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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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Blood Prison Pt. 1
  
   O caminho da escuridão não tem voltas. Aqueles que o trilham têm apenas uma escolha: cair mais e mais fundo no precipício das trevas, ou morrer batendo a cabeça em um pedregulho. Talvez isso fosse mais do que uma verdade, mas Azuka já tinha consciência desse fato no instante em que deu o seu primeiro passo em direção ao seu objetivo. "....." - Estava ali, parada, frente ao penhasco na entrada da Aldeia da Nuvem, enquanto via seu companheiro de vilarejo cair lentamente e desaparecer em meio às nuvens. Assassinato. Um dos piores atos que um ser humano pode cometer. Roubar a vida de outra pessoa... impedi-la de usufruir da unica virtude a qual nasceu portando. A menina não sabia muito bem no que estava se tornando, mas sabia que uma coisa jamais poderia ser: uma heroína.
   Começou a descer as escadas de pedra. Seu coração palpitava. Mesmo não sentindo empatia com o garoto, era a primeira vez que cometia um crime como esse. O que menos queria era ser pega... ser derrotada. No meio do caminho, quando já não via mais os prédios da aldeia, ou o solo: quando estava no meio da descida, aonde apenas via nuvens para todas as direções, sentiu uma áspera pontada na cabeça. Tão forte que perdeu por uns instantes o equilíbrio, quase caindo do precipício. Conseguiu, porém, no último segundo, segurar-se com a mão direita em uma saliência nas escadas. Por poucos segundos, assim que segurou-se na rocha, viu varias partes do mundo à sua volta tremerem... mudarem de cor, distorcerem-se. Como se tudo, por um instante, tivesse sido modificado... ou estivesse com um breve defeito. Sentiu o tempo parar, apenas para tudo voltar ao normal alguns segundos depois, como se nada tivesse acontecido. Entretanto, ainda assim sentia dentro de si... alguma coisa estava diferente, só não sabia o que. Era como se o próprio tempo tivesse mudado de rumo.
   Não podia parar para se importar com isso. Estava no meio de uma fuga, afinal. Esforçou-se para voltar aos degraus, para retornar à sua corrida. Com um salto, aterrissou novamente na plataforma. Mas, assim que encostou o seu pé no solo mais uma vez, uma linha de fumaça circundou o local aonde estava. Diversos ninjas com máscaras das mais diversas surgiram de todos os lados, pendurados nas paredes, acima e abaixo dos degraus... um deles até mesmo voava observando-a. Todos portavam uma bandana da Aldeia da Nuvem, e suas máscaras simbolizavam, cada uma, um tipo de animal, desde touros, a gatos e aves... mas não eram Anbus. Azuka saberia reconhece-los se fossem. Eram um tipo de esquadrão pior, mais secreto.
   "Parada onde está." - O que flutuava, portanto uma máscara de águia, aproximou-se dela e continuou: "Você causou grandes estragos para o vilarejo ultimamente." - Com um movimento de suas mãos, longas escrituras de selos se formavam nos degraus que Azuka se apoiava. Estes rapidamente subiam entre suas pernas e enrolavam-se em seus braços e cabeça. Estava imobilizada. "O-o que diabos são vocês?!" - Indagou, exclamando. Seus olhos quase vibravam... o ódio já residia dentro de seu coração. A única coisa com a qual se importava era a sua própria sobrevivência. "Danos a estruturas pertencentes ao vilarejo... entrada não autorizada a instituições privadas... e... Assassinato de um garoto no território da Nuvem." - Pausou seu discurso por alguns instantes. A máscara que tinha possuía pequenos olhos de pássaro, que se posicionavam lateralmente... era extremamente estranho encara-lo. Mesmo assim, o olhar da menina não se abalava. Ela claramente não conseguia resistir ao jutsu de selamento, mas, como uma criança rebelde, recusava-se a cooperar de qualquer maneira.
   Depois de alguns segundos de silêncio, o homem continuou. "Sabemos quem você é. É a menina maldita. Sobreviveu a um conflito catastrófico na Areia... e à grande explosão que o seguiu." - Pousou ao lado dela, olhando-a de cima. "Deve estar com muitos planos para o futuro. Afinal... não tem mais laços que prendem o seu potencial de eclodir. No entanto, lamento informar... que a sua jornada acaba hoje." - Os outros homens lentamente se aproximavam da ninjas, também. Todos erguiam suas mãos ao mesmo tempo, apontando para a cabeça dela. "O-o que vocês vão fazer?! Vão... ugh... vão se arrepender!" - Não responderam... sequer moveram um músculo. A mansidão em seus movimentos mostrava o quão insignificante ela era perante a eles, ou a sabedoria que os mesmo tinham para lidar com situações como esta. "Azuka, de agora em diante, você está condenada a passar o resto dos seus dias na Prisão Sangrenta. Será privada de sua liberdade e pagará por seus pecados até o último suspiro." -  Finalizou. Azuka começou a remexer-se no selo. Tentou, com todas as suas forças, sair daquele jutsu. "Vocês...! Não podem! NÃO!" - Guiada pela raiva e pelo ódio, conseguiu finamente quebrar pequenas letras que prendiam o seu braço direito. Seus olhos direcionavam-se para o homem com a máscara de pássaro. Via-o de cima... seu rosto quase se tornava uma silhueta por estar na frente da luz do sol. Era uma visão intimidadora... imponente. Mas a menina não se importou. Com as forças que conseguiu manifestar, forçou o seu braço até aquela máscara.
   Enquanto sua mão se aproximava com toda a revolta que tinha dentro de si. O homem apenas terminou: "A sentença está dada." - E todos os que estavam com a mão apontada para a cabeça da garota soltaram uma aura de energia até a mesma. Gradualmente, sua visão se tornava turva, escurecendo pelas bordas e convergindo até o centro. "...D-dro... ...ga..." - Antes que conseguisse sequer tocar na máscara, seu corpo amoleceu, inconsciente, ainda em pé, por causa do selo. Seu braço caiu lentamente, balançando no ar como um pêndulo enquanto seus olhos se fechavam. "Nosso trabalho está feito. Contatem um esquadrão para escoltá-la até a Prisão Sangrenta. A jornada desta jovem... chegou ao fim." - Assentindo com a cabeça, os outros carregaram a menina pelos ombros e sumiram do local.


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Blood Prison Pt. 1

         Escuridao.
   Abriu lentamente os olhos. Durante vários segundos, via apenas formas embaçadas que passavam pelos seus olhos semiabertos. Constantes barulhos... distantes... de cintilar de correntes, trotar de cavalos. A cada segundo, ficavam mais altos, mais presentes. Quando finalmente abriu os seus olhos de surpresa, viu-se dentro de uma gaiola de madeira. Suas mãos estava algemadas nas suas costas, dedo por dedo, de forma que não conseguisse fazer o minimo movimento com eles. Seus pês... presos juntos por uma corrente. A argola de metal que envolvia seus calcanhares era tao apertada que modificava o volume da perna, sem contar a dor. Mesmo depois de nitidamente acordada, os homens que a escoltavam a cavalo sequer pareciam se importar. Talvez, não acreditassem que houvesse a minima chance de resistência.
   "E-ei! Me soltem agora!" - Exclamou. Nenhuma resposta. "M-malditos...!" - Tentou forcar seus bracos. Falhou. Suas pernas, a mesma coisa. Seus movimentos estavam completamente restringidos. Um dos homens puxou uma corrente que estava presa em seu pescoço, fazendo a menina bater a testa nas grades, apenas para os homens rirem um pouco. Azuka grunhiu de raiva... nunca passou por tamanha humilhação. Sem contar o seu cabelo e roupas que estavam completamente estragados. Tudo o que pode fazer, porem, foi abaixar a cabeça e esperar.
  "Não fique assim..." - Uma voz se dirigia a ela. Porem, não era um dos guardas. Olhou para os lados... nada. Apenas quando girou sua cabeça o suficiente para vislumbrar o que estava atrás dela que viu outra gaiola. A mesma gaiola grossa de madeira... mas essa abrigava um jovem. Aparentava ser da mesma idade que ela, no entanto era gordo e com um nítido semblante de timidez. Devido ao seu tamanho, partes do seu braço acabava sendo pressionados contra as grades da gaiola e as algemas precisavam ser feitas sob medida. Sua voz, entretanto, era fina, gentil e contida. Sequer parecia um criminoso. "Pode parecer o fim do mundo... mas não é tão ruim..." - Tentava acalmar a menina com suas palavras. Claramente falhou... não tinha conhecimento algum sobre a personalidade de Azuka, por isso, apenas a deixou ainda mais irritada.
   "Humph!" - Respondeu, rindo de chacota. "O que um gordo idiota como você pensa que está fazendo...? Quem disse que eu te dei o direito de falar comigo?" - Talvez em outra ocasião conseguisse intimidá-lo, mas acorrentada da mesma maneira que ele, suas palavras não soavam tão imponentes. Mesmo assim, o garoto se acanhou e encolheu-se no lugar, tímido. Azuka apenas desviou o olhar, completamente frustada por ter descido até esse nível.
   A escolta continuou por diversas paisagens distintas, durando uma boa parcela das horas do dia, até que, com o tempo, o clima foi ficando cada vez mais escuro... e a temperatura cada vez mais gelada. As árvores apareciam pelo horizonte gradualmente mais cobertas de neve, seguidas do solo que se esbranquiçava. Ao longe, revelada pela neblina, uma silhueta de um enorme prédio se fazia nítida: uma estrutura de metal, recheada de andares irregulares e padrões industriais quebrados apenas pelas pequenas janelas cobertas por grades. No centro, um grande portão com uma placa grossa encima do mesmo, escrito em kanjis: Prisão Sangrenta.
  A carroça parou logo à frente do portão. O mesmo se abriu lentamente, rangendo, revelando um homem acompanhado de dois guardas. Usando um sobretudo preto recheado de bolsos, emanava uma aura pesada e misteriosa graças a uma quantidade enorme de cintos que encobriam o seu rosto, conectados por diversos cadeados. Sequer seus olhos podiam ser vistos. Ele caminhou alguns metros e fez um sinal para que descessem as gaiolas.
  "...Esses são os novos prisioneiros?" - Indagou, com um tom de decepção. Um dos homens que participou da escolta retrucou. "S-senhor... não estamos em um tempo de guerras... logo---" - "Silêncio." - Interrompeu ele. Andou lentamente até a gaiola do jovem rapaz. Abaixou o seu rosto. Mesmo encoberto, era possível sentir que encarava o menino nos olhos. "Qual é o seu nome?" - O garoto se encolheu com os poucos movimentos que tinha e respondeu assustado: "K-kobi, senhor..." - O homem voltou à postura ereta, sem reações. Abriu a gaiola lentamente e, com um selo de mão, conjurou uma especie de selo na testa do menino. "Pois bem... Você." - Disse, apontando para um dos guardas que o acompanhou. "Escolte Kobi para a nova cela." - Assentindo com o a cabeça, em um gesto acuado e temeroso, correu para abrir as algemas do menino que, aliviado, acompanhou-o prisão adentro. Silêncio. Os únicos barulhos eram os passos pesados do jovem juntos aos do guarda que o acompanhava. Quando finalmente se dissiparam na escuridão do salão à frente, o processo teve continuidade.
  Os ventos gelados começavam a ficar mais fortes. Era possível sentir o frio bater até a pele. Enquanto a maioria dos homens presentes estavam agasalhados, Azuka sequer recebera qualquer proteção para a temperatura e, por estar acostumada com os dias quentes da Areia, estava com um tremendo mal estar por causa da temperatura. O homem voltou a andar. Seus sapatos pretos faziam um barulho característico a cada passo que dava na neve. Caminhando de uma maneira padronizada, quase que marchando, parou à frente da menina. Um silêncio de vários segundos tomou conta do lugar. E então, finalmente perguntou: "E você, menininha... qual é o seu nome?" - Indagou com um tom de superioridade, como um adulto falando com uma criança no meio da rua. O deboche acabou sendo a gota d'água do copo de Azuka, que respondeu apenas com um preciso e calculado cuspe direto no rosto encoberto do homem.
  Todos ao redor se assustaram. Aquilo parecia ter sido o ato mais impensável do mundo. Ele limpou com sua luva de couro os fluidos da menina. "...Hm..." - Silêncio por um bom tempo. Um silêncio agoniante para cada um que testemunhava essa cena. Lentamente levou sua mão até o seu bolso para pegar algum objeto, respondendo à menina com um simples e nervoso: "....Interessante."


Considerações:

Ficha

Anonymous
Urameshi
Chūnin
lathe biosas
lathe biosas
apepe

_______________________

[Fillers] - Azuka Susanoo-no-Mikoto-slaying-Yamata-no-Orochi-in-Kojiki
Urameshi
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t70850-berserker
Convidado
Convidado

Blood Prison Pt. 3

    O silêncio dominou o lugar durante um bom tempo. Os únicos barulhos que gradualmente entravam em cena era o vento gélido e o atrito da luva do homem limpando a saliva de seu rosto. Suas palavras saíram pesadas e sinistras: "...Interessante." - Ergueu sua mão, retirando a luva negra de couro. No centro da sua palma havia um pequeno selo em espiral. Encostou-o à grade de madeira aonde Azuka jazia presa e em segundos uma aura negra a envolveu. "O-o que é isso?" - Em sua testa, uma pequena espiral se construiu. Sentiu-se fraca, como se algo tivesse sido drenado dela. O homem retirou a mão da gaiola. "Removam as grades." - Disse. Com um "Sim senhor!" em uníssono, os guardas abriram a jaula com algumas chaves.
   Azuka tentou se mexer, mas as correntes permaneciam prendendo-a ao chão. "Você... é bem insolente, não é, menina?" - Olhou-o com raiva. "Eu s--" - Sequer deixou-a terminar a sua fala: golpeou-a com um chute no rosto. "Silêncio." - Apenas alguns segundos depois, a menina tentou contestá-lo mais uma vez. Novamente recebeu um chute no rosto. Depois, um soco na barriga, seguido de diversos outros golpes. O homem apenas parou quando sua mão começou a se manchar de vermelho. "Não pense que aqui é como os parquinhos que você fica brincando, criança." - Disse, limpando o sangue com um pequeno pano branco que retirou do bolso. "Aqui é o fim da linha. O ponto final. É aonde a escória da humanidade vai... e não sai." - Aproximou o rosto dela, com um olhar de desprezo. "O seu destino está inteiramente nas minhas mãos." - Continuou encarando-a, como se esperasse que ela dissesse algo. Mesmo que quisesse, a menina estava cuspindo muito sangue para dizer qualquer coisa. "Assim é melhor." - Virou-se e começou a caminhar para dentro da instalação. "Levem-na para a cela." 


   A maior parte dos corredores era banhado pela escuridão. Apenas algumas formas se destacavam enquanto se mexiam por trás de grades de metal. As poucas luzes de tochas que se estendiam pelas salas iluminavam apenas pequenas áreas circulares que pouco revelavam sobre os arredores. Barulhos de correntes e murmúrios constantes viajavam por cada fresta do lugar. No centro da passarela, caminhava Azuka, algemada e transportada por dois guardas. "Uma... menina?!" "Hehe... Vem aqui garotinha... vem brincar!" "Vem pra minha cela... vem." - A cada metro que percorria, inúmeras vozes se direcionavam a ela. Andando por corredores mais estreitos, até mesmo sentia pontas de dedos que conseguiam alcançar sua pele através das grades. Eram mãos sujas, feridas, nojentas. Todo aquele lugar... em todos os sentidos... parecia ser a lixeira do planeta.
   Após alguns minutos de caminhada, os guardas enfim pararam. Um deles levou a mão até um bolso dentro do sobretudo e retirou uma chave. Abriu uma maciça porta de madeira. "É aqui que você fica." - Removeu lentamente as algemas que prendias as mãos da garota. Assim que o click do metal se abrindo ressoou pelo salão, a menina deu um salto para trás. "Vocês são idiotas?" - Erguendo a mão direita, com um sorriso confiante, tentou manifestar os seus Fios de Chakra. No entanto, assim que o fez, o símbolo em sua testa brilhou e seu Chakra pareceu ser inibido. "O-o que...?!" - Com um chute na barriga, foi jogada para dentro da cela. "Vamos logo, Iato... quero pegar o horário de almoço." "Sim... sim... não se preocupe." - O homem fechou a porta, sem sequer dar a mínima atenção à ofensiva anterior da menina. Era como se ela fosse uma ameaça menor do que zero para aquela estrutura.

   A porta se fechou. O destino foi selado. Azuka foi deixada naquele silêncio... naquela escuridão. Tentou mover suas mãos pelos arredores. Sentiu, enfim, uma parede gelada de pedra. Se sentou no chão e apoiou suas costas na mesma. Retraiu os joelhos e envolveu-os com os braços, abaixando a sua cabeça. Na mansidão que finalmente pôde presenciar, teve tempo para deixar suas emoções vazarem. Simplesmente, o que diabos havia acontecido até então? Há alguns dias atrás estava na Aldeia da Areia se preocupando com qual seria o doce de chocolate que iria roubar daquele mesmo doceiro atrapalhado na esquina. E... depois daquela explosão... nada mais havia restado. Tudo o que conhecia foi reduzido a pó. Restando-lhe apenas sair de lá... chegou até a Vila da Nuvem. Foi tudo tão rápido. Conheceu um menino que controlava ossos... não se importou muito com ele. Mas aquele outro garoto... aquele garoto da Vila da Areia. Foi ali que tudo começou. Foi ali que o seu caminho para o abismo começou.
   O ódio havia consumido ela... Matou-o sem sequer pensar duas vezes. Se lembrava de cada momento. Quando o empurrou pelo penhasco e viu seu corpo lentamente ser trucidado pelos picos de rochas que os esperavam na queda. Se lembrava do silêncio avassalador que veio depois da morte. E o pior... lembrava-se do quão bem se sentiu após fazer tudo isso. Era... tudo muito confuso. O mundo não fazia o menor sentido. Só tinha uma certeza: ela. A única coisa que podia confiar... a única coisa que podia se apoiar... era em si própria.
   E então... aquela sensação estranha. Quando descia as escadas da Nuvem... sentiu como se tudo tivesse mudado. Não em um sentido figurado, mas literal. Como se... estivesse em um tempo que não era para estar. Como se estivesse... ...em outra realidade. Antes que se desse conta, Azuka já havia derramado incontáveis lágrimas naquela sala escura. Sua roupa, além de estragada, agora estava completamente molhada. Os soluços e gemidos ecoavam pelas quatro paredes que a envolviam. Aquele...... era o fim?

   Seu rosto em prantos apenas voltou à realidade com um pequeno barulho de um objeto caindo no chão. Levantou a cabeça de repente. Havia vindo de dentro da sala. Uma voz surgiu logo em seguida. No meio do silêncio desesperador, uma voz masculina, vindo do seu lado, invadiu sua mente. "E-eu conheço você..."


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Blood Prison Pt. 4

    A escuridão preenchia toda a extensão da cela. Os murmúrios e grunhidos abafados dos outros presos se misturavam, quase que no mesmo volume, das sutis goteiras presentes em partes do teto. O cheiro predominante de suor e sangue tomavam quase toda a atmosfera do local, enquanto as rochas geladas que compunham as paredes tocavam as costas da ninja como uma prisão de gelo. Seria aquele o fim da linha? O último ponto aonde toda a sua raiva e ódio a trouxeram? Foi nesse momento, de dúvidas e confusão... nesse momento aonde mesmo a mais fina gota de esperança se torna escassa, que Azuka deixou-se cair em prantos. As lágrimas escapavam de seus olhos e caíam no chão, desaparecendo na escuridão como se não fossem nada. Até mesmo seu último lamento desaparecia dos olhos dos outros. Agora tinha certeza... estava sozinha.


      "E-eu conheço você..." - Foi quando ouviu... ouviu uma voz vinda do lado oposto da sala. Era uma voz tímida, retraía... uma voz que, mesmo assim, entrava em seus ouvidos como uma lança penetrando um escudo. Ela conhecia essa voz. Talvez... se fossem outros tempos, simplesmente ignoraria. No entanto, seu coração não tinha mais forças para se esconder. "Você... é Kobi, não é?" - Respondeu, a menina. Tentava ao máximo esconder o fato de que estava chorando, no entanto, falhava miseravelmente no ato. Escutou alguns passos. Era difícil de não escutá-los, na verdade. Pelo que vira do garoto, na entrada da prisão, ele não era a pessoa mais magra do mundo. No entanto, não reagiu, sequer tentou impedi-lo. Deixou-o sentar-se do lado dela sem pestanejar. Já não via mais motivos para fazê-lo.
    Por um bom tempo ficaram ambos sentados, juntos, no escuro. Só havia os dois naquela cela, por isso era possível se escutar claramente a respiração de ambos, e os soluços constantes da menina. "...Eh." - Disse Kobi. Talvez, não soubesse muito bem como lidar com essa situação, no entanto, o silêncio seria muito pior do que tudo. "Sabe... eu sei como isso é difícil. Eu não pensei que chegaria nesse ponto, também." - Iniciou, o garoto. Sem resposta. Mais uma vez houve um silêncio constrangedor. "...Eu... não queria que acabasse aqui, também. Tenho certeza de que você tem uma historia pra contar." - Silêncio. Mesmo sentados juntos, aquela cela parecia ficar mais e mais gelada. "Tudo bem... eu acho que posso começar com a minha. Sabe... eu nasci aqui no País do Trovão, na verdade." - Começou. "O meu pai era agricultor... minha mãe o ajudava quando podia. Mas ela estava doente e... não tinha muita força sobrando. E... bom... depois das guerras e conflitos... veio a fome." - O menino parou. Aquela última palavra parecia ter trazido memórias à tona. Mesmo sem enxergá-lo, Azuka percebeu a agonia em sua mente... os conflitos que estavam acontecendo como pequenos fogos de artifício em um mar de palha. "...Nós não tínhamos nada para comer. Começamos a emagrecer... até um ponto em que não era mais viável trabalhar. Quando chegou a neve... nós só deitamos e esperamos a morte." - Silêncio. Por quase um minuto, não disse mais nada. As goteiras eram a única coisa que garantiam a menina de que ela ainda escutava. "Eu os comi." - Disse. Direto, como um gole só de uma bebida amarga. Tão rápido fora a frase, que só alguns segundos depois que seu cérebro percebera o que havia sido dito, fazendo o menino chorar. "Eu não sei o que... eu não sei o que houve comigo. Alguma coisa..." - Parava no meio da frase para soluçar e enxugar as lágrimas. "Alguma coisa tinha tomado conta de mim." - Quando percebeu que não conseguiria continuar falando, respirou fundo, até que conseguisse minimamente se acalmar. "...Depois disso, tudo só piorou. Eu não tinha mais pais, ou alguém que cuidasse de mim, por isso comecei a passar fome com mais frequência... E, por isso, eu perdia o controle com mais frequência." - Pausou para respirar. Parecia, gradualmente, retomar a calma. "Foi aí que me pegaram. Aquele homens com máscaras de animais... eu nem sei de onde eles vieram, mas quando surgiram, me levaram em segundos." - Parou. Não queria mais falar. Talvez, tivesse se esforçado mais do que fizera há tempos para compartilhar essa história. "...Kobi." - Pela primeira vez, o silêncio foi quebrado. O menino até mesmo se surpreendeu. Depois de todo aquele tempo não esperava mais que recebesse uma resposta. "S-sim...?" - Respondeu, sem saber o que dizer. "Eu me decidi." - Começou, a menina. Depois dessa fala, Kobi percebeu uma coisa:  já não escutava Azuka chorar há alguns minutos. "Nós vamos fugir daqui." - Finalizou.

     A frase quebrou o silêncio da maneira mais brutal possível. Entrou nos ouvidos do menino, não como uma flecha, ou como um foguete, mas como uma bomba nuclear sendo lançada contra um rebanho de ovelhas. Ainda que já estivesse em uma situação inusitada, aquela era a última coisa que Kobi pensou em escutar. "F-fugir?! Mas isso é impossível! C-completamente impossível!" - Azuka colocou a mão na boca do garoto, prensando um lábio contra o outro, avisando-o para falar mais baixo. "M-mas isso é impossível...!" - Sussurrou. "As celas são vigiadas por quase vinte e quatro horas por dia, sem contar nesses selos que bloqueiam o nosso uso de Chakra... não tem como!" - Azuka imediatamente respondeu: "...Eu já tenho um plano..." - Movimentou um pouco as suas pernas. Com a sua mão esquerda tocou o solo e passou a mão lentamente pela rocha. Sentia varias rachaduras que se espalhavam pelo piso. Era claro que não era uma cela muito bem mantida. "...Essa prisão pode ser bem controlada, vigiada e guardada... Podem ter selado nossos Chakras e Jutsus... e aquele idiota pode até mesmo ter nos humilhado." - Sua mão, que passeava pelo chão finalmente dava de encontro com uma pedra, a qual ela pegou e trouxe para perto dos olhos. "No entanto, tem uma coisa a qual eles não podem, nem que queiram, controlar." - Pressionou com força a pequena pedrinha em sua mão, tanto que até mesmo sangue escorreu da sua pele. "E tudo começa com essa pedra."


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