Após realizar suas duas primeiras missões, hachiman resolvia treinar ninjutsu. No quintal de casa poderia ver um paredão rochoso que serviria para treinar seu ninjutsu básico. – Que seja – resmungou ao concentrar o seu chakra nos pés e começaria a subir, seguiria até a metade do mesmo antes que desprendesse e começasse a queda. Seus reflexos aguçados foram o suficiente para se reposicionar-se de forma eficaz – droga – tocou no chão e olhou para cima – tem que dar certo – correria novamente na mesma técnica para tentar executa-la. Escalaria quase tudo por completo, cada passo era dado meticulosamente focando na habilidade em ninjutsu, essa no qual o rapaz já possuía de berço, apesar de que não tinha nada muito importante em sua família, se é que poderia ser uma família.

Antes que pudesse chegar no topo cairia novamente – eu odeio minha vida cara de novo não – falaria assim que sentisse seu pé escorregando lançando-o para o chão. A queda fora de forma gradual e exponencial, afinal, era uma altura considerável, ultrapassava o casebre no qual era costumeiro viver. Antes de tocar o solo reposicionou-se no ar caindo de forma segura – que sorte – disse agachado após a reposição. O chakra percorreria seu corpo do garoto até se focar nos pés – espero que dê certo – andaria novamente para escalar aquele paredão rochoso composto pelo magma de bilhões de anos dessa terra, a parede certamente irritava o garoto, mas a mesma não teria culpa do déficit de habilidade na arte em ninjutsu.

Subir? Seria necessário? Questionava-se ao fracassar pela terceira vez, o problema nem era o controle de chakra em si, mas a falta de habilidade mesmo, essa era maior do que poderia imaginar. – Preciso tentar de novo – posicionando de forma reta, levou o seu chakra pelo corpo para escalar o paredão, dava passos largos e precisos o suficiente para que não sofresse novamente uma queda, queria finalizar aquilo naquela manhã, precisava finalizar naquele momento. Subiria ao topo com mais tranquilidade que outrora já havia feito, escalou tudo de acordo com a informação pega nas outras tentativas – o ninjutsu é uma arma interessante – dizia ao entender a dinâmica e a mecânica da arte ninja mais popular da terra.

Desceria da mesma forma, concentrando o chakra nos pés e caminhando na lateral da parede até o chão. – Certo – tiraria a poeira em sua roupa e manteria a cara de peixe morto entrando em sua residência, precisava comer algo ou fazer alguma coisa que lhe fosse necessária. Poderia levar como aprendizado as coisas que envolve o ninjutsu, assim, despertaria um forte interesse pela vasta possibilidade de estilos de lutas diferentes – agora só começar a mudar – disse ao comer um pão e deleitar um delicioso café com leite – amargo – resmungou

Leve em conta:

Adquiriu uma boa técnica, mas sentia a necessidade de treinar selos, afinal era extremamente necessário para a vida de um shinobi. Sua busca começaria na academia, ou melhor, na biblioteca da academia. Sentado numa cadeira de madeira, pondo o peso de seu corpo sobre uma grande mesa quadrada, parou por alguns instantes, respirando profundamente e refletindo o porquê ter que socializar, indagações normais na vida de Hikki. Soltou a corda prendendo os pergaminhos que tratavam sobre sinais de mão. Os desenrolou com muito cuidado, tendo em vista a sua natureza cuidadosa, preocupada com o bem alheio.

Rodeado de figuras, o jovem com olhos de peixe morto permaneceu por horas observando uma a uma, tentando entender aquelas posições de mãos mais da maneira mais funda possível. Não é como se não soubesse fazer os selos, pois isso ele sabia muito bem. Tratava-se de compreender e tornar mais efetiva a movimentação de seus braços e criar uma velocidade maior para que suas técnicas fossem criadas um pouco mais rápidos do que os seus adversários. Nos selos de mãos, a precisão e o tempo levado na execução deles também era essencial. Por debaixo da mesa, começou a praticar da sua própria maneira.

Executaria todas as possíveis posições existentes durante alguns segundos. De uma para a outra, sucessivamente, tentando sempre dar o seu máximo e melhorar a qualquer custo. Não adiantava, ainda que tentasse e se esforçasse, impor uma velocidade maior. Voltaria às figuras na esperança de encontrar qualquer coisa que pudesse guiá-lo. Com azar, encontrou nada além daquilo que já havia lido dezenas de vezes anteriormente. A dificuldade, definitivamente, não estava no entendimento da teoria, mas sim em aplicá-la no caso prático.

Continuaria persistindo em seu objetivo de melhorar. Respirou um pouco, procurando concentrar-se. A dificuldade, ao que tudo indicava, não consistia ali, porém na transição entre uma forma e outra. Todos os seus esforços encontravam-se duramente concentrados em realizar as pausas no menor intervalo de tempo possível. Mentalmente, simulou supostos jutsus, criando, imaginariamente, sequências. Tigre, macaco e rato. Dragão, pássaro, cobra e tigre. Assim seguiu, durante vários minutos, até chegar em um ponto onde suas habilidades estavam progressivamente melhorando.

A evolução viria pouco a pouco, já dominava uma boa parte das transações que conseguia fazer  de um selo a outro – acho que estou no caminho cero – comentou consigo mesmo como um ato para se auto motivar. De repente, criou-se uma clara dificuldade em atingir um ponto ainda maior do que o praticado. Em algumas transições, seus dedos pareciam não se mover rápido o suficiente. O motivo era simples, seus dedos não estavam acostumados com tamanha movimentação ou até mesmo com determinado selos. Em seguida, retornou à prática de maneira incessante. Já conseguia executar em uma velocidade agradável, finalizaria o estudo e retornaria para a rotina.

Leve em conta:

Após o longo treino em selos de mãos, o jovem sentiu uma necessidade de melhorar em outros aspectos, agora tinha mais um objetivo que era aumentar sua capacidade estratégica, para isso teria que voltar em alguns livros de guerra que tinha em seu armário, coisa simples de táticas de guerrilha.

Após se sentar em posição de lótus, fecharia os olhos e começaria a trabalhar em uma estratégia usando todos os recursos que possuía, por mais que fossem limitados, poderia usar de forma eficaz que causasse um bom estrago, era difícil ter que simular as mais diversas situações que um ninja de iwagakure no sato poderia viver – shogui – essa era sua aposta para treinar com eficácia sua estratégia designada. Leria o manual diversas vezes a fim de decorar a maior variedade de estratégias, assim, mentalizando as inúmeras possiblidades que possuía no jogo, uma complexidade de movimentação poderia passar pela sua mente – os ninjas são como essas peças. O rei é algo no qual nós devemos proteger. Que merda – se incomodava com essa imposição social sobre a vida de um shinobi. Levaria sua mão a cabeça a fim de tentar pensar em como criar jogadas rápidas e estratégias meticulosas, devia investir melhor na ideia de um contra-ataque, visto que ainda não entendia o funcionamento da sua técnica especial, no real nunca a utilizou de forma coerente, mas esse dia certamente chegaria, e para isso, teria de al menos saber as estratégias básicas como um gennin de iwagakure no sato.

Ainda assim a experiência e habilidade de outros ninjas que aparentava ter em seus movimentos não parecia que poderia ser superada por uma simples estratégia de um genin. Para poder derrotar grupos de ninjas fortes teria que se basear não somente em suas habilidades e sim nas habilidades de seu grupo como um todo. O jovem pensava nisso, mas ele não queria mesmo ser líder, queria apenas o conhecimento estratégico suficiente para ele mesmo em suas batalhas. Ter vidas dependendo de sua mentalidade era demais para o jovem hikkigaya, queria apenas tornar-se um pouco forte e evitar qualquer contato social, pois, acreditava que poderia ser um problema, poderia interferir na sua lógica estratégica e por todo o plano por agua abaixo e isso certamente seria um motivo para frustração. Após um bom tempo refletindo sobre o que poderia fazer em algumas das situações pelas quais ele poderia passar durante suas futuras missões. Umas parcelas das ideias já estavam impregnadas em sua mente, como um simplório manual de batalha, táticas simples e eficazes – falta eu encaixar minhas habilidades misteriosas nelas – dizia olhando de forma curiosa a palma de suas mãos, estas contendo o kinjutsu de iwagakure no sato. Deitaria em sua cama para terminar suas reflexões.

Leve em conta: