aparência da mulher:

Entrei no hospital e no caminho da recepção aquela linda mulher me abordou, tanta beleza me deixou de boca aberta por um instante mas logo retomei a compostura. Ela me perguntou a razão do desanimo e eu expliquei
-Olá moca estou procurando alguém que possa me ajudar. Tenho tido alguns prolemas por causa da morte de um parente próximo e achei que o hospital seria um bom lugar pra procurar.-Respondi enquanto olhava fixamente pros lindos olho verdes da mulher.

A mulher analisou-me de maneira que fiquei envergonhado, disse que poderia me ajudar e mandou que eu a seguisse.  Após andar alguns instante depois chegamos em uma sala onde varias pessoas estavam sentadas em formato de circulo, achei aquela situação um tanto quanto peculiar. Varias possibilidades passaram por minha cabeça. Pensei em perguntar do que se tratava aquele lugar, mas antes que tivesse oportunidade a moca me mandou sentar. Estava muito confuso, porem acatei a ordem. Procurei uma cadeira vaga e me sentei. Permaneci olhando ao redor enquanto esperava algum esclarecimento

narre seus sentimentos, e compreenda os sentimentos dos outros.

Compartilhar experiencias então.. De pensar em reviver aquele trauma eu comecei a ter falta de ar, fiquei com vontade de levantar e ir embora,
tive que ter muita forca de vontade para não faze-lo.

Após proferir algumas palavras a moca apontou para um jovem duas cadeiras a minha direita e falou para que começasse os depoimentos. Ele usava roupas de pano comum, não vestia uma bandana, por isso assumi que não era um ninja, mas o fato que mais chamou atenção era que ele não tinha o braco direito.

- Olá a todos, meu nome é Dai. há 5 anos meus pais morreram quando nosso restaurante foi alvo de um grupo de ladroes. Eles ordenaram que meus pais dessem todo o dinheiro que tinha no caixa, depois prenderam os dois na cozinha do restaurante e jogaram fogo no lugar. Senti o cheiro de fumaça pois nosso apartamento ficava logo em cima. Eu corri pra baixo e quando cheguei, minha mãe estava inconsciente e meu pai já estava morto por causa de uma viga de madeira que havia caído em sua cabeça. Eu gritava enquanto tentava arrebentar as cordas que amarravam mamãe, ela acordou e mandou que eu fugisse. O garoto sem braco deu uma pausa de contar sua historia para limpar as lagrimas que corriam livremente pelo seu rosto- voltando, eu corri para pegar uma faca e cortar a corda. Quando comecei a cortar minha mãe sussurrou um "Eu te amo" alguns segundos depois um pedaço do teto caiu em minha cabeça e eu fiquei inconsciente. Quando eu acordei já estava no hospital, os médicos disseram que meu braco havia sido tao queimado que tiveram que amputar. Depois desse episodio eu desenvolvi um estresse pós traumático e uma fobia a fogo, porem vir a essas sessões e compartilhar essa historia tem me ajudado a superar meus medos e inseguranças. eu acreditava que havia sido minha culpa, eu não tinha sido forte o suficiente para arrebentar a corta de minha mãe, entretanto todos aqui me convenceram de que a culpa não foi minha

Eu fiquei atônito com aquela historia, o garoto havia passado por um sofrimento tao grande ou ate maior que o meu e mesmo assim havia conseguido superar e continuar a viver a vida.
Algumas pessoas compartilharam seus traumas depois do garoto e eu fiquei impressionado, todos eles sofreram muito, alguns ja haviam conseguido superar os seus traumas e outros não, mas todos caminhavam para o sucesso.

Quando chegou minha hora de falar eu estava totalmente diferente de quando eu havia chegado, queria compartilhar meu sofrimento com aquelas pessoas, estava me sentindo acolhido por elas, então contei minha historia toda:

Em uma tarde de sol normal eu retornava da academia, super animado para treinar com Yiki, meu irmão, e mostrar as coisas que havia aprendido na aula.
Quando abri a porta de casa vi a pior cena que já havia presenciado em minha vida, meu irmão estava completamente ensanguentado sentado em uma cadeira, com uma Kunai enfiada no peito, não pude acreditar no que via, comecei a chorar e gritar. Sai correndo para tentar ajudar meu irmão e acabei escorregando no sangue que estava no chão, ao ver meu corpo todo sujo com o sangue de Yiki eu acabei desmaiando pelo choque. Meu irmão deixou uma carta explicando a razão dele ter se matado, porem por muito tempo eu acreditei que a culpa tinha sido minha, só que ouvindo o que todos vocês disseram aqui hoje eu começo a acreditar que talvez não tenha sido minha culpa

Me emocionei muito por dizer tudo aquilo para aquelas pessoa. Todas haviam me impressionado e conquistado minha admiração, conversar com elas fez eu ficar alegre como eu nao me sentia em anos. depois de chorar um pouco olhei para cima novamente esperando para ver o que vinha em seguida.

Considerações:

"A vida e feita de sofrimentos e dores, porém eles só nos dominam se agente deixar."-

Ao ouvir aquelas palavras arregalei os olhos, pareciam ser exatamente o que eu precisava ouvir. Meu irmão havia se suicidado e não havia nada que eu pudesse fazer.

Me ver sofrer não era sua intenção quando tirou a própria vida, na 'época ele provavelmente sentia uma tristeza parecida com a que eu sinto agora e tomou a decisão de se matar. Eu tinha que escolher entre tirar minha vida assim como ele ou então lutar para superar a tristeza. Respirando um pouco mais aliviado cheguei perto de Shinshi e perguntei:

Eu começo a entender o que devo fazer para superar essa dor.-Disse isso enquanto apertava a camisa com a mão direita na altura do coração-Aceitar que nao foi minha culpa e aprender a conviver com a dor... Suas palavras me deixaram muito comovido, tem mais alguma dica? algo mais que eu possa fazer para acabar com o sofrimento?

Agradeci a Shinshi pelo concelho e apertei sua mão,.
Suas palavras tinham pesado em minha decisão. Depois de falar com ela me dirigi a mulher loira:

- Obrigado pela ajuda senhora, voltarei sempre que possível!-

Depois de me despedir de todos os presentes sai do hospital para voltar pra casa. Havia retirado um peso grande do coração, com um pouco mais de tempo seguindo essa nova filosofia de vida eu tinha certeza que me sentiria completamente bem.