A cobra instruiu-me do que fazer summonando em seguida três livros sobre o corpo no qual ele fazia os experimentos. Mais informações foram passadas a mim, e ao final disso tudo, o homem deixou-me só.

Segui meu caminho para casa, porém, no percurso deste, parei para ler o conteúdo do primeiro livro; Alquimia, o conceito.

"Alquimia, nada mais é que uma palavra que indica uma ciência mística, conhecida como química da idade média. Sua função, originalmente, era a de transmutação (e.g metal em ouro), mas com o passar dos tempos, a alquimia foi utilizada para a tentativa de fabricação do elixir da vida, ou seja, imortalidade."

O primeiro parágrafo do livro fora interessante, e conforme eu o lia, mais e mais coisas aguçavam meu interesse, como a origem e história da alquimia no decorrer dos séculos. Lendas dizem que a mesma fora criado no Egito, mas outros afirmam que fora na China, sendo lá seu primeiro uso. Com a mente cheia de informações, mal vi o tempo passar, e quando notei, já estava de noite. Segui meu caminho para casa, pois lá terminaria o primeiro e os demais livros.

[...]

Sentada no sofá e com o livro em mãos, meus dedos percorreram suas folhas enquanto minha mente absorvia as informações que este tinha a me fornecer. Remédios, drogas, e até mesmo procedimentos avançados da física e química foram inseridos na minha mente após sua leitura, e, como uma boa aprendiz, pus em prático àquilo que aprendi com o livro.

[...]

Quando pude perceber, quase quatro horas haviam se passado desde o inicio de meu experimento. As notas mentais que tomei para a criação da drogas pareciam tão divertidas que o tempo pareceu menor do que eu pensava, porém, incrivelmente produtivo. Entre acertos, erros e repetições, eu me diverti como nunca antes. Quando errado, testava novas medidas e condições, visando somente o sucesso. Porém percebi minha imperícia na décima segunda tentativa, onde eu ainda errava um dos experimentos.

Mas ainda sim, meu progresso foi estável, e não só evoluiu de maneira simples, como também fora escrito em minha memória. Enfim, o primeiro livro estava completo. Era a hora do segundo.

O segundo nada livro nada mais era que um amontado de notas e experimentos realizados pela cobra, que, por algum motivo, me deu informações que eu julgava serem secretas. Não só experimentos com meu clã estavam naquele livro, como experimentos com outros – como senjus, por exemplo. A anatomia que o livro ensinada já fora masterizada por mim anos antes, e portanto, pulei toda a parte que eu já sabia. Ainda sim, o transplante fora uma parte necessária para o estudo; apesar de eu já ser uma médica formada. Hoho.

Transplantes de células, olhos e demais me foram ensinados pelo papel; o conteúdo que este englobava era demasiado, infelizmente não havia uma cobaia para testes, então após reler o livro mais duas vezes, o pus de lado; era hora do terceiro e último.

A princípio, o primeiro livro aparentava ser um romance de um Shinobi desconhecido, mas conforme eu dedilhava suas páginas e me aprofundava em seu conteúdo, aquilo revelou ser um memento do Ninja. Informações acerca dos clãs e poderes que estes possuíam eram contidas no livro, de forma superficial, ainda sim, pude desvendar boa parte delas, inclusive sobre os Senjus. A vitalidade que estes carregavam, além da lendária Kekkei Genkai Mokuton informada a mim pelo segundo livro encheu minha ideia de mentes e perguntas que em casa eu não obteria respostas, era necessário visitar Hebi.

[...]

Sequer havia passado um dia e o conteúdo dos três livros já haviam sido gravados em minha mente. Minha inteligência era demasiada, e por causa disso não fora difícil desvendar o que o terceiro livro tinha a me oferecer: informações de meu clã e seus inimigos, os Senjus. Minha caminhada ao laboratório levou cerca de meia hora, eu estava querendo respostas do homem que deu-me este memento.

Perpassei as portas do laboratório agilmente, ultrapassando os longos corredores até chegar ao homem pálido para obter respostas.

— Senjus e Uchihas, o que acontece se fundirmos suas células? — disferi a pergunta, e permaneci esperando sua resposta, inquieta.

Yoruichi; HP, 610, CK, 1015.