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As palavras da sua filha apenas serviram para auxiliar o argumento que esta tentava fazer na situação actual, a vontade de combater, a vontade de proteger outros arriscando a sua própria vida eram exactamente isso que a Ishikawa maior tentava passar a sua filha apesar da sua ideologia e mentalidade que aparentemente o seu honrado marido conseguiu lhe transmitir e praticamente doutrinar ao ponto de ela começar a achar que não há nenhum tipo de salvação. Mas mesmo assim ela não iria desistir pois era a vida dela que estava em risco, a vida da pessoa que ela tinha sacrificado tudo para garantir que conseguia uma vida normal e decente, desfrutar de sensações e experiências das quais nunca teve acesso e quem sabe conseguir algo melhor.

— Mas porque tu? Com tanta gente nesta vila, com tanta gente mais experiente, com tanta gente sem nada a perder... porque tu Yamiko? Tu ainda és uma criança, eu tive sorte na minha situação mas um dia a sorte acaba. E se um dia acontecer contigo? E se um dia acontecer contigo e não tiver ninguém para te resgatar? Eu não iria suportar perder a minha filha, o meu tesouro, por favor... reconsidera. Mesmo que precisemos de alguém que nos proteja, não precisas de ser tu!

O seu tom de voz ergueu ligeiramente ecoando pelas paredes do quarto deixando que um momento de silêncio se instala-se no quarto de forma quase inesperada, sem se aperceber Mikoto agarrava a filha pelos braços restringindo os seus movimentos ligeiramente, não era nada de muito severo e nem sequer nada de muito doloroso, apenas algo um pouco constrangedor. O significado da sua mensagem era reforçado pelo significado das suas acções, a vida de um shinobi não era glamorosa, especialmente quando se tratava de algo envolto em morte, sofrimento, barbaridades e traição, algo que não compensa os momentos de fama ou reputação, especialmente quando nada disso importava quando se estava diante as portas da morte.

Notas: #TudoBuggado

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Um momento tenso levou a jovem Kage a concordar com as palavras da sua progenitora, o peso de consciência dominou o peito e coração de Mikoto ao ponto de a mesma não conseguir olhar para o rosto, ela não suportava ver a sua filha chorar por nenhum motivo e quando esse motivo era causado por ela isso só servia para piorar a situação. Suspirando de forma profunda tentando ultrapassar a situação de modo a que pudessem tocar num assunto mais leve e sociável, Mikoto passou com a mão no rosto da sua filha de modo a limpar as suas lágrimas antes de a encarar novamente com um sorriso fraco porém sincero.

— Me perdoe filha, eu não queria gritar com você... Ainda estou um pouco tensa com o sucedido

Largando lentamente o corpo da sua filha e encostando-se para trás nos travesseiros da sua cama de hospital, um breve silêncio predominou o quarto temporário sendo brevemente interrompido pelo bater de uma mão na porta do quarto. Um jovem rapaz com cerca de dezanove anos, cabelo negro e óculos vermelhos portando o que era um tabuleiro com um copo de água e um pequeno copo de plástico portando alguns comprimidos, ele aproximou-se da cama  e num tom baixo e bastante educado aguardou a 2 metros da mesma visto que normalmente a hora de visitas era só no período da tarde mas talvez a presença da Tsuchikage tirasse esse tipo de restrições.

— Peço desculpa interromper, venho apenas entregar a medicação da senhora Ishiwana  

Notas: #TudoBuggado

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Mikoto tinha percebido que Yamiko estava completamente na defensiva depois das últimas palavras de sua mãe. Realmente, mesmo não concordando, não falaria na cara da genitora ou a desafiaria, especialmente depois de tudo que passaram na vida nos últimos anos. Mesmo com as lágrimas sendo enxugadas, outras brotavam nos olhos púrpuras de líder daquele vilarejo.

*Ao perceber a entrada da enfermeira, Yamiko se levantou da cama e se afastou até a parede, ficando de costas para ambas as enfermeiras. Cruzou as mãos às costas e respirou fundo* _Faça seu trabalho, enfermeira. Não ligue que eu estou aqui... Nem deveria estar, eu sei que não é horário para visitas no Hospital de Iwa.

Esperaria a enfermeira deixar o quarto para continuar, agora tentando entrar no assunto que a trouxe ao hospital fora do horário de visitas.

_Mamãe, eu estou aqui por outro motivo também. Preciso de uma ajuda de alguém mais experiente com garotos e você é a mais indicada que eu conheço.

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Com a entrada do enfermeiro e a sua espera a poucos metros da cama da paciente visto que não sabia exactamente o que fazer, o rapaz de cabelo preto rapidamente colou os olhos ao chão com o comentário da pequena Kage, um pouco atrapalhado visto que a presença de um líder da sua nação era pressão suficiente para atrapalhar qualquer pessoa, especialmente quando se tratava de um adolescente civil (não-ninja) que estava totalmente dependente daquele trabalho. Assim que se aproximou da cama de Mikoto, ele entregou a mesma um copo de plástico portando três compridos, um branco, um amarelo e um preto juntamente com um copo de vidro comum com água, enquanto a sua mãe tomava os compridos um por um, ela podia ver a mão do adolescente a tremer ligeiramente, associando rapidamente ao comentário frontal da sua vida mas de modo a não piorar as coisas decidiu permanecer calada e assim que acabou a medicação, colocou os copos no tabuleiro e agradeço o serviço tossindo de leve de modo a obriga-lo a levantar o rosto e reagir.

— Ah? Sim, senhora Mikoto, um médico irá vir examina-la depois da hora de almoço. - comentou o enfermeiro olhando para a paciente antes de se viria para a Yamiko com a cabeça baixa em sinal de respeito — A-as minhas desculpas Tsuchikage-sama. Eu não quis faltar ao respeito, eu sou novo aqui e não me habituei a ele. Eu juro que não estava a insinuar nada

De forma quase aterrorizada e bastante constrangida, o moço rapidamente pegou no tabuleiro com os copos vazios e praticamente correndo (ou melhor dito numa passada bastante rápida visto que é proibido correr dentro de um hospital), o enfermeiro abandonou o quarto deixando a porta mal fechada. Mikoto apenas suspirou de leve olhando para a sua filha que permanecia de costas, a falar de um assunto no qual ela própria pensava ter ainda alguns anos pela frente antes de tocar no assunto, era algo natural e sem dúvida nenhuma perfeitamente normal, mas aos olhos de uma mãe era algo que muitas gostavam que fosse adiado de modo a manteres aquelas doces crianças que criaram, infantis e dependentes dos seus cuidados, algo que no caso de Yamiko não se aplicava totalmente uma vez que as suas habilidades genética e o cargo de Tsuchikage tinha roubada da jovem a infância perfeita que Mikoto que tinha imaginado. Sem uma forma directa de lidar com a situação e visto que já sabia mais ou menos o rumo da conversa, Mikoto decidiu ser um pouco mais frontal na sua questão, parte de si estando satisfeita por ter saltado o assunto.

— Bem acho que a forma mais eficaz de lidar com um garoto é não humilhando eles, o ego deles é sensível... mas acho que a melhor pergunta é a seguinte: quem é o jovemzinho que captou a sua atenção? Quem é o gatão? - questionou num tom provocador descansando a mão sobre o rosto olhando para a filha.

Notas: 06/11

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*Yamiko manteve-se de costas para o enfermeiro e sua mãe e apenas levantou a mão esquerda acima do ombro fazendo sinal de V com os dedos* _Está tudo bem, não se preocupe com isso. Eu lhe entendo. Não queria parecer grossa com o empregado do hospital.

As palavras da mãe foram um golpe direto na cabeça de Yamiko: 'Bem acho que a forma mais eficaz de lidar com um garoto é não humilhando eles, o ego deles é sensível'. Com toda a agressividade da personagem, aquilo seria muito complicado de fazer, especialmente com Sousuke. Incontáveis as vezes que ela já o tinha humilhado pela fuga da vila.

Mas a assertiva da mãe nem se comparava com as perguntas que vieram na sequência. As melhores perguntas, para sua mãe, eram as piores perguntas para Yamiko que poderia se resumir em uma única: Quem estava apaixonando a Tsuchikage?

*Ela se virou para sua mãe, muito vermelha e completamente sem graça* _Bem... Eh... Ninguém... Claro que não... É isso... Realmente... Não é ninguém... Claro que não é ninguém... *Tentou explicar, mas como apenas se enrolou mais, baixou a cabeça e colocou as mãos juntas na frente do corpo* Era claro que a resposta, confusa, era só um disfarce. *A garota voltou a se aproximar e se sentou na cama, olhando para o chão, ainda vermelha*

_Mas digamos que... Eu estivesse gostando de alguém... Como eu saberia? Tipo, que eu estou realmente apaixonada por alguém e que não é só, sei lá, maluquice da minha cabeça por a pessoa estar sempre próxima a mim?

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Ouvindo a resposta da sua filha e desfrutando do seu inocente e inconsciente momento de embaraço, visto que era uma situação engraçada e uma na qual nunca tinha visto a sua filha a mostrar nenhum tipo de interesse, Mikoto não conseguia evitar em sentir-se curiosa em saber que tipo de rapaz era responsável por conquistar as ambições e desejos da sua pequena. Esperando que o bom senso da sua pequena gema fosse melhor que o seu, visto que o amor era forte o suficiente para causar o maior dos erros, ela ouviu com atenção as palavras da sua filha mas ao ver que a mesma não sabia bem o que sentia, ela achou melhor dar o seu exemplo e rezar que com ele, a jovem Yamiko fosse capaz de desenvolver uma resposta na qual ela mesmo acreditasse com convicção suficiente para ser honesta aos seus sentimentos.

— Quando eu e o teu pai começamos a namorar, eu passei por três etapas estranhas na minha vida, na primeira etapa eu detestava-o profundamente. Ele era irritante, imaturo, infantil e quase por milagre ou poder sobrenatural, tinha a habilidade especial de tomar todas as piores decisões da sua vida. Ele irritava-me profundamente e por mais que ele tentasse me agradar eu nem o suportava ver. Essa foi a minha primeira etapa de estar apaixonada, parece-te familiar? - questionou fechando os olhos e cruzando os braços.

Esperando que a sua filha responde-se, Mikoto acabou por se levantar da cama lentamente, fazendo questão de se movimentar de forma independente e sobretudo sem qualquer tipo de ajuda, Yamiko conseguiria ver algumas ligaduras a volta do braço direito e a perna esquerda da sua mãe, não havia nenhum traço de sangue ou nenhum ferimento visivelmente notável. Ela calçou-se e esticou a mão para que a mesma a acompanha-se até a janela para uma conversa um pouco mais jovial, Iwagakure estava situado no país da terra e o bom tempo era algo bastante comum mas nada disso o impedia de desfrutar do mesmo visto que existiam lugares muito piores pelo mundo, assim que estivesse juntas a janela, Mikoto iria ouvir a resposta da sua filha e continuar o seu monologo, ela poderia estar apaixonada ou talvez fosse apenas a sensação de abandono a falar mais alto, seja qual fosse a verdadeira resposta existia a possibilidade de a pequena Kage conseguir uma resposta com o desenrolar da conversa.

Notas: 07/11

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A mãe começou a responder usando como exemplo o início de namoro com seu pai. Por incrível que pareça, Mikoto tinha passado exatamente pelo mesmo sentimento por Aoba. Era um pouco surpreendente ouvir que seu pai era irritante, imaturo, infantil e quase por milagre ou poder sobrenatural, tinha a habilidade especial de tomar todas as piores decisões da sua vida.

*Enquanto ouvia sua mãe, Yamiko cerrava as mãos no tecido do vestido, pensando em si mesma* "Droga... Aquele idiota é igual ao meu pai! Hum... Calma Yamiko, não tire conclusões precipitadas. Está bem, deixa eu ver se confere. Ele me irrita a ponto de eu querer esfregar a cara dele em uma pedra depois do dia mais quente de verão... Ele é a pessoa mais infantil e imatura que eu conheço no mundo inteiro... E... porcaria... Ele sempre toma as piores decisões da vida dele... Como é possível isso?"

*Bateu nas próprias coxas, enquanto a mãe se levantava e expunha as ligaduras no braço. Yamiko levantou também e ofereceu o apoio a sua mãe, caminhando até a janela e observando o lado de fora da vila* _Mamãe, na verdade, eu... Não sei o que dizer agora... Obviamente, a resposta para a pergunta de Mikoto era positiva, mas Yamiko ainda estava indecisa em relação a outras coisas.

_Mãe, disse que foram etapas, neh? Quais foram as outras?

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Notando a curiosidade nata da sua filha, Mikoto notava que Yamiko parecia bastante familiarizada com a sua descrição, não era preciso muito para reparar as semelhanças entra a sua amada filha e a pessoa que era à alguns anos atrás, especialmente porque a sua pequena joia de ternura parecia ser tão decidida quanto ela. Sendo questionada pelo desenrolar da história, algo que era essencialmente o resumo de como os seus pais se conheceram mas num ponto de vista mais "individual" e de certa forma egoísta, Mikoto-san respirava fundo antes de continuar, preparando-se partilhar o que aparentemente era um dos momentos mais embaraçoso da sua vida juvenil.

— A próxima etapa foi a pior. Por alguma razão estranha eu ficava nervosa ao pé dele, não no sentido de ficar chateada mas sim no sentido de ficar envergonhada, desnorteada e bastante atrapalhada. Por algum motivo eu tratava-o bastante mal para tentar disfarçar a situação e apesar de parte de mim querer que ele fosse embora e me deixasse em paz, outra parte de mim procurava cegamente a aprovação dele... algo que nunca tive coragem de admitir e se não fosse esta conversa, nunca diria isso em voz alta

Num tom algo arrogante e de certa orgulhoso, Mikoto fechou novamente os olhos levantando o rosto em direção ao céu deixando que alguns dos raios de sol que chegavam a aldeia oculta na pedra cobrissem a sua testa, igual a antes a jovem teria uma oportunidade para continuar o seu curto interrogatório visto que a sua mãe estava a dar-lhe a oportunidade de ser bem frontal com as suas perguntas. Com maior parte da história descrita, Yamiko estaria basicamente a ter uma pequena amostra do que ia acontecer no seu futuro caso opta-se por continuar com este rapaz, apesar de existir a possibilidade de as coisas não correrem exactamente igual como foi com a sua mãe, existia também a possibilidade de a sua história ser apenas a humilde repetição da história dela.

Notas: 08/11

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Parecia inacreditável como a jovem Tsuchikage parecia viver a mesma vida que sua mãe no passado. Entretanto, a segunda etapa não parecia nenhum pouco reconhecível pela garota. Jamais tinha se sentido atrapalhada ou embaraçada na presença de ninguém, ao menos não no sentido explicado por sua genitora.

*Ergueu um pouco o olhar, observando sua mãe ficar em silêncio depois de falar aquelas palavras* "É complicada essa coisa de relacionamento. Jamais pensei que você pudesse ser atrapalhada com alguma coisa" _Mamãe, nunca imaginei que fosse ficar embaraçada com alguma coisa. Você sempre me pareceu tão segura de si. Até demais as vezes... É incrível. Ok, voltando. A aprovação dele veio quando? Foi quando chegou à terceira etapa? Aliás, qual era essa terceira etapa?

A ideia era desviar um pouco o foco dela para sua mãe.

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Abrindo os olhos lentamente, Mikoto sorriu um pouco ouvindo a última questão que a sua filha fazia sobre o assunto, ela permaneceu em silêncio por meia dúzia de segundos antes de soltar um leve e inesperado riso que captaria a atenção de Yamiko. Limpando a sua garganta colocando uma mão no seu peito e usando a outra para ajustar os seus cabelos, ajustando-os atrás da orelha, o seu tom de voz mudou um pouco tornando-se mais leve e sensibilizado pela resposta que vinha a seguir, ela fazia questão de evitar contacto visual como se estivesse arrependida de algo ou de algum erro que nunca teve a chance de corrigir.

— Essa é a melhor parte, não veio - respondeu Mikoto com um sorriso — O seu pai fazia tudo aquilo para ter a minha aprovação. Para ter a minha atenção. Ele gosta... ele gostava da mulher confiante e segura que eu era. A mulher que ainda sou. No final não era eu que estava a mudar, era ele que queria ser mudado...

Com um sorriso no rosto e puxando Yamiko lentamente para um abraço, Mikoto deu um pequeno beijo na testa da filha antes de lhe transmitir o que seria o recado mais importante da sua vida, um recado que ela gostaria que a sua mãe lhe tivesse dado mas que talvez nunca iria acontecer devido a falta de proximidade e sobretudo o sentido de oportunidade. Afastando-se da janela, Mikoto colocou ambas as mãos nos ombros de Yamiko, uma mão em cada ombro da jovem e olhando-a nos olhos, bem lá no fundo desferiu um último conselho.

— Eu sei que pode parecer estranho mas se há algo que quero que retenhas desta conversa. Sê tu mesma, não te preocupes se esse rapaz gosta ou não de ti. Ninguém sabe o que tu queres melhor do que tu mesma.

Notas: 09/11

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As palavras da mãe era carregadas de uma emoção diferente da que Yamiko esperava sentir vindo da genitora naquele assunto. Apesar de tudo que tinha acontecido antes, Mikoto demonstrava estar feliz com aquela conversa. Suas palavras marcariam a mente da garota que se manteve atenta ao que era dito.

*Ao ser puxada para o abraço, fechou os olhos e recebeu o beijo na testa. Abraçou a mãe com profunda ternura, como nunca tinha feito antes* _Amo você, mamãe! Obrigada por ser minha mãe...

As mãos nos ombros e o olhar de Mikoto transmitia muita segurança para a Tsuchikage que a observava de volta, prestando atenção no conselho que a vez pensar imediatamente no motivo daquela conversa.

"Bem, se ele acha que eu vou me mudar para facilitar a vida dele, está muito enganado. É como a minha mãe disse. Ninguém sabe melhor o que eu quero do que eu mesma que sou a pessoa que quer..." _Sempre vou buscar o que eu quero, mamãe. Obrigada pelos conselhos. Agora me diga, como você se sente?

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Com o final da conversa e dando a pequena Yamiko algumas dicas sobre um assunto que é sempre um pouco complicado de lidar, independentemente da idade ou geração, Mikoto esperava que as suas palavras fossem o suficiente para ajudar a encaminhar a sua filha no caminho certo. Não havia nada mais que ela pudesse dizer a jovem para lhe ajudar visto que o resto era experiências que ela teria que vivenciar por si própria sejam elas boas ou más, com uma brisa de vento a passar pela aldeia e o cabelo das duas a bailar com o vento, a pequena sessão de visita forçada estava a chegar ao fim.

— Sabes que podes sempre contar comigo filha, nós somos família. Já se faz tarde, aposto que com a chegada da hora de almoço eles devem estar meio atrapalhados. Vai descansar, amanhã a esta hora terei alta e podemos decidir da nossa nova casa

Voltando para o interior, Mikoto fechou a janela do quarto e puxando a mão da sua filha puxou-a até a cama, dando-lhe alguns conselhos extra sobre a alimentação que devia tomar durante a sua ausência, uma refeição decente em vez de se encher de doces e no mínimo oito horas de sono eram coisas que ela teria que prometer mesmo que ela não tivesse presente. Após um abraço e um beijo na bochecha, Yamiko teria agora a oportunidade de retomar a sua vida normal visto que andar pela aldeia com as suas reservas de chakras divididas em dois era algo bastante inconveniente, o cheiro a comida pairava no ar e se a pequena Kage tivesse sorte ainda apanharia o almoço do hotel.

Notas: 10/11

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As palavras finais da mãe eram animadoras, ela provavelmente receberia alta médica no dia seguinte e poderiam retomar a vida das duas e escolher a casa nova para a mesma vida de antes.

*Puxada levemente pelo braço, Yamiko seguiu sua mãe até a cama e a observou, enquanto os conselhos sobre alimentação eram ditos à menor. Retribuiu o abraço e permitiu que sua mãe lhe beijasse no rosto* _Sim, já é hora que eu ir também. Obrigada pela conversa mamãe, me ajudou muito mais do que pode imaginar. Amanhã quando sair, mandarei caçadores especiais ANBU para te escoltar até o hotel onde estou hospedada. Então, a gente se encontra lá.

*Depois de falar, deu um beijo suave e doce na bochecha da sua mãe, um pouco mais demorado que aquele que recebeu* _Até amanhã, mamãe. Cuide-se bem também, você ainda está um pouco frágil. *Disse, virando-se para a porta e saindo do quarto*

O caminho necessário era se encontrar com a outra metade e se fundir novamente. Os riscos daquele jutsu eram muito extensos e o único motivo de usá-lo foi encontrar sua mãe no hospital. Procuraria pela vila sua metade, em treino com algum gennin.

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Com tudo resolvido e possuindo agora uma melhor ideia do que fazer com a sua vida, melhor dito a sua vida amorosa e sobretudo todos aqueles que faziam parte dela, Yamiko abandonava o hospital da aldeia de Iwagakure no Sato e tal como antes os vários empregados que frequentavam o local faziam questão de mostrar o seu respectivo respeito com a sua passagem. Agora que estava desimpedida, restava-lhe regressar ao gabinete da aldeia para se fundir com a sua "cara metade" de modo a conseguir recuperar a grande quantidade de chakra perdido com a técnica de divisão e retomar a sua gloriosa rotina ninja.

Notas: 11/11