HP 200 ◉ CH 235

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Akimichi Shibō

O Chunnin Shiken estava mais perto do que nunca e, devido a isso, meus treinamentos estavam sendo praticamente diários. Hoje, assegurando a garantia que eu havia dado aos Shinobis que treinaram comigo nos últimos dias – Goroima, Maick e Hotaru –, eu daria início ao aprimoramento da minha velocidade máxima de maneira árdua, levando meu corpo ao limite para literalmente não ficar para trás no evento que que poderá me dar a tão sonhada graduação de Chunnin. Me baseando nos diversos rumores que corriam a Vila Oculta da Folha, o evento seria específico para cada vilarejo, o que me deixou um pouco chateado, já que eu não poderia conhecer os Gennins dos outros países ninjas.

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━ Shishi-kun, o almoço está na mesa! ━ Gritou minha mãe da cozinha, enquanto eu terminava de conferir minha bolsa de armas no quarto, a alguns metros da cozinha.

━ Ah, até que enfim! Achei que ia morrer de fome antes mesmo do Exame Chunnin começar! ━ Exclamei no mesmo tom alto, já me dirigindo à cozinha e deixando algumas Shurikens espalhadas na cama e no chão.

━ Não diga isso nem de brincadeira, meu bem. Você vai se sair muito bem neste Exame e vai voltar para casa como um Chunnin de Konoha, assim como seu pai. ━ Incentivou-me ela, me presenteando com o seu belo sorriso de mãe que amolecia qualquer coração e me fazia esquecer qualquer preocupação.

Assenti e lhe mandei um beijo, sentando à mesa em seguida. Como em todos os outros dias, havia diversos tipos de pratos e potes com as mais variadas comidas, desde o arroz puro até um porco assado praticamente inteiro e três tipos de caldo, o que, no dia de hoje, era um pouco de exagero até para mim, já que meu pai não estava em casa por conta de uma missão fora da Vila da Folha.

Por considerarmos o horário do almoço um momento sagrado, trocamos poucas palavras enquanto comíamos e, mesmo assim, levamos mais de quarenta minutos para enchermos os estômagos e nos satisfazer por completo. Foi preciso, ainda, mais cinquenta minutos para tirar a mesa, guardar a comida que restou lavar toda a louça. Com tudo ajeitado, voltei ao meu quarto.

Depois de vestir minhas roupas ninjas habituais, incluindo sandálias e a touca com o símbolo da Vila Oculta da Folha, prendi a bolsa de armas na coxa da perna direita e peguei um pacote de salgadinhos e um pacote de bolachas recheadas, ambos fechados.

━ Mãe, estou saindo. ━ Avisei, adentrando a cozinha, já pronto para sair.

━ Está levando comida suficiente, meu filho? Por favor, não passe fome, você precisa estar sempre de estômago cheio para dar o seu máximo. ━ Disse enquanto me fitava de cima a baixo, provavelmente procurando pelos suprimentos que eu carregava.

━ Sim, mamãe, o suficiente para três dias, se for preciso. ━ Menti. Na verdade, estava levando apenas o mínimo para as primeiras horas. Quando o sol começasse a se esconder atrás das montanhas, passaria no restaurante do centro da vila e comeria mais alguma coisa.

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Apesar de eu não gostar do calor, o temperatura do dia de hoje estava mais fria que a considerada agradável por mim, o que me forçou a manipular as calorias do corpo a fim de me deixar mais aquecido até o treinamento começar.

Enquanto eu caminhava pelas ruas da vila, acenava e apertava as mãos dos conhecidos que eu encontrava pelo caminho. Alguns, já sabendo da minha inscrição do Exame Chunnin, me desejavam boa sorte e até me davam algumas dicas rápidas de sobrevivência, que eu logo esquecia.

Já fora do perímetro urbano de Konoha, minha caminhada até o campo de treinamento foi demasiadamente apressada, quase uma corrida. Geralmente, eu levava o máximo de tempo possível para dar início a um treinamento, mas agora, com um evento tão importante à beira do início, eu tinha expulsado qualquer indício de preguiça do meu corpo e tudo o que me movia era a vontade de ficar mais forte e fazer uma boa apresentação no Exame.

Cerca de vinte minutos depois que eu saí de casa, cheguei ao campo de treinamento. Felizmente, não havia ninguém e lá, o que me dava a liberdade de montar um ambiente totalmente propício para o treinamento que eu imaginava. Sem delongas, dei início à montagem.

Alinhei dez pedras médias em linha reta, com aproximadamente dois metros de distância entre uma e outra. Em seguida, posicionei dez bonecos de palha em duas fileiras de cinco bonecos, deixando um espaço entre as duas filas, numa espécie de pequeno corredor. Para finalizar, procurei algum lugar perto em que houvesse cinco ou seis árvores que estivessem lado-a-lado e colei uma Kibaku Fuuda em cada vegetal, sem que os explosivos se ativassem até o meu comando.

Utilizando um graveto qualquer, tracei uma linha reta a vinte metros do início do percurso montado por mim, onde seria o ponto de partida. De um bolso interno, retirei um pequeno cronômetro, que me auxiliaria no controle do tempo que eu levaria para concluir o treinamento.

Com tudo pronto, posicionei-me atrás da linha de partida e fechei os olhos, ao mesmo tempo que suspirei profundamente, concentrando-me para o treinamento pesado que viria a seguir. Imediatamente após reabrir os olhos, iniciei a contagem dos minutos e dei início à corrida com obstáculos. A primeira etapa consistia em ziguezaguear a fileira de pedras, passando pelos vãos entre elas o mais rápido possível. Além de dois ou três tropeços, passei sem problemas. À seguir, passei pelo corredor de bonecos de palha. Tendo cinco destes em cada lado, eu os soquei um por um, girando meu corpo em cento e oitenta graus e invertendo o lado a cada golpe. Apesar de uma tontura parcial, obtive êxito em destruir a dezena de alvos. Por não poder ter uma segunda chance, deixei o trajeto com as tarjas explosivas para mais tarde.

Repeti os exercícios mais de quarenta vezes, parando a cada duas para me hidratar e roubar um ou dois salgadinhos do pacote que eu levava comigo. A cada tentativa, eu comparava os tempos e então reiniciava o cronometro, sempre tentando ser mais rápido.

Quando, enfim, julguei que já era o suficiente, tratei de realizar o último desafio, que envolvia as árvores e os adesivos explosivos. Por mais uma vez, refiz as etapas de driblar as pedras em ziguezague e destruir o corredor de bonecos de palha – desta vez, com muito mais maestria e agilidade – e então, ainda em velocidade máxima, me desloquei até o local onde havia colado as bombas. A poucos metros de passar pela primeira árvore, realizei o selo do Carneiro, ativando as tarjas explosivas em sequência. Esta seria a maior prova de velocidade que eu já havia realizado, pois eu teria que ser rápido o suficiente para escapar das explosões e, em caso de falha, meu corpo certamente sofreria com queimaduras graves.

Ao passar pela segunda árvore, as explosões começaram, quase me fazendo desequilibrar com o estrondo causado. Felizmente – mas por muito pouco – consegui sair do campo da denotação a tempo, mergulhando para frente por garantia. Exclamei um palavrão e me deitei no chão, ofegante. Suor cobria todo o meu corpo devido ao enorme esforço físico e minhas pernas pareciam já não suportar mais o peso do corpo, estava fatigado. Sem querer, adormeci

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Ao abrir os olhos, o sol já tinha ido embora e meu estômago implorava por comida. Graças ao descanso, consegui me levantar, embora meus músculos inferiores latejassem sem parar. Depois de organizar rapidamente o local, o deixei, voltando para o centro de Konoha, onde mataria a fome no meu restaurante preferido.

Considerações:

200 310 2 m/s

Akimichi Shibō

O inverno estava acabando, o que certamente me desmotivaria e diminuiria o número de treinamentos semanais. Devido a isso, decidi aproveitar os últimos dias frios para aprender mais algumas técnicas no Campo de Treinamento de Konohagakure no Sato.

Depois de arrumar minha bolsa de armas, saí de casa. O vento forte e gélido castigava os transeuntes da Folha, que se apressavam em procurar abrigo, e me forçava a apressar o passo. Ao chegar, Takasugi Shinsuke, o sensei que me auxiliaria no aprendizado de novas técnicas, já estava à minha espera.

━ Boa tarde, Shinsuke-sensei! Desculpe o atraso, estava ajudando algumas senhoras com suas sacolas pesadas. ━ Menti, lançando-lhe um sorriso maroto.

━ Há! Até parece, Shibō... ━ Respondeu, me devolvendo uma careta. ━ Bem, você me procurou em busca de novas estratégias de combate e logo eu pensei em dois Jutsus simples, mas que, se bem usados, poderão lhe conceder uma grande vantagem no campo de batalha. Você possui afinidade com o Doton, não é mesmo? ━ Assenti. ━ Certo, uma das técnicas que vou lhe ensinar é a Dochū Eigyo no Jutsu, que lhe permite submergir e emergir em qualquer superfície sólida! Não é legal?! ━ Ele me indagou em exclamação, parecendo empolgado.

━ Sim, sensei, parece demais! ━ Lhe disse, com excitação equivalente.

Então, sem mais delongas, o Jounnin retirou do bolso um pergaminho pequeno e me deu. Abrindo-o, pude ver algumas instruções sobre como aprender o Jutsu do elemento terra, que, basicamente, consistia em canalizar Chakra no corpo e passa-lo para o solo.

━ Deve ser muito fácil... Devo aprender na primeira tentativa. ━ Disse em tom sarcástico.

A primeira tentativa foi um desastre. Apenas o pé direito enterrou-se no chão, deixando-me preso. Com a ajuda de Shinsuke, livrei o pé e tentei mais uma vez, agora ficando trancado pela canela. No entanto, dispensei a ajuda do sensei e decidi tentar me livrar sozinho. Com o selo do Carneiro realizado, concentrei Chakra por todo o corpo, tentando ainda alterar a densidade do solo, desta vez mirando meus pés. Pouco mais de vinte segundos depois, eu já sentia meu corpo submergindo. Respirei fundo mais uma vez e me concentrei em não quebrar o fluxo de Chakra que se espalhava por todo o corpo e exalava para o chão, deixando-o fluído. Antes de afundar totalmente, gravei a localização de uma árvore a cerca de dez metros de mim. Minha intenção era emergir perto dela.

Já totalmente debaixo do solo, separei as mãos, mas ainda mantinha o Chakra alterando a terra enquanto movimentava-me submerso. Lembrei-me de onde estava localizada a árvore e me desloquei até ela, emergindo a menos de um metro do vegetal.

━ Há, consegui! ━ Exclamei, alto o bastante para que o professor escutasse.

━ Muito bem, Shibō! Agora volte para cá! ━ Respondeu, indicando para que eu voltasse mergulhando.

Mais uma vez afundei no solo, agora com maior maestria, aparecendo ao lado do Jounnin.

━ Certo, agora uma outra técnica, que inclusive casa muito bem com esta: Oboro Bunshin. ━ Indicou o homem. ━ São conhecidos como Clones de Neblina e, apesar de também não conseguirem atacar seus adversários, não somem quando tocados, além de possuírem sombra, o que torna mais difícil sua detecção. ━ Explicou, num tom sério.

Após me passar mais algumas explicações, troquei o pergaminho do primeiro Jutsu pelo do segundo, lendo e relendo algumas vezes. Esta técnica assemelhava-se com o Bunshin no Jutsu, sendo apenas um pouco mais complexa, já que os clones se refaziam ao sofrerem danos.

Ao tentar pela primeira vez, um único clone surgiu, mas em um aspecto derretido e deformado. O desfiz e tentei mais uma vez, gerando, agora, um Shibō um pouco mais consistente, mas que perdeu o braço quando o encostei.

Precisei refazer o passo-a-passo pelo menos dez vezes para que, enfim, sete clones surgissem ao meu redor. Ao tentar golpeá-los com socos e chutes, eu passava direto por eles, como uma espécie de ilusão.

━ Consegui! ━ Gritei, saltando de alegria.

━ É isso aí, parece que você já pode utilizar o Dochū Eigyo no Jutsu e o Oboro Bunshin, mas treine-os mais um pouco quando puder, se possível. Ah, e não se esqueça de usá-los com sabedoria. O cérebro é tão ou mais importante que seus músculos. ━ Aconselhou-me, se despedindo e saindo dali num incrivelmente rápido Shunshin.

Sem a mesma velocidade, também deixei o local, satisfeito e orgulhoso.

Técnicas Aprendidas:

200 370 14 m/s