Hakuryuu Kinsetsu

Com o fim do cerco da noite passada, Haku acabou afundando na cama e caindo em um sono pesado. Não fora um descanso tão reparador assim, dado o tempo limitado que havia lhe restado naquela noite. Entretanto, no dia seguinte acordara bem o suficiente para conseguir se dirigir até o quartel-general e entregar os seus deveres.

O relatório para os funcionários de Ken-kun foram tranquilos. Todos já conheciam Haku por ali, não apenas por sua manifestação durante a eleição do seu amigo, mas também pelo epíteto adquirido na luta contra Unohana.

“Kintate… Escudo de Ouro, não é…” — ele repetia para si, após ser chamado pelo termo enquanto diligentemente preenchia a papelada referente à missão surpresa da noite anterior.

Ao fim dos processos burocráticos, Haku se despediu de todos e se dirigiu para o quadro de missões. Sentindo-se bem o suficiente, estava inclinado a pegar mais uma missão. Mesmo assim, não estava certo disso.

Ou, pelo menos, assim acreditou estar até que visualizou um arquivo em específico.

A conversa com Maeda-kun e Ken-kun no gabinete, há alguns dias subitamente, emergiram em sua mente. Afinal, a suspeição de uma organização de nível internacional estar agindo dentro da vila era algo razoavelmente conectado com as preocupações levantadas naquele dia.

Palavras: 206

Pseudo-Kyūbi: 2750 | 2750 CH
Reservatório: 3000 | 3000 un. — Ambiente: 500 | 500 un.

Legenda:
Falas: — Texto — descrições. | Pensamentos: "Texto" — descrições.

Hakuryuu Kinsetsu

Seguindo as orientações do briefing da missão, Haku rapidamente se dirigiu para um dos pontos menos bem frequentados do centro da vila. Conforme os relatos passados pela população ao centro de missões, haviam sujeitos estranhos de chapéus de palha transitando pelo local de forma suspeita.

Pelos relatos das aparências, Kin tinha uma ideia de quem exatamente poderiam ser. Já tinha os visto em ação anteriormente, afinal. Só não conseguia montar o quebra-cabeça do porquê estavam sendo ousados ao ponto de entrar no coração da vila para propagar os seus esquemas muito provavelmente ilícitos.

Disfarçado com um Henge, Haku avançou pelas ruas e tentou se misturar entre os civis de suna. Procurou andar de forma despropositada por uma das ruas comerciais da região. Entretanto, aos poucos procurou se enturmar em um dos bares locais, fazendo perguntas casuais. Discretamente tentava puxar assuntos que envolvessem o alvo de sua investigação até que eventualmente um dos civis começou finalmente a falar.

Não eram informações tão decisivas assim. Eram meros avistamentos de pessoas suspeitas com as mesmas roupas dos relatos. Entretanto, porque o sujeito sabia onde e com que frequência eles apareciam no determinado lugar, Haku imediatamente percebeu um ponto por onde começar. Se discretamente os espionasse em suas rotas, achava muito provável que acabaria encontrando alguns dos postos do esquema que estavam montando.

Palavras: 219

Pseudo-Kyūbi: 2750 | 2750 CH
Reservatório: 3000 | 3000 un. — Ambiente: 500 | 500 un.

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Hakuryuu Kinsetsu

Seguindo as orientações do civil, agora com uma versão diferente do henge de antes, Haku se posicionou próximo do beco por onde eles deviam passar por aquela parte da tarde. Buscou ficar próximo de um dos bares locais, comprar alguma bebida não-alcoólica e fingir tomá-la enquanto ficava encostado em na saída do estabelecimento, convenientemente num ângulo que poderia espiá-los, quando passassem.

A tarefa não foi fácil, já que a proximidade do álcool no local imediatamente o lembrou de vícios passados. Teve que se controlar para não ter uma recaída. Lembrou-se exatamente do quanto havia sofrido para se livrar daquele hábito que lhe atrapalhava em missões. Diante das crises de abstinência, os medicamentos que havia usado para se forçar a ficar sem a substância não eram nada. O remédio havia sido uma grande ajuda, já que sua interação perigosa com o álcool cortava o seu efeito prazeroso e o fazia passar mal quase que imediatamente. Praticamente exterminou com a dependência química, mas na psicológica foi apenas um pequeno auxílio. Ajudava a não ter recaídas, mas não amenizou nem um pouco o mal-estar que sentiu por dias. E, foram exatamente as lembranças deste período difícil que o fizeram conseguir repelir a ideia de consumir álcool.

Por sorte, demorou um tempo até que os suspeitos passassem pelo lugar com seus mantos azuis. Já estava estabilizado ao que três deles passaram carregando balaios de palha. Não precisava de muito para concluir que havia os flagrado em plena operação de contrabando. Entretanto, como um shinobi à paisana, optou por não seguí-los logo de cara.

Após quase um minuto que os três haviam se aprofundado no beco, Haku decidiu seguí-los. Ainda transformado, jogou sua bebida fora e, distraidamente, até um pouco cambaleante, seguiu para o beco em questão. Os três suspeitos já não estavam mais lá para vê-lo, mas com suas habilidades de rastreio e as pegadas frescas deixadas na areia, Haku sabia muito bem qual o trajeto que eles haviam tomado.

Oculto no beco, desfez sua transformação.

Palavras: 332

Pseudo-Kyūbi: 2750 | 2750 CH
Reservatório: 3000 | 3000 un. — Ambiente: 500 | 500 un.

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Hakuryuu Kinsetsu

Livre do henge, executou o selo do tigre, camuflando-se com um Meisagakure no Jutsu. Invisível, não queria deixar pegadas ou estragar os rastros que os criminosos haviam deixado. Por isso, com um Kabe Hashiri no Jutsu, prendeu seus pés nas paredes do beco e começou a rápida e silenciosamente avançar.

Não demorou a encontrá-los no trajeto que serpenteou por dezenas de becos entre os prédios de suna. Os cestos cobertos em suas costas estavam nitidamente cheios e deixavam óbvio que estavam tentando aproximar-se de algum ponto de entrega. Entretanto, por mais que parecessem cautelosos, aquilo não era suficiente para um investigador como Haku.

Com os pés na solidez da parede, não só avançava sem deixar marcas físicas no chão, como também tinha mais controle da emissão de ruídos.

Não foi nada difícil seguí-los até uma localidade estranhamente próxima do distrito Hōki. Entretanto, enquanto silenciosamente os seguia para dentro do prédio abandonado em questão, permaneceu alguns breves instantes ponderando sobre aquilo. Não tinha qualquer confirmação se as vestes eram reais e eles realmente pertenciam à organização que supunha. Entretanto, aquilo ainda era preocupante quando se levava em conta a conveniente proximidade com o clã de Sagishi.

Considerando as perícias daquele clã, fazia total sentido que estivessem transportando insumos para ajudar em, por exemplo, experimentos questionáveis.

Sem hesitar, entrou no local e, ainda invisível, tentou escutar tudo o que falavam. Entretanto, os suspeitos estavam silenciosos demais para comentar qualquer coisa. Algo que, provavelmente, era indício da quantidade elevada de vezes que tinham que fazer aquela tarefa por dia. Afinal, quando se é repetitivo, não tem porque falar muita coisa, só seguir no modus operandi que todos já conhecem.

Contudo, era impossível que o receptor não checasse os bens recebidos. E, conforme Haku havia deduzido, eles de fato pareciam estar realizando uma entrega de uma série de insumos que Kin só se lembrava de ter visto nos laboratórios em que havia estudado anatomia, ciência e ninjutsu médico. Não tinha como comprovar a relação do clã com aquela família só com alguns trapos e chapéus de palha. Entretanto, o flagra de tantos insumos regulados sendo transportados na surdina já era suficiente para fechar aquele caso e os neutralizar. Levar os insumos, inclusive, talvez ajudasse a determinar o que os Hōki podiam estar planejando.

Adiante dos quatro sujeitos reunidos, dividindo as tarefas entre esvaziar os balaios e organizar os insumos cuidadosamente, Haku convocou sua areia dourada. Os três transportadores estavam de costas para Haku. Porém, antes que o receptor — virado na direção da entrada do cômodo — pudesse gritar, duas enormes mãos de sakin já havia os englobado em um aperto mortal.

Em reação de puro ódio, um poderoso sakki foi rapidamente emitido por um dos integrantes dentro da mão. Algo que acabou atingindo e de fato quase o fazendo fraquejar na manipulação. Suas mãos davam sinais de estarem conseguindo cavar seu caminho através da sakin por algum instante. Entretanto, sabendo que sua falha ali significaria um vazamento muito precoce do flagra daquele esquema, Haku se esforçou como nunca. Com pura força física, livrou-se da paralisia o mais rápido que pode.

Livre do empecilho, voltou a focar no esmagamento gradativo. Concentrando e solidificando a areia ainda mais, frustrou a tentativa de libertação dos membros dos inimigos o mais rápido que pode.

Então, procurando ser silencioso, Haku terminou o serivço rapidamente. Nada mais do que o som abafado e longinquo de gritos e ossos quebrando puderam ser ouvidos. Deixando os corpos no local, Haku reuniu toda a sakin com seu jiton, não deixando rastros do ato a não ser os corpos destroçados. Não queria dar provas para aquele clã indigesto, afinal.

Após uma série de insumos mais atípicos — e alguns poucos exemplares dos mais típicos de laboratórios — em um balaio, Haku o colocou em suas costas. Estendendo a invisibilidade para a nova peça de sua vestimenta, seguiu discretamente para o quartel-general. Lá entregaria as provas materiais e o seu relatório.

Entretanto, o seu real desejo era conversar sobre aquilo pessoalmente com o Kazekage.

Decidido, concluiu que era melhor enviar uma mensagem para saber da disponibilidade do amigo, antes.

Palavras: 681

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