- HÃ?? Depois de todo esse tempo para me tornar um ninja, para essa ser minha missão?

O inexperiente ninja acaba transbordar completamente de uma profunda frustação, após a descoberta de a sua jornada ninja ser em uma... Biblioteca. Não como protetor de um pergaminho sagrado ou de uma mente importante do mundo shinobi, mas como uns relés faxineiro. Contudo, a conversão do seu desestímulo acaba por gerar a energia necessária para um click em seus neurônios, convergindo numa janela de oportunidade para espiar em centenas de fontes para a sua ânsia de conhecimento de batalha. Seus livros no quarto, já desgastados de tão folheados, não eram mais o suficiente para injetar a adrenalina necessária em seu corpo, se tornaram monótonos.

Ao finalmente ingressar ao recinto proposto em seu objetivo, o jovem observa cada ponto da biblioteca, suas instantes, fileiras de livros, suas arrumações e as divisões de cada segmento. Por um momento ele hesita, mas respira fundo como se estivesse a descarregar cargas negativas para fora do seu corpo. Seu cérebro então volta a tentar funcionar, buscando mesmo que de maneira superficial criar um plano a ser seguido, para a criação de brechas de pequenos intervalos que o permitam folhear determinados títulos e mesmo assim, não atrasar a sua missão.

Após diversos exaustivos cálculos mentais, Kashimo finalmente consegue bolar o seu esquema de limpeza e obtenção de informações de maneira mais objetiva possível. Postando-se na parte central do ambiente, ele então se prontifica de uma vassoura, um pano umedecido e produtos adequados de limpeza. Cobrindo sua boca, há um pano de em formato triangular, enquanto uma badana com estampas de raios está amarrada em sua cabeça. Esta é a preparação mais perto de uma batalha real, do que qualquer outra que possuiu em toda a sua curta vida.

Sua operação então é iniciada! Após longas duas horas, seu corpo começa a sentir a fadiga do seu exaustivo plano. Suas mãos parecem tão pesadas quanto troncos de madeira, suor escorre de sua testa e indo de encontro ao chão, retardando a sua já imperfeita passagem de pano. Uma espiral acaba por engolir seus pensamentos e até mesmo as imagens que o seu cérebro tenta traduzir das suas retinas, o impossibilitando de acessar as informações que deseja. Mesmo transbordando de vitalidade, não foi o suficiente para competir com essa missão de alto risco... Para os seus neurônios.

Contudo, ao tardar do dia, com todos seus fragmentos espalhados dentro de si mesmo, Kashimo consegue completar sua missão. Talvez não de maneira majestosa que desejava e sem completar seu desejo próprio, mas no final, missão cumprida é missão cumprida.

HP: 525/525
CH: 525/525
ST: 00/05

Considerações:

- O quê? Eu não acredito que estou encarregado de cuidar do meu pior inimigo.

São as palavras do jovem shinobi, após se deparar com uma plantação de pimentão. Ao longo de sua vida, sua experiência com comidas apimentadas se encerraram de maneira desastrosa. Talvez seja seu paladar infantil que cause isso, já que o garoto não consegue resistir à sensação de debilidade quando a ardência percorre por todo o seu âmago. Anteriormente haveria apenas sido informado que uma praga infligia danos constantes a uma pequena plantação da vila, seu objetivo era simplesmente dar um jeito nisso, não se importunou de questionar sobre o exato tipo de plantação.

A principio, Kashimo ficou relutante em permanecer e cumprir o seu dever, mas após perceber a tristeza do velho agricultor que cuidava com esmero a espera de uma colheita saudável, o ninja se sentiu no dever de fazer algo a respeito.  Um shinobi não poderia recursar uma missão, não importe os riscos tomados ou até mesmo que ponto seja contra seus valores éticos, enquanto estiver abaixo de sua badana e do símbolo da sua nação, seu alicerce como função da sociedade era enfrentar o que fosse empurrado contra si.

Assim, o menino do Clã Senju, começa a investigar a praga que afetava, descobrindo que não passavam de besouros, que, entretanto pareciam extremamente agressivos, chegando até uma tentativa de atacar o jovem, que logo se pós a uma distancia segura dos insetos. Numa sacada rápida de raciocínio, mesmo que houvesse a possibilidade de simplesmente arrancar cada animal, além do trabalho que tal decisão causaria, ainda haveria a incerteza de que todos foram retirados. Decidindo então pelo método de atrair os besouros com feromonios.

Adicionando pequenas arapucas em cada quina da plantação e uma única centralizada, o garoto esperou o terror da plantação se reunir nos pontos previamente postos. Ao perceber a aglomeração dos insetos, ele simplesmente iniciou a eliminação de maneira rápida e objetiva, com uma única kunai em mãos. Depois de uma tarde trabalhosa, mas recompensadora pelo trabalho cumprido, o agricultor ofereceu-lhe alguns pimentões, que o menino aceitou, apenas levando-os para casa e guardando-os como troféu, sem a mínima intenção de encostar-se a eles novamente.

HP: 525/525
CH: 525/525
ST: 00/05

Considerações: