Practicing

── Fānesu, me ajude aqui, por favor.── O Sensei pede para um garoto próximo à nos.

Ele pega o cilindro que escolhi e entrega ao garoto. O garoto realizou alguns selos de mão e tocou no cilindro, fazendo este incandescer com o calor. Assim, o garoto o levou para uma máquina que deduzi ser alguma espécie de prensa.

── Muito mais fácil que esperar horas em frente a uma fornalha, não é mesmo? Vá à prensa e inicie o processo de compactação do metal. Este processo é necessário para retirar alguns elementos indesejados, como o oxigênio, por exemplo, o que acarretará em um aço mais firme. Soque-o até que esfrie e então o devolva para Fānesu, para que ele reaqueça o aço. Não esqueça de dobrar o aço quando ele estiver quente o suficiente, para misturar os elementos importantes. Quando acabar, me procure.  Se tiver alguma dúvida, fique à vontade para chamar qualquer um de nós. ── Ele diz e eu ouço atentamente, assentindo em cada comando.

Ok, deveria começar a organizar meus pensamentos.
Deveria começar por dobrar a barra, como ele disse para não esquecer. Me dirigiria calmamente até a barra e faria várias dobras nesta. Isso garantiria que o ferro, o carbono e outros elementos ficassem bem misturados, como ele me explicara.
Terminando, continuaria lembrando de sua fala. Ele me mandara fazer o processo de compactação, que era necessário para tirar elementos indesejados para que a lâmina ficasse mais firme. O sensei me dissera para soca-la com ajuda da prensa.
Primeiramente, observaria a máquina para me familiarizar e reduzir a minha probabilidade de erro quando começasse. Não demoraria muito tempo para a barra não esfriar, já que para o processo esta deveria estar quente.
Finalmente, manuseando a máquina, daria várias pancadas na barra quente por um tempo. Pensaria estar suficiente, então levaria a barra para o garoto de antes, Fānesu, e diria à ele:

── Com licença, você pode ver se está bom suficiente? Assim, se já está bom para reaquecer...── Aguardaria sua resposta ou uma ação.

Caso fosse suficiente e ele a reaquecesse, eu agradeceria e voltaria à prensa para repetir o processo: dobrar a barra, ainda incandescente, e depois dar várias pancadas com a máquina.

Finally

── Você tem talento, menina! Agora vamos parar para o almoço. Pode comer aqui, se quiser, basta seguir os outros. Esteja de volta em uma hora. [/color]── Disse o Sensei, me dando auto-confiança através de seus elogios.

Eu nem havia percebido quanto tempo tinha passado devido à minha atenção voltada para a forja. Tiraria algumas partes da roupa e seguiria os outros para o almoço.
Termino antes do previsto, mas espero dar 1 hora para voltar com os outros.
Logo depois de voltar ao local, visto novamente as partes que teria retirado das roupas e pegaria um dos pirulitos em minha bolsa, já sentindo falta do gosto açucarado. O colocaria em minha boca, sentindo um alívio.

── Espero que isso não me atrapalhe ── Diria baixinho.

Depois, o Sensei me procura novamente, dizendo:

── Bem, vamos ver se conseguimos terminar a arma ainda hoje. Eu acredito que sim. Vamos agora à laminação. ── Ele aponta para uma parte da sala e começa a andar em direção à ela, eu instintivamente o sigo.

Ficaria feliz com a ideia de terminar a arma, o que me deixaria mais ansiosa.
Ele me lembra de alguns ensinamentos do livro, que eu agradeço por poder reforçar minha memória. Novamente, disse que se eu precisasse de ajuda era só pedir a alguém. Em meu gosto pessoal, preferiria ficar nos livros. Todos pareciam muito concentrados em seus trabalhos, me deixando receosa de está-los atrapalhando.
Com uma boa interpretação, conseguiria fazer corretamente. Pego o livro e começo a ler novamente sobre os próximos passos de como fazer uma arma.

"Na laminação, a barra é tratada com marteladas mais precisas, em cima de uma bigorna. O objetivo é alongar o aço e afinar o lado que será o gume (corte). A ponta da katana é feita com um corte diagonal na lâmina para prolongar a área de corte"

Procuraria, então, por uma bigorna. Quando a encontrasse, me dirigiria até ela. Também precisaria de um martelo, então olharia em volta tentando encontrar um.
Para poupar tempo, venceria meu receio e perguntaria onde se encontravam as ferramentas para alguém que estivesse próximo à mim. Quando ele(a) respondesse, agradeceria me curvando e buscaria o martelo que precisava.
Pegaria a barra que passara pelo processo de compactação anteriormente, a colocando sobre a bigorna. O martelo era pouco pesado pra mim devido á minha falta de força física, mas tentaria manuseá-lo da melhor maneira possível. Começaria então a martelar, dando forma e alongando a barra.
Teria de fazer um corte diagonal, o que levaria dificuldade para conseguir. Perceberia estar suando, mas já não ligava mais para isso.
Quando tivesse um resultado que achasse bom, olharia o próximo ensinamento do livro, que estaria levando comigo.

"Com a lâmina já no tamanho, na forma e na consistência desejados, é hora de cuidar da estética. Em um esmeril, acerte as arestas, deixando as faces da lâmina mais lisas. Depois, com uma lixa ou com pedras especiais, o aço ganha brilho"

Como haveria perguntado sobre as ferramentas anteriormente, já sabia onde estas estavam. Pegaria uma lixa e depois procuraria pelo esmeril. Quando o encontrasse, me dirigiria até ele para continuar o trabalho.
O objetivo era deixar as faces da lâmina mais lisas. Usaria o esmeril para conseguir o resultado desejado, até que estivesse satisfeita.
Limparia algumas gotas de suor e diria à mim mesma, me amaldiçoando:

── Isso é complicado. Também, se você não fosse ridiculamente fraca, não é Aily?

Logo esqueceria disso e pegaria a lixa. Começaria a lixar a lâmina com cuidado para não haver nenhum acidente.
A lâmina começa a ficar extremamente semelhante à de uma terminada após adquirir brilho. Após ter acabado, mexeria na lâmina, vendo o reflexo da luz passar por ela.
Olho novamente para o livro:

"Coberta de argila, a lâmina passa por um tratamento térmico. O metal quente é mergulhado em óleo mineral ou água, no processo de têmpera. Depois de temperada, a lâmina passa pelo revenimento: aquecida pela última vez é resfriada lentamente para diminuir a dureza"

Fico pasma por um segundo.

── Sério que eu deixei essa lâmina linda e brilhante pra colocar ela na argila?! ── Exclamaria, meio alto demais, batendo o pé no chão. Taparia minha boca em um instante e ignoraria o acontecido.

Perguntaria a alguém onde poderia fazer isso. Conseguindo a resposta, iria até o local informado. Cobriria a lâmina com argila e a mergulharia no óleo mineral.
Esperaria a lâmina resfriar por um tempo. Quando isso acontecesse, procuraria por Fānesu para aquecer a lâmina novamente, esperando que ele o fizesse para mim. Se ele aquecesse, agradeceria e deixaria lâmina em algum local, esperando ela resfriar.
Quando terminasse, leria o ultimo passo do livro:

"O limite entre onde há mais e menos barro cria um desenho (hamon). Em seguida, é hora do polimento, com lixas finas e pedras, que dá brilho e destaca o hamon. Depois de polida, a espada segue para a afiação, feita no lado mais duro, em que havia menos barro."

Pegaria as lixas finas e começaria a polir.
Quando terminasse, levaria a lâmina para um afiador e a afiaria.

── Finalmente!

Quando esta parecesse boa, um alívio passaria pelo meu corpo. Não haveria percebido o quão cansada estava, correndo para lá e para e usando da minah força física - quase inexistente - o dia todo. . Meu pirulito teria acabado tem tempo.
Porém, perceberia que faltava uma coisa: o cabo. Era perigoso ficar carregando ela por aí desse jeito, ainda mais uma lâmina de katana de uns 70 cm.
Não teria certeza de como fazer isso e se era para eu fazer isso, então procuraria pelo Sensei segurando a lâmina com cuidado. Quando o encontrasse, diria com um sorriso meio cansado:

── Está aqui!

The End

Após me ensinar mais algumas coisas, o Sensei me parabeniza por ter acabado meu treinamento.
Por fim, sairia do local.

Observação: Estou escolhendo os Ryous ;x Não sou muito chegada em espadas ~