Mais um dia comum no vilarejo se não fosse pelo desígnio de uma nova missão. Fora informado acerca de um suprimento de chá muito caro que deveria escoltar do País do Chá até o País do Fogo para o senhor feudal de seu país. Não entendia muito de política, mas resolveu obedecer, afinal aquela era a forma como foi educado por anos pelo seu pai: cumprir as ordens que emanavam os superiores.

Deixou sua casa o mais rápido que pôde, dirigindo-se, de imediato, ao País do Chá. Atravessou o continente em alguns dias, sempre utilizando-se das noções de direções básicas e de informações dos viajantes que também realizavam o mesmo trajeto. Alimentava-se na estrada com aquilo que conseguisse comprar em vendinhas pelo caminho. Finalmente, depois de muito, aportou do dito país.

Quando lá estava, deparou-se com o senhor feudal daquele. O conheceu e ele não acreditou que existiria, no mundo, um ninja tão jovem a ponto de realmente ser capaz de escoltar a remessa de chá. O menino provaria-lhe o contrário. Por não caçoar dele, apesar de muito incrédulo, acabou sendo bem visto pelo garoto, acreditando que se tratasse de pura ignorância descabida. Durante a transação pelo suprimento, soube que deveria realizar a proteção de uma pequena carroça movida à cavalos em direção à Konoha. O suprimento de chá equivalia a um total de alguns meses de produção, então deveria transportar tudo de uma vez.

A pequena escolta fora realizada por ele, um Genin, e outros fazendeiros do pequeno vilarejo ao qual o senhor feudal havia designado à missão. Ele era a liderança dentro daquele grupo, afinal era a única com treinamento militar dentro da limitadíssima equipe. A viagem de volta teve mais celeridade, no entanto não seria tão simples quanto a ida. Mercenários ardilosos aguardavam entre as árvores. O garoto, bem treinado, pôde senti-los enquanto se movimentavam entre as árvores se esgueirando. — Mostrem-se de uma vez! — exigiu com uma voz firme.

Os homens que a acompanhavam se assustaram, não esperavam ter que enfrentar qualquer combate. Hanzo atentou-se aos seus tremeliques e resolveu impor-se. — Não se preocupem, meus companheiros. Vocês estão comigo. — tentou confortá-los. De nada adiantou. Eles não tinham confiança nele e logo surgiram os mercenários. Gritaram de medo, não sabiam o que fazer. Dos três, um deles havia se urinado, o outro desmaiado e o terceiro simplesmente havia travado em meio ao campo. — Eu não deixarei que vocês sofram qualquer arranhão! — declarou determinado.

O garoto, um habilidoso descendente de um dos clãs mais famosos de Kirigakure, demonstrou o porquê de ser considerado um prodígio nos anos acadêmicos. Venceu os bandidos com um taijutsu incomparável, demonstrando forma física e velocidade consideráveis. Os homens eram abatidos sem qualquer dificuldade. Quando finalmente sãos, os fazendeiros ficaram completamente boquiabertos com o que haviam presenciado. — Você é mesmo forte, Hanzo-san. Desculpe-nos por duvidar da sua força. — lamentou um deles cabisbaixo. — Não se preocupe, fazendeiro. Eu não temo por parecer fraco, mas sim por não poder, um dia, cumprir com o meu dever. — disse.

Com o suprimento devidamente entregue, a missão estava finalizada, tudo o que fez foi então dirigir-se ao gabinete para buscar sua recompensa.

Hanzō; 225/225 675/675 00/03

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