O sol perpassou pela janela entreaberta e irritou meus olhos ainda fechados. Estava na hora de acordar, afinal. Levantar cedo talvez fosse minha primeira ação após ter minha determinação renovada. Eu iria para academia, pegar uma missão, e completá-la da melhor maneira possível. E assim o fiz, logo depois de arrumar todas minhas armas e equipamentos. Minha animação refletiu no meu próprio chakra, levantando parte do meu cabelo, borbulhando em animação. Pronto e preparado.

A missão que escolhi era relativamente inferior, porém necessária de acordo com as regras do exame chunin. Eu teria que fazê-la em alguma hora, portanto, e por que não agora? Retirei o papel do quadro e delimitei meu passos em direção a uma caverna ao norte. O destino: Minas Subterrâneas. Eu teria que resgatar alguns trabalhadores que ficaram presos. A caminhada pareceu mais longa do que devia ser. O sol estava mais pesado naquele dia. Presságio ou coincidência, eu apenas continuei, nada poderia me parar. E, então, cheguei.

[...]

O desabamento formou um muro de pedras. O gritos ecoavam sem nitidez no fundo, talvez liberando minha sanidade da culpa que se formava por eu não poder falar e dar-lhes a informação do que ia fazer.  Eu precisava me comunicar de alguma maneira. Para minha surpresa, minha mudez pareceu ser útil, afinal foi por causa dela que tinha aprendido esse dialeto bastante esquecido. Peguei uma rocha no chão e bati contra as rochas maiores, de maneira ritmada. Código morse, rezei para que alguém conhecesse. Repeti o processo três vezes antes de receber um sinal de volta. Diante o nervosismo, uma resposta até rápida.

Com três toques e duas pausas, perguntei se podiam me ouvir. Com o único toque de volta, fora respondido que sim. Formalizada nossa comunicação, eu instruí o que deveriam fazer: Primeiro, se afastarem. Segundo, se protegerem. Terceiro, não entrarem em pânico. Eu iria explodir tudo, e criar uma passagem. Deslizei cerca de três papéis bombas entre as pedras, aproveitando sua pequena espessura, de maneira progressiva verticalmente. O livro que havia lido outrora, “Conhecimentos Mecânicos: A arte do impacto”, permitiu que tivesse uma ligeira estratégia de como mover aquilo. Os impactos seriam de cima para baixo, entre intervalos pequenos, somando o desequilíbrio criado com um consequente empurrão. As pedras mover-se-iam em cascata, e o caminho ficaria livre.

Tudo aconteceu de maneira correta. A missão estava cumprida.

Considerações e afins.:

~ Missão Completa ~

Recompensa.: 2500 Ryous