TREINO DE ATRIBUTO:

O sol não havia nem saído direito de trás da montanha, o silêncio ainda imperava na Vila e uma brisa fresca pairava pelo ambiente. Eu havia acordado bem cedo, depois tomara um café reforçado e decidi tirar o dia para treinar. Eu usava uma roupa básica de treino, trazia apenas uma toalha no pescoço, uma bolsa com um lanchinho e um canteiro de água preso no cinto, seguramente afivelado.

Meu pai havia me comprado uma roupa de treino, assim que passei no teste da academia. Era uma calça de pano flexível preta, uma saia por cima, com uma blusa de corte quadrado e justa, além de um par novo de sapatos – segundo ele, essas roupas eram apenas para treinos, como correr e força, já que a roupa era especializada para absorver suor e modelar o corpo. Hoje eu havia decidido dar 20 voltas em torno da Vila.

Ao chegar ao lado sul da Vila, olhei a grande montanha com os rostos dos hokages e comecei a correr.

No início eu comecei mais lentamente, sentindo os músculos flexores de minhas pernas funcionarem, sentindo o chão abaixo de meus pés. Eu balançava meus braços no ritmo da corrida e tentava controlar minha respiração, puxando pelo nariz e soltando pela boca, para assim aumentar a capacidade de filtração.

Nos primeiro metros, eu queria apenas sentir meu corpo funcionar, o ar entrar pelos meus pulmões, a força ser exercida em meus músculos e resultar na contração e relaxamento me fazendo dar um passo atrás do outro.

Correr é reflexo. Em uma missão muitas vezes, a velocidade é nossa maior aliada e única capaz de nos salvar, então, o treino é para transformar esse reflexo cada vez mais intrínseco. Força e equilibro é extremamente necessário para a velocidade, já que na verdade, é isso que a faz.

O ar passava cada vez mais rápido por meus pulmões, eu acelerava a cada passo, até que dei o impulso necessário, aplicando toda a minha força na planta dos pés e aumentando meu fluxo de chakra, mas sem usar técnica nenhuma, pois se conseguisse aumentar minha quilometragem/hora sem técnicas, quando as usassem, conseguir até triplicar o resultado.

Eu sentia o suor escorrer em meu pescoço, enquanto as horas passavam e eu corria sem trégua entre as árvores e demais locais nas extremidades da aldeia.

Eu já havia dado 10 voltas quando parei para descansar, encostei-me a uma árvore para aproveitar a sombra e tomar água. Eu sentia meus músculos arderem e retesarem, então joguei um pouco de água nas pernas e as massageei; sequei o suor em minha testa e meu cabelo que estava preso apenas num rabo de cavalo alto, fiz um coque, pois ele me atrapalhava um pouco, já que estava muito grande.

Levantei-me e voltei a correr, alcançando a mesma velocidade em poucos metros, o que já era uma evolução. Tentei melhorar o controle de minha respiração, pois sabia que era o que mais tinha dificuldade e sempre me prejudicava. O caminho aerodinâmico do ar até os pulmões e sua eficiência é o que garante a possibilidade de mais fôlego para empregar mais força aos passos, então, precisava melhorar.

Eu puxava o ar e soltava tentando maximizar o processo, enquanto cantarolava uma musiquinha de ninar que adorava. O dia se estendia e eu havia percebido minha barriga roncar, então parara e comera o bolinho de arroz que meu pai preparou na noite passada e havia trazido comigo, tomei o resto de água e me prepara para as últimas voltas.

Meu corpo já estava cansado e eu sentia minha respiração se tornar mais irregular, mas não podia desistir, as voltas já estavam acabando. No fim, percebi que diminui minha velocidade, mas não deixei de correr. Ao terminar a última volta, dei um suspiro pesado e cai de costas ao chão, respirando com força e sentindo minhas pernas arderem.

- Ufa, acabou! – falei com a voz irregular, mas percebi que estava sorrindo levemente – Na próxima vez farei em menos tempo!

Levantei-me e caminhei para minha casa, observei que os moradores da Vila me olhavam e sorriam acenando, respondi ficando ainda mais vermelha do que meu cabelo ao perceber que a roupa que estava era bem justa e estava toda molhada de suor. Assim que entrei em casa, tirei os sapatos e fui tomar um banho, esperando que água me relaxasse.

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TREINO DE ATRIBUTOS:

“Você deve melhorar a aumentar a velocidade dos selos e ser mais rápida para a ativação...”, o conselho de meu pai ecoava em minha mente, enquanto voltava da missão do dia, que incrivelmente havia sido rápido. Eu ainda tinha um terço da tarde livre de bônus, então decidi treinar.

Corri até minha casa e peguei vários objetos, coloquei em sacolas e corri para o centro de treinamento. Dei entrada e fui até uma sala especializada e vazia; deixei as sacolas no chão e iniciei a preparação. Eu queria melhorar minha técnica de selamento, mas para isso precisava aumentar a velocidade de fazer selos e também em converter meu chakra no jutsu. Suspirei e iniciei o treinamento, tentando aumentar minha velocidade de realizar os selos. Eu sabia que o jutsu Bunshin no Jutsu são três selos, minha média é de 2 selos por segundo, então se eu conseguir adicionar mais um selo dentro desse um segundo, já é uma evolução.

Concentrei-me colocando minhas mãos a postos e iniciando: “Carneiro, cobra, tigre” – Bunshin no Jutsu! – falei em alta voz. Uma réplica foi feita, mas na verdade, demorei mais do que o normal, fiz novamente e não consegui, eu tinha um leve retardo na hora da mudança dos selos que usavam as mãos na horizontal para a vertical.

Antes de fazer novamente, peguei um cronometro que trouxera de casa e entreguei para um dos clones, os outros eu os desativei. São apenas três selos, mas se eu os realizar em um segundo, quando for seis farei em dois e assim, sucessivamente.

- Vamos lá! – falei novamente e mais uma vez realizei os selos “Carneiro, cobra, tigre” – Bunshin no Jutsu!

- Quase! – falou o clone – 1 segundo e 60 milésimos.

- Diminui 40 milésimos, né? – falei um pouco animada.

- Sim, de novo! – falou o clone já preparada para cronometrar.

Fiz seguidas vezes e fui diminuindo de 1s60m para 1s55m, 1s50m, 1s40m. Quando dei por mim, haviam seis clones na sala e todos estavam animados e torcendo. Desativei todos e parei por um momento, respirando profundamente, balancei as mãos e estralei os nós dos dedos, me preparando para uma nova rodada. Quanto mais rápido eu conseguisse, também mais rápido eu faria o selamento e indiretamente o treinamento me ajudava também na ativação do fluxo de chakra, pois eu estava tão obcecada por fazer os selos que nem percebi que, às vezes, nem terminava de falar e já conseguia realizar o jutsu. “De novo!”, pensei e novamente fiz os selos, porém, estava tão habituada que foi algo mais natural do que antes, usei como treinamento e entreguei o cronometro para o clone, agora sendo para valer. “Carneiro, cobra, tigre” – Bunshin no jutsu! – falei com força e um novo clone surgiu automaticamente. Dessa vez, eu mesma havia me surpreendido com a rapidez dos selos, quanto mais eu treinava, mais rapidamente eu entendia como funcionava. – Nós conseguimos! – ouvi a voz fraca do clone e segui seu olhar para o cronometro “1s”. “CONSEGUIMOS”, pensei sorrindo.

Desativei o jutsu e fiquei olhando para o cronometro, cada pequena vitória me deixava mais perto do meu objetivo e eu estava tão feliz. Decidi continuar treinando; olhei para as sacolas que havia trazido, dentro delas havia caixas, frascos vazios, pedaços de madeira e pedras ornamentais. “Só espero que nada disso seja de estimação do papai”, pensava enquanto preparava a técnica. O Uzumaki Sealing Technique é um jutsu básico de meu clã, havia aprendido desde pequena já com minha mãe; selar objetos não exige tanto complexo como outras coisas, mas é um bom começo e bom para treinar, já que fisicamente falando eles são consistentes (há técnicas de selamentos de pessoas, inclusive). Eu usava pergaminhos em branco para deixar de reservatórios dos selos, eles não eram tão especiais, apenas adequados para ninjutsu.

Sentei-me cruzando as pernas, a frente do primeiro objeto e pergaminho. Os selos são rato, boi, cão, cão novamente, se junta as mãos palma contra palma e outro selo, sendo o javali, então se bate as palmas esticadas no chão e ativa-se a técnica. Até ai, nos selos eu estava garantida, mas decidi treinar antes de iniciar. A primeira vez fui lenta, juntar as mãos no meio e depois realizar outro selo dificultou um pouco, mas na segunda vez já estava mais rápida.

Agora, eu deveria concentrar meu chakra para fazê-lo fluir e realizar a ativação. Era basicamente isso o ninjutsu, moldar meu chakra de acordo os selos das mãos e fazê-lo transformar na técnica usada. No meu caso, uma técnica de selamento.

“Rato, boi, cão, cão, junto as mãos, javali” pensava rapidamente enquanto realizava os selos e bati as palmas no chão com força, o justsu foi ativado e os selo surgiu se estendendo até o alvo e absorvendo o objeto. Percebi que minha concentração do chakra moldado para a ativação estava lenta, eu me preocupada excessivamente com os movimentos, sem dar a profundidade esperada.

Arrastei-me até o próximo ponto e fiz novamente, dessa vez com total concentração. Ao bater as palmas no chão, notei que usei menos força, pois antes mesmo de tocar o chão já sentia o influxo de chakra. Quanto mais concentração eu empregava, mais sentia o chakra fluir por meu corpo até as palmas de minhas mãos. Tentei mais uma vez e novamente senti o chakra ser moldado antes mesmo que eu tocasse o chão, além de ter mantido a velocidade dos selos, já que estava conseguindo me concentrar melhor e mais habituada. Realmente era hábito e concentração, pois quanto mais meus sentidos estavam aguçados, mais eu conseguia perceber tudo a minha volta e ainda sim manter o controle do chakra.

“Rato, boi, chão, junto as mãos, javali” – Uzumaki Sealing Technique – falei, enquanto batia suavemente as mãos no chão. Observei o selo e percebi que ele estava cada vez mais forte e preciso, com os traços exatos. Eu andara treinando realizar os símbolos dos selos, pois quanto mais eu os desenhava, mais meu cérebro estava acostumado a eles e facilitava muito nesta técnica.

Havia usado todos os materiais que trouxe, então guardei novamente os pergaminhos nas sacolas, agora apenas uma serviu. Me levantei e olhei para a janela, notando que já estava escuro, decidi ir para casa e preparar o jantar.

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JUTSUS USADOS: