"Era minha primeira missão e eu não estava tão animada quando eu achei que estaria, na verdade eu já estava bem pessimista em relação a essa carreira de ninja. Bem, pelo menos eu nunca vou ficar entediada, eu acho. Eu saí de casa trajando uma regata preta e uma calça cargo com vários bolsos para minhas armas ninjas. Eu não queria ser morta na minha primeira empreitada, então era sempre bom ter armas ninjas comigo. Além é claro da minha argila, que era a base de meus ataques.
Eu costumava usar luvas antigamente para esconder as bocas em minhas mãos, ninguém confia muito em uma estranha com bocas nos lugares errados. Mas agora que eu era uma kunoichi de verdade, eu não tinha de esconder mais essa minha "peculiaridade". Na verdade elas ainda continuavam assustadoras, mas agora aquilo era algo bom. Era bom ser assustadora.
O lugar aonde as missões eram entregues não era muito longe de minha casa, então não foi necessário muito esforço para chegar até lá, o caminho na realidade foi bem tranquilo. Ao chegar lá fui atendida por um jounnin de mais ou menos trinta anos, claramente cansado e com uma frustração no rosto evidente. Ele não parecia ser um cara profissionalmente realizado de forma alguma. Entretanto ele fez um certo esforço pra tentar ser simpático ao me entregar a missão, coisa que eu nem ao menos tentei fazer, apenas peguei minha missão agradeci e saí da sala. Normalmente as pessoas ficam irritadas com tamanha arrogância de alguém tão insignificante, mas aquele homem ficou até feliz que nossa interação não durou muito tempo.
A missão aparentemente era guiar um outro gennin até uma certa localização para uma espécie de treinamento, não parecia ser difícil, mas definitivamente seria cansativo. Resolvi ir até o portão da vila, para tentar encontrar esse tal gennin."

"O nome do menino era Kai, ele era alguns anos mais novo que eu e parecia ter uma certa inocência ainda, seus olhos ainda não carregavam o ódio que aquele mundo possuía. Chegava a ser trágico ver alguém tão ingenuo ainda, ele ainda seria muito maltratado naquele mundo cruel.
Pedi para que o menino me seguisse e ele disse que conhecia um atalho, do qual eu jamais havia ouvido falar, entretanto eu queria acabar com aquilo logo então resolvi seguir a dica e ir pelo caminho que o menino recomendou. O caminho parecia ser bem vazio e relativamente perigoso, entretanto a distância era consideravelmente mais curta, melhor assim.
Nós começamos a andar e a viagem começou a correr relativamente bem, Kai não dizia muita coisa e eu também não dava respostas muito satisfatórias. Após alguns minutos de viagem eu escutei um barulho esquisito vindo de uma mata próxima, por alguns segundos eu redobrei minha atenção, mas logo relaxei. Era uma mata, podia ser algum bicho ou algo do tipo, voltamos a andar. Mais alguns metros adiante e novamente barulhos esquisitos voltaram a aparecer. Pareciam passos, de mais de uma pessoa. Estaria alguém atrás de nós? Comecei a andar mais rápido e Kai me seguia no mesmo ritmo, na realidade nós estávamos quase correndo. Os barulhos aumentavam no mesmo ritmo em que aumentávamos nossa velocidade. Com certeza estávamos sendo seguidos, tinha alguém atrás da gente. Merda! Eu devia ter pego o outro caminho, agora eu estava em apuros por pura negligência. Eu precisava pensar rápido. Droga, droga! O que eu posso fazer? Em um impulso rápido coloquei minha mão direita no bolso onde eu guardava minha argila. Comecei a molda-la em uma espécie de macaco. Eu precisava ser rápida, muita rápida. Moldei o macaco e o fiz ir até uma localização pouco a frente de onde os barulhos estavam vindo e o fiz explodir, derrubando algumas árvores e possivelmente ferindo seja lá quem estivesse atrás da gente. O plano principal era atrasa-los. Continuamos correndo por cerca de trinta minutos sem ao menos olhar para trás. Não aguentávamos mais correr e tivemos de parar para descansar, foi quando eu tive a oportunidade de perceber que os barulhos cessaram. Seja lá o que estava atrás da gente havia parado, ao menos é o que parecia. Resolvemos parar por cerca de vinte minutos antes de voltar a estrada. Kai me perguntou o que eu achava que era aquilo, enquanto acendia um cigarro, eu lhe disse que não era mágica ou Hyuuga para saber, ele apenas ficou quieto. Após nosso descanso, voltamos à nossa viagem. "

"A viagem foi tranquila até a localização final, Kai parecia mais aliviado de se livrar de mim do que de chegar ao lugar. Bem, não havia nada que eu podia fazer sobre isso. Me despedi do garoto e do mestre que estava recebendo ele e tomei meu caminho para retornar à Iwa.
Cheguei ao gabinete, e entreguei os relatórios da minha missão, para assim conclui-la. "