[ C - One Post ] Proteção aos Indefesos

Sua motivação era clara: tornar-se uma grande kunoichi algum dia. Concretizar sua meta, entretanto, exigiria um dispêndio acentuado de esforços. Fazer corpo mole não era nem de longe uma opção. Por sorte, ou apenas disciplina durante a infância, Atane sempre foi o tipo de garota que segue com afinco aquilo que acredita. Na manhã de um dia qualquer, acordou pontualmente cedo. No raiar do sol, higienizou-se e se alimentou, preparando-se para o dia que viesse a seguir. Antes de andar pela vila e dar início aos seus afazeres, decidiu observar o centro do vilarejo através da sacada de sua residência. O sol era impiedoso contra a face de pouca proteção. Passado um curto período, viu-se projetar uma sombra contra o rosto. Prevenida, posicionou a palma destra a formar uma espécie de anteparo para quando a tal sombra sumisse. Acertada atitude, evitou que o astro-rei ofuscasse a visão quando sua majestade retornara a reinar sobre os olhos. Reparou, em seguida, que o provocador de tudo aquilo teria sido um falcão mensageiro do quartel general do vilarejo.

Estendeu seu braço, ato-reflexo sem qualquer participação do sistema nervoso central. Vivia aquele tipo de situação corriqueiramente, talvez esse fosse o motivo de agir reflexivamente. "Será que finalmente voltaremos a ter aula com o sensei?" devaneou recordando lembranças da formação de um antigo time ao qual não havia, ainda, se fixado. A ave agarrou ao antebraço, pousando magistralmente. — Vejamos o que você tem aqui, amiguinho... — dialogou com simplicidade, alegre por ter sido lembrada. Houve uma quebra quanto à expectativa. Não se tratava de assunto pertinente à equipe. Longe disso, era apenas a realização de uma missão ordinária. Leu-a com paciência, não permitindo que qualquer detalhe passasse desapercebido. Aceitou a incumbência, saltando ali da sacada e amortecendo a queda com a flexão dos joelhos. Olhou ao horizonte, parecia determinada a fazer as coisas darem certo. Durante o caminho, entretanto, denotou alguma aflição. O País do Arroz foi a localidade onde seu sensei havia padecido. Entre lembraças e determinação, seguiu.

Do portão, seguiu a direção do Arroz. Não demorou até finalmente encontrar a fronteira entre os países. Além da demarcação territorial indicada por placas, deparou-se também com uma quantidade infindável de pessoas. Eram comerciantes da Pedra que passavam por ali, criando um fluxo intenso. O problema, ao que tudo indicava, era bem superior ao relatado no conteúdo do papiro. "Eu preciso ajudá-los!" falou consigo, revigorando o espírito que, há pouco, mostrava-se conturbado. Sua caminhada seguiu por alguns dias e noites, a distância entre dois países não poderia ser percorrida com grande agilidade. Atravessando o continente à galope, encontrou o problema com seus olhos: bandidos realizavam uma tática de cerco contra um vilarejo. Eram um grupo de dez a vinte pessoas, e todos demonstravam uma força considerável. O vilarejo, ausente de qualquer poderio militar, protegia-se com seus cidadãos que portavam nada senão utensílios rurais.

Assistir às cenas de injustiça praticadas contra os desafortunados provocou o instinto protetor da menina de olhos albinos. Todavia, manteve-se distante, utilizando das habilidades de sua linhagem sanguínea para enxergá-los sem que eles pudessem fazer o mesmo. Duzentos e setenta metros os separavam. "Droga, eu não posso pensar demais. O cerco está enfraquecido, logo eles deverão conseguir romper os muros da cidade..." noticiou para si, tomando um curto tempo antes de finalmente tomar atitudes mais agudas. Observadora longínqua, convenceu-se de que poderia dar um jeito naqueles inimigos. Aliada ao Byakugan, certamente tinha uma chance de enfrentá-los. Por ser uma missão destinada a alguém de nível genin, considerou que os inimigos não seriam dos mais complicados de se lidar. Concluiu tudo aquilo logicamente, tendo em vista todas as variáveis que a ela se apresentavam. Não sendo uma grande estrategista, agiu com as qualidades das quais dotava: habilidade com a espada e agilidade.

Decidida, sacou Iwato das costas e a empunhou com a destra em uma posição comum. Alguns segundos foram o suficiente em fins de reduzir a distância para apenas alguns metros. Suou, era a primeira vez em muito tempo que lutava. Cenas distantes da morte de Ao a confrontaram. Ignorou-as com o sofrimento alheio, sobrepondo à tristeza sofrida. Pegou-os de surpresa, atacando pelas costas enquanto focavam seus esforços contra os muros apoiado por habitantes diversos. A espada tomou coloração rubra, encantada com um chakra proveniente da mão de Rena. Atacou-os sem intervalo, em sucessão, um a um, buscando atingi-los na cabeça com força o suficiente para desmaiá-los. Criou tumulto na formação dos bandidos, após derrubar algumas unidades com tamanha agilidade. Reagruparam-se, cercando a garota em todas as direções. "Droga, isso vai ser difícil." imaginou respirando profundamente. Doutro lado, os cidadãos que antes não tinham perspectiva, agora cultivavam uma centelha de esperança com a presença da garota. Procuraram ovacioná-la, sendo aquela a única medida que poderiam tomar.

Batalhou, durante um dia inteiro, aproveitando-se da visão em trezentos e sessenta graus para não ser atingida em um suposto ponto cego. Desafiou os seus próprios limites, derrubando os inimigos um a um com golpes precisos em seus tenketsus. No fim, conseguiu prender a todos com algemas e cordas. Solicitou reforços, recebendo-os e levando os meliantes em custódia para a prisão. Retornou à Pedra com uma nova missão completada. Sentia-se alegre com seu desempenho.

Considerações:

Aparência. A parte final da narração ficou sem revisão de texto, peço perdão pelo vacilo.

Armas básicas:

Usados:

Iwato:

[ C - One Post ] Proteção aos Indefesos Latest?cb=20110823110050&path-prefix=en

Iwato (石刀)
Espécie: Lendário
Rank: S
Descrição: Iwato (石刀, lit. "Stone Sword") é uma antiguidade de muito prestígio dentro dos limites de Iwagakure no Sato. Reconhecida como um importante artefato, essa espada carrega uma lenda através da própria. Reza a lenda que ela foi produzida a partir de um ferreiro louco conhecido como Ishika, que a desenvolveu a partir de minerais muitos raros encontrados dentro das mais variadas grutas existentes no País da Terra. Sua cor é rubra, tendente ao marrom. Não passa dos sessenta centímetros de comprimento totais. É, no geral, uma espada de reduzida estatura. Ela não possui fio, sendo, portanto, a arma ideal para aqueles que não desejam matar seus oponentes.