We Only Begun

Havia sido uma semana conturbada, havia chegado a um ponto em que meu desenvolvimento travara. Não conseguia progredir e não atribuía isso ao fato de não ter outro da minha linhagem sanguínea na vila - não que eu soubesse. Para chegar a uma resolução favorável, decidi recorrer à academia; uma carta com um pedido de ajuda.

Estava desiludido com uma resposta, tendo em vista que alguns dias se passaram e nada. A desmotivação já havia me alcançado, e pouco fazia os treinos matinais que outrora executava com tanto vigor. Mas, em uma bela noite em que repousava em meus aposentos, a resposta para meu pedido de socorro chegou, uma carta que havia sido encaminhada para mim com os dizeres de que um ninja – do mais alto nível – se disponibilizara para treinar a mim. O sorriso foi inevitável, que tipo de homem será esse novo professor?

Na manhã seguinte depois de um café da manhã reforçada aprontei-me a ir para o local predefinido, não queria me atrasar nem por uma fatalidade. Pontual como sempre, cheguei no lugar marcado no momento certo.

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We Only Begun

Quando pus os pés no lugar de encontro, deparei com um rapaz um pouco menor que eu e mais magro, mas com vestes que indicavam claramente sua servidão à Kumo. Respondi sua saudação ao erguer rapidamente a mão e cumprimenta-lo – Bom dia!

As apresentações não foram possíveis, no entanto, graças a uma entrada nada sutil com uma frase eletrizante do possível mestre que nos ensinaria que logo se apressou em nos passar tarefas e instruções – mesmo que não muito claras. – A propósito, me chamo Izuku – Senti que seria falta de educação não me apresentar, então o fiz antes de mais nada.

Apanhei os pesos nas mãos e os acoplei nas pernas. Não entendendo muito bem o significado daquilo tudo. Não questionando, resolvi tentar uma corrida leve sem utilizar muito da minha força e nem velocidade. Os pesos não criavam em mim uma sensação de “pesado”, mas afetavam claramente minha velocidade por requererem uma força maior do que a que eu estava acostumado a usar no ato de correr.

Os músculos precisavam ser forçados um pouco além do costume e por isso, me sentia “preso” ao chão em cada movimento. Resolvi então usar um pouco a mais da força para tornar mais fácil a tarefa, mas passando de uma corrida leve para uma mais veloz. Quando usei minha força real, os pesos deixaram de serem fardos, e já não faziam diferença alguma. – Acho que está leve, sensei! Aliás, qual seu nome? – Indaguei o mestre responsável, ainda sem entender o objetivo do treino com pesos.

Afim de tentar outra perspectiva, comecei a realizar saltos moderados intercalados na corrida para oferecer uma maior resistência, embora não fizesse tanta diferença, talvez o problema fossem os pesos estarem leves demais. Aumentar deveria resolver o problema. – Sensei, e se aumentar os pesos? Não sei se o objetivo desse treino.

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We Only Begun

Toshinori, esse era o nome do professor que nos ensinava naquele momento. Respeitosamente decidi chama-lo por “Toshinori-san”, como ele era bem mais velho que eu. Ele mencionou algo sobre limitar meu desenvolvimento, palavras que não fizeram menor sentido para mim que buscava justamente o contrário disso: um poder absoluto. Depois de instruir o outro jovem que comigo estava ele voltou e pressionou os dedos sobre os pesos que agora estavam em minhas mãos e subitamente a pressão me jogou no chão com força suficiente para criar um buraco. O que diabos havia acontecido? Não foi a massa dos pesos que aumentou, mas sim somente o peso deles, o mundo escureceu nesse momento e a gravidade simplesmente me rebaixou ao chão.

– Ei, ei... isso é sério? – Não fazia expressão de dor ou qualquer outra coisa, pois minha condição corporal não me permitia sentir algo semelhante. De toda forma, não conseguia me mover os braços para lugar algum, somente as pernas (que estavam livres de pesos) tinham essa possibilidade. Pensei em todo o caminho que percorri até chegar ali, treinos intensos e mortais para superar um defeito genético que todos julgavam incapacitar-me de ser um ninja. Mas eu superei esses defeitos, dei a volta por cima, me tornei forte.

Superaria aquilo também. Apliquei gradualmente toda minha força física na esperança de mover os pesos do lugar, mas mesmo com minha força descomunal nada acontecia. Nunca havia nada natural que fosse tão pesado que eu não pudesse carregar, teria isso mudado? Não, deve ter haver com o ato de pressionar os dedos de Toshinori, uma técnica, talvez. Os músculos e veias dos meus braços marcavam na pele conforme o esforço na busca de um centímetro de diferença se provava inútil. – EU VOU CONSEGUIR – Pensei alto, tentando me convencer do mesmo. Decidi tentar uma nova estratégia, como apenas os braços não estavam dando conta do serviço.

Negociei forças com meu corpo e joguei minhas pernas para frente, por baixo do restante do meu corpo. Aplicando toda a força disponível, tentei jogar os pesos nas coxas ainda segurados pelos braços, era uma tentativa arriscada. Toda aquela pressão fazia trincar o solo ao meu redor e erguer uma pequena nuvem de poeira que se mantinha rasteira, não impedindo a visão do que acontecia comigo. Como resultado das inúmeras tentativas finalmente o peso se moveu e parou acima das coxas, dei um tempo de descanso usando uma fração menor de força somente para não cair com tudo no chão outra vez.

Descansado, era hora de começar a segunda fase. Colando os cotovelos nas costelas e mantendo firme os pesos rente a barriga, usei toda minha força nas duas pernas para me jogar para cima; sem os pesos aquela força seria suficiente para me atirar na altura de um prédio de trinta andares, mas com aqueles malditos pesos não me movia nem três centímetros. – Porra! Vai ser agora!

Cansado de falhar, transcendi o limite físico e em um momento súbito de adrenalina joguei meu corpo para cima, lentamente e forçando o seu auge. Mas como resultado, consegui ficar de pé. – Isso!

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Izuku e Spike estavam em um treinamento difícil, um queria dominar seu hachimon e Spike gostaria de aumentar suas habilidades em ninjutsu na tentativa de quem sabe um dia, acabar se tornando uma pessoa mais forte do que agora, algumas horas foram passadas e o dia de treinamento chegou ao fim, o mestre dos mesmos entregou instruções para continuarem o treinamento sozinho, pois ele teria uma missão logo cedo e através daquilo ambos seguiriam o treinamento, no final do próximo dia, o rapaz que teria saído em missão voltaria para continuar o treinamento de ambos dois.



- Considerações -

Bom, não entendi muito bem a trama que Schro tinha tentado implantar e a partir de agora sera refeita, terminem o dia e voltem para o treinamento no proximo dia, seguiremos a partir daqui, estão livres para as considerações que desejarem.

We Only Begun

O treinamento havia continuado, ainda sem muito sentido para mim, no entanto, todas as tarefas haviam sido realizadas com sucesso. Exausto, havia sido liberado do treino e deveria retornar somente no próximo dia, para dar sequência. Spike disse algo sobre nos encontramos de novo ali, no dia seguinte.

– Claro, sem problemas...

Indaguei, um pouco sorridente. Girei e segui para casa, para ter algum descanso, os músculos do meu corpo doíam um pouco e a fome já alcançava um estado crítico. Pensando em tudo que havia feito naquele dia, tentei compreender o significado de todo o treinamento; já não havia atingido o limite físico? Existiria uma força superior a minha que não fosse por meio de técnicas? Nunca havia ouvido falar de algo assim, mas talvez houvesse alguém que superasse-me somente com força bruta, sempre há alguém que pode nos derrotar.

– Que frustrante, não aprendi nada hoje.

Depois de comer algo e tomar um belo banho, caí em um sono profundo e acordei atordoado no dia seguinte, me apressando para me vestir ao julgar estar atrasado - embora não estivesse - e aprontando-me para ir ao centro de treinamentos outra vez. E assim o fiz, cheguei lá mais ou menos no mesmo horário que no dia anterior, avistando Spike e saudando-o.

– E aí, chegou a muito tempo? Toshinori não virá?

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Ambos garotos voltaram ao campo de treinamento, se cumprimentaram e seguiriam o treino sozinhos, porem uma sombra surgiu em velocidade maxima e colocou-se a uns metros de ambos garotos - Fui encarregado de continuar o treinamento de vocês dois, vocês podem me adiantar o que estavam a fazer? Não foi me passado nada, meu nome é Feijão - dizia o ninja de pele escura e rabo de cavalo comprido que ia até a parte de seus gluteos, o mesmo esperava uma resposta ser dada para começar as anotações e treinar os garotos, ele , fora escolhido devido ser apto em habilidades magicas e a corpo-a- corpo, tudo que era necessário para aquele treino.


- Considerações -

Prossigam, sempre que der botem um arroba com meu nick @escanor, evita que eu não veja a rp na hora certa.

Boring...

Spike começava a me responder quando nosso pequeno diálogo fora interrompido pela repentina aparição de um homem de pele negra e grande cabelo. Ele nos questionou sobre o que fizemos no dia anterior. Spike tomou a frente para contar-lhe sobre sua experiência do dia anterior, enquanto eu conseguia apenas questionar-me sobre o nome estranho do novo "professor". Quando Spike findou sua fala, estava a encarar o nada, refletindo ainda sobre a questão já dita, mas voltei rapidamente ao foco depois de perceber o silêncio que se instalara.

– Ahh! Eu carreguei pesos, muitos pesos. Corri com eles. Nada a mais.

Minha cara era meio entristecida, afinal, não havia notado melhora em relação a quando começara o treinamento. – Bom, espero que agora façamos algo legal – disse, observando Spike brincar com a moeda que ia e voltava no seu eterno jogo de cara-ou-coroa.

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Primeiro portão!

O homem que se apresentou com o nome de "Feijão" logo foi encoberto por uma nuvem de fumaça branca que seguiu-se de uma risada emblemática e da aparição do verdadeiro treinador - Toshinori. O mestre encarregado daquele treinamento começou suas explicações e revisões do treinamento, fazendo algumas análises e elogios, alguns direcionados a mim e outros para meu companheiro Spike.

– Hehe, obrigado! – respondi os elogios, esfregando a mão na nuca e rindo.

Toshinori explicou algo para mim sobre alguma técnica especial que seria ensinada, então me questionei "Técnica, que técnica?" mas mantive a dúvida para mim, algo me dizia que logo tudo seria explicado. Algumas instruções vieram por parte do professor, nos ordenando que concentrássemos nosso chakra. Spike parecia ter grande facilidade com isso, pelas avaliações de Toshinori e pelo que eu vi com meus próprios olhos, já eu...

– Toshinori-san, eu... não sei se consigo! Não tenho habilidade com Ninjutsu.

Disse, logo depois de imitar a pose do homem, desconfiante de minhas próprias habilidades. – Droga, irei tentar! – Mesmo contra as chances, tentei convencer minha mente de que conseguia realizar aquela simples tarefa dada pelo meu professor, temendo ser desgraçado com vergonha naquele momento. Com os braços cruzados na frente do rosto, concentrei-me de olhos fechados e de joelhos flexionados tentando alcançar meu subconsciente e forçar o controle de chakra, mas a resposta não era tão rápida pela inabilidade no manuseio do chakra. As veias do meu corpo saltavam, inclusive as da testa que faziam minha feição enrugar-se. Continuei com aquilo, esperando que algo ocorresse ou que Toshinori nos desse outra instrução.

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Primeiro portão!

O treinamento continuava, Toshinori interrompeu brevemente a concentração de Spike para lhe corrigir, mas eu estava tão focado em meu próprio treino que sequer atentei-me ao fato durante seu acontecimento. Depois da breve explicação para meu companheiro, o professor se voltou para mim e me dirigiu uma breve aula sobre uma nova forma de conseguir poder, isto é: os oito portões.

"Tenketsus", como dizia Toshinori, que trancavam a maior parte do poder adormecido em nosso corpo. Fui ordenado a recusar os limites impostos por meu corpo, seguido da frase de efeito no final "VÁ ALÉM" que me encheu de emoção no peito. Lembrei de todas as humilhações sofridas na infância por não conseguir usar ninjutsu ou genjutsu, lembrei de todos dizendo que eu não conseguiria me tornar um ninja. Talvez esse poder fosse a chave para me tornar mais forte e silenciar aqueles que desacreditaram.

Imaginando um grande cadeado em meu cérebro, como foi idealizado por meu mestre, visualizei-me o abrindo com uma chave e destrancando todo o potencial oculto por aquele portão, uma energia que me inundou e concedeu uma sensação de maior força e potência. – Hachimon Tonkou: Daichi Kaimon, Kai! – Minha têmpora ficou permanentemente tensionada pela abertura do portão, mas permaneci concentrador, dirigindo a palavra ao sensei outra vez.

– Toshinori-san... E agora?! –

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Que se abra, portão da cura!

O primeiro dos oito portões estava aberto, uma pequena mudança havia sido feita em meu corpo, sutil e invisível para os olhos nus. Toshinori-san sabia muito bem o que acontecia em meu interior, por saber do que se tratava aquela técnica. – Eu... posso sentir... o poder! – ditei enquanto era espreitado pelos olhos do professor, que acabara de ordenar a abertura do segundo portão de localidade semelhante ao primeiro.

Meus conhecimentos aprofundados de anatomia me proporcionavam uma imaginação próxima da perfeição ao fechar os olhos, idealizando o interior do meu corpo em minha mente e desenhando nessa "imagem" a circulação de chakra e os portões cuja localização eu sabia, que até então totalizavam somente dois. Outros viriam. – Daini, Kyumon – com uma frase de efeito mais curta que a anterior e a voz mais grave pelo esforço contínuo, anunciei a abertura do segundos dos oito portões, o portão da cura. Nesse momento, o chakra preencheu o segundo "cadeado" e forçou a abertura do segundo portão. Neste momento, a tensão em minhas têmporas se agravou ainda mais e fez surgir mais um pequeno amontado de veias bem aparentes; senti uma energia me inundar, toda a fadiga aparente se dissipou e eu me sentia pronto para correr uma maratona sem parar para descanso. – Incrível... Me sinto revitalizado!

Permaneci na mesma postura, porém um pouco mais "abaixado" e com os músculos mais flexionados, como se os estivesse forçando. A pulsação de sangue pelo meu corpo fazia com que as veias de todas as regiões se tornassem mais visíveis, graças a pele fina que possuía pelo baixo índice de gordura corporal. – Sensei... Vamos abrir outro!

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Que se abra, portão da vida!

A aprovação de Toshinori ao se referir a mim era nítida, sua risada estrondava no lugar enquanto assistia a seu aluno moldar-se em sua imagem. Uma aura esverdeada cobria meu corpo graças a abertura do segundo portão, tornei a ficar ereto enquanto escutava os ensinamentos do professor com bastante atenção. Os oito portões era uma técnica formidável e logo me interessaria em aprender mais, mas o treinamento estava para acabar; o terceiro portão era o último dos desafios. Este que se localizava na medula espinhal era o último que não afetava a vitalidade de seres "normais" durante a abertura dos portões.

– Ikuso! – outra vez flexionei os joelhos e adotei uma postura mais encurvada para baixo, com os braços paralelos aos joelhos e os punhos cerrados. A atmosfera ao meu redor sofreu uma alteração considerável, criando uma leve impressão de maior gravidade que era meramente estético. – Hachimon Tonkou: Daisan, Seimon. Kai! – vociferei o estrondoso "rugido", proclamando a abertura do terceiro portão ao concentrar-me no cadeado imaginário localizado na medula espinhal, destrancando-o com minha energia. No instante da abertura, fiz um rude movimento para os lados com os braços e me postei de maneira ereta outra vez, imponente. – Vamos testar esse novo poder.

Mirei uma rocha aleatória espalhada pela área e, num instante, desapareci como um vulto. Surgi de cabeça para baixo próximo da grande pedra, inclinando a parte inferior do corpo em direção ao chão ao mesmo tempo que descia um grande golpe com a ponta do pé na estrutura rochosa. O grande poder adquirido se revelou uma grande arma, ao criar uma impacto tão monstruoso que estourou a rocha em vários pedaços que voaram para longe erguendo uma cortina de poeira que se alastrou por uma grande área, sem atrapalhar o treinamento do meu colega por estar um tanto distante. – Incrível!

Desativei a técnica em seguida, assemelhando o conhecimento que tinha sobre ela em minha mente. Toshinori logo meu chamou, então corri ao seu encalço, ouvindo seu pedido e logo em seguida tomei a fala: – Aprendi sobre os oito portões e sobre como a concentração é importante para nos tornarmos fortes! – depois do pequeno resumo, colei os dois pés um ao outro junto das mãos à cintura e curvei-me, saudando o professor. – Obrigado pelos ensinamentos, mestre!

Depois do agradecimento, retornar-ia para minha casa, despedindo-me de todos com um aceno de mão.

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