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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
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Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Urameshi banido
Genin
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s

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Mortals have made up their minds to name two forms, one of which they should not name, and that is where they go astray from the truth. They have distinguished them as opposite in form, and have assigned to them marks distinct from one another. To the one they allot the fire of heaven, gentle, very light, in every direction the same as itself, but not the same as the other. The other is just the opposite to it, dark night, a compact and heavy body. Of these I tell thee the whole arrangement as it seems likely; for so no thought of mortals will ever outstrip thee.
Urameshi banido
Ficha de Personagem : http://narutorpgakatsuki.net

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Urameshi banido
Genin
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Estava determinado a dominar toda a terra sobre minha vistas e muito além desta. Para isso, no entanto, não poderia vacilar em nenhum momento. Movia-me, em determinação, ao campo de treinamento. No caminho, entretanto, encontrava-me com alguém muito parecido com alguém com quem convivi durante toda a academia. Sim, era ele, parte do meu bando: Miko. Olhamos um nos olhos do outro e demos uma risada.
E aí, seu cusão. — palavreei de uma maneira brincalhona.
Fala, seu pedaço de merda. Pra onde você tá indo? — perguntou o garoto que parecia estar curioso com a minha condição.
Não é claro? Vou pro campo de treinamento. Dominar um mundo não é tarefa fácil, cara. Preciso dominar várias técnicas e detonar vários otários no caminho. Mas eu sou um genin fodido, nem sei ao certo como farei isso...
Sabe, Urameshi. Você é mesmo um merda. E é por causa disso que eu vou te ajudar. Porque, apesar de tudo, você é um cara bem engraçado. — riu.
Ainda que tivesse sido zoado por Miko, lembrava que ele sempre fora um rapaz muito capaz no que tange às artes do ninjutsu, a qual pretendia dominar. Andávamos lado a lado, caçoávamos uns dos outros e de todos que também andavam nas ruas de Iwagakure. Depois de pouco tempo de caminhada, finalmente nos encontrávamos no campo de treinamento.

Um lugar com pouca vegetação, repleta de muitas rochas e um terreno completamente irregular.
Aqui é perfeito. — indicou.
Porra! É sério isso? — questionei desacreditado.
Claro, seu filha da puta. Essa merda de lugar é perfeito para o que eu tenho para te ensinar.
Não fode! Se você ficar me zoando aí eu te parto a cara, maluco. — ameacei, muito embora não passasse de uma brincadeira.
Certo, "vamo" lá. Primeiro você tem que ficar aqui. — mostrou com o dedo indicador. Movimentei-me ao lugar indicado e logo continuou. — Beleza. Mas... Pera... Porra! Você é um idiota mesmo!!! — gritou.
O que? Tá ficando louco? Que merda você tá falando, seu bosta?! Tá querendo tomar uns sopapos?
Sua mão. Como você espera fazer ninjutsu com esse braço esquerdo quebrado? Fazendo o restante dos selos com o seu cu?
Agora que você falou...
Quando dei conta de mim, olhei para Miko e caímos em uma gargalhada sem fim. Tantas palavras de baixo calão, nem mesmo parecíamos duas crianças de dez anos debatendo. Contudo, o que esperar de toda uma infância dos quatro aos dez anos vividos na marginalidade? Obviamente, não utilizaríamos quaisquer outras palavras senão o dialeto falado nas ruas.

Certo, certo. Como sou um cara muito foda, vou te ensinar uma "gambiarra" perfeita para esse tipo de situação.
E o que é isso? — perguntei curioso.
Você vai fazer selos com somente uma das mãos...
Boquiaberto. Perguntava-me quando Miko havia ficado tão forte ao ponto de dominar algo tão poderoso e útil quanto aquilo. Um flashback levou-me ao tempo onde acertava diversos cascudos em sua cabeça e tudo o que ele fazia era chorar. De volta ao mundo real, olhei para Miko com um rosto impressionado com as suas habilidades. Ele percebeu o olhar e riu de canto de boca, como quem desse a entender sua superioridade sobre mim.
Você não é o único a fazer as coisas, Urameshi. Todos da academia ficavam impressionados com sua velocidade, mas sem dúvidas nada supera o meu talento nas artes de um shinobi.
Cala a boca, seu otário. Me ensina logo isso daí se não quiser que eu te dê uns tabefes.
Certo, cara. Vamos logo com isso, tenho que lavar as roupas da minha mãe mais tarde... — divagou enquanto me estressava ainda mais. — Enfim, tudo o que você precisa fazer é decorar esses sinais de mãos aqui. — em um instante, apresentou-me todos os sinais de mãos correspondentes aos realizados com ambas. — Depois de decorá-los, finalmente poderá aprender a utilizar alguns jutsus. Enquanto isso, vou ficar lendo uns gibis ali naquela pedra. — finalizou sua fala dirigindo-se a um grande pedregulho.

Miko estava deitando lendo alguns gibis enquanto eu praticava aqueles selos de mãos como um louco. Se fôssemos falar de ninjutsu, eu poderia me considerar um completo inútil. Em definitivo, sempre preferi derrotar meus inimigos com nada além de golpes físicos. Porém, eu não era um completo idiota, sabia muito bem que meu objetivo nunca se concretizaria se não dominasse todas as artes de um shinobi. Minha velocidade com as mãos não eram, nem de longe, boas. E, por mais que tentasse, não conseguia imprimir a fluidez necessária para condicionar o corpo a produzir um jutsu. Apesar das falhas, estava muito longe de desistir. Uma decisão como esta, para ser sincero comigo mesmo, sequer passava por minha cabeça. Esta era uma vantagem de ser um completo idiota.

Minutos se passaram e Miko acabava por cair no sono com o gibi caído sobre seus olhos. Olhei para ele e concluí que se alguém como ele era capaz de fazer aquela técnica, eu também conseguiria. Continuei praticando vários sinais de mãos, um a um, de maneira lenta e progressiva. O suor escorria pela minha cabeça e a destra estava cansada ao ponto de quase não responder mais aos meus comandos. Apesar de tudo, ainda havia uma fagulha de determinação e ela me fez persistir. Um fogo no olhar e finalmente fui capaz de fazê-lo.

Depois daquilo, acabei por cair no chão tamanho era o cansaço de tê-la dominado. Depois de algum tempo, o menino-professor acordou e viu a minha condição. As roupas eram trapos e minha pele estava toda coberta de poeira. Sentindo um respingo de pena, acertou-me com um tapa na cara.
Acorda pra cuspir. — ordenou logo depois caindo em gargalhada.
Assustado, levantei-me sentindo uma forte dor no rosto. Passado algum tempo e finalmente entendendo o que estava acontecendo, levantei-me com um ódio mortal. Ensandecido, corri atrás do garoto no intuito de destacar a cabeça do restante de seu corpo.
Calma ae, Urameshi. Se você me matar quem é que vai te ensinar ninjutsu? tentou chantagear-me enquanto corria de mim.
Você abusou da sorte, Miko. E agradeça aos céus por ser o único que eu conheço que sabe uma coisinha ou duas de ninjutsu. — respondi com os olhos repletos de sangue.
Ufa! — suspirou. — Você é assustador, mano. — dobrou os joelhos com a respiração pesada e em seguida voltou à postura. — Enfim. Antes de te ensinar ninjutsu, eu preciso que você entenda mais sobre o chakra.
Você acha que eu sou algum tipo de estúpido? — perguntei enquanto colocava um dedo dentro do nariz e retirava algumas impurezas e por fim comia-as.  
Hyahyahyahya. Você é uma criatura única, Urameshi. — gargalhou. — Sabe, se você já entende tanto assim de chakra... Então por que não tenta algumas técnicas mais básicas de academia? Começaremos pelo básico. Quando você conseguir aperfeiçoar isso, damos continuidade e começaremos um treino mais intenso.
Tá tirando uma com a minha cara? — apontei o punho contra o seu rosto.
Calma, Urameshi. Não é você que quer aprender mais sobre ninjutsu? Então vai ter que fazer o que eu mando. — rebateu com olhos de uma raposa ardilosa.
Miko... Você abusa da sorte...

No fim, não tinha outra alternativa senão a de seguir as instruções daquele embuste. Primeiramente, executei um clone simples. Sabia que aquele tipo de técnica não era poderosa, todavia, de algum modo, parecia que dominar o básico ainda mais poderia me ajudar de alguma forma. O número de clones que conseguia formar era, de muito, limitado. Não estava preocupado pelo fato de números de clones, mas sim pelo fato de não estar conseguindo equilibrar meu controle de chakra em um nível adequado. De fato, faltava-me experiência em ninjutsu. Miko percebeu a minha preocupação e respondeu com uma pequena risada.

É. Parece que ter faltado a todas as aulas de ninjutsu não foi uma escolha boa... — soltou no ar com uma cara de superioridade.
Foda-se... Eu vou mostrar pra todos o quão poderoso é Urameshi, o grande.

Meu ego estava inflado e talvez aquela pudesse ser o princípio da minha queda do trono. Precisava provar não só para Miko o quão habilidoso podia ser, assim como para mim também. Continuei praticando, lenta e progressivamente, porém muitas vezes não obtinha qualquer sucesso em aumentar o número de cópias. Batia contra minha cabeça. "Idiota", pensava enquanto tentava executar aquele jutsu à perfeição.
Não se preocupa. Vai com calma.
Ignorei seu conselho, assim como seria esperado de alguém cabeça-dura. Continuei à toda, até finalmente ficar sem um pingo de chakra sobrando. Cansado, acabei caindo ao chão, desmaiando graças a ausência de chakra.

Você é mesmo um idiota, Urameshi. Não sei porquê mas eu adoro idiotas como você. — seus olhos encheram-se com um fogo das trevas provindo das profundezas do inferno enviados diretamente pelo deus do satanismo: Lúcifer.
Sua mão direita sacou um pincel do tipo que já continha recarga de tinta. Munido de cargas das mais negativas, desenhou uma série de pintos na minha cara. Havia de tudo: grandes, roliços, japoneses e até mesmo africanos. Sua habilidade artística em desenhar o membro sexual do homem era, de longe, sua maior qualidade. Com certeza não havia qualquer bondade em seu coração.

Algumas horas se passaram e finalmente acordei. Olhei para os lados e vi meu antigo subordinado lendo seu gibi na mesma pedra de antes. Ele parecia calmo e aparentava não ter saído dali em qualquer momento. Limpei a baba da boca, bocejei e voltei ao meu treinamento. Não sabia bem o porquê, mas aquele sono ajudou um bocado. Após despertar, minhas habilidades haviam se acentuado. Conjurar alguns clones não era mais um problema. O leitor olhou para o lado e, de relance, viu o quanto seu tutorando havia progredido em tão pouco tempo. Naquele momento, pensou o quão talentoso era seu antigo colega de academia. Impressionado, voltou-se para mim e ergueu sua mão como quem quisesse um aperto. Correspondi, agradecendo, sem qualquer palavra, pelo ensinado até então.

Agora vamos a segunda parte. — falou enquanto segurava minha mão.
O que? — permaneci confuso.
A habilidade em ninjutsu não tem seu fim em si própria. Caso queira se tornar alguém realmente habilidoso, você também precisa tornar-se alguém sagaz, dotado de toda inteligência existente. Uma qualidade quase tão próxima quanto a onisciência de seres divinos.
Que merda você tá falando aí? — perguntei enquanto coçava minha axila esquerda em uma cena na qual mais assemelhava-me a um símio.
Você é definitivamente o maior dos idiotas, Urameshi. Hyahyahyahyahyahya. — gargalhou. — Aqui!
Puxou de dentro de suas roupas (roupas tradicionais japonesas) um pergaminho e o desenrolou, fez alguns selos de mãos e, por fim, trouxe ao mundo vários outros pergaminhos. Centenas deles. Vi todos aqueles pergaminhos e senti sono, bocejando em seguida.
Agora é com você! Seu merda. — concluiu com um selo, sumindo em fumaça.
Espera aí!... — estiquei meu braço. — cof!... cof!... — tossi após respirar a fumaça formada. — "Tô" fodido. — soltei ao vento enquanto via uma quantidade imensurável de pergaminhos espalhados pelo campo.

Sentei-me e peguei o menor logo a minha frente. Se tão pequeno era, talvez o seu conteúdo fosse o mais fácil de decifrar, concluí. Estudos não eram o meu forte, concluí logo em seguida lendo a primeira linha do pergaminho. Deitei ao chão e estiquei bem meu corpo. Me sentia um bosta. Não haviam outras palavras para descrever os meus sentimentos.
Ah. Foda-se. Eu sou o grande Urameshi, porra! Nem fodendo que um papel vai me parar por aqui! — gritei o mais alto que pude, tentando convencer-me do contrário.
Procurei um pouco e encontrei um pergaminho que se tratava de um dicionário. Procurei um pouco mais e vi que todos os papiros tinha uma numeração e iam do "1" (um) ao "167" (cento e sessenta e sete). Peguei o primeiro na ordem, muni-me do dicionário e deleitei-me sobre uma leitura de muito rebuscada.

Horas passaram-se e não tinha se passado uma sequer sem a qual eu não sentisse preguiça. Tudo o que queria era bater na cabeça de alguns otários, por que haveria eu de ter que passar por tudo aquilo? Sem respostas conclusivas, continuei lendo pouco a pouco.  O conhecimento era uma coisa engraçada, uma vez que não conseguia perceber o quanto inteligente estava ficando a partir de uma leitura tão despretensiosa quanto aquela. O conteúdo dos livros era simples: estratégia ninja. Detalhava, ponto por ponto, sobre como utilizar estratégias em combates e os mais variados tipos de armadilha existentes em um mundo shinobi tão vasto quanto aquele.

Passei toda uma noite dando risadas e aprendendo bastante. Sem que percebesse, havia uma hora na qual não mais precisava de um dicionário para me guiar. Li tanto que meus olhos cansaram e acabaram se fechado. Era madrugada e estava cansado, mas resistir para finalmente investir na leitura do último pergaminho. Instantes depois, enquanto finalizava-o, caí em um sono profundo.

Acordei no dia seguinte, babando sobre uma pedra e com um urubu bicando a minha cabeça.
Sai daqui, Miko, seu otário. — ordenei jogando meu braço direito contra aquilo que me acertava.
O bicho voou e levou consigo o meu sono. Despertando lentamente, limpei a a baba, senti o meu hálito forte com nojo e voltei para casa.

Enquanto andava pelas ruas, percebia que todos estavam rindo da minha cara. Irritado, comecei a correr como um louco à caminho de casa.

Em casa, a verdade revelou-se sobre a figura do reflexo de um espelho.
Eu vou matar aquele filho da puta.  

HP: 200/200
Chakra: 200/200
treinei 1 ponto em inteligência, 1 em ninjutsu e treinei a qualidade hábil em selos.

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Asa
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narrou engraçado, fora do comum com os palavrões e tudo. Realmente entrou no char kkkk

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Urameshi banido
Genin
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URAMESHI
500/500 675/675 00/05

Meu progresso como um ninja continuava sendo notável. Já havia feito três missões de alta graduação e, ao mesmo tempo, estava feliz com minhas habilidades de uma maneira geral. Ainda sim, não poderia estar totalmente satisfeito em função de meus objetivos. Subjugar o mundo e fazer com que as pessoas ajoelhassem-se perante minha presença não seria uma tarefa das mais simples. Em uma manhã de inverno, acordei tossindo devido ao frio. A temperatura naquele dia estava invariavelmente mais fria do que todas as outras. Desacostumado, coloquei-me a vestir um casaco de pronto.  
Até parece que um friozinho desses vai vencer eu, o grande Urameshi. Hehe.  — convenci-me enquanto despertava.
Para curar a tosse, havia apenas uma alternativa: xarope. Desci as escadas da casa e direcionei-me à cozinha, onde meu avô preparava um café da manhã.  
Você já acordou, seu velho. — introduzi-me.
Sua insubordinação um dia precederá sua queda, garoto. Que os deuses tenham piedade de sua alma. — desejou enquanto mexia os ovos em uma frigideira.
Além de velho, você também é um palhaço. Essa é nova. — reproduzi enquanto procurava o remédio.
Na terceira gaveta à direita. — indicou supondo acertadamente do que se tratava.
Procurei um pouco e lá estava o medicamento. Dei alguns goles e então parti para o café da manhã. Nele, servi-me com ovos, torradas e café com leite, estando finalmente pronto para sair de casa.

Do lado de fora estava ainda mais frio. Trajei um cachecol e complementei com galochas. Finalmente pronto, abri a porta e coloquei as mãos por dentro do casaco como uma maneira de tentar esquentar um pouco o corpo. Andava e encontrava a minha antiga galera, aqueles com os quais formei uma gangue de desajustados. Estavam lá: Huri, um magrelo de cabelo espetado alaranjado, Goji, um gordo descoordenado com uma grande cicatriz na cara, e Haka, a irmã mais nova de Huri que tinha um grande laço vermelho e bochechas bem gordas.
Fala ae, cambada de bosta. — saudei-os erguendo a mão direita.
Ah, cara. Lá vem o fodido do Urameshi. Qual é, seu otário, tá afim de levar uns tabefes nessa sua cara estragada? — perguntou Huri com um sorriso estampado no rosto.  
Não fode e fala logo qual é a boa de hoje...
Hoje tá foda. Até agora não arrumamos nada o que fazer. A gente vai ficar vagabundando por aqui. — concluiu.
Chateado, deixei o lugar para continuar caçando o que fazer. Não sabia bem o porquê, mas simplesmente estar com eles não mais me bastava. Meu corpo não ansiava mais uma liderança tão simples. Parecia desejar, de maneira profunda, uma liderança na qual pudesse subordinar pessoas ainda mais poderosas.

Andando pela cidade, cheguei ao hospital do vilarejo e sentei-me em um banco localizado à sua frente. Cruzava os braços e pressionava o pescoço contra o peito devido ao frio. Havia uma porta de correr de vidro com alguns cartazes. Aticei à curiosidade e levantei-me no intuito de entender do que tratavam aqueles papeis. Próximo o suficiente, vi que haviam alguns cursos diversos. Por que um vagabundo como eu faria um curso? Essa era uma boa pergunta. A verdade é que nem mesmo eu poderia compreender meus impulsos enquanto entrava no prédio.
E aí, "vagaba". — falei para uma mulher vestida com roupas de enfermeira, magra e sentada por detrás de um balcão de grandes proporções. — O grande Urameshi tá aqui pra fazer esse curso, sacou?
Certo, senhor. Você só precisa preencher este formulário. O curso de anatomia humana começa na semana que vem.
Semana que vem é o caralho. Eu quero fazer essa merda agora. — insisti.
Para uma criança até que você fala muitos palavrões. — riu. — Desculpe, senhor, mas as inscrições para esta semana já acabaram.
Foda-se. Não queria mesmo fazer esse curso. — rebati deixando o local.
Tenha um bom dia, senhor. — ironizou.

Aquilo não ficaria barato. Daria o troco no maior estilo "Urameshi" possível. O espírito do arruaceiro ascendeu e sobrepôs a moral. Em um plano ardiloso, planejei a minha entrada na sala de aula a qualquer custo. Fingi que estava a ir ao banheiro e comecei a investigar o local, estudando a estrutura daquelas instalações progressivamente. Descobri aonde ficava a sala do curso de anatomia e, dos tubos de refrigeração, fiz a escalada necessária para chegar à sala. A aula ainda não tinha iniciado, por esse motivo consegui agregar-me à sala sem ser descoberto. Uma sala imensa, totalmente pintada em branco, com diversos bonecos representando os humanos e uma biblioteca anexado por uma porta. Das inúmeras cadeiras, sentei em uma e aguardei pelo início da aula.

Não muito tempo se passou até o momento da chegada do professor. Para não ser descoberto, contive um pouco minha personalidade e permaneci calado. Os alunos restantes também surgiram logo em seguida, lotando todo o espaço. Estava sentado em uma cadeira na ponta direita. O ensino fora simplificado, ensinando tudo aquilo que deveria ser importante para entender-se como um ninja. Uma introdução. Dali, todo o alunado faria sua trajetória de maneira própria a partir de alguns livros. Entregaram-nos os equipamentos necessários e mandaram-nos de volta para casa.

Estava em casa e carregava comigo uma pilha estúpida de livros. Garp, meu avô, não conseguiu acreditar naquilo, rindo consigo mesmo enquanto eu subia as escadas. Dentro de meu quarto, arremessei os livros sobre o chão, procurei pelo primeiro da série e lancei-me contra a cama. Começava a literatura especializada bem cedo.

Uma semana se passou até finalmente terminar todos aqueles livros. De fato havia aprendido bastante sobre a anatomia.
Cara. Isso é fácil demais. Hehe. — conclui ironicamente. — Quer saber?! Eu acho que tá na hora de chutar algumas bundas.
Falei saindo do quarto completamente agasalhado para a rua novamente.

Uma semana se passou desde o momento que dei minhas caras às ruas de Iwagakure. Caminhando, vi de relance um homem muito mais alto do que eu. Recheado com músculos, parecia ser alguém muito poderoso. Curioso, resolvi segui-lo pelo vilarejo. Ele percebeu logo que comecei a segui-lo, levando-me, propositalmente, a um lugar afastado e com uma vegetação bem alta, onde não havia ninguém.
Apareça, garoto. — ordenou sabendo que escondia-me por detrás de algumas árvores.
Para um otário como você ter me percebido, você deve ser um cara bem forte. Hehe. Diga seu nome, estrangeiro.
Seus pais não lhe ensinaram nada sobre educação? Você me segue e ainda quer saber meu nome? Hahahaha! Você é algum tipo de comediante?
Não fode, seu cuzão. Eu sou o poderoso Urameshi. Nem mesmo em cem anos um cara como você poderia me derrotar.
As crianças daqui são todas assim? Mal educadas? — questionou se aproximando munido de uma intensão agora assassina.
Meu corpo petrificou-se enquanto aquela massa de músculos movimentou-se em minha direção.
Eu vou te ensinar uma lição, garoto.

No fim de suas palavras, aquele homem gigantesco e barbudo movimentou seu corpo à uma velocidade inacreditável. Surpreso, pulei para trás, muito embora não surtisse qualquer efeito. Com meu salto, no entanto, o homem notou alguma agilidade e pensou, por alguns instantes, que talvez fosse interessante iniciar uma peleja. Continuou fintando seu corpo, até o dado momento em que o medo esvaísse de meu corpo e, finalmente, pudesse lutar normalmente. Para seu prazer, não demorou até que isso acontecesse. Agora tranquilizado, saquei uma kunai e comecei uma disputa intensa com ele.

O som de seus golpes era fora do comum. Ágeis, precisos e executados com uma força descomunal. Apesar de ser alguém dito capaz em taijutsu, fui derrotado com nada além de quatro golpes físicos.
Caralho, tio. Você é forte como um touro. — comparei caindo ao chão com o corpo repleto de hematomas.
O homem, ainda que vencesse, estava impressionado com a minha forma.
Diga-me uma coisa, garoto... Quem treinou você em taijutsu? — perguntou coçando a sua barba.
Treinar? Eu nunca fiz isso. A diversão de usar taijutsu é que eu posso chutar algumas bundas. Hehe. — falei enquanto sentava-me, demonstrando uma cara de muita dor.
A resposta fez seus olhos saltarem, enquanto ele olhava para os céus e ria um pouquinho.
Está decidido, eu vou treiná-lo. Mas, saiba, você não terá dias fáceis.
E quem disse que eu serei seu aluno? Nem foden... — enquanto falava, o homem emanou uma aura monstruosa. — Quero dizer... Vai ser um prazer, mestre. — completei, intimidado.

Enquanto me levantava, o homem cortou um tronco grosso de uma árvore usando nada além do indicador e o médio. Continuou a cortar até ter um total de cinco troncos. Anexou todos com uma corda e, com a outra a ponta, grudou os troncos ao meu corpo.
Comece, criança, corra como se sua vida dependesse disso.
Que? Você tá ficando gágá?
Provocado, chutou meus glúteos e forçou-me a andar com sua força bruta. Inevitavelmente, comecei a andar com todo aquele peso anexado ao corpo.

Foi difícil carregá-lo. Inicialmente, sempre caía depois de dois passos. Passível como motivo de chacota, tomei uma força interior até agora inexistente, forçando cada uma das centenas de fibras musculares ao máximo. Tentei, tentei e tentei novamente. Todo aquele treinamento árduo não terminaria por ali. Executei outros inúmeros exercícios como flexões, flexões abdominais e barras paralelas, todos realizados com peso adicional dos troncos presos aos membros.

Aquele louco treinamento durou por inúmeros dias. Minha força aumentava progressivamente.
É isso, você está pronto. — disse, após inúmeros dias passados.
Pronto? — perguntei confuso.
Sim. Pronto para o próximo nível de taijutsu. — esclareceu.

Acertou um soco no meu corpo, mas dessa vez não machucou tanto quanto da última. O motivo foi bem simples: as fibras estavam contraídas e, com isso, amorteceram o impacto.
Sim, você está pronto. — concluiu. — Vamos, é hora de chutar a sua bunda. — ironizou.
Levantei-me de provocado. Iniciávamos, naquele momento, uma intensa batalha a ser executada entre nossos socos e chutes. A velocidade e força agora conseguiam acompanhar a do meu mestre. Entretanto, ainda faltava-me a técnica suficiente para acertar-lhe com precisão. Ele, por outro lado, dominava tal técnica e conseguia, a partir disso, acertar pontos problemáticos com uma precisão cirúrgica.

Mesmo um corpo bem preparado como era o meu não poderia suportar tantos danos. Cedi, depois de invariavelmente sofrer. Aquele rotina incessante de treinamentos continuaria por alguns dias. Para comer, caçávamos a pouca fauna existente do local. Para beber, utilizávamos-nos de uma pequena correnteza logo próximo. Todavia, a principal continuava sendo a de trocar golpes físicos. Sua técnica era descomunal. Não importava o quanto tentasse, não conseguia atingi-lo um soco sequer.

Duas semanas passaram-se, até finalmente entender a essência daquele treinamento. O corpo, adaptado, agora conseguia executar movimentos muito mais contundentes. Os ataques por mim executados, pouco a pouco, conseguiam bater de frente com aqueles executados pelo tutor. O encontro de nossos chutes e socos produzia ondas de choques que, paulatinamente, destruíam a vegetação local.

Agora de igual para igual, lutamos por três dias e três noites de forma direta. Havia um claro empate. Cansado, atirei-me contra o chão e comecei a dormir. Após aquela noite, o homem sumiu completamente, deixando nada para trás. Quando finalmente acordei, dei-me conta do quanto havia me tornado forte com aquilo. Empolgado, pus os pés a correr novamente em direção ao vilarejo, quem sabe uma missão pudesse colocar minha nova força à prova.
 
coisas:

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Mortals have made up their minds to name two forms, one of which they should not name, and that is where they go astray from the truth. They have distinguished them as opposite in form, and have assigned to them marks distinct from one another. To the one they allot the fire of heaven, gentle, very light, in every direction the same as itself, but not the same as the other. The other is just the opposite to it, dark night, a compact and heavy body. Of these I tell thee the whole arrangement as it seems likely; for so no thought of mortals will ever outstrip thee.
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Desde as minhas recentes descobertas e obtenção de novos poderes, senti que era chegada a hora de expandir meus horizontes. Todos aqueles que um dia almejaram sonhos loucos como os meus um dias, sem sombra de dúvidas, tiveram de treinar e dominar técnicas poderosas o suficiente para tornar o mero sonho em uma realidade. Com esse pensamento em mente, decidi concentrar-me no centro de treinamento de Iwa para, enfim, desenvolver técnicas próprias.

A primeira delas: Dextra, foi uma técnica que pensei enquanto imaginava em como aplicar o poder da minha Kekkei Genkai em uma técnica arrebatadora. Pensei uma palmada e logo a ideia veio a mente: executar uma rápido e forte o suficiente para gerar uma rajada capaz de repelir e destruir tudo à frente. Contra uma árvore, executei uma primeira vez e percebi o quão difícil seria usar uma técnica daquelas de maneira ideal. Continuei a prática, esperando melhorar lentamente. A segunda tentativa, assim como a primeira, foi uma completa falha da minha parte. Assim segui, uma tentativa após a outra.

Depois da primeira dezena, finalmente pude observar uma pequena rajada sobressaindo-se das mãos. Observei aquilo e entendi sobre o necessário para executar aquilo que almejava à perfeição. Ajustei a posição da mão, a velocidade e a força e, depois de tudo, consegui performar o jutsu de maneira ideal. — Dextra! — exclamei enquanto destruía a árvore. — É disso que tô falando, porra! Eu sou mesmo um monstro. Hehehe. — comemorei.

Seguindo a rotina, decidi por criar um jutsu que seria minha assinatura, isto é, uma técnica que representasse a forma de meu estilo de lutar. Apesar de ter desenvolvida aquele estilo há pouquíssimo tempo, sentia que continuaria utilizando-o por através das eras. Um jutsus simples. Depois de ativar o estilo único, estiquei meu braço para trás e, utilizando-me daquela força elástica, reproduzi um soco contra uma árvore. O braço esticou-se, indicando o quão longe poderia alcançar com aquele jutsu. — Gomu Gomu no... Pistol! — afirmei enquanto o braço esticou e atingiu o tronco daquele pobre ser em cheio.  


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