Era de noite.  Yagura terminava o seu jantar, preparando-se para uma noite tranquila que passaria ou com a família a conversar sobre o dia a dia ou no seu quarto, a preparar o dia seguinte. Junto com o Chuunin, na mesa estavam reunidos Fukuya – a mãe – e Naoki – o pai.

- Hm… Parece que temos visitas. – disse o pai, assertivamente e sem criar alarme. No entanto, também não estava feliz, pois normalmente visitas anunciadas a uma hora daquelas não eram algo bom. O loiro-filho olhava o loiro-pai, também ele um ninja, sem perceber como ele tinha chegado a tal conclusão, mas segundos depois…

*Knock knock* Alguém bateu à porta. O chuunin, tendo a responsabilidade do mais novo da casa – também o mais curioso – foi abrir. Assumiu uma postura cautelosa, será que era alguém com intenções ruins? Estando em Iwagakure em princípio estava seguro, mas havia algo no confronto com o desconhecido e na falta de perceção da sua presença que o deixavam desconfortável. O respeito e admiração que tinha pelo seu pai foi reforçado também por isso, motivando-o para almejar atingir o mesmo nível. Era um dos mensageiros do quartel general.

- Yagura-sama, trago uma tarefa urgente, que vai ter início durante a madrugada de hoje. Sugiro que se prepare para estar alguns dias fora. – proferiu calmamente e discretamente, deixando nas mãos do loiro um pergaminho que continha apenas escrito ”Portão da Vila, 02h00”. Então, o ninja abandonou o local sem fazer um ruído - o chuunin nem se apercebendo da direção tomada pelo superior.

- Hm… Parece que hoje é dia de excuRyosão! Ahahah – disse o pai, que conseguiu perceber um pouco conversa. Yagura não percebeu a referência, mas tinha outras coisas em que pensar. Foi de imediato preparar-se para a saída. Preparou comida e mantimentos para alguns dias. Depois, foi tirar um cochilo para estar pespicaz durante a noite que se avizinhava.

Às 02h em ponto estava no portão da vila, apenas com dois guardas de vigia. Não tardou a chegar uma grande carruagem puxada por 4 grandes e bonitos cavalos pretos. A carruagem em si era massiva, 5 metros por 5 metros, e 2 metros de altura. Era feita de um metal amarelado que parecia imensamente resistente. A comandar os cavalos estava um senhor muito magrinho, e a acompanhá-los lado a lado estava um senhor de cabelos brancos, aparentando já alguma idade.

- Olá! Deves ser Yagura! – disse o condutor da carruagem, num tom animado e leve – O meu nome é Roger, e serei o responsável por levar esta carruagem ao seu destino. Ao meu lado está Genjiro Kazuki, um ninja sensor reformado que acompanha as nossas escoltas. A tua presença foi necessária pois aqui o Genjiro já não tem as mesmas capacidades dos seus tempos áureos. – disse, enquanto o Kazuki mostrava os poucos dentes, irritado – ainda assim, ele é um recurso inestimável neste tipo de trabalhos – e então, de irritado passou a lisonjeado – Deves estar a perguntar o que fazemos os três aqui com esta grande carruagem e a estas horas da noite... – criou suspense, e aproximou-se do Chuunin.

- Vamos escoltar Muitos Ryous!! - disse, mais alto do que deveria...

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Yagura assimilava toda a informação que lhe era passada por Roger. Agora, o chuunin entendia o porquê de estarem a sair a tão tardias horas da noite: era para não chamar a atenção da população de que uma grande quantidade de dinheiro estava ali a ser transportada, assim evitando rumores e olhares de criminosos passageiros.

A viagem iria ter a duração de 2-3 dias devido ao grande peso e tamanho da carruagem, que fazia com que se deslocasse mais lentamente. Também, iriam seguir uma rota secreta – e bastante mais longa - apenas conhecida pelos roteiristas do banco, evitando estradas principais ou focos de população. Caso fossem por uma rota normal e com uma carruagem normal, a viagem duraria apenas 12 horas.

O grupo de três iniciou a viagem. Por ter dormido um cochilo momentos antes, Yagura era o mais alerta e voluntariou-se para ficar de vigília, no topo da carruagem, concentradíssimo. Roger seguia ao comando dos cavalos e atento à estrada, mas tentando poupar energias, pouco falador. Genjiro, assim que os cavalos iniciaram o seu caminho e o balançar da carruagem sobre a estrada começou a servir de embalo, adormeceu até chegar a manhã, com um ressonar algo peculiar e ensurdecedor.

- Yagura! Não precisas estar tão focado, se alguém aparecer, Genjiro dará conta. Podes dar uma relaxada – foi as únicas palavras ditas por Roger, até o sol estar sobre o horizonte. As palavras do condutor não foram suficientes para tirar o jovem loiro da sua tarefa, até porque ele não achava possível que um velho que ressonava de tal maneira poderia estar assim tão atento. Apesar disso, deixou-se relaxar, fechando os olhos para descansar momentaneamente. À sua mente vieram imagens da sua primeira missão, feita em conjunto com Hatake Raymond. Orgulhou-se de si mesmo, pois tinha passado de escoltar sementes para escoltar todos aqueles Ryous, acarretando uma muito maior responsabilidade.

Chegou a primeira manhã. Genjiro acordou e sentou-se junto a Roger. – Está um belo dia! Os pássaros e insetos estão bem animados, consigo ver os seus movimentos pelas árvores, pelo solo, pelo ar… Eles estão a gostar do clima ensolarado! Quanto a humanos, não vejo nada durante as próximas duas horas de viagem. – proferiu o velho, enquanto desfrutava ele próprio daquela manhã ensolarada. Yagura ouvia as suas palavras com máxima curiosidade, olhando em redor mas sem conseguir ver nenhum inseto, e pássaros apenas ou um dois. Alguns minutos de viagem depois, conseguiu ouvir o chilrear de centenas que estariam escondidos por entre as árvores ali perto. ”Mas… como é possível?!” indagava consigo mesmo como Genjiro era capaz, da mesma forma que o seu pai, no dia anterior, detetou o ninja a aproximar-se da sua casa.

Ia ser um dia longo. Yagura, vendo as capacidades tanto do seu progenitor como do ninja sensorial reformado – que conseguia estar atento mesmo a dormir, e ver coisas invisíveis aos seus olhos e a distâncias incríveis – ele decidiu: ele iria treinar para também ser um sensor!

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A tarde chegava, e a carruagem atravessava uma zona de densa floresta com uma grande quantidade de estímulos que se misturavam em uníssono em nada mais do que calmitude. Yagura, não tendo a coragem ou o à vontade de se dirigir ao ancião por ensinamentos, decide ele próprio testar as suas capacidades sensoriais, apesar de não fazer a mínima ideia de como. Concentrou-se, sentado de pernas cruzadas por cima da carruagem. Primeiro, olhou em redor, tentando dar uma atenção redobrada a cada pormenor, depois fechou os olhos e focou-se apenas na sua audição, conseguindo identificar alguns sons que momentos antes não tinha percecionado. Depois, passou para o olfato, em que – com enfâse devido a toda a concentração nos sentidos – conseguiu sentir um forte cheiro a bosta de cavalo.

- Estás no bom caminho, jovem, mas estás a esquecer do mais importante… – Genjiro, apesar de estar de costas para o chuunin mas sendo o bom ninja sensor que é, apercebeu-se do que Yagura tentava fazer. - O truque para ser um bom ninja sensor não é apenas estar atento a tudo…. Primeiro, é preciso saber ao que é que tens que estar atento… Segundo, é importante que tenhas em consideração a tua própria presença, pois na maioria das vezes, os nossos sentidos estão focados em nós mesmos e não no exterior, dificultando a perceção do que se passa à nossa volta! – Genjiro falava calma e claramente, indicando a sua experiência na passagem de ensinamentos a outros. Mas ele não tinha dito a Yagura exatamente como chegar lá. Por outro lado, tinha dado pistas indiretas para que ele lá chegasse por ele mesmo, a seu tempo. E não havia melhor maneira de ensinar.

Yagura ficou a perguntar-se pelo significado das palavras do sábio. Este, descontraído, seguia o caminho junto a Roger, parecendo apreciar as paisagens e toda a vida que percecionava pelo caminho, inclusive baloiçando ao som do chilrear de pássaros, e por vezes assobiando de volta. Até agora, nem uma alma humana tinha surgido no seu caminho, que ele tivesse detetado.

Ao chegar a noite, o chuunin já tinha passado algumas horas a tentar entender mais sobre as capacidades sensoriais, sem ainda ter chegado a nenhuma conclusão. Tinha percebido que, ao saber o que procurar, era mais fácil de o detetar. Por exemplo, caso ouvisse um chilrear de um pássaro e se mantivesse concentrado apenas nesse som em específico, conseguia segui-lo não só pelo chilrear, mas também por outros sons que a sua presença provocava no ambiente, como a sua passagem por galhos das árvores ou o próprio bater das suas asas. Por momentos ele conseguia saber onde estava o pássaro, mas não conseguia ainda “vê-lo”. Genjiro, reparando na frustração do jovem, decidiu dar mais uma pista.

- A audição é, sem dúvida, um sentido muito importante para qualquer ninja sensor. No entanto, está longe de ser a mais importante… – proferiu, seguindo na carruagem, de costas para o loiro que se mantinha de guarda no topo da carruagem.

Tinha sido uma viagem longa e sem parar desde a saída de Iwagakure. Agora, o grupo chegava a uma clareira que conferia um ótimo ângulo de visão caso alguém se aproximasse. Era altura também, de recarregar algumas energias com descanso e alimento. No entanto, deu tempo para apenas fazer uma refeição rápida.

- Hm… Que estranho, parece que temos companhia… – disse Genjiro, questionando-se como só agora o tinha detetado – São cinco deles, e vêm por debaixo da terra... Yagura, comigo! Roger, protege-te! – o velho orientou o grupo, e ficou parado, sentado no chão com uma mão sobre o solo, a aguardar que o loiro ficasse junto a ele. Yagura, desorientadíssimo e sem saber o que fazer, seguiu o chamamento.

Um bando de cinco ladrões, escondidos no subsolo da clareira desde antes da chegada do grupo preparava-se para fazer uma investida sobre o cofre dos Muitos Ryous.

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- Não é possível não os ter visto… Apenas se… Eles estiveram a dormir até à nossa chegada! – desabafou o velho, por fim entendendo porque não tinha detetado ninguém. Estando a dormir, a presença dos inimigos passaria mais despercebida ao sensoriamento de Genjiro. Entretanto, Roger tinha-se escondido num pequeno compartimento da carruagem-cofre. Tal como em alguns truques de magia, o compartimento era tão minúsculo ao ponto de ser impercetível, misturando-se com a estrutura metálica e ocultando a presença do condutor magrinho no local que só ele cabia. Eles estão a chegar à superfície. – Yagura estava focadíssimo, mas não tendo visão dos ainda hipotéticos inimigos, ele não podia fazer mais do que estar pronto para a sua aparição. Olhava, com um olhar atencioso e preocupado, para Genjiro, o sábio e experiente ancião a quem depositava toda a sua confiança e aguardava algum tipo de instrução. - Rapaz, segue as minhas indicações! Agora!

Mantendo a destra a tocar no solo, Genjiro subiu a mão esquerda para apontar para uma parcela de terra ali próxima. Yagura percebeu de imediato o que aquilo significava. Começou a executar selos de mão mesmo antes de algum inimigo ressurgir, ficando preparado de antemão com um ataque preventivo.

- Doton… Doroku Gaeshi! – disse, no exato momento que o inimigo apareceu. Nesses instantes o mesmo inimigo levou com uma pesada tacada de parede nos dentes, derrubando-o no chão. Um deles já tinha voltado a dormir.

- Ali e ali- disse Genjiro, apontando novamente o seu dedo para a direita e esquerda de onde se encontravam. Depois de ver como se movimentavam pela terra, desta vez Yagura não esperou para que ressurgissem. Retomou a execução de selos.

- Doton… Iwadeppo!! – mesmo antes de algum inimigo sequer aparecer, meia dúzia de bolas de pedra já se dirigiam para o local que Genjiro tinha indicado. As pequenas rochas que saíram da boca do chuunin expandiram, deixando o local empoeirado. Na obstante, gritos de dor de ambos os lados puderam ser ouvidos, indicando que mais dois ladrões tinham sido derrubados. Dois restavam, o seu paradeiro ainda desconhecido pelo chuunin.

Oh… Oh… – disse o velho, como se o seu corpo nada pudesse fazer, cansado da idade, imóvel das articulações, antevendo que as coisas não iriam acabar bem. - Genjiro-sama, o que foi?! – disse Yagura, alarmado e aguardar por instruções do ancião do qual dependia por informação. O Kazuki limitou-se a levantar o polegar, e a subitamente invertê-lo na direção do solo. ”Eles estão debaixo de nós…!” raciocinou o chuunin, com esperança de ainda ter tempo de fazer alguma coisa. ”Desculpe Genjiro-san… É pela seu bem…

- Doton… Doroku Gaeshi!! – Uma parede ergueu-se por debaixo do ancião e do loiro, impulsionando-os para cima. Nesse mesmo momento, os dois inimigos saíam de debaixo do solo, tentando agarrar os pés de cada um. A parede impulsionou ambos o suficiente para terem escapado às mãos inimigas. Yagura, vendo a brecha na defesa dos inimigos devido à tentativa falhada, fez surgir do solo, através de manipulações de Doton, dois pesados cilindros de pedra que se dirigiram cada um contra a face dos capangas. Um impacto forte o suficiente para os deixar incapacitados durante algum tempo.

Yagura tinha aproveitado o impulso da parede para ter uma posição vantajosa sobre os inimigos graças à sua agilidade juvenil. No entanto, Genjiro, velho e treinado apenas em habilidades sensoriais, tinha sido impulsionado para alguns metros dali, encontrando-se estatelado no chão. O loiro correu para socorrer o ancião. Ali estava ele, indefeso, frágil, a sofrer de dores mas sem se manifestar. Nesse momento Yagura reparava, pela primeira vez nesta viagem, na face enrugada e engelhada do ancião, nos seus pormenores desgastados pela idade. Pôde também reparar algo muito importante acerca do velho, ao mirar o local onde deveriam estar os seus olhos.

Genjiro era cego.

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- Com que então, só agora reparaste… – suspirou Genjiro como se aquelas fossem as suas últimas palavras. Um suspiro que evidenciava o seu corpo dorido, ainda estatelado no chão a aperceber-se da cara estupefacta do chuunin apenas pela sua respiração irregular de surpresa e choque. Era óbvio que apenas agora se tinha apercebido da cegueira do ancião.

A admiração que Yagura tinha pelo velho aumentou exponencialmente. A maneira como ele não aparentava de todo ser cego, pois fazias as coisas tal qual uma pessoa normal. A maneira como, apesar da idade avançada e incapacidade visual, ele se mantinha ativo no mundo ninja com capacidades de sensoriamente a anos-luz das suas. E isso era nada mais do que sublime. Um exemplo a seguir.

- Genjiro-sama… Você vai ficar bem. Vai ter que aguentar pelo menos até acabar a nossa lição! – disse Yagura, tentando dar uma força ao velho. Para que se aguentasse só mais um bocadinho, pois ele sentia que precisava dele e dos seus ensinamentos.

Todos os inimigos tinham sido derrubados, e encontravam-se inconscientes no chão. Enquanto Yagura ficou a socorrer Genjiro, Roger saiu do seu esconderijo já equipado com uma extensa porção de corda. Com ela, iria amarrar todos os ladrões para limitar os seus movimentos, e depois atá-los ao peitoral de um dos cavalos pretos da carruagem.

- Tu sabes o caminho, Rogerzinho! – disse o condutor, libertando um dos cavalos com uma forte pancada na sua nádega que o fez sair disparado do local. Rogerzinho levou consigo os cinco bandidos a rastejar e a arrastar desconfortavelmente dali para fora, em direção a um destino que o cavalo estava treinado a levar possíveis desordeiros.

Genjiro estava vivo, mas o seu corpo tinha ficado bastante danificado, ficaria cheio de nódoas negras que demorariam a recuperar. Com a ajuda dos dois mais jovens ele foi deitado na carruagem a descansar. Ele não iria conseguir continuar com as suas funções nesta missão. Face ao ataque, o grupo decidiu continuar viagem durante o resto da noite. Chegando a manhã, por fim descansaram.

Antes do curto período de repouso, Yagura assumiu a responsabilidade de ser o ninja sensor de serviço. O peso dos Muitos Ryous pesavam na sua responsabilidade… Era altura de passar da simples prática de capacidades de sensoriamento para a sua real execução!

Concentrou-se, lembrando-se das variadas lições dadas por Genjiro ao longo do dia, tanto as verbais como não-verbais. “Ter em consideração a própria presença…” abrandou a respiração, estando ciente dela, mas ignorando-a. Sentiu o palpitar do seu coração abrandar, estando ciente dele, mas ignorando-o. Fez o mesmo com as outras sensações corporais que se ia apercebendo. ”É preciso saber ao que tens que estar atento…” fechou os olhos, sentindo o bater do vento na sua pele, nos sons que vinham cada um de cada sítio e ligeiramente inflacionados ou deflacionados consoante a direção do vento. “A audição está longe de ser a mais importante…” por fim, abaixou-se, tocando com a palma da mão sobre a terra tal qual Genjiro tinha feito quando enfrentou os inimigos.

A mesma terra que ele estava tão habituado a sentir, a manipular, ganhava agora um novo significado. Ao invés de injetar o seu chakra no solo, deixou que o seu chakra se envolvesse e misturasse com o solo. O seu corpo sentindo-se enraizado com todo o ambiente circundante. Mentalmente, imagens de fluxos de chakra surgiam, que mostravam pequenas oscilações como gotas de água na zona circundante. Raízes, animais, insetos... Num momento inédito, ele sentia-se um com a própria Terra e com a Natureza.

Concentrado sobre a imagem mental, detetou uma oscilação muito perto dali, que se mostrou claramente através do fluxo, e subtilmente através da audição. Ficou alerta, a questionar-se o que poderia ser, pois a capacidade acabada de adquirir ainda não permitia esse nível de detalhe. Sacou de uma kunai e aproximou-se do local... Mas era apenas uma raposa assustadiça que fugiu de imediato. Explorou durante um pouco mais, sem detetar nada relevante e permitu-se descansar.

”Com que então, é assim que você vê, Genjiro-sama...” – pensou consigo mesmo, antes de adormecer. Ao início da tarde, o grupo seguiu caminho chegando em segurança ao seu destino ao anoitecer. Genjiro e Roger ficariam ali mais alguns dias.

- Genjiro-sama, podemos continuar o nosso treino quando voltar? – disse Yagura com voz trémula evidenciando o medo de ser rejeitado devido à ousadia do pedido - Prometo fazer-lhe companhia enquanto recupera! - ainda assim, tentava manter o jeito brincalhão e animador para o ancião, que estava demasiado incapacitado para responder. Apenas sorriu para o chuunin, mostrando os seus poucos dentes.

E assim, Yagura voltou para Iwagakure, exausto mas orgulhoso de si mesmo e ansioso para continuar a sua prática de habilidades sensoriais.

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