diversas lágrimas que escorreriam pelas maçãs alvas do rosto. Tudo mais que ele dizia apenas serviria para jogá-la mais para baixo. Ao final, ele parecia querer saber a resposta para a pergunta feita na última vez que se encontraram. Erguendo-se do solo, viraria-se de costas para ele e levaria a mão dominante ao cristal da carruagem, antes de limpar o rosto com a outra mão.

— Você tem razão sobre muitas coisas, Noah... Talvez eu realmente tenha abandonado o que era mais importante para mim, assim como eu te abandonei... Acho que exatamente por isso, não tenho direito de te responder aquela pergunta... — Fecharia os olhos ao fazer uma pequena pausa, talvez para conter a dor no ventre que voltava a incomodar bastante. — Não seria justo com você, te prender a alguém tão falha quanto eu... Assim como também não é justo exigir que você abra mão de suas obrigações com sua vila para ficar ao lado de uma criminosa como eu... Sinto muito ter passado o tempo para lhe dar aquele Sim... —

Já bastante desgastada, caminharia na direção da lateral da carruagem para entrar nela. Parando exatamente no que seria a porta e se virando para ele, na floresta. — Eu sinto muito ter estragado tudo, Noah... —

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Dumas

Sáb 29 Dez - 23:57

Os meus movimentos tinham dado certo e consegui esquivar-me dos cristais, contudo, minha estratégia de arrancar as informações para entender e dividir o fardo com a Yamiko ficou fora de controle. A ninja ao invés de responder ela se calou. Ela preferiu implodir a falar. Tinha tocado numa ferida ainda aberta e por isso a fiz se ajoelhar e chorar. Não era essa a minha intenção ferir a Ishikawa daquele jeito, eu achei que ela dividiria comigo o que tinha passado e, desta forma, pudesse ajudá-la como pudesse, mas me enganei e feio. E quando o jutsu se desfez eu percebi pela minha habilidade inata que ela não mais infundia chakra.

Voei para mais perto dela enquanto ela começou a me responder, pousei a menos de um metro dela e desativaria meu jutsu e habilidade inata. Sua resposta seria praticamente na minha cara. Enquanto ouviria em silencio enquanto olharia em seus olhos. Cogitei hipóteses, mas percebi que não tive vitória naquela conversa. E as palavras dela em parte ainda não faziam sentido.

Ela verbalizou ser uma criminosa. Então, se eu continuasse dando ouvidos aos meus sentimentos que fervilhavam ao vê-la, nós poderíamos seguir o que paramos há dois anos. Mas como ficaria no caso da Vila? Ou se eu negasse o que eu sinto por ela como poderia viver pela obrigação?! E me perdoaria um dia por tal atitude? Ou poderia chegar a um momento em que viraria um Nukenin também?! Mais pensamentos passaram a mil pela minha cabeça. “Foda-se”. Até um ponto em que percebi que eu daria um jeito de resolver esses problemas.

Ela, enfim, me deu a resposta que sonhei em dois anos. E agora eu sabia o que ela poderia sentir se dois anos não tivesse mudado isso também. Mais uma vez precisaria arriscar. E quando ela começou a caminhar em direção à carruagem, respirei fundo e busquei um pouco de coragem. Não me sentia no direito de tomar aquela atitude sendo que momentos antes eu a fiz chorar. E abri uma ferida que ainda não tinha cicatrizado. Quando ela se virou para mim e disse aquelas palavras. Não pensei muito, me aproximei a segurei pelos ombros.

- Parece que eu ainda não te fiz entender, né! – Falei de forma que somente ela pudesse ouvir e então a abracei. – Eu só queria estar com você para protegê-la, porque você é importante pra mim. – Falei no ouvido direito dela. – E você estragar alguma coisa?! – Falei ironicamente. – Você só tornou a aventura ainda mais divertida! – Afirmei com convicção. Recuaria o meu rosto, passaria bem próximo do dela, até ficarmos alguns centímetros frente a frente.

- Eu sou apaixonado por você, Ishikawa Yamiko! – Expressava puro e simplesmente os meus sentimentos, e desta vez, sem ficar vermelho. – A proposta ainda está de pé! Independente do que aconteça... É pegar ou largar! – Brincaria com a garota. – E espero que aceite! – Finalizaria com um sorriso estampado aguardando a resposta dela.

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Isa.BR

Jōnin

Dom 30 Dez - 5:06

Ishikawa Yamiko, a sétima sombra da Terra e foragida de rank S não inscrita no Bingo Book, nunca tinha se considerado alguém fácil de se lidar. Muito pelo contrário, a kunoichi tinha uma personalidade extremamente forte, para o bem e para o mal e tinha plena consciência disso.

Noah parecia querer explicar suas reais intenções no que tinha dito, mas, para ela, seria apenas uma tentativa de remediar uma situação causada por ela mesma. Era difícil acreditar, agora, que ela não o teria abandonado em meio a uma guerra causada pelas suas duras ações durante o mandato decaído. Ainda verdadeiras, as frases lançadas pelo rapaz de cabelos brancos não tinham efeito sobre a mágoa de Yamiko consigo mesma.

Não era objeto de discussão os sentimentos que um tinha pelo outro, mas sim, como a kunoichi pode ser tão fria a ponto de nem sequer se preocupar em procurá-lo depois que ele saiu para a missão a tanto tempo atrás. Aliás, ele ressaltar como queria ter protegido ela, apenas deixava ainda mais clara a omissão. Explica-se, ele tinha total interesse e determinação em protegê-la, enquanto ela oferecia não fazer nada para protegê-lo. Embora retribuísse o abraço, ela se recusou a olhar nos olhos do garoto a sua frente e fecharia os dela, apenas ouvindo.

Assim que ele terminasse, voltaria a encostar o rosto na junção do peito e do ombro do rapaz, em silêncio. "Eu devo ser a pior pessoa que já pisou nessas gramas... Eu estava muito orgulhosa de ter sido uma Tsuchikage um pouco melhor, ouvindo a Mordred, mas a verdade é que eu fui a pior. A realidade é que eu fui um fracasso... Sinto muito por ter te abandonado, Noah..." Talvez ele fosse capaz de notar que a única coisa que estaria acontecendo ali seria ela molhando as vestes dele com as lágrimas que escorriam do rosto da kunoichi.

— Obriguei a Yumi a matar os guardas dos portões de Iwa, antes de eu mesma atacar a vila... Depois viajamos até Konoha e ataquei um garoto que estava do lado de fora dela, por ele tentar me fazer de boba... Coloquei a Hokage contra a parede para descobrir que ela é uma pessoa inocente e infantil... Com sonhos tão tolos e pueris que me deram nojo... Em seguida, matei dois ninjas da Folha que estavam tentando atacar Yumi... Antes de vir até aqui e você me encontrar... — Faria uma longa pausa para poder suspirar, lembrando-se de tudo que tinha acontecido desde que deixou a vila natal. — Respondendo a sua pergunta de antes... Não sei o que minha irmã acha do que eu fiz, mas eu apostaria que ela está contra mim e, provavelmente, irá me castigar por eu ter estragado tudo de novo. Para ela, eu era importante no cargo de Tsuchikage e eu saí de lá sem nem perguntar a ela sobre o que achava ou se me apoiaria sair... Também não sei o que minha mãe pensa sobre mim, saí de Iwa sem me despedir dela... Não a vejo há um ano e não me importava com isso, talvez para eu me fechar e me esconder de todas as minhas falhas. Com você fora, falhei em proteger a sua aluna Nanama, não fiquei do lado da minha aluna Momoi, e as duas morreram por conta das minhas falhas... —

Depois de dizer tudo aquilo, ela poderia ficar um pouco menos pesada ou, talvez, só se piorasse um pouco mais. Apenas o tempo seria capaz de resolver aquele imbróglio criado pela Ishikawa. Ela ainda não trataria da proposta feita por Noah, pois estava se sentindo ainda mais indigna depois de verbalizar tudo aquilo.

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Dumas

Dom 30 Dez - 16:02

A jovem Ishikawa ouvia a tudo com os seus olhos fechados e depois se recostou em meu peito novamente e brotaram lágrimas que aos poucos molhavam a minha roupa. Eu estava me sentindo mal por ter pego pesado com a Yamiko. Realmente tinha aberto a ferida. Agora teria que ajudar a cicatrizá-la. “O fardo que ela está carregando é grande, e só fiz tudo àquilo para forçá-la a falar e dividir os seus problemas. Mas fui longe demais”.

Depois da minha última frase me mantive em silêncio. Com a minha mão esquerda afaguei os cabelos roxos dela para confortá-la. Foi quando ela começou a contar primeiro sobre o ataque a Iwa e que forçou a sua companheira a atacar os guardas. Depois um ataque a um garoto de Konoha. Enfrentou a Hokage por considerá-la uma pessoa inocente e infantil. “Quais seriam os sonhos da Hokage que a Yamiko tomaria como tolo e pueril?!”. Fiz-me alguns questionamentos enquanto a Yamiko continuava e a seguir mais mortes vieram. Atacaram ninjas da Folha em defesa de sua amiga. E parou numa longa pausa e num suspiro.

Havia muito sangue nas mãos daquela garota e por isso ela estava daquele jeito. Contudo éramos ninjas e eu ainda teria um treinamento de assassino, e algumas coisas eu poderia relevar como o ataque a Konoha em defesa própria. Entretanto, isso poderia trazer problemas para aquelas duas kunoichi em relação à Konoha e poderia envolver a nossa Vila. No caso de Iwa era um pouco mais complicado das coisas se resolverem e pensando rapidamente teria poucas saídas para proteger ambas.

Olhei para a jovem que estava dentro da carruagem e ela não parecia muito bem. Mas ela teria em alta estima por ter ficado ao lado da Yamiko aquele tempo todo desde o ataque a Iwa. Contudo ainda não tinha entendido o porquê do ataque. E não me sentia no direito de perguntar naquele momento. Só continuei afagando as suas madeixas roxas.

A Nanadaime voltou a falar agora respondendo a minha pergunta. Mordred foi o primeiro ponto e ela não saberia se a jovem Uchiha ficaria contra sua irmã mais nova a ponto de castigá-la. Ter a Mordred como oponente seria terrível, mas tinha em mente que a Uchiha poderia perdoar se a Yamiko fosse tão estimada por ela, independente dos transtornos causados com aqueles eventos. Depois veio a questão da sua mãe e o tempo que estavam afastadas. Mas eu consegui decifrar boa parte do pergaminho que meus pais deixaram para mim e sabia que Mikoto estava com eles em algum dos nossos esconderijos fora de Iwa. Contudo a última parte foi mais tensa até para mim. Ela citou a Nanama, a minha aluna da Shiroi Kitsune. E a Momoi. Uma lágrima escorreu, pois não conseguir detê-la a tempo. Mas voltaria a controlar rapidamente as minhas emoções.

Quando ela finalizou eu fiquei em silêncio mais um tempo. Ainda estava digerindo as informações e já buscando respostas e ações para algumas delas. E outras questões ainda foram levantadas. Não saberia como começar a falar. Aparentava estar tudo tranquilo como um rio, mas por dentro estava uma correnteza violenta.

- Vai ficar tudo bem, Yamiko. Vamos dar um jeito em tudo isso. E quando percebermos será somente uma lembrança ruim. – Afirmaria. – Quanto a Mordred eu não sei dizer, não a conheço tão bem para falar alguma coisa, mas a sua mãe está bem e protegida pela a minha família em um de nossos esconderijos. E ela não te julgará mal. Ela te ama! – Dava uma pausa. – Eles me deixaram uma pista, mas ainda não a decodifiquei completamente. – Falava enquanto continuava o processo para acalmar a garota.

- Em questão de Iwa, me confirme o nome do mascarado e eu mesmo irei matá-lo e assumirei o posto de Tsuchikage da Vila. Não colocarei seus nomes no Bingo Book. Desta forma manterei vocês a salvo. – Afirmava convicto de qual seria o meu próximo passo na Vila. E com isso aceleraria também o meu desejo de proteger a todos da Vila. Não poderia deixar Iwagakure decair e ficar suscetível a ataques de outras Vilas.

- Você tem uma excelente aliada com você! Ela parece ser fiel a você, mesmo passando por tudo ela continua ao seu lado. Seja grata a ela, assim como eu, agora, sou. Fez um bom papel. – Divagava. – E quanto a Konoha... Isso poderá ser um problema no futuro se a Hokage se movimentar. Mas teremos algum tempo até que isso ocorra. – Continuava divagando.

- Quanto a Nanama e a Momoi, infelizmente eram shinobis. E todos os dias temos que lidar com a morte. – Falava com a voz meio embargada, e tentava me convencer com as minhas próprias palavras. – Eu a já enfrentei a morte umas duas vezes só hoje! – Ironizava minha própria frase. – Elas foram enterradas em Iwa? Ainda não tive tempo de prestar uma homenagem... – Questionaria a kunoichi.

- Precisamos achar logo um lugar longe de Konoha, e quer que eu encontre com a sua irmã para resolvermos de uma vez essa situação com ela? - Questionaria após todas as respostas da Yamiko. – Caso aquela Uchiha queira lutar eu sirvo de escudo... Olha como estou mais forte! - Levantava um braço mostrando os bíceps. - Dá pelo menos tempo de correr! – Tentaria brincar com a garota e descontrair um pouco enquanto eu passaria a mão no rosto dela para tirar as lágrimas.

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Kaginimaru

Jōnin

Dom 30 Dez - 22:36

O cochilo era um sucesso, nos primeiros minutos. Seria impossível dormir ou ao menos relaxar com tantos demônios atormentando seu pensamento. —— Minha cabeça dói... —— Balbuciava em um tom de voz seco e baixo, se queixando da parte mais dolorida, mas diante de todas as outras, sua cabeça era apenas mais uma. Talvez a enxaqueca até fosse boa, afinal, não era possível relembrar de todos os seus assassinatos, os quais a garota ainda abominava, com um estado tão lastimável assim. Bobeira.

Seu breve sonho já havia feito isso, suas noites, desde o incidente em Iwagakure, resumiam-se em recapitulações das mortes, dos ocorridos, das expressões de desespero; era desesperador. De certa forma esses ocorridos literalmente a acordavam para um mundo real, certamente o motivo de seus pais não desejarem com que a filha se tornasse uma Kunoichi era principalmente por este motivo, mas a herdeira da família Pedoroso estava psicologicamente cega e cansada, semelhante aos dias de hoje, Yumi também estava cega e cansada, mas não somente no lado psicológico, seu físico estava desta mesma maneira, de mãos dadas.

Mesmo tão doente e com tantas dores, algo pior que seus assassinatos pairava no ar e a Yumi de fato não poderia se perdoar, as mortes eram apenas a ponta do iceberg, a problemática atual ia à tona no instante em que a Pedoroso se lembrava de onde estava e o que faziam antes dela cair em seu sono nem tão profundo assim. —— Yamiko... —— Clamava em um tom inaudível por conta da rouquidão. Era desesperador; a alcoólatra não sabia quanto tempo havia se passado, tudo o que estava ciente era que a Ishikawa não estava ao seu lado, muito menos se encontrava em seu turvo campo de visão.

Esforços e mais esforços foram feitos, mas a garota não possuía força alguma para se levantar. Não seria problema. Optava por se rastejar até qualquer saída da carruagem, se jogando no chão totalmente despreocupada com a altura ou coisa do tipo. O impacto arrancava-lhe um leve gemido e servia apenas para tonteá-la ainda mais. Era desesperador; Yumi vislumbrava apenas figuras embaçadas, pareciam humanos, mas graças à sua visão embaçada, eram inidentificáveis. Não interessava. "Não interessa, eu conheço esse tom de roxo... é ela..." — Tal pensamento fluía na dolorida consciência da garota, perguntava-se, também, o que estaria acontecendo entre ela e o inimigo, a alcoólatra estava curiosa, mas nada que superasse o seu sofrimento, era bobagem insistir em se movimentar, por mais que quisesse muito auxiliar a sua amiga.

A disparidade entre o físico e o psicológico era imensa, embora ambos estivessem adoentados, há quem acreditasse que a garota estivesse horrível somente por fora, mas por dentro, nem próximo disto podia-se dizer, questionável era se realmente existia algo internamente além dos órgãos, seus sentimentos foram trancafiados por tanto tempo que nem mesmo o pó havia restado. Tudo isso fruto da relação familiar abusiva, piorando ainda mais devido aos recentes acontecimentos que a deixavam ainda mais confusa.

Lágrimas escorriam dos olhos da garota — estas sim eram fortes para se moverem, mas o motivo era incerto; um misto entre insatisfação com o mundo, consigo mesma, com konoha, consigo mesma, com as suas escolhas e, novamente, consigo mesma. Era desesperador. Viver assim, a cada dia que passasse, seria um inferno total. Não somente pelo fato de estar doente agora, aquelas dores eram passageiras, o inferno estava em sua mente, essa sim certamente seria uma dor eterna, mas que escolha os shinobis possuem?

A Uzumaki não aguentaria por muito tempo, seu corpo deixava isso claro com a lentidão em que sua audição ficava cada vez mais, não somente, a visão também começava a ficar ainda mais embaçada, assim como a sua consciência, que aos poucos ia se perdendo em meio ao nada. —— Quebrei... a nossa promessa... —— Praticamente sussurrava. A pele pálida dava destaque ao ocorrido, Yumi havia desmaiado ao lado da carruagem.

Era desesperador.

HP: ❲1520 ✘ 1600❳ CH ❲1276 ✘ 1825❳ ST: ❲05 ✘ 05❳

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"."

Ficha de Personagem :

Convidado

Seg 31 Dez - 1:06

A paisagem que se desenrolava no horizonte era simplesmente exuberante. O sol, banhado pelo laranja do céu e envolto por nuvens fofas e brancas, punha-se depois de um par de montanhas imensas que se divisavam muitos quilômetros a oeste. Verde por toda a extensão até o sopé das longínquas montanhas, pequenas estradas de terra batida forqueavam-se pela floresta densa e escurecida e se perdiam na imensidão floral, onde passarinhos cantarolavam em seus ninhos e cervos descansavam sobre a pastagem. Os olhos da princesa dourada brilharam adquirindo uma tonalidade estonteantemente dourada com pinceladas vermelhas tangenciando-os; a estigma dos poderes da natureza transpondo o seu corpo e se combinando com seu próprio chakra. Seus sentidos se tencionaram e tornaram-na sensível ao chakra. Mordred fechou os olhos e pressentiu o advento de milhares de centelhas de poder. Em uma vasta floresta que transbordava vida animal e vegetal diversificada, surpreendente seria se não sentisse nada. Permaneceu quietinha como as donzelas fariam em seu reino, e permitira-se atravessar poucas centenas de metros, abrangendo o seu vínculo com a natureza. Com um pouco mais de quietude, os quilômetros nasceram e uma assinatura de chakra esplendorosamente conhecida lhe fez abrir os olhos de supetão, arregalando-os e arqueando uma sobrancelha. Estacou no céu e sentiu o coração explodindo dentro do peito.

—— Só pode ser ela, tem que ser. —— falou à Kurama, sua companheira de Nove-Caudas e pelagem alaranjada. Parte de Mordred estava temerosa pelo reencontro, mas a chama que crepitava dentro do seu peito era tão intensa que lhe embalava e consumia com um sentimento de necessidade e saudade incontrolável. Ela fechou os olhos e mergulhou dentro da copa das árvores e dos seus galhos, se desorientando com o verde e se impulsionando através da floresta unicamente guiada pelos instintos extrassensoriais do Modo Sábio. Era impossível que evitasse a colisão com as tantas árvores e cipós emaranhados, mas quem diria que se importava com meros arranhões quando a cada metro estava mais convicta de que aquela era sem sombra de dúvidas a sua irmã mais nova? Kurama, por outro lado, parecia inconformada com a imprudência. Ela teve uma infância conturbada com a morte do Sábio dos Seis Caminhos e como uma criatura não-humana, não compreendia com precisão a inconsistência das relações humanas, principalmente as familiares. —— Você precisa ir devagar, pirralha! Não chegará inteira se continuar assim!

Mordred Pendragon não escutou aos conselhos da Nove-Caudas.

Ela simplesmente voou e perseguiu.

Como se fosse o sol atrás de sua amante, a Lua.

Com lágrimas saltando os olhos e rolando na face.

Lágrimas de amor.

A Princesa de Lucis pousou na grama verdejante com passadas tortas e quase despencou no gramado. Em seu peito, a chama ardia como mil sóis contra o seu seio. Despencara das árvores como uma verdadeira ventania, trazendo consigo o bater de asas de centenas de pássaros, bem como galhos retorcidos e folhas amareladas. Por um momento, se permitiu ser um pouco mais sentimentalista e entregar-se à saudade que por tantos meses doía-lhe no peito. —— Eu estava certa. Era você mesmo, não é, meu amor? —— Disse em meio às lágrimas cristalinas que escorriam dos olhos multicoloridos. Ela caminhou com passos ligeiros e pouco importando-se com a cena, deu um sorriso notavelmente genuíno e até um pouco cômico para a irmã, estacionando seu corpo bem próximo a ela. Um empurrão na figura diante de Yamiko e seus braços se enlaçaram na irmã mais nova, sentindo mais uma vez o seu calor, as lágrimas que escorriam-lhe do rosto e a pulsação do coração. Ela estava viva e saudável, contrariando todos os pensamentos malditos. —— Eu senti tanto a sua falta... —— e com essas palavras, descansou seu queixo sobre o ombro da irmã mais velha e sorriu, envolvendo-lhe com ternura.

Mordred; 3275/3275; 5250/5250; 500/500; 400/400; 500/500; 01/14;
Kurama; 5500/5500.

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Isa.BR

Jōnin

Seg 31 Dez - 6:08

Aconchegar-se-ia nos braços dele a medida que sentia as carícias nos cabelos, o que a faria manter os olhos fechados. Ela tinha entendido as coisas que ele tinha falado e, evidentemente, ficaria aliviada em saber que sua mãe ainda estava viva.

Ela não responderia mais nada a respeito de Iwa, até por não querer, em seu íntimo, que Noah se tornasse Tsuchikage. Já em relação à Yumi, Yamiko não poderia reclamar nada. Mesmo meio maluca, sempre esteve ao lado da Ishikawa demonstrando uma fidelidade e lealdade sem igual. Perguntar sobre onde estavam Nanama e Momoi a deixaria um pouco chateada, mas respiraria fundo antes de responder. — Momoi está enterrada sim em Iwa... Nanama não. Estou com o corpo dela, mas não consegui recuperar a cabeça... —

As palavras de Noah a fariam suspirar, principalmente quando tratava de sua irmã mais velha. "Entendo... Você também acha que ela vai querer me atacar, não é?" A mente de Yamiko parecia distorcer a brincadeira feita por Noah, o que a deixaria ainda mais na defensiva em relação ao tratamento de Mordred. Balançaria a cabeça negativamente, observando o garoto fazer aquela brincadeira fora de hora. — Estava indo para o leste... Para o País do Redemoinho, me afastando dessas coisas tolas... Também preciso cuidar da Yumi, ela está passando bem mal por conta de estar a muito tempo sem beber álcool... Sim, ela é viciada... Há pouco... vi um vilarejo naquela direção... Pareceu que está a uns 2 a 3 km de distância... — Ao falar sobre o vilarejo, apontaria na direção leste e era nesse momento que a Samehada se agitaria bastante nas costas, indicando a aproximação de um chakra realmente grande.

No entanto, antes que fosse possível fazer qualquer coisa, poderia ouvir a voz da irmã que não via a pouco mais de 8 meses. Arregalaria os olhos, voltando-se lentamente para o lado em que a loira tinha surgido. — Mor...dred...onee...sa...ma... — Balbuciaria, extremamente nervosa, enquanto uma gota de suor, frio, escorreria da testa até o queixo, pela lateral esquerda de seu rosto. Não teria muito tempo de reação e, mesmo que o tivesse, não conseguiria reagir àquilo em tempo hábil, antes de se sentir envolvida pelos braços da loira.

E mais lágrimas escorreriam pelo rosto da kunoichi, unindo-se às derramadas pela irmã mais velha, enquanto a Ishikawa deixaria os braços soltos ao lado de seu corpo. Parecia em choque com aquela sensação que rompia todas as expectativas. Mordred não queria atacá-la ou repreendê-la por tudo que tinha feito, mas não poderia descartar que a reação da irmã representava sua ignorância sobre as ações de Yamiko. Ergueria os braços na frente do corpo, fazendo um selo de mão especial em forma de cruz para criar um clone das sombras, simples. Depois de fazer o clone abraçaria a irmã e permaneceria em silêncio.

— Hey Noah, você virá comigo até o vilarejo? Preciso levar a Yumi e cuidar dela agora... — Muito embora parecesse, aquele não era um simples pedido, mais se aproximando de uma ordem, pelo tom de voz usado pelo clone das sombras. De toda forma, aquela Yamiko entraria na carruagem e apenas esperaria Noah por alguns segundos, antes de começar a se afastar em velocidade máxima com a carruagem e tudo dentro dela.

Enquanto isso, a original teria que lidar com todos os seus pecados perante sua irmã mais velha, uma verdadeira heroína mundial, talvez a maior de todas. Lidar com as diferenças que a afastava tanto do que sua irmã representava era difícil para ela. Yamiko não era uma heroína, muito pelo contrário. Também não tinha conseguido enxergar nada de relevante em Konoha e nem as tais melhorias em Iwa. Incontáveis pensamentos passariam pela cabeça da garota, que retribuiria o abraço com todas as suas forças. — Eu... sinto muito... onee-sama... — Aquelas palavras resumiriam tudo, mesmo ela sabendo que seria necessário explicar muito mais do que aquelas três palavras.

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Dumas

Seg 31 Dez - 8:29

As respostas dadas pela Ishikawa quanto a Nanama me surpreendeu. Mas pensei melhor e ela deveria ter lá suas razões para carregar o corpo consigo. E não tocaria mais naquele assunto, pelo menos por enquanto. E minha brincadeira não surtira o efeito desejado, então permaneci quieto, continuei afagando seus cabelos.

Depois me contou sobre sua viagem para o País do Redemoinho a leste. E que precisaria cuidar da sua amiga Yami, uma alcoólatra em abstinência. E que ao utilizar a sua Kekkei Genkai ocular viu um vilarejo nos arredores. E lá poderíamos comprar o bem que estava em falta para a companheira da Nanadaime.

Nesse momento percebi a Samehada se movimentando e em seguida percebi algo se aproximando rapidamente através da minha habilidade inata. O chakra era enorme e mais uma vez tive que resistir aquela presença monstruosa, dois chakras absurdos. Mordi meu lábio inferior com tanta força que escorreu um fio rubro pelo queixo. Foi quando percebi que conhecia aquele chakra. Mordred. Ela estava com um chakra esquisito complementando o dela, mas não via manipulação de chakra em si e quando chegou a sua fisionomia e postura não dava a entender como uma visita hostil. A loira se aproximou rapidamente de nós e com um empurrão me afastou da Yamiko e eu completei o movimento ficando a uns dois metros.

Não me intrometeria naquela reunião de família, contudo, ainda estava atento aos movimentos das duas por meio do Kanchi. Olhei um pouco a cena e relaxei, enfim, não precisaria ser um escudo contra a loira. Como dito na brincadeira. Mesmo porque diante daquele chakra percebi que poderia aguentar somente alguns segundos... Quem sabe. Era engraçado, pois eram dois faróis de chakra em meio à floresta do país do fogo. Dava um contraste e tanto. Um clone surgiu momentos depois da Ishikawa e me questionou sobre ir ao vilarejo.

Agora que sabia o problema da jovem que caiu da carruagem decidi ir ajudá-la, e acabei por desativar minha habilidade. Iria até a jovem. – Yumi, com licença. Vou te levar até a carruagem. – Falava enquanto a pegaria na altura dos ombros e pelas pernas e com cuidado e a colocaria dentro da carruagem de cristal. – Segundo a Yamiko tem um vilarejo aqui perto. E sabe, deve ter algum bar por lá. – Falei um pouco antes de sair da carruagem e subir no telhado da mesma pegando a minha máscara ANBU e a guardando dentro das vestes.

- Podemos ir, vou tomando um ar aqui em cima! – Falava com um sorriso irônico estampado. Deitaria no teto da carruagem e ali pensaria sobre tudo o que rolou até aquele momento. E começaria a pensar nos próximos passos que deveria tomar. Deveria descansar um pouco, pois os dias vindouros seriam de muito trabalho. Acabei por fechar os olhos até o movimento da carruagem parar no vilarejo.

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Noah Zoldyck:
HP: 2.725/2.725 CH: 3.280/3.375 ST: 2/8 VEL: 05/22 m/s
Byakugou no In: 500/500

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"We can all be kings and queens
If we can just learn to believe"

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Convidado

Seg 31 Dez - 17:53

Mordred suspirou, sentindo um alivio profundo tocar a alma. Um sentimento de felicidade inundava a kunoichi dos cabelos dourados enquanto embalava sua única família com os braços e repousava as bochechas no seu ombro. Tão próximas estavam que suas narinas assimilaram o cheiro de rosas emanado da menina e associaram aquilo à uma memória importante. A Princesa comparou por um momento o abraço de Ishikawa Yamiko com envolver-se com cobertores num inverno frio; a gelidez do ambiente florestal desapareceu e a kunoichi sentiu-se acolhida pela quentura da mais nova. Mordred deixou que a mão destra escapasse e secou as lágrimas escorrendo dos olhos, limpando também a bochecha no processo. Sentia-se ansiosa na presença da irmã e todos os problemas políticos que passara desde que soube da invasão à Iwagakure no Sato pareceram queimar numa fogueira. Ela tirou o rosto do ombro da Ishikawa e encostou a testa contra a testa da menor, sorrindo um pouco envergonhada.

—— Você continua crescendo, não é? Se continuar assim, logo dirão que você é minha Onee-sama. —— Disse Mordred. Meses passaram com estupenda velocidade e de repente, estavam diante de um novo ano. Yamiko era uma mulher aparentemente muito mais madura do que a menininha que tivera que deixar em Iwagakure no Sato para que pudesse reencontrar-se com Chinoike no Chara e discutir a respeito do seu plano de paz. Mordred permanecia exatamente o mesmo; o semblante angelical, de cabelos lisos e dourados como se fossem polvilhados por ouro, os olhos esverdeados que imitavam o brilho de um diamante e a pele alva como se fosse pincelada pela tintura da neve. Era um pouco estranho que jamais evoluísse como uma mulher, mas não se importava com sua própria aparência física. A Nove-Caudas deu um sorriso de canto de rosto e percebeu que as maçãs das bochechas da kunoichi avermelharam-se pela proximidade com a irmã mais nova. Não importava quantos deuses desafiasse, no fim, ela era sempre a pequena e tímida Mordred. Permaneceria quietinha com a irmã por mais alguns instantes, apenas aproveitando o contato entre ambas, até que finalmente a saudade apaziguasse seu coração e ela pudesse falar com mais propriedade.

—— Você poderia ter me procurado quando foi embora de Iwagakure no Sato, não é, Chibi-Yamiko?

Mordred; 3275/3275; 5250/5250; 500/500; 400/400; 500/500; 02/14;
Kurama; 5500/5500.

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Jōnin

Seg 31 Dez - 18:33

A cada instante que passava, Mordred demonstrava não estar com raiva do que a irmã mais nova tinha feito e isso, por mais estranho que pudesse parecer, apenas deixaria a Ishikawa preocupada com a reação da loira caso fosse hipótese de ela não saber tudo que tinha acontecido.

O aconchego do abraço tinha transmitido um pouco de paz para a garota de cabelos roxos, mas alguns esclarecimentos eram necessários. Um sorriso absolutamente sem graça para o primeiro comentário da tábua nanica, rapidamente desfeito ao poder encarar a irmã tão de perto. "É claro, você é muito nanica e parece uma pirralha..." Pensaria tentando mudar o foco, enquanto moveria os olhos para o canto inferior esquerdo. Não queria olhar os olhos verdes de Mordred por pura vergonha de si mesma.

O silêncio, ligeiramente desconfortável, gritava alto dentro da cabeça de Yamiko. Uma das principais peças pregadas pelos pensamentos distorcidos da jovem era aquela em que Mordred mandava que Yamiko ficasse longe das vistas, em penitência. Aquela proximidade repentina geraria muita confusão na garota, que não conseguia se controlar e derramaria mais algumas lágrimas. Sem dúvidas, a Ishikawa tinha incontáveis arrependimentos, alguns externados a pouco para o pretenso namorado, mas ainda ocultos em relação a sua irmã.

— Eu... — Tentaria com extrema timidez romper o silêncio, mas a voz de Mordred a abafaria, deixando-a vermelha. Fecharia os olhos novamente e suspiraria pesadamente, tentando obter forças para responder àquilo, sem parecer insana. — Não tinha condições... Precisava descobrir algumas coisas sobre você em Konoha. O porquê de você ter abandonado Iwa e se tornado Hokage, especialmente se você nunca gostou de questões políticas... Também queria avaliar se a Vila da Folha era realmente tão diferente assim da Pedra. Desculpe-me... Quer dizer... Espero que me perdoe por isso... — Novamente desviaria o olhar, ainda mais sem graça que antes e completamente vermelha.

— Como está a sua namorada? — Buscaria mudar de assunto, fechando os olhos e respirando fundo para controlar quaisquer chances de prantos naquele momento.

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Convidado

Qua 2 Jan - 15:35

—— Chara tornou-se a nova Raikage de Kumogakure no Sato e me tornando um membro honorário do seu vilarejo, ela me deu carta branca para sair para te procurar e demorar o quanto fosse necessário. Eu procurei primeiro em Iwagakure e quando descobri mais a respeito daquele Tsuchikage, ordenei que fosse executado. Eu fiquei tão... preocupada. —— Seus olhos quase inundaram-se com lágrimas novamente, mas não queria estragar o momento com a irmã mais nova se tornando uma vítima dos sentimentos de tristeza. Era momento de dar um sorriso de canto à canto do rosto. O bosque naquele horário era muito bem ventilado por uma brisa fresca que rondava as árvores, movendo galhos e balançando as infindáveis folhas amarelas e esverdeadas que coloriam a paisagem. Sua mente unida aos poderes da natureza permitiam que Mordred sentisse o chakra dos companheiros de Yamiko, bem como da sua réplica, atravessando uma grande extensão de terra até que finalmente escapassem da sua área sensorial. Provavelmente tinham um destino em mente e a guerreira carmesim encontrou-se a questionar para si mesma para onde iriam.

—— Eu sempre estarei pensando em você, sabe? Não precisa pensar que eu irei ficar furiosa ou me tornar sua inimiga. As vezes... sinto que eu falhei muito contigo, Yamiko. —— seus olhos murcharam e a expressão tornou-se de pesar. Era desconfortável pensar naquilo, mas deveria encarar a realidade de frente. —— Eu sempre fui embora de Iwagakure no Sato e por muito tempo nem te dei explicação para essas viagens. Imagino que se tivesse ficado contigo, muitas coisas seriam melhores do que são agora. De qualquer forma, é um passado imutável, mas... somos irmãs, não é? No fim, sempre poderá contar comigo para o que der e vier. Mas me diga, como foi a estadia em Konohagakure?

Mordred; 3275/3275; 5250/5250; 500/500; 400/400; 500/500; 03/14;
Kurama; 5500/5500.

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Jōnin

Qui 3 Jan - 6:51

A primeira notícia era realmente boa, muito embora não tivesse a relação ideal com Chara, não tinha dúvidas que seria uma Raikage muito melhor do que a anterior, que não passava de uma foragida covarde. Ela realmente não estava preocupada com Iwa e ignoraria completamente o que a irmã disse a respeito do falso Tsuchikage. Novamente, sem graça, tentaria mudar de assunto quando a irmã falasse de sua preocupação. — Pelo menos Kumo pode ser considerada uma vila de verdade agora... Parece que os conselheiros de lá finalmente perceberam como tinham rebaixado aquele lugar colocando uma nukenin como kage... —

Ver a irmã com aquele semblante triste, que aumentaria depois que ela comentasse sobre as supostas falhas, obrigaria Yamiko a desviar o olhar, cabisbaixo. Afastaria-se um pouco e se viraria de costas para ela, quando cruzaria os braços e respiraria fundo, mantendo a cabeça um pouco baixa. "Acredito que você falhou comigo mesmo no começo, mas agora já estamos bastante empatadas, Mordred..." Pensaria, silenciosa, observando a grama amassada pela carruagem de cristal.

Apenas balançaria a cabeça positivamente para lhe responder sobre a fraternidade das duas, antes de fechar os olhos. Finalmente a pergunta a respeito da estadia em Konoha. Yamiko não sabia o que sua irmã tinha em mente e se tinha falado com a Hokage, imaginando que as duas estavam no mesmo lugar por conhecer sua irmã mais velha. Caminharia um pouco para frente, afastando-se de Mordred, sem olhar para ela. Ficaria na marca da carruagem e olharia para o céu, antes de levar a mão ao ventre com a dor voltando. — Bem, estava tudo sendo tranquilo depois de eu ter alguns confrontamentos de uma pirralha e descobrir como a Hokage atual é inocente e infantil em seus sonhos... Também, fiz um treinamento que estava precisando e... — Faria uma pequena pausa para baixar a cabeça e se virar de lado para poder observar a irmã. — Matei um grupo de ninjas que atacaram a mim e a Yumi. Dois ou três, não sei muito bem... Acho que os matei até sem perceber, por estar nervosa... Pude concluir, Mordred-oneesama, que eles não valem a pena, como todos os outros... —

Erguendo a mão esquerda à franja, alisaria os cabelos, levando-os entre os dedos, antes de descer a mão. — Estava indo para leste, me afastando dessas vilas sujas e corruptas de uma vez... —

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