Floricultura da Vila
Descrição: A garota que cuida da floricultura agora é uma Kunoichi (ninja) médica muito atarefada, sua missão é cuidar da Floricultura enquanto ela está fora! Se tem alergias a flores, use uma máscara!

O latido manso e frívolo de Thanatos mostrava seu incomodo. O cão estava sentado aproveitando da sombra de um muro, não muito alto, mas o suficiente para criar um sombreado proveitoso. Doía-me os ouvidos e pensamento só de pensar no sofrimento que trazia ao cão essa manhã tão desanimada. Sentada em cima do muro, lancei-me contra o chão, expulsando a poeira da parte anterior de meu vestido desferindo alguns golpes com a palma da mão em supinação. - Chega de pensar na morte da bezerra. Vamos Fazer alguma missão, Thanatos. - O cão havia levantado assim que me joguei do muro, estava pronto para partir. - Au, au! - Finalmente, música aos meus ouvidos.

Nossa caminhada foi pacífica até o posto de atribuição, onde adentramos e recolhemos umas das missões que estavam penduradas em um mural. Geralmente optava por missões de caça ou rastreio, mas dessa vez queria alguma coisa mais pacífica. De fato uma das minhas maiores fraquezas era minha inabilidade social, tinha que melhorar isso. - Thanatos, cuidaremos de uma floricultura. Trate de sorrir! - Brincava com o cão, esbanjando um sorriso tão sincero como o amor de uma mãe, esbanjando toda minha feição pelo cão. Não tardou até que nos retiramos do recinto e partimos em direção ao nosso objetivo: A floricultura.

Não haviam muitas dessas pela vila, talvez por conta de sua região rochosa e irregular fosse difícil cuidar de plantas. Não sabia muito disso, e esse pensamento fora um pequeno devaneio que passou assim que cruzei com alguma outra que chamou minha atenção. Thanatos me acompanhava, quieto, como sempre. Ao chegar, era notável que o estabelecimento já estava aberto. Era reconhecível à uma grande distancia, por conta de sua grande variedade de flores, plantas, e qualquer outra coisa que envolva a natureza, que era exposta nas vitrines da loja. Empurrei a porta de vidro, com certo cuidado, enquanto ouvia o sino de entrada disparar, sendo empurrado pela porta. - Bom dia! - Abria a porta até cerca de 50 graus, visualizando uma atendente que estava próxima, esta que respondia apenas com um aceno e um sorriso. Entrei, e expliquei a situação à moça, que rapidamente lecionou-me sobre meus afazeres.

Thanatos não faria muita coisa na missão de hoje, havia aprendido isso da pior maneira possível, quando a dona do estabelecimento o expulsou à palmas, transformando-o em uma espécie de vigia na frente da loja. Não consegui conter minha risada, era realmente um papel que perseguia o cão. Vesti um dos aventais que estavam pendurados na zona dos empregados e parti para meu posto, de atendente. Levei os cotovelos ao balcão e esperei os clientes, enquanto vigiava Thanatos pela porta de vidro. Ficaria naquele posto pelo resto da tarde, faria apenas uma breve pausa no almoço e logo voltaria novamente. Por sorte os cidadãos de Kumo não pareciam ser os maiores fãs de flores, então havia pouquíssimo movimento pela loja.

As horas passavam, e a digestão até já fora feita. Meu turno estava prestes a acabar, e havia atendido apenas três clientes. A primeira foi uma menina, parecia ter uns 7 anos. Disse que buscava flores receptivas, queria surpreender seu pai que chegaria hoje de uma missão de alto rank. Recomendei à ela uma flor que me pareceu conveniente, a etiqueta que embrulhava seu ramo me indicava seu nome: Tulipas. Eram perfeitas para mostrar sua inocência, e achei que serviriam para demonstrar à seu pai a saudade que causou. A segunda cliente foi uma senhora idosa, esta não buscava uma recomendação, apenas pediu para que eu lhe vendesse algumas rosas, pois simbolizam o amor. Não contive minha curiosidade e perguntei para quem seriam, e me surpreendi com a resposta de que era para o seu falecido esposo. O ultimo cliente era desastrado, entrou na loja já com dificuldades, puxando a porta invés de empurrar. Pediu para que eu escolhesse, estava indo à um encontro com uma garota de seu time, disse que ela era romântica e queria causar uma boa impressão. Não soube muito bem o quê vender ao garoto, que aparentava ter por volta dos 16 anos. Mas agarrei a primeira flor que vi e entreguei a ele: Um cravo. A flor esbanjava sua coloração vermelha, e mostrava-se como a flor mais bonita que havia visto até o momento. Me surpreendia com essa por conta da reputação de seu nome, que não fazia jus à sua real beleza.

Depois disso, nenhum outro cliente havia vindo até a loja. A dona da loja logo voltou de seus afazeres, liberando-me do serviço. Minha missão havia sido cumprida, e tinha descobrido uma futura provável vocação. Quem sabe se tudo corresse mal, eu me transformasse em uma atendente de floricultura? Até que não havia ido tão mal. - Não é mesmo, Thanatos? - Me retirava da loja, encontrando o cão na porta do estabelecimento, que respondeu com um olhar estranho, sem entender. - Deixa pra lá, vamos buscar nossa recompensa. - Terminava, seguindo o mesmo caminho que havia tomado anteriormente, dessa vez sem precisar me incomodar em buscar sombras para proteger-me do sol.