caça aos bodes

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Fechei a porta de casa e saí pelas ruas de Iwagakure rumo à área rural da vila, onde eu prestaria mais um serviço aos moradores da Pedra. Desta vez tratava-se de alguns animais selvagens que estavam destruindo plantações de algumas fazendas da vila.

Trajava, como de costume, uma calça larga e branca que ia até as canelas; um pano de coloração marrom que se sustentava por uma única alça que cobria o ombro esquerdo, ficando a parte direta do abdômen à mostra; além da bolsa de armas amarrada na coxa direita e sandálias ninja também de cor marrom.

Cheguei ao meu destino ainda nas primeiras horas da manhã e alguns fazendeiros já me esperavam reunidos em frente a uma enorme porteira branca que dava acesso a uma das fazendas.

─ Bom dia, eu me chamo Nouka. Você deve ser o Gennin Yogan, certo? ─ Perguntou um dos homens. Ele tinha estatura baixa e era acima do peso e grisalho.

─ Bom dia! Sim, sou eu mesmo. ─ Respondi ao homem, seguido por um sorriso largo. ─ Então, vocês sabem quais animais estão estragando as plantações?  ─ Perguntei, a fim de acelerar o serviço.

─ Ah, sim. São bodes, bodes selvagens. Pelo menos quatro, talvez cinco. ─ Disse Nouka ao mesmo tempo em que olhava para todos os lados, procurando algo.

─ Entendi. E de qual direção eles vêm? ─ Indaguei.

─ Hm... Geralmente, de lá. ─ Respondeu o velho, apontando para uma área tomada por grandes árvores, a oeste.

─ Ok. Vou procurar por eles. Até mais tarde. ─ Despedi-me temporariamente, exibindo um sorriso a todos e seguindo em direção à floresta.

Adentrei a floresta e passei a tentar me locomover de maneira furtiva, prestando atenção aos sons e movimentos ao meu redor. Enquanto caminhava silenciosamente por entre as árvores, bolava um plano para capturar tantos animais de uma só vez. Se apenas um deles escapasse de mim já seria um grande problema. Tirei uma kunai da bolsa por precaução e escalei uma árvore utilizando somente os pés canalizando uma quantidade de Chakra em cada pé, o que resultou em uma aderência extrema, e passei apenas a observar ao redor.

Levou mais de trinta minutos para eu escutar algo que me lembrasse um bode e quando isto ocorreu eu imediatamente desci da árvore em que estava e tratei de me aproximar aos poucos, o mais sorrateiro que consegui. Andando mais uns dez metros, finalmente os avistei. Eram, de fato, cinco animais e todos, aparentemente, estavam se dirigindo às plantações.

─ Henge no Jutsu! ─ Exclamei em tom baixo, transformando-me em um bode todo branco, assim como três deles.

Aproximei-me devagar, andando de maneira totalmente desengonçada em quatro patas. Logo os caprinos perceberam minha presença e passaram a me observar, curiosos. Tentei agir calmamente e aos poucos me aproximava cada vez mais do quinteto. No entanto, os animais não me trataram como amigo e todos baixaram suas cabeças, exibindo seus chifres, o que me deixou com uma impressão de hostilidade. Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, o rebanho partiu para cima de mim. Não tendo tempo para fazer qualquer outra coisa, comecei a fugir, mas eu ainda não sabia correr direito em quatro patas, portanto, fui obrigado a desfazer a Técnica de Imitação. Os animais pareceram se espantar, mas não pararam de me perseguir. Já em pé, utilizei mais uma vez a técnica de escalada e subi em uma árvore, ficando seguro. Daquela altura eu conseguiria acertar alguns deles. Saquei duas kunais da bolsa e arremessei uma de cada vez com a mão canhota, acertando o pescoço de um e a nuca de outro. Os demais começaram a debandar e dando um salto em suas direções ainda consegui acertar mais um na costela, forçando-o a cair. Já no chão, ao passar pelo animal ferido, retirei a arma de suas costas e cortei-lhe o pescoço para que não sofresse. Passei a correr na direção dos outros dois que restavam e os alcancei sem problemas em alguns segundos, finalizando o serviço. Levei mais uns vinte minutos para amontoar os corpos. Daria um belo churrasco, mas eu não tinha condições físicas de carrega-los, portanto, teria que deixa-los ali. Recolhi minhas armas e as limpei rapidamente no pelo de um dos animais.

De volta à fazenda, contei aos fazendeiros que os animais já não lhes daria mais prejuízo e indiquei o local onde os deixei, caso quisessem fazer algo com eles.

Após os agradecimentos e despedidas, voltei para casa, onde dormiria por algumas horas.