A estância naquele vilarejo era permutável, aquele clima árido com devassa amplitude térmica fazia com que meu temperamento mudasse com constância. Pelo o anseio de alguma entidade divina decidi ser, de alguma forma, útil para o vilarejo que habitava, então decidi pegar uma das tarefas que mutuamente iria me trazer algum benefício, junto à vila.  Rumei em direção ao norte, adentrando a um edifício e logo após subir vários lances de escadas, um ancião gentil me entregou um pergaminho que continha tudo referente a missão que me fora dada.

O conteúdo do pergaminho era bem inteligível e direto, teria de assumir o controle de uma pequena floricultura enquanto uma jovem kunoichi fosse fazer sabe-se lá o que. Essa missão era primorosa para mim. Sem nenhuma dificuldade e com o auxílio de coordenadas que estavam no pergaminho, chegara na floricultura. Era como se tivesse adentrado ao jardim de éden; para um amante da natureza sublime, assim como eu era. Enquanto admirava aquela vasta variedade de flora, achei um post-it com algumas instruções deixadas pela atenciosa e não-presente kunoichi.

Começaria pelo básico, aprontava um regador com água até a boca para regar aquelas joias em meio aquela grande cabaça de areia. Comecei pelas orquídeas, passei a enxertar as onze-horas com água e terminando pelas alamandas. Enquanto me deleitava com o aroma das flores e oferecia os meus cuidados as mesmas, o sino ecoou vindo da entrada da loja, até a estufa onde me encontrava, meu primeiro cliente enfim chegara. Me prontifiquei e voltei até o balcão e com um forçado esboço de sorriso indagava.

— Boa tarde. Em que posso ajuda-lo? — De fato, não era o melhor em lidar com pessoas. Enfim, podia ver a silhueta de um simpático senhor, com o mesmo a retrucar. — Preciso de flores para meu jardim, meu jovem. — Logo pensara com meus botões "Quem diabos tem um jardim em Sunagakure? Preciso visita-lo de imediato"

Acenei com a cabeça e pedi para que o ancião me seguisse até a estufa, recolhi alguns vasos e em seguida coloquei um bocado de terra fértil nos mesmo, levando até o sexagenário. Ele já havia escolhido o que iria levar, colocou-as no vaso, porém, mantinha uma camélia branca em mãos. — Não se preocupe, essa daqui é um presente para uma velha amiga. Completara o velho. — Não quer que embrulhe para presente, senhor? — Retruquei, o mesmo declinou um pouco a cabeça e completou. — Não será necessário. — Um silêncio abrupto tomou conta do local, ele retirou um valor em ryous do bolso e me entregou, retirando-se das dependências da loja.

Retornei a vasculhar por todas as flores da loja, podando algumas que estavam crescendo em excesso, cortando as folhagens mortas e mantendo o estabelecimento limpo até o retorno da kunoichi. Em meio a essas clamorosas tarefas, achei um outro post-it deixado pela kunoichi, agora com letras em maiúsculas dando um tom de urgência a aquela notificação. Na mesma continha que ela deixara uma Adenium obesum, mais conhecida como "flor do deserto" em encomenda prontificada e deveria manusear a mesma com cuidado, eu já havia lido sobre a mesma, tal flor tinha a capacidade de derrubar um animal de grande porte, devido a sua concentração de oubaína.

No mesmo momento um indivíduo chegar a loja, já me entregando uma alta quantia em ryous e apontando a um pacote embrulhado contendo uma única flor e com um selo que indicava perigo. Nenhum diálogo foi necessário, já sabia do que se tratava. Recolhi a mesma com disleixo, minhas condição genética permitia uma alta resistência a substância tóxicas, entreguei a flor ao mesmo e num movimento efêmero, que me parecia a uma técnica ninja, ele desaparecera.

Me mantive ocupado na estufa a apreciar e tentando aprender mais sobre botânica com aqueles espécimes que não eram fáceis de se encontrar no país do vento, devido a suas condições climáticas, o sino voltou a ecoar junto a a uma doce voz que anunciava a volta da kunoichi. Saudei a mesma com reverência, pois, apesar de sua aparência encantadora, tratava-se de uma iryo-nin de Sunagakure. A mesma me dispensou, meus serviços ali não eram mais necessários.
 
A pior parte seria o próprio relatório da missão, finalizei-o no gabinete da própria Kazekage, e o entreguei para um dos balconistas ali mesmo.

S. Oyama
HP: 200
CK: 200

s/ meus equipamentos ninjas.