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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
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Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Hemumu
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Yukari Miso






Post 1/10 - Início da missão Rank-B

Missão I:

No meio da manhã, fui chamada com certa pressa para comparecer ao quartel general, havia uma missão importante para ser realizada. Preparei-me não só para a convocação, mas para partir imediatamente para onde quer que fosse a partir de lá, já que minhas últimas missões haviam sido assim.

Apresentei-me para o instrutor habitual, que estava um tanto pensativo. Hoje ele estava em uma das salinhas, diferente das vezes que fui recebida no balcão. A mesa estava abarrotada de papeis, que não pareciam pertencer a uma mesma missão. Ele percebeu minha presença, organizou alguns papeis e pediu para que eu me sentasse na cadeira à sua frente.

— Yukari, enquanto investigamos as informações entregues na sua última missão, precisamos nos livrar de outro problema.

— Que tipo de problema estamos falando, sensei? — questionei, interessada, após me sentar.

— Este aqui — de uma das pilhas de papel, Tazuna me entregou um cartaz desgastado com um retrato falado e um nome. — Este é Rano, um nukenin que vem causando muitos problemas nos últimos meses. Menos de dois dias atrás, tivemos notícias dele ao extremo sul daqui.

— Não devem ser notícias boas, estou certa? — comentei, já imaginando o que estava por vir.

— Obviamente. Matando, roubando e destruindo, essas coisas. — o homem respondeu, com habitual secura. — Na última voltinha que deu pelo deserto, matou quase um grupo inteiro de viajantes por ter sido identificado. Os corpos não pareciam ter sido saqueados completamente, então roubá-los nem era o objetivo. Um único sobrevivente, com ferimentos críticos, conseguiu chegar a tempo na vila para nos avisar. Enfim, sua missão é neutralizar essa ameaça.

— Certo, sensei — em um tom frio e afirmativo, confirmei o trabalho. A vida ninja tem dessas, então não teria muito para onde correr.

— Faça o que for possível, mas tome cuidado. Pelas informações que conseguimos, ele possui conhecimento em chakra, lançamento de armas e uso de jutsus… além de uma sede de sangue perigosa. Pense bem antes de agir.

Mesmo pensando mais do que eu gostaria, já tinha arranjado alguns problemas antes. Levantei-me com o cartaz preso na mão e segui em direção à saída, concentrando-me agora em planejar essa caçada. Antes de eu sair completamente, Tazuna voltou a falar:

— Aaa… Yukari? Imagino que já vamos ter mais informações sobre a sua última missão quando retornar. Então fico aguardando por você para continuarmos a investigação.

Acenei com a cabeça, fechando a porta e saindo do lugar. Acho que aquele foi o modo de Tazuna me desejar um “boa sorte e bom retorno”, sei lá. Só não me lembrava exatamente de qual missão estávamos falando e não achei que seria uma boa hora de perguntar. Se falava de investigação, provavelmente era relacionada ao documento que eu trouxe sobre uma família importante.

Caminhei rumo à saída da vila, atravessando o grande corredor entre as falésias de rocha que escondiam a vila em seu interior.


Palavras: 474


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Yukari Miso






Post 2

Com o sol já queimando forte no céu, avancei pelo deserto em direção ao último local onde Rano foi visto, sentindo a habitual fragrância de areia. O ar estava um pouco mais seco e sufocante, tornando aquela corrida um pouco mais tensa do que deveria – ou eu que estava nervosa mesmo.

Aproximei-me do local do último ataque, percebendo que estava no lugar certo pela quantidade de marcas de sangue e pedaços de coisas perdidas na areia – correntes e fragmentos do que poderiam ser colares e outros ornamentos. Pelo relatório do ataque, ele não se preocupou muito em procurar por preciosidades, então saquear não foi o objetivo principal. O estranho é não saber o que motivou o ataque em si, ainda mais por se tratar de um bando de viajantes. Matar por matar não chamaria atenção desnecessária?

Avistei uma pequena formação rochosa e preferi subir nela e ter uma visão geral da região. Escalei com cuidado e comecei a analisar os arredores, buscando por possíveis esconderijos ou pessoas à vista. Não fiquei surpresa por encontrar o problema que o deserto sempre me causa: ventania que apaga rastros e o calor intenso que distorce a visão. Porém, notei um pequeno oásis, o que era um sinal positivo. Qualquer ser vivo precisa de água, então se o nukenin estava instalado na região, deveria ser em algum lugar próximo dali. "Se bem que seria incomum um nukenin se instalar em algum lugar…" Mas eu tinha que começar de algum lugar e não se tinha passado tanto tempo após as últimas notícias. Do outro lado, havia uma grande formação rochosa espalhada pelo deserto, onde eu também poderia dar uma olhada.

Sem muitas informações por ali, dei a volta e segui até o pedacinho verde e fresco no meio do deserto. O lugar já contava com um grupo do que imaginei serem comerciantes – estavam com animais de carga e carroças cheias. Nenhum parecia ter o perfil de quem eu tava procurando, mesmo que parcialmente cobertos com roupas para se protegerem de queimaduras.

— Senhorita, sabe informar o caminho mais rápido até a Vila? — um dos sujeitos me abordou.

— Siga direto entre o aclive das dunas, vocês devem chegar lá em algumas horas. Chuto três, pelo tamanho do grupo — respondi, apontando na direção que eles deveriam seguir. Queria aproveitar para perguntar sobre Rano, mas não queria gerar alarde. Dobrei a foto para esconder as informações e questionei. — Vocês por acaso viram esse homem?

— Hmmm… Acho que podemos ter visto alguém parecido um pouco mais cedo. Chegamos aqui ontem e paramos para descansar. Acabamos nos demorando demais… — o homem respondeu, coçando e pondo-se de pé para partir com os companheiros.

“E não foram atacados?” O nukenin não devia estar tão fora de controle, pelo visto. Comecei a duvidar que a matança com um contrato de trabalho do submundo.

— Sabe dizer a direção que ele seguiu?

— Para lá! — o homem apontou para o lado oposto que eu havia indicado anteriormente. — Ele não demorou muito aqui, pegou um pouco de água e descansou por poucos minutos. Não quis conversar nem nada.

Rano estaria se distanciando da vila, pelo que eu entendi. Com uma pista mais fresca, agradeci ao grupo e me pus em movimento.


Palavras: 433


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Yukari Miso






Post 3

Aproximei-me da formação rochosa que vista anteriormente. A diferença é que agora, vendo mais de perto, dava pra sentir a ideia de grandiosidade daquelas estruturas. Diversas rochas se espalhavam pelo local de forma desordenada, com uma grande variedade de alturas e tamanhos. A formação quase se passava por um labirinto. Enfim, era um lugar interessante para se esconder.

“Qual o melhor ponto para observar sem ser observado?” Comecei a refletir, olhando em volta. Ainda não tinha visto nenhum sinal de presença humana por ali, então não sabia se o nukenin realmente tinha seguido por aquelas bandas. Porém, pegadas seriam difíceis de serem encontradas após uma noite inteira de vento remexendo a areia. Comecei a subir pela lateral de uma rocha, querendo chegar em um ponto mais alto para ter uma vista melhor do lugar.

Encontrei um caminho mais ou menos seguro e segui escalando até o topo. Comecei a me preocupar com a minha situação – caso o inimigo estivesse ali escondido, ele teria uma visão melhor de mim do que eu dele.

Comecei a pensar nas alternativas do que eu faria se precisasse me esconder naquele lugar. Minhas suposições ficaram entre tentar instalar alguma armadilha e ficar próximo de uma saída daquele labirinto ou só me esconder no interior, esperando a caçada passar. Só que, caso uma armadilha fosse ativada e não fosse letal, ficaria evidente que alguém estaria por ali, então comecei a repensar esse plano.

Alguns lugares onde haviam leves sulcos ou uma abertura de quase uma caverna chamaram minha atenção enquanto eu observava. Desci do pedregulho, imaginando que armadilhas de fato podiam ser uma faca de dois gumes, quando uma shuriken veio parar onde momentos antes estava o meu pé. Considerei o ângulo de onde ela havia caído e me deparei com um sujeito contra a luz do sol a uns 20 metros de distância.

— O que uma ninja de Suna estaria fazendo tão longe da vila? — uma voz masculina, fria e metálica saiu rasgando de dentro daquele homem. Levei alguns segundos para que minha visão se adaptasse aquela luminosidade, percebendo os traços familiares daquela criatura com o Rano do cartaz. Estava na pior das situações, fui encontrada antes de encontrá-lo. — Você tem 15 segundos para responder.

O homem me encarava com uma raiva encarnada – o rosto carregado de uma careta de ódio e os olhos injetados. Senti meu corpo endurecer e a garganta secar – até a gota de suor que escorria pelas minhas costas travou no lugar, como se aguardasse o desfecho daquilo. Respirar estava começando a ficar mais difícil, o ar lutava para entrar em meus pulmões, enquanto eu mesma já não conseguia controlar algo que sempre foi tão natural. O nukenin movimentou a mão, balançando uma shuriken e eu senti a dor de um pequeno corte no meu braço. A shuriken já não estava mais com ele.

— Não é possível que enviaram uma criança para fazer trabalho de adulto! Se bem que você não parece tão nova assim… Pra mijar nas calças desse jeito, só pode ser inexperiente — o homem expressou um sorriso de escárnio, com seus dentes pontiagudos e quebrados à mostra. — Te vejo no inferno, gafanhoto!

Eu estava tentando me dar ordens mentais no desespero de me mover. Aquilo logo se transformou em uma gritaria desenfreada, ecoando pelos cantos da minha cabeça. A dormência nos braços e pernas não queria ir embora.

“MEXA-SE, YUKARI! VAI MORRER JOVEM, FRACA E POBRE, SUA BURR@ DE M3R*@ DO CAR@**0!!!!!!”

O desespero, a adrenalina e a vontade de sobreviver, algum desses ou tudo ao mesmo tempo, serviu de chicotada para realinhar meu corpo e sentidos. Como se tirasse umas toneladas das costas, senti tudo ao mesmo tempo – a necessidade de respirar, o peso dos membros se esvair, a urgência para não terminar deitada e morta naquele chão de areia igual a um filé empanado.

Consegui me livrar daquele mal estar ameaçador [+1 STA] e executar os selos do Doton: Tajū Doryūheki [36 m/s], criando três barreiras de pedra entre nós para aparar um imenso jato de fogo que o homem havia lançado como despedida. A defesa pareceu ser o suficiente para aparar, então aproveitei a cortina de poeira, pedra e areia pelo choque dos jutsus para me esconder na superfície das pedras às minhas costas com o Hiding in Surface Technique.


Palavras: 717


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Yukari Miso






Post 4

Colei minhas costas nas rochas bem a tempo – uma pequena chuva de kunais caiu onde eu estava antes. Rano também fez algum movimento que dispersou a fumaceira. Em pouco tempo apareceu correndo, aproximando-se da área em que eu estava e segurando uma kunai afiada em uma das mãos.

— Então o gafanhoto estava fingindo? Você bem que sabe alguns truques… — gritava Rano, um tanto quanto fora de si. De certa forma, parecia entusiasmado agora, ainda que potencialmente enlouquecido. Meu nível de tensão fazia o coração bater como um tambor, qualquer movimento em falso e eu não sabia a tragédia que poderia ser desencadeada.

— Eu bem que adoro uma caçada. Normalmente me pagam pra isso, sabia? Sempre tem uns querendo se livrar de outros por aí… — o nukenin continuava no seu monólogo enquanto eu decidia meus próximos passos. Rano lambia os lábios de tamanha excitação com aquela situação. Pelo visto, matar não devia ser visto só como um trabalho em sua mente doentia. Se eu o mantivesse falando, talvez pudesse ter uma boa noção de sua localização (e mais informações também). Porém, como fazer isso sem denunciar minha posição e tomar uma kunai na fuça?

Precisei me concentrar no objetivo da missão – derrotar aquele monstro – para internalizar que, além de sobreviver, eu teria que atacar (e com força). Neste momento, pareciam coisas bem antagônicas. Para ter melhores chances, imaginei que impedir a movimentação de Rano com algum jutsu Raiton seria um bom caminho. Aguardei ele virar para o outro lado para começar a executar os selos do Raiton: Sandāboruto [36 m/s].

O homem já esperava algo desse tipo – até porque eu estava escondida – e não deixou barato. Assim que me viu, lançou a kunai [16 m/s], obrigando-me a desviar em velocidade máxima [18 m/s] para que a arma não acertasse algum ponto vital. Recebi mais um corte de raspão, agora do lado direito. Isso acabou atrasando o lançamento do meu jutsu por alguns segundos, suficientes para ele preparar a própria resposta contra a minha.

As correntes de raio se chocaram contra um jato de fogo, curvando o formato das chamas até vencê-las. A eletricidade atravessou aquela primeira barreira e acertou o alvo, mas não antes de sofrer um enfraquecimento. Rano moveu-se, preparando para resistir ao ataque usando a perna e o braço do lado esquerdo do corpo. Ele foi lançado alguns metros de distância contra o chão, e eu logo corri [18 m/s] para me aproximar e continuar no ataque.

Para a minha surpresa, mesmo com uma só mão, o mesmo fazia movimentos que pareciam selos parciais. Enquanto eu aproveitava o sucesso do ataque para me aproximar e emendar um Doton: Retsudo Tenshō [22 m/s] com objetivo de prendê-lo ainda mais no chão, o mesmo lançava pela boca mais um fogo esquisito e intenso, este com um formato de cabeça de algum bicho [22 m/s].

Sem tempo para sair da zona de fogo, tentei me defender da mesma forma que ele, movendo o corpo para tomar o ataque de forma lateral, protegendo minha cabeça com o braço. A força do golpe me lançou para trás e eu senti minhas costas baterem na parede de rochas. O impacto expulsou o ar dos meus pulmões, só que mesmo tentando recuperar o ar que escapuliu, a dor das queimaduras que agora se espalharam pelo lado esquerdo afogavam minha mente. Com aqueles ferimentos em todo meu flanco, me movimentar não deveria ficar fácil.

O espiral de terra misturado com areia tentava segurar o homem, que tinha o braço e a perna paralisados pelo ataque anterior. No desespero de sair daquela armadilha, Rano explodiu próximo a ele uma Kibaku Fūda, conseguindo sair do espiral com mais ferimentos. Sua perna estava agora em um ângulo esquisito, atingida pela técnica e puxada com força para escapar, algo deve ter acontecido. Torcia para que ele estivesse tão debilitado quanto eu nesse momento.


Palavras: 648


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Yukari Miso






Post 5 - Encerramento de missão Rank-B

Nos encaramos por um breve momento. Rano, com o rosto banhado em suor, sangue e sujeira, mas mantendo a expressão de cólera e excitação, que se misturavam em uma careta enlouquecida. O sorriso aparecia de tempos em tempos, apesar de tentar ser escondido. Morrer ou matar sem saber nomes, apesar de ser um dos problemas dessa vida ninja, não me parecia certo.

— Sou Yukari, kunoichi de Sunagakure e estou aqui para eliminá-lo. Você deve ter uma longa lista de crimes, mas o principal veio depois do banho de sangue que você causou com o grupo de viajantes…

O rapaz deu uma longa risada, interrompendo minha fala. "Não sei que ideia foi essa que eu tive pra dar palco pra doido…" Rano passou a mão sobre a testa, tentando tirar o excesso de sujeira e suor que caía sobre os olhos.

— Saber seu nome não vai evitar o que está para acontecer, mas devo dizer que recebi muito bem por este trabalho — ele se pôs a falar, a cara de escárnio retornando. — Viajantes, né? Devem ser os comerciantes. Minha sede de sangue foi saciada pelo resto do mês. Você chegou a ver os corpos? Falaram que eu poderia fazer o que quisesse. Aproveitei pra praticar alguns desenhos… Acabei falhando em alguns e cavando mais fundo do que deveria em outros, mas serviu de aprendizado pros próximos. Talvez você seja a próxima a experimentar.

Os lábios se puxaram ainda mais, deixando os dentes completamente à mostra em uma expressão de prazer descontrolado. Senti um frio na espinha e qualquer coisa que eu poderia responder foi pra bem longe, junto com a ventania daquele lugar. Ao menos, consegui alguma informação relevante. Caso eu saísse viva, o relatório ia ser interessante.

Ambos tentávamos nos manter de pé, nos encarando. Eu não sabia mais se era a caça ou a caçadora. No caso dele, eu não conseguia definir se ele se importava muito com esse tipo de pensamento, parecia achar tanta graça em tudo… Que tragédia.

Espelhei o movimento após ver ele realizar selos de mão. Tentei me defender com um Doton: Doryūheki [22 m/s], vendo a cabeça de uma besta flamejante ser lançada enquanto minha parede de pedra surgia. O choque dos jutsus mais uma vez levantou um pouco de poeira. Tentei seguir pela lateral da parede, que ficou intacta, andando (ainda que devagar) [10 m/s] para ganhar mais visibilidade. Assim que sai da fumaceira, o homem lançou mais um jutsu de fogo. Novamente fiz os selos para fazer surgir o Doton: Doryūheki [22 m/s]. Aproveitei da pouca visibilidade para utilizar um Bunshin no Jutsu, enviando-o pelo lado oposto de onde eu estava indo. Ainda que se tratasse de algo bem básico, o mínimo segundo de dúvida gerada poderia definir uma vitória ou derrota.

Ele se concentrou na técnica de clonagem basiquinha, desviando sua atenção quando shurikens atravessaram a Yukari sem substância, desmanchando-a. Felizmente, para mim, foi o suficiente para realizar os selos do Raiton: Sandāboruto [36 m/s]. Lancei o feixe elétrico, acertando o seu tronco e fazendo-o cair no chão. Sem perder tempo com lamentações e sentindo um cansaço se acumular, lancei outro Raiton: Sandāboruto [36 m/s].

O homem ficou imóvel por um bom tempo, então imaginei o pior (ou melhor pra mim, nesse caso). Aproximei-me do corpo desfalecido, cortando um pedaço do cabelo que continha alguns enfeites com o auxílio de uma kunai. As instruções da missão não pediam para levar o corpo para a vila, apenas levar comigo algum item ou vestígio para que a equipe responsável conseguisse encontrar posteriormente. Fiquei agradecida, pois não conseguiria levar o cadáver mesmo que eu quisesse.

Retornei para a vila, com o suor pingando sobre os ferimentos piorando a sensação de dor. Foi uma viagem demorada, considerando que eu tinha que me mexer de forma a não esticar muito o corpo, então cheguei lá quase no meu limite. Arrastei-me com as últimas forças até o hospital, deixando o momento de reportar a missão para um momento mais oportuno.

Após uns procedimentos nada amigáveis para tratar aquelas queimaduras, segui direto para o quartel general coberta por bandagens, curativos e pomadas. A indicação médica era que eu fosse descansar em casa, mas eu preferi encontrar logo Tazuna e entregar meu relatório. Ele estreitou um pouco os olhos quando percebeu meus curativos, mas voltou a sua inexpressividade de sempre.

— E então?

— Um pouco mais trabalhoso do que eu planejei, mas está feito. Rano comentou que foi contratado para eliminar o grupo de viajantes. Não consegui informações sobre o possível cliente, mas imagino que o pagamento possa estar pelas redondezas de onde eu encontrei.

— Contratado…? Alguma chance dessa informação ser falsa?

— Ele era meio louco, então não tem como descartar essa possibilidade. Porém, ele parecia ser do tipo que se gaba das coisas que tem orgulho, matar parecia ser uma delas. Ele comentou algo sobre os corpos… Em que situação eles foram encontrados?

— Isso conecta algumas coisas… — o supervisor comentou, impassível. Aparentemente, seus pensamentos estavam sendo arrastados para outro problema, já que ignorou minha pergunta. Aproveitei para deixar a mecha de cabelo em cima do balcão. Ele voltou ao presente com esse movimento, encarando-me. — Enfim, conversamos sobre os corpos depois, vou precisar correr com a papelada e tenho certeza que teremos essa oportunidade. Aqui está seu pagamento. Bom descanso e boa recuperação.

Fiz um aceno de cabeça, o máximo que eu conseguia mexer sem reclamar, peguei meu pagamento e fui embora. Apesar da quantidade de ferimentos, o tilintar dos ryous me animava.


Palavras: 918


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Yukari Miso






Post 6 - Início de missão Rank-B

Os dias foram passando mais vagarosos do que eu gostaria. Após idas e vindas do hospital, com procedimentos bem incômodos para tratar as queimaduras, finalmente fiquei livre para voltar à rotina normal na minha vida de ninja. Nesse mesmo dia, recebi mais uma convocação para realizar outra missão. Ou Tazuna previa o futuro ou estava acompanhando meus relatórios médicos.

Atravessei aquela noite sublime até o local, mas não o encontrei no balcão. O homem estava debruçado em uma mesa lotada de papéis, pergaminhos e livros, em uma sala reservada do quartel general. Não era uma visão nova, considerando que eu já o tinha visto naquela sala, mas na época parecia ter menos… Papel. Entrei na sala após dar algumas batidinhas educadas na porta.

— Então você está de volta… — comentou Tazuna, com sua habitual inexpressividade. — Lembra da missão com a família Yamazaki?  — direto ao ponto, como eu sempre gosto de notar.

— Sim, sensei — mais ou menos, pra falar a verdade. Mas ele não parecia estar com muita paciência pra relembrar detalhes, então preferi não contrariar nesse momento. Era uma família suspeita e eu dei uma leve roubada em um documento comprometedor.

— Continuei com as investigações. Houve uma movimentação monetária considerável, deles para outras famílias. O valor vai sendo repassado com uma pequena variação, até o ponto onde perdemos o rastro. Não encontramos o suposto dinheiro que estaria com Rano, então não sabemos como ele foi pago…

— Então não temos provas desse envolvimento também. Eu não estava conectando essas missões, mas há alguma suspeita para essa linha de investigação? — questionei, pega de surpresa por aquele emaranhado de teias.

— Eu comentei que os Yamazaki serviam de fachada para atividades ilícitas, lembra? Não quis dar mais informações naquele momento, pois não sabia exatamente o que estava acontecendo. O que você nos trouxe nos levou até uma tentativa de desenvolver uma droga nova, entre outras coisas.

Esse final me fez levantar as sobrancelhas. Não me lembrava dele lançando esses mistérios, era algo incomum para alguém que tinha o costume de sempre ir direto ao ponto.. Sempre foi tão cheio de conselhos e senso de direção. Deixei passar batido, talvez não fosse o momento dele compartilhar aquilo.

— Lembro de ter encontrado uma galera estranha em uma das minhas rodas internas… — continuei, ignorando o fato dele ter sido tão pouco preciso no último comentário.

— Eles estão fazendo isso de forma lenta e tentando passar despercebidos. Separei aquele seu relatório para continuar investigando, entre outras coisas que fogem do padrão de outros relatos.

— Mas até então, não parece que podemos comprovar alguma coisa. Só serviria como tentativa de ganhar dinheiro, imagino eu? Mesmo ilícito, não sei se é forte o suficiente — fiz minha conjectura. O que eu entendi é que ele queria respostas, então meu próximo trabalho deveria envolver uma investigação (e que ele deveria ter algum tipo de rastro pra começar).

— Acredito que há o envolvimento de bem mais gente relevante e suspeito que estão tentando arrecadar fundos ao mesmo tempo que silenciam quem poderia atrasá-los, como os comerciantes que morreram para Rano — o supervisor deu um suspiro de impaciência. Aquele assunto deveria estar corroendo sua mente por um tempo e ele parecia ansioso para se livrar daquele empecilho e retornar para as suas atividades rotineiras. — Preciso que você investigue para descobrir mais.

— Basicamente você quer saber quem está envolvido e o que eles pretendem, certo? Devo considerar que não devo comentar com ninguém e que você já tenha alguma suspeita inicial?

— Então estamos entendidos — Tazuna pareceu mostrar alívio pela primeira vez naquela conversa. Ainda não entendia porque ele não estava sendo direto, talvez ele tivesse algum outro tipo de desconfiança ou suspeita, mas incerta demais para compartilhar. — Aqui você tem três nomes e está livre para decidir por onde começar. É bom gravar bem, porque não vai ficar com o pergaminho dessa vez… Me avise sobre qualquer informação nova — o homem me entregou o pergaminho e começou a balançar a perna, sinal evidente de impaciência. Com aquele final, eu já sabia que estava sendo dispensada, mas fiquei com a sensação de que algo a mais o incomodava. Como ele não compartilhou, não me senti à vontade para perguntar.

Li cada palavra gravada no pergaminho, várias e várias vezes, até estar segura de que aquelas informações ficariam bem presas na cabeça. Já sabia que esse trabalho daria um pouco mais de trabalho que o habitual, mas esperava descobrir uma ou outra coisa importante pra minha vida ninja. Isso ou uma fofoca bem quente e polêmica. Achando graça, quase expressei um sorrisinho, mas segurei-o rapidamente antes que Tazuna me atravessasse com os olhos.

Acenei com a cabeça, e saí da sala.


Palavras: 773


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Post 7

Missão II:

Iniciei a investigação no dia seguinte pelo primeiro nome: Byleth Takahashi. Tratava-se de uma senhora já na casa dos sessenta e poucos anos. Bastou algumas perguntinhas para as senhorinhas fofoqueiras das esquinas para descobrir que se tratava de uma viúva ricaça e poderosa que morava na parte nobre da vila. Ela era dona das principais lojas de tecido e participava ativamente do Conselho do Comércio, herdando o cargo do seu falecido esposo.

Era um nome de peso. Me infiltrar na rotina de uma figura tão influente era uma faca de dois gumes: quanto mais ela estava envolvida nos círculos de poder, mais olhos a cercavam, e qualquer desconfiança poderia me custar caro. Por outro lado, essas figuras tão públicas estão a tanto tempo escondendo os podres que devem confiar demais na própria intocabilidade, tornando-as vulneráveis a pequenos deslizes. E era nesse ponto que eu tinha que focar.

Primeira parada: as lojas de tecido. Era o local mais fácil para observar o comportamento da senhora Takahashi sem chamar a atenção. Cheguei logo no início da manhã, antes das ruas se encherem de gente, para avaliar os funcionários e o movimento. Me aproximei discretamente, como se estivesse apenas observando a vitrine. As mercadorias eram caras, finamente expostas, e o local exalava uma opulência discreta, típica de quem sabia o valor de cada fio. Porém, o que me interessava não era o comércio em si, mas a estrutura de poder que ele representava.

Após jogar conversa fora com um dos atendentes e descobrir uma cliente fiel do local, acabei descobrindo através dela que Byleth raramente ia até as lojas pessoalmente, preferindo deixar tudo nas mãos de gerentes de confiança. Ela se ocupava com suas funções no Conselho, tendo até mesmo uma sala no principal prédio dessas atividades. Isso dificultava um contato direto, mas também significava que eu não precisaria me preocupar em encontrar com ela de surpresa. Minha chance viria de outra maneira.

Procurar suas atividades no lugar onde ela focava o seu tempo deveria servir de guia. Fui até o prédio principal onde hoje funciona o Conselho do Comércio, seguindo até a parte de pesquisa pública. Não teria muito problema ali caso quisesse só parar para ler. Procurei as pautas onde ela encabeçou como responsável, encontrando algumas coisas peculiares.

Primeira delas, banir a presença de ninjas de determinadas zonas comerciais, algo que não seguiu adiante. Outras, readequar os tributos e salários. e também havia uma proposta de zonear a vila para separar o comércio e moradia dos ninjas do restante da vila. Enfim, ela estava bem focada em colocar uma linha divisória entre os civis e os shinobis. Zanzando pelo prédio, ouvi que hoje era dia de reunião do conselho, o que acendia um sinal verde para dar uma olhadinha na sala de Byleth. Precisei usar uma desculpa sobre ronda interna para continuar batendo perna por ali.

Pelas informações do prédio, localizei o gabinete nas informações dos andares e segui até lá. Usei o Hiding in Surface Technique para fasear pelas superfícies após perceber que aquele andar contava com guardas que não trajavam as roupas padronizadas dali. “Devem ser guardas particulares…” Esperei que o sujeito que fazia a ronda pelos corredores se distanciasse antes de invadir o escritório.

Encontrei uma quantidade absurda de papelada, mas nada fora do comum. Em cima da mesa tinha mais uma pilha de papéis. Olhando rapidamente, percebi que se tratava de uma nova tentativa de separação, agora com muros. Ela queria separar fisicamente os civis dos ninjas. A casa dessa mulher deveria ser incrível.

Nada ali era muito comprometedor, a não ser alguns registros de negócios com Rei Yamazaki – compra, venda e investimentos em conjunto em algumas edificações pela cidade. Ouvi o som de passos se aproximando e me escondi atrás de uma estante, aproveitando que a sala estava vazia e escura. Era possível ouvir a voz de uma mulher se aproximando, junto com o toc toc dos sapatos. Fiquei tensa quando a porta se abriu.

— Senhor Yamazaki, vou só pegar meu projeto para continuar em casa e podemos continuar nossa conversa durante o caminho…

Ouvi o som de papel sendo dobrado e a porta se fechando. A reunião devia ter terminado.

"Bem, então ela anda acompanhada do safadinho da máfia de droga? Interessante."

A quantidade de registros entre eles já indicava algum tipo de relação, mas daquele jeito ficava mais fácil provar que não deviam ser só negócios.

Esperei um tempinho antes de abrir a porta. Queria verificar como estava a situação dos corredores antes de tentar minha saída furtiva. Porém, me deparei com um corredor completamente vazio. Os seguranças deveriam ser realmente particulares. Peguei um caminho alternativo para alcançar a saída e continuar seguindo os dois. Ambos andavam calmamente, cercados por seguranças e conversando de forma despreocupada. Não me aproximei muito.

Em determinado ponto, eles se separaram e cada um foi na direção da sua residência. Uma mulher da vizinhança cochichava com uma amiga sobre Byleth, agradeci mentalmente por estar perto o suficiente para ouvir.

— Ela nunca superou o fato de que seu marido e filho morreram nas mãos de ninjas... E agora despreza qualquer um deles — disse, fazendo um sinal de desdém. — Qual vai ser a próxima proposta? Colocar eles pra morar no subterrâneo?

O passado trágico e a amargura pelos shinobis colocava qualquer tentativa de aproximação sob uma nuvem de desconfiança. Achei completamente entendível, afinal, a mulher ficou traumatizada. Será que isso era suficiente pra planejar uma desgraceira? Só o tempo pra dizer. Até então, ela tava mais ocupada em se manter longe dos ninjas. Eu teria que ser duas vezes mais cuidadosa, sem me envolver demais ou fazer qualquer coisa que pudesse revelar meu verdadeiro objetivo.

Porém, até então, eu não tinha nada, a não ser um monte de suposições. Estava começando a entender porque Tazuna-san andava tão estressado. Eu mesma estava com a cabeça fervilhando. Tentaria a sorte com o segundo a ser investigado.


Palavras: 983


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Post 8

O próximo nome na lista era Coriolanus Aizawa, um dos principais responsáveis pela extração de ouro e jóias das terras áridas ao redor de Sunagakure. A família Aizawa sempre esteve envolvida na mineração, e Coriolanus atualmente era a cabeça que cuidava desse império, expandindo suas operações para zonas cada vez mais remotas e pouco supervisionadas. Seu nome era sinônimo de riqueza, mas também de mistério, já que ele raramente aparecia em público, preferindo se manter nas sombras de suas minas isoladas.

A primeira parada foi no Centro Administrativo da Vila, checando as principais minas em atividade e os responsáveis por elas. De fato, Coriolanus detinha a maior parte do sudoeste, suas zonas de mineração ficavam espalhadas tanto pelo meio quanto nos limites do país. Encontrei um mapeamento recente, feito pelas últimas rondas externas. Após isso, perguntei para as senhorinhas das esquinas e descobri uma taverna frequentada pelos mineiros, seguindo até lá.

Não foi difícil encontrar quem quisesse falar, ainda mais depois de tomar algumas bebidas. Ouvindo aqui e ali, descobri que Coriolanus quase nunca ia às minas pessoalmente. No entanto, havia rumores de que ele estava envolvido em algo maior do que uma simples extração de pedras preciosas. Os mais supersticiosos falavam de uma maldição sobre as minas, enquanto outros, mais pragmáticos, acreditavam que ele simplesmente queria evitar chamar atenção para suas operações.

"Ué, mas se a informação aqui na cidade é que ele prefere se manter isolado nas minas e os mineiros comentavam que ele não costumava aparecer por lá, onde diabos esse homem está?" Fiz uma anotação mental para averiguar aquilo, já que a situação gritava safadeza e o colocava diretamente dentro dos suspeitos.

Foi nesse ponto que ouvi, de forma indireta, a menção de Byleth Takahashi. Um grupo de mineiros murmurava que a senhora dos tecidos e Coriolanus estavam mais próximos do que o esperado para uma relação meramente comercial. A viúva ricaça e o magnata do deserto – era como gostavam de contar a fofoca, sem citar diretamente os nomes, como se houvesse algo oculto nessa parceria. Isso me deixou alerta, afinal, duas figuras tão influentes envolvidas em algo que escapava dos olhos da vila certamente não deveria ser uma coincidência. Ainda mais com esse suposto sumiço por parte do magnata. Primeiro que, pelo que havia entendido, a Takahashi evitava a todo custo sair da vila, enquanto Coriolanus preferia não se aproximar. Quando e onde esses encontros ocorreram?

Decidi investigar mais a fundo as rotas de mineração controladas pelo Aizawa. De longe, segui alguns homens que iriam retornar para o turno da noite em um transporte arranjado pelo contratante. As carroças partiram pelo deserto comigo bem atrás para não ser vista, aproveitando a escuridão da noite. Estranhei a rota, já que estávamos seguindo para  o lado sudeste, onde não lembrava de existir nenhuma mina sobre o comando de Coriolanus. Será que segui o grupo errado? Eles continuaram a viagem até quase sair do País do vento. Bem no limite da fronteira, chegamos a uma cadeia montanhosa com alguns muros de pedra ao redor. Havia guardas garantindo a segurança do lugar, então não conseguiria me aproximar sem algum plano.

Usando o Hiding in Surface Technique, percorri a borda do muro sem ser notada. Do lado de dentro, encontrei alguns transportes bem mais sofisticados do que imaginei – duas carruagens discretas e visivelmente sofisticadas. Animais grandes, robustos e majestosos estavam presos à elas, contrastando com os camelos e cavalos simples ao redor.

Passei os olhos diversas vezes e me movimentei pelo lugar para constatar a ausência de algo óbvio. Estranhei o fato de não haver nenhuma indicação de entrada para qualquer mina. Para falar a verdade, não parecia existir mina alguma.


Palavras: 611


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Post 9

Perambulei imperceptível por boa parte do lugar. Só encontrei um acampamento discreto, guardas bem armados e uma movimentação cuidadosa dos supostos mineiros, que não carregavam nenhuma pá ou picareta. O que eles faziam, na realidade, era levar alguns itens (que eu não consegui identificar) de um lado para o outro. Outras pessoas, vestidas de forma diferente dos mineiros, queimavam algum material, moíam, empacotavam e movimentavam para os fundos.

Enquanto eu seguia devagarzinho, agora já perto das tendas que pareciam vazias, Byleth saiu da maior delas acompanhada por um homem corpulento e de vestes acinzentadas. Ainda que aquela cor quisesse manter certa discrição, era perceptível que o caimento dela em seu corpo tinha uma sofisticação diferenciada quando comparada a roupas comuns. Ambos conversavam aos sussurros, que os ventos me traziam por estar próxima o suficiente. A tensão me paralisou no lugar, tive que prender a respiração para não soltar um grito de susto e expulsar o coração pela boca. O desenrolar da conversa conseguiu me acalmar, além de sugar toda minha curiosidade. Agachei-me mais ainda, mantendo-me escondida para que eu não fizesse sombra, mesmo naquela baixa luminosidade. Entre os suspeitos e eu, havia toras de madeira e duas tendas.

— Bem, Coriolanus, vou conversar com aquele contato para arranjar os… preparativos. Imagino que com essa última leva, vamos conseguir o valor que precisamos sem chamar atenção para as nossas finanças. Me informaram que há gente de olho nas nossas contas…

— Claro, Milady. Na próxima reunião com todos, podemos dar início ao plano. Imagino que não vamos poder demorar mais. E a questão com o Yamazaki?

— Não mesmo. Como estamos livres dos principais concorrentes, imagino que a parte da monopolização esteja praticamente concluída. Papoula já começou o seu movimento para interferir na venda de alimentos em Sunagakure, o que vai fazer os gastos subirem. Graças aos nossos movimentos, a água também está ficando cada vez mais escassa… É uma questão de tempo até sermos acionados para resolver o problema. Quanto a Rei, já levei essa questão para o Círculo. Ele teve sua utilidade ao nos passar contatos para determinados trabalhos, mas costuma ser descuidado. Então você já sabe.

— Ótimo, já está decidido então.

— Sim, desde aquela minha primeira observação. Amanhã deveremos nos reunir só pra definir uma data. Rei Yamazaki está um pouco desesperado porque sente que está sendo deixado no escuro. Tentei tranquilizá-lo para que ele não desconfie, comentando sobre a redução das reuniões e desaceleração do plano devido aos últimos acontecimentos. Bem, o problema começou quando o amigo daquele trapalhão resolveu prender um shinobi em sua residência, sem matá-lo. Já estou agindo para que o foco permaneça nele, assim a gente continua seguindo.

Ambos pararam para se encarar. Coriolanus parecia refletir sobre algo e a viúva dos tecidos parecia aguardar algo dele.

— Vamos precisar nos livrar dele antes que ele dê com a língua entre os dentes… — sua expressão era de indiferença, como se não fosse nada demais.

— Você irá comparecer ao próximo encontro?

— Sim, você vai precisar de caro-

Byleth ergueu a mão para o companheiro ao ver um guarda se aproximando, cortando a conversa abruptamente. Ela fez um sinal, permitindo que o recém-chegado se aproximasse e fizesse o que tinha que fazer. Ele comentou que os preparativos para a sua partida já estavam terminados.

— Já estou indo, me aguarde lá — a mulher respondeu, secamente. Após perceber que o homem havia se afastado o suficiente, voltou a falar. — Espero o dia em que não precisaremos mais dos serviços desses daí. Como falei, os contatos de Yamazaki são úteis, mas incômodos. Ninjas mercenários continuam sendo ninjas, afinal — o companheiro respondeu com um grunhido. — Não precisarei sair da vila para isso, então não. Até mais, então, Coriolanus — a mulher seguiu até o seu transporte e o homem retornou para a tenda.

Aquilo era claramente uma operação clandestina, algo grande o suficiente para que Coriolanus quisesse se manter longe dos olhos da vila. Esse esquema, combinado com o envolvimento de Byleth, sugeria uma rede de poder que ia além do comércio legítimo. As peças começavam a se encaixar: não era apenas uma questão de dinheiro, mas sim de controle sobre recursos valiosos. Minérios, jóias, tecidos, comida, água… Aquilo impactava a vida de todo mundo na vila, de alguma forma. Se resolvessem bloquear ou prejudicar Suna através disso, uma crise se instauraria em um instante — e nada melhor do que pedir ajuda ao conselho do comércio para essa questão… Mas não dava pra entender ainda o intuito daquilo tudo. Não era mais uma questão de poder, então o que mais seria? A vila inteira? Os pelos do meu braço se eriçaram, incomodados com a ideia.

Bem, ao menos a estrutura de poder ficou mais clara para mim. Rei Yamazaki era uma marionete, provavelmente por seu descuido de ter informações vazadas sobre a sua fachada. Coriolanus poderia ser importante, mas era evidente que Byleth estava acima dele nessa escada. Restava saber quem mais fazia parte do grupo a que ela se referiu, o Círculo. Tinha a pista de Papoula cuidando do comércio de alimentos e alguém mais na distribuição de água.

Com essas informações em mãos, eu precisava reportar esses achados à vila, mas o que mais me incomodava era o quanto essa relação poderia se aprofundar.


Palavras: 871


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Post 10 - Encerramento de missão Rank-B

Vigiar Byleth se tornou minha prioridade nos dias seguintes. Desde que presenciei aquela situação no acampamento, qualquer detalhe, por menor que fosse, seria crucial para me aproximar do tal Círculo. Sabia que algo grande estava em andamento, mas os fragmentos que coletei até então não eram suficientes para uma conclusão. A curiosidade me mantinha presa à trama, enquanto o medo do que poderia acontecer aumentava minha urgência.

A senhora dos tecidos era cuidadosa, mantendo sua fachada de negócios legítimos, mas, entre os sussurros e os olhares calculados, eu sentia o peso dos segredos que ela escondia. Sua aura de controle era palpável. Durante uma tarde, enquanto conversava discretamente com um membro do Conselho do Comércio, ouvi algo que capturou minha atenção:

— Será um grande evento, perfeito para nós. Todos estarão lá.

Isso podia significar muitas coisas, mas, no contexto que eu tinha... era o suficiente. Continuei monitorando suas interações até descobrir algo realmente interessante: uma festa de inauguração de um novo edifício para a elite de Sunagakure. Peguei palavras-chave em suas conversas, como “enviar convites”, “comemorar um investimento de sucesso” e “ir pessoalmente até certos convidados”. Tudo apontava para um evento importante, perfeito para o Círculo se reunir sem levantar suspeitas, especialmente considerando a influência de seus membros.

Mantive distância e observei seus movimentos com precisão. Não podia me arriscar a ser descoberta. Parei de segui-la nas ruas quando o número de guardas ao seu redor aumentou, e a quantidade de vezes que ela olhava para trás me deixou em alerta. Ou estava ficando paranoica, ou sua intuição era afiada. Minha desvantagem em segui-la pelos telhados era a impossibilidade de ouvir suas conversas.

Na noite do evento, comecei a considerar minhas opções. Tentei pensar em uma forma de me infiltrar sem chamar atenção, mas ao chegar ao local, percebi um grande problema: era um baile de máscaras. E não qualquer baile – todas as máscaras eram luxuosas, adornadas com pedras preciosas e materiais caros. Não teria como entrar com algo improvisado sem destoar completamente. Os guardas usavam máscaras brancas idênticas, aparentemente feitas de porcelana.

Com a ideia de me misturar descartada, optei por outra abordagem: infiltração furtiva. Havia muitos penetras tentando entrar, o que mantinha a segurança ocupada escoltando-os para fora. Isso me deu a oportunidade de tentar uma abordagem pelos fundos. Usei o Hiding in Surface Technique para desaparecer na superfície do ambiente e, com o Kabe Hashiri no Jutsu, escalei a parede do edifício. No topo, encontrei uma varanda aberta, onde me esgueirei para dentro.

O andar superior estava silencioso, mas me movi com cuidado. De lá, pude observar o grande salão iluminado por lustres, onde as risadas e a música preenchiam o ambiente. Quando uma pessoa passou perto de mim, segui-a até o banheiro, onde roubei sua máscara ao ser deixada na pia. Agora mais camuflada, comecei a buscar por Byleth. Não demorou para minha atenção focar em um único ponto. Quem eu imaginei que fosse a mulher mascarada com traços e comportamentos parecidos com os dela, circulava com quatro seguranças ao seu redor, trocando palavras com mais mascarados e mantendo a sua fachada social. Após um discurso, ela voltou a conversar mais um pouco e seguiu para uma área isolada.

Voltei ao andar superior, me desfazendo de pessoas que queriam conversar, concordando que a festa estava ótima e comentando que estava procurando um banheiro. Precisei descer novamente pelo outro lado do salão. A senhora dos tecidos desapareceu atrás de uma cortina de veludo, junto de seus guardas, e começou a descer mais escadas. Eu segui seus passos até uma passagem secreta que levava ao subsolo.

O ambiente lá embaixo era completamente diferente do salão. Frio, austero, iluminado apenas por tochas que lançavam sombras dançantes nas paredes de pedra. Os guardas ficaram em um salão interno enquanto apenas a mulher passou por um imenso arco de pedra. Enquanto decidia meus próximos movimentos, comecei a ouvir conversas às minhas costas.

— Hihihi, aquele parece ser afastado o suficiente, vamos nos conhecer melhor…

— Certo, certo…

Dois convidados estavam em busca de privacidade e acabaram chamando a atenção dos guardas, que logo foram averiguar. Minha situação iria piorar caso eu fosse encontrada no meio do caminho, então usei mais uma vez o Hiding in Surface Technique para fasear pela superfície do lugar e sumir de vista. Aproveitei para passar despercebida pelo local enquanto os seguranças colocava a dupla pra fora.

Cheguei a um lugar com pé-direito imenso, com diversas colunas e uma mesa bem no centro, acima de uma plataforma. Sussurros enchiam o ar, e as figuras mascaradas que se reuniam formavam o Círculo. Um a um, os membros se apresentavam, cada um ocupando um lugar específico dentro do esquema. Eram pelo menos doze pessoas. Desativei minha técnica atrás de uma das colunas imensas, tentando observar sem ser notada.

Mas o que mais chamou minha atenção foi a única pessoa que sentava na cabeceira da mesa. Imaginei que se tratava do líder – parecia um homem com uma máscara de águia dourada que tamborilava os dedos sobre o tampo de mármore. Ele não precisava dizer nada para impor sua autoridade, seu silêncio era tão afiado quanto uma lâmina.

— Imagino que a situação com Yamazaki já tenha sido resolvida, Radius? — ouvi a voz de Byleth comentar e o homem sentado na ponta da mesa responder com um aceno afirmativo com a cabeça. — Então a próxima etapa está decidida. Estamos a poucos passos de dar adeus à vila imunda e instaurar a Cidade Livre da Areia.

A gravidade daquilo me atingiu como um soco no estômago. Eles controlariam os recursos mais vitais da vila, deixando a população à mercê de suas decisões. O objetivo final era apagar Sunagakure como eu conheço.

— Papoula, por que não veio a caráter? — questionou alguém à mesa.

— Algum engraçadinho sumiu com minha máscara… — respondeu a voz irritada que deveria pertencer a mulher.

Ops, parece que escolhi a pessoa errada para roubar. E pra falar a verdade, já estava na hora de dar no pé. Usei a sombra da coluna para me distanciar até a saliência da plataforma, descendo e me agachando para sair sem chamar atenção. Porém, quando fui verificar o corredor onde estavam os guardas, ouvi um som de algo se quebrando debaixo dos meus pés. Aquele barulho se espalhou pelo local como fogo em pólvora. Era um maldito esqueleto de rato. “Mas que mer-”

— O que foi isso? — perguntou um dos guardas. Mas as conversas na mesa pareciam ter silenciado também.

Sem nem pensar duas vezes, já passei pelo arco utilizando o Raiton: Sandāboruto [36 m/s], derrubando os quatro guardas com a corrente elétrica e passando correndo pelo corredor. Para ganhar tempo e evitar que a notícia se espalhasse antes que eu conseguisse fugir, utilizei o Doton: Doryūheki [22 m/s] para levantar uma barreira de pedra e tampar aquele caminho. Quando já estava no andar superior, ouvi um estrondo, algo me dizia que minha parede havia sido derrubada, mas felizmente já estava quase na varanda que invadi. Com o Kabe Hashiri no Jutsu, desci a parede, deixando aquela festa toda para trás, correndo pelos fundos para fora da propriedade.

Eu teria que agir rápido. Ainda que eu tivesse denunciado minha presença, já tinha ouvido o suficiente. Eu precisava retornar à Tazuna com essas informações, antes que o Círculo pudesse agir. Deixei a máscara em algum beco e fui direto para o Quartel General.

— Que complicação… — foi o comentário do homem após ouvir todo o meu longo relato. Ele havia me interrompido algumas vezes, anotando coisas e enviando pergaminhos. Sua expressão não combinava com a mente, que agora parecia trabalhar a mil. — Enfim, pode deixar comigo agora.

— Sensei, não garanto que eles não tenham outras formas de responder a isso.

— Não se preocupe, algumas coisas estão acima do dinheiro. O ninja que eu coloquei para continuar investigando o Yamazaki relatou o seu desaparecimento. Eles têm uma tendência de achar que tem muito poder por causa da influência e bens… Poder é poder. Dinheiro é dinheiro. Está na hora de lembrá-los disso. A realidade é que temos mais o que fazer do que nos preocupar com esses joguinhos — o supervisor massageava as têmporas. Vai lá saber quantos dias não dormia direito tentando se livrar daquela confusão. — Enfim, pode pegar seu pagamento e aproveitar o resto da sua noite.

Levantei uma sobrancelha, querendo saber mais, mas recebi uma dispensa no lugar. A missão ao menos me serviu para mostrar que pessoas insatisfeitas podiam planejar movimentos perigosos. E grupos podiam ser problemáticos. A Vila tinha uma situação política complexa e exaustiva, era difícil agradar a todos e os insatisfeitos ainda podiam se rebelar. Aceitei meu pagamento e fui embora, curiosa quanto aos próximos passos de Tazuna.


Palavras: 871


Informações

Legenda:

"Texto" - Pensamentos de Yukari
— Texto - Falas de Yukari
— Texto - Falas de terceiros

Resumo:
Considerações:
Jutsus:
Bolsa de Armas:
Aparência:
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Bom jogo!

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[CAPÍTULO] Pegadas na Areia: Caçada e Sussurros LsGQvv3Olá, Convidado, eu sou a Angell.
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