The Fear: Paper Magic!

Um novo jutsu passava em sua cabeça, Asuka poderia facilmente manipular suas sombras para criar coisas fúteis, era a especialidade dela na verdade, fazer com que tudo trabalhasse ao seu favor, algo que algumas pessoas poderiam considerar um defeito, para ela era a melhor de suas qualidades, era o que a levou para aquele lugar, àquela hora, e ao que o futuro lhe aguardava. A voz de seu avô quebrou todos os seus pensamentos, ele havia vindo lhe visitar e... bem, ela precisava fingir que se importava.
A garota entrou em sua casa e imediatamente puxou uma cadeira da mesa, sentando-se com a perna cruzada. Sua avó havia lhe ensinado a sentar assim muito tempo atrás, quando morou com ela por 1 ano, ela costumava dizer que uma dama nunca deveria deixar as pernas abertas ou seu príncipe nunca viria, só deus sabe o quanto a garota queria um verdadeiro príncipe encantado.
Novamente a voz de seu avô quebrava o silêncio, ele a dizia para servir-se, pois a frase que mais funcionava em sua família era o “primeiro as damas”, em qualquer situação, as primeiras a lutarem, as primeiras a se servirem, e algo que ela nunca concordou: as primeiras a fugirem, não era como se ela quisesse simplesmente fugir de uma luta. Claro, algumas vezes era necessário, mas não precisava ser a primeira...
Ela olhou para o prato do dia, frango xadrez, mas sem amendoim. As vezes seu avô parecia compreende-la, e tirar o amendoim só fortalecia esse fato. Ele perguntou ao pai e mãe da garota como ela ia com os treinos. Realmente era apenas as vezes que ele a compreendia, poderia simplesmente ter perguntado a ela o quão bem a garota ia, pois se existia uma coisa que Asuka não fazia, era errar.
O pai dela, o doce pai de olhos azuis, nunca falava mal da garota, e a pergunta feita só o deu mais motivo de demonstrar seu orgulho, dizendo o quanto ela era uma ninja poderosa e que, durante todos os treinos de sua vida, ela errou apenas uma vez, o brilho de seus olhos a deixava envergonhada, queria que seu príncipe fosse como seu pai, um rei para ela, como garotas de sua idade costumavam sonhar.
Durante o conto de seu pai, a mãe irrompeu a sala, a azeda mãe de Asuka, uma mulher que nunca iria entende-la, uma mulher que nunca se preocupou com o quanto a menina se empenhava. A mãe falou a ela que ela nunca deveria errar, como um membro do clã Nara, ela deveria começar a usar sua concentração para aprender a fazer as coisas da maneira certa, errando no máximo 5 vezes em sua vida, e 1 delas foi aos 8 anos, o que levava Asuka a se dedicar 2 vezes mais em seus treinos.
Esse evento causou ao jantar um silêncio absurdamente ensurdecedor e, as poucas falas que surgiam na mesa eram farpas trocadas entre a mãe que parecia odiar a filha, a filha que não compreendia sua mãe, o pai tentando acalmar as coisas e trocas de olhares por entre os três, com o avô assistindo com certa satisfação. Mesmo com tanta negatividade, Asuka respondia com graça, elegância e o famoso sorriso que aprendera a fingir durante o tempo.

Considerações:

Jutsus:

Status:

Sometimes, we need change our history.
Credits: Panda