Não encontrarás nada de útil em um campo de treinamento para a qualidade de ferreiro. Mas podemos fazer uma introdutória, portanto... Naquele campo havia uma mulher bastante bonita e em cada mão havia uma foice. Ela treinava tais, manuseando-as com habilidade incrível. A mesma também usava de alguns pergaminhos e liberava outras armas como espadas, shurikens em formato de suástica e afins.
Comeces observando o treino desta moça e então poderia questiona-la onde conseguiu tais armas, por exemplo.

Não demorou para que eu chegasse no local. Fiquei um pouco incomodada ao perceber que não estava só ali, outra pessoa já estava treinando.

Observei a silhueta feminina que manejava algumas armas, ela parecia ser muito boa com as tais. No entanto, fiquei mais surpreendida com os itens dela do que com a mesma.

—— Bom dia — pronunciei em alta voz, esperava que não a estivesse irritando —, armas legais essas. Onde você as conseguiu? —— perguntei para ela. Foi então que me lembrei que ainda não havia me apresentado, logo o fazendo.

— Ah, desculpe os meus modos. Meu nome é Hanzo Ayako, é um prazer lhe conhecer.


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—— Legal —— disse para ela ——, você é muito boa no que faz. Suas arma são lindas, quem dera eu conseguisse fazer o mesmo. ——  terminei. Imaginava como seria criar meus próprios itens, poderia até ser conhecida por eles.

—— Você poderia me ensinar como se faz um item? —— perguntei. Esperava que ela não ficasse brava com minha impertinência.


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Era verdade, não se via muitas ferreiras em nossa vila. Era a primeira vez que me encontrava com uma, ainda mais uma tão simpática. Gostei do jeito dela e fiquei feliz ao meu pedido ser atendido.

Acompanhei ela até sua ferraria. Essa habilidade me seria muito útil, não imaginava que fosse conseguir algo assim quando saí de casa. Ainda bem que tinha ido treinar.

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- Chegamos! - diz em audível e entoável som - Bom... Agora é a parte complicada... - Seu sorriso ficava um pouco mais sem graça.
Na primeira sala do local havia um amontoado de pergaminhos enfileirados em uma mesa. Rosa pega um deles e abre-o completamente para mostrar a jovem. Tal consistia no projeto de uma espada. Além do desenho da mesma, também havia demais informações como atividades, etapas, dimensões, sequência de operações, materiais e tratamentos relacionados com a fabricação. Os dedos dela guiavam a jovem pelas informações do pergaminho. - Primeiramente você deve projetar a arma... No caso, a espada, o material do qual é feita e seu tratamento. Desta etapa temos uma subsequente que define o tipo de forjamento, número de matrizes e suas dimensões, tratamento térmico, massa, forma e dimensões iniciais do projeto, equipamentos auxiliares, fornos e as temperaturas adequadas tanto ao aquecimento quando ao reaquecimento, etc.  

Sua inteligência é normal, então terá mais dificuldades em compreender as explicaçõs, logo postarei tal em partes separas. Comece narrando como absorveu as informações e refletindo sobre elas.

Não demorou para que chegássemos em sua oficina. Sendo guiada para o local onde ela projetava suas armas, pegou de lá um pergaminho e mostrou para mim o que havia dentro dele. Explicou-me exatamente algumas etapas que teria de fazer para concretar o projeto.

Não entendi quase nada do que ela tinha dito, percebia que não seria algo fácil de ser aprendido. Mas não deixaria de tentar.

Aquecer e reaquecer, disso eu lembrava enquanto notava o enorme forno que tinha ali. Deveria ser nele que ela fazia essas coisas. Observei o local enquanto esperava mais instruções dela.

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-  Qualquer material metálico pode ser forjado. É necessário os de aço, titânio ou alumínio para os projetos que demandam grande resistência do material, mas para aqueles forjados a elevadíssimas temperaturas, comum a fabricação de armas, deves usar aços INOX, titânio ou superligas. Claro que há tipos de metais especiais, muitos podem inclusive absorver chakra e assim maximizar suas próprias qualidades. Portanto, não se prender a padrões e sempre explorar diferentes minérios da natureza deve ser um talento da forjadora
Prosseguiu explicando tipos de forjamento, riscos, medidas de segurança e afins. E então ele lhe mostrou outros pergaminhos permitindo ao jovem compreender a base das criações. Informações essenciais, secundárias, etc. Entretanto, mais importante do que explicações era a prática.
Reparou, entretanto, o excesso de informações. Ela pergunta - Diga-me, quais pontos possui dificuldade para entender nisto?

Eram muitas informações, de facto. Fiquei um pouco perdida com tanto conhecimento e tinha algumas coisas que ainda não compreendia. Achei melhor perguntar para Rosa algumas coisas para que eu não acabasse fazendo algo de errado.

—— O que precisamos usar para não acabarmos nos ferindo? E poderia me explicar um pouco mais sobre os processos? —— pedi. Precisava entender o que ela me dizia, afinal, não gostaria de incendiar sua ferraria.


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- Equipamentos de segurança como luva e afins, e o processo consiste em escolher e peça e encaminha-la a fornalha. Martelar, resfriar e reaquecer a temperaturas adequadas. Depois ajeitar a lâmina... - Pensativa - Talvez sua dificuldade esteja em entender todo esse processo na teoria. Algumas pessoas precisam da questão visual. Então observe-me.




Rosa construía uma espada. Isto levou aproximadamente uma hora e meia. Entretanto, há de se considerar que tal é uma especialista no assunto. E ela ainda o fez de modo mais lento para poder ir explicando o processo enquanto fazia a lâmina. - Compreendeu melhor? Agora mãos a obra! Mas...
Ela crê que isto precisava de algumas explicações extras para ser melhor absorvido. - Venha cá, há outros pergaminhos...- Diz. E então ela começa a abrir pergaminho por pergaminho e demonstra a diferença nas informações de um para outro. Isto também possibilitaria a jovem ver as bases essenciais de cada projeto - É sempre importante primeiro projetar para definir material, dimensão, temperaturas e afins. Depois você recolhe o material e faz sua arma. Muitas vezes você verá que aquele material é falho, então a criatividade é algo importante neste ponto. Você pode sempre reinventar e aprimorar.
Com o apoio a jovem (Astrid) começava a compreender melhor as bases para a realização dos projetos e com a demonstração de Rosa ela conseguia ter uma melhor ideia sobre o processo de realização. Neste momento, se ela conseguir fazer uma espada, será demonstrado o domínio sobre os conhecimentos.

Faça a espada com capricho. Observe o video. Não tenha pressa. Ao contrário das outras postagens, nesta precisa se empenhar bastante. Após terminar sua espada, mostre-a para Rosa. Seu sucesso será validado de acordo com a narração. Uma boa narração formará uma boa espada, mas caso sua narração não seja convincente, o seu trabalho irá falhar. Ela encontrará alguma imperfeição na arma feita. E então terá de refazer tudo novamente para aprender melhor. Pode pedir mais dicas caso necessite refazer.

Compreendi melhor o que ela dizia. Ficou mais fácil ainda quando ela demonstrou o que teria de fazer. Sua espada estava ficando linda enquanto forjava-a. Agora tinha mais certeza de que não era algo fácil de fazer.

Quando ela terminou seu trabalho, pegou mais alguns pergaminhos e explicou para mim cada detalhe que neles haviam. Tentei assimilar cada palavra que ela dizia, embora isso fosse um pouco complicado para mim.

Estava na minha vez de criar uma arma. Coloquei os equipamentos para não me machucar e comecei o meu projeto. Primeiro, peguei o pergaminho e detalhei cada parte do projeto fazendo notas e mais notas do que teria de fazer.

Com tudo pronto no papel, comecei o trabalho físico. Peguei uma peça do material, algo que parecia um cano, esquentei a peça no forno e a retirei de lá assim que ela ficou avermelhada.

Martelei-a com o martelo várias vezes, deixando-a um tanto que quadrada. Enquanto fazia isso, os restos pretos de lascas da cor do material caíam com cada golpe, fazendo com que o objeto ficasse todo incandescente.

Mais algum tempo foi preciso em tal, agora ele tinha passado de cano para uma barra de ferro. Foram preciso inúmeros golpes com o martelo para que ele tomasse aquela forma, começava então a suar com o esforço físico.

Bati a ponta do material algumas vezes, deixando ela na forma da ponta de uma espada, inclinada. Peguei outro tipo de martelo, esse mais parecido com um machado, e o bati na barra toda para que ela ficasse reta e sem imperfeições. Esforcei o mesmo movimento várias vezes para que cobrisse cada canto do item, deixando-o muito mais fino.

Meus braços sentiam o cansaço dos movimentos repetidos toda vez que levantava o braço para dar mais um golpe. Peguei o item que construía o coloquei de volta no forno, reaquecendo-o toda vez que ele perdia sua vermelhidão.

Fiz o processo várias vezes, deixava a espada reta e fina enquanto fazia o formato da lâmina e dobrava o item em sua ponta. O processo na parte de trás foi um pouco diferente, deixei o que acabaria sendo o cabo da espada um pouco redondo.

Peguei o item e o coloquei novamente no forno. Tirei ele de lá e o esperei resfriar, quando isso aconteceu fui para o próximo passo. Usei uma ferramenta para dar fio a espada, lixando-a e a deixando afiada. Fiz exatamente como Rosa, deixando uma parte da arma totalmente prateada.

Coloquei-o novamente no forno e depois de o reaquecer pus ele na água fria para o resfriar. O item assumia um tom negro agora, levemente prateado onde estava seu corte. Com uma lixa, imprensei a arma num objeto e comecei o processo de lixamento.

Toda aquela parte negra tornou-se em prata, o item começava a reluzir. Com isso já pronto, parti para outra parte do processo. Peguei outro item, dessa vez um que parecia com a letra A, e o lixei também, depois o aquecendo com o maçarico. Então o coloquei em água fria para o esfriar.

Encaixei o item na metade do outro, a arma. Cerrei um pedaço desse e com o maçarico esquentei o recorte. Depois o golpeei com o martelo para deixa-lo rente e fino. Tirei o pedaço que tinha colocado na arma e o esquentei novamente, dessa vez colocando o pedaço que recortei dele num outro local, o prendendo ali. Ele era o Habaki da arma, o anel.

Peguei a espada e desenhei sua volta num pedaço de madeira com um lápis. Cerrei um pedaço da madeira e filetei a forma da espada. Com outro item cortei os desenhos enquanto tirava lascas da madeira. Peguei um pequeno objeto que alinhava o desenho da arma na madeira, fazendo isso e deixando-o reto.

Fiz outra forma de madeira igual a anterior, peguei um pouco de cola e passei nelas. Peguei a arma e a coloquei no meio das duas partes, prendendo-as e as apertando com outro item. Quando ficaram prontas, lixei-as para ficarem arredondadas. Os pedaços de madeira viraram a Saya da espada, sua bainha.

Lixei um pedaço na Saya e coloquei um prendedor de linha lá, para que conseguisse amarra-la as minhas costas. Deixei a madeira lisa e pintei ela com um pincel de vermelho, escrevendo algumas palavras nela de preto.

Peguei um pedaço de madeira e cortei um retângulo nele, lixei o buraco com uma lixa. Peguei um pedaço de metal e o esquentei, depois o resfriando em água. Entortei o pedaço de metal na forma de círculo.

Esquentei esse pedaço mais algumas vezes até o deixar redondo. Peguei outro pedaço de metal que parecia uma tampa e cerrei um buraco quadrado nele, criando o Kashira. Com o pedaço de madeira que tinha cortado um retângulo, fiz o desenho do mesmo em um pedaço de bronze.

Criei um entalhe de metal e o prendi no final do cabo da espada, junto com o Kashira. Martelei o pedaço de bronze com o desenho que tinha feito na madeira e criei nele alguns riscos. Tinha agora terminado a Tsuba de minha espada.

Peguei um material e o enrolei no cabo da espada, depois passando o Mekugi por cima dele(Ponto de retenção).

Lixei novamente a lâmina da espada e criei nela alguns poucos detalhes. Terminei minha arma e sentia grande satisfação. Não tinha sido fácil, algumas vezes tivera que pedir algumas dicas para Rosa. Mas ainda assim tinha terminado o serviço.


——  Como ficou Rosa? ——  perguntei para ela.

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